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Floresta Amazônica I Mauricio Ferreira Magalhães* N esta aula estudaremos a maior floresta tropical do planeta. Identificare-mos suas características geográficas gerais e sua diversidade biológica, destacando o fato de que a Floresta Amazônica possui tanto a maior bacia hidrográfica como também a maior biodiversidade do planeta. Características geográficas A Floresta Amazônica sempre encantou a todos devido à sua exuberância e a pujança de suas matas. É conhecida como hileia (palavra que significa bosque) e classificada como floresta tropical pluvial úmida. Essa classificação se deve a alguns fatores. Tropical – localizada na região próxima ao equador, com grande estabi- lidade climática. Pluvial – regime de chuvas intensas e regulares durante todo o ano. Úmida – grande emissão de água para atmosfera devido à intensa ativi- dade de sua vegetação. Quanto aos números, existe uma grande variedade de informações, porém o Ministério do Meio Ambiente estima que essa floresta possua uma área, atu- almente, de quatro milhões de quilômetros quadrados, ocupando nove países da América do Sul: Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Guiana Francesa, Peru, Surina- me e Venezuela. Corresponde a 31% de todas as florestas tropicais do planeta. O Brasil detém cerca de 3,2 milhões de quilômetros quadrados da Floresta Amazônica, o que corresponde a 40% de todo o território nacional distribuída por oito estados da federação: Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondô- nia, Roraima e Tocantins. Este fato só aumenta a responsabilidade do nosso país sobre a Floresta. A pororoca Representa o fenômeno da entrada de águas oceânicas no leito dos rios. Devido à superfície irregular e aos obstáculos encontrados nestes rios, formam-se ondas de grande amplitude, características do evento. Este fenômeno ocorre em épocas de sizígia, ou seja, momentos em que temos marés de lua nova e lua cheia. Mes t re em Ges t ão A m- bient a l e E ducação A m- bient a l . P rofe ssor t i t u la r d a Un ive r s id a de Ca s t e lo Br a nco/ R J – d a s d i sc i - pl i na s de Meio A mbien- t e e Desenvolv i mento Hu ma no, e Leg i s la ção e Ges t ão A mbient a l . Co - ordena o Cu r so de Ciên - c ia s Biológ ica s e o Nú- cleo de Meio A mbient e d a mesma u n iver sidade. P residente do I n s t i t u to A mbient a l Goia ná . Hileia Amazônica – O maior bosque do planeta 9 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Características gerais O clima A Floresta Amazônica apresenta um clima quente e úmido, com temperatu- ras variando entre 20ºC e 32ºC e média anual de 27ºC. Esta estabilidade climática é fundamental para a manutenção do seu equilíbrio. As chuvas A atividade da mata promove uma constante evapotranspiração1. Devido a esse fato, a umidade na região apresenta índices de 80 a 100%. Como consequên- cia temos um regime de chuvas intenso, constante, com 12 trilhões de m3/ano. Cerca de 45% deste volume é drenado para o Oceano Atlântico. Os índices médios de chuvas giram em torno de 2 200mm/ano, com precipi- tações diárias de uma hora, conhecidas como aguaceiros. O volume de água pode ser bem identificado no maior rio do mundo, o Amazonas, que lança em um só dia no Oceano Atlântico o equivalente a um ano do rio Tâmisa (Inglaterra), a 12 dias do rio Mississipi (Estados Unidos) e a 5 dias do rio Congo (África). 1 Fenômeno realizado pe-los vegetais que consiste em eliminar, por meio de seus estômatos (aberturas existen- tes nas folhas), parte da água absorvida pelas raízes. Como consequência temos o inte- rior das matas com elevada umidade. Floresta Amazônica I 10 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica I O solo O solo amazônico apresenta uma avançada idade geológica, o que pode justificar sua pobreza em nutrientes. Outro fato que identifica essa baixa fertili- dade é o fato deste solo ser constantemente lavado pelas chuvas, que dissolvem e removem a camada de nutrientes do mesmo. Como explicar a exuberância da floresta com um solo tão pobre? A Floresta Amazônica desenvolve uma intensa reciclagem natural da ma- téria orgânica superficial, fenômeno denominado turnover2. Esta característica permite a formação de uma serrapilheira3 densa que retém grande quantidade de água e sais, garantindo assim a manutenção da exuberância da Floresta. 2 Fenômeno ecológico no qual os fungos e bacté- rias, presentes no solo, pro- movem a decomposição da matéria orgânica, retornando à sua forma inorgânica e enri- quecendo o solo com nutrien- tes que serão reaproveitados pelos vegetais. 3 Camada superficial do solo que abriga restos de folhas, galhos, animais mor- tos, fungos e bactérias, e na qual onde ocorre o fenômeno do turnover. O ar Existe um conceito de que a Floresta Amazônica representaria o “pulmão do mundo”. Esta ideia predominou, inclusive em comunidades científicas, durante muito tempo, pela densidade da mata amazônica. Hoje, porém, sabemos que o pulmão do mundo está nos oceanos, devido à atividade das algas planctônicas, e que as florestas continentais contribuem ape- nas com 10% do oxigênio presente na atmosfera. Mesmo sem ter grande importância na recomposição do oxigênio atmosfé- rico, a Floresta Amazônica é fundamental para a manutenção do clima planetário. Este fato refere-se à grande quantidade de água que a floresta lança na atmosfera, e também na barreira geográfica natural para os ventos, o que a caracteriza como “condicionador de ar do planeta”. Características biológicas Estudos sobre a diversidade biológica da floresta indicam que ela representa o ambiente mais pluralizado do planeta. Detém cerca de 20% de toda a variedade de espécies do mundo, o que gera interesses internacionais na região. A flora A Floresta Amazônica tem suas matas classificadas em três grupos: 1. Matas de terra firme – localizadas em terras altas, estão permanente- mente livres de inundações. Abrigam as árvores de grande porte (50m de altura) com raízes tabulares4 extremamente importantes para sua susten- tação. Ex.: guaraná, castanha-do-pará, maçaranduba, sapucaia. 4 Raízes que se desenvol-vem próximas ao solo e que se espalham sobre a superfície, com isso apresen- tam uma grande capacidade de sustentação para as árvo- res de grande porte. 11 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 2. Matas de igapó – localizadas em terrenos baixos, permanecem inunda- das na maior parte do tempo. Sua vegetação apresenta adaptações ao alagamento contínuo como caules impregnados por suberina e lignina (proteínas que os impermeabilizam). Ex.: arbustos, cipós, epífitas, musgos, bromélias, vitórias-régias. 3. Matas de várzea – representam uma espécie de mata de transição entre as duas anteriores. Sofrem inundação temporária e dependendo de sua localização podem se assemelhar mais com matas de terra firme (regiões mais altas) ou com matas de igapó (regiões mais baixas). Ex.: cedro, cerejeira, mogno, virola, açaí, seringueira e plantas medici- nais. A fauna A fauna amazônica também é bastante diversificada. Pesquisadores esti- mam que 70% das espécies de invertebrados presentes nela ainda não foram ca- talogadas. Segundo dados publicados pela National Academy of Science em um único hectare de floresta tropical há mais de 42 mil espécies diferentes de insetos. Alguns dados revelam esta extrema diversidade: peixes – 1 400 espécies (ex.: pirarucu, pintado); anfíbios – 518 espécies; répteis – 550 espécies (ex.: jacaré-da-amazônia, jacaré-açu); aves – 1 000 espécies (ex.: araçari, mutum-pinina); mamíferos – 311 espécies (ex.: guariba, jaguatirica). Conclusões Nesta aula apresentamos parte do ecossistema da Floresta Amazônica. Em nosso estudo destacamos a sua localização abrangendo nove países da América do Sul e oito estados brasileiros. Enfatizamossua importância para a manutenção do clima planetário, a po- breza do seu solo e a grande quantidade de água que drena para o oceano (12 trilhões de m3/ano). Por fim, caracterizamos sua diversidade biológica por exemplares da fauna e da flora, bem como sua importância para pesquisas científicas, uma vez que ainda desconhecemos a maior parte das espécies ali existentes. Floresta Amazônica I 12 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica I Floresta Amazônica: uma comunidade clímax (LOPES, 2004) A Amazônia, que é a maior floresta tropical do mundo e tem sua maior porção em território brasileiro, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Sua incrível diversidade biológica, abrigando cerca de 20% de todas as espécies vivas do planeta confere-lhe uma infinidade de inter-relações ecológicas. Todos os elementos – clima, solo, fauna e flora – estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como principal. Todos contribuem para a manutenção do equilíbrio, de modo que a ausência de qualquer um deles é suficiente para desarranjar o ecossistema. O que acontece, então, quando se cortam as árvores, arrancam-se ou queimam-se os tron- cos? Cortada a vegetação nativa, a fina camada de húmus pode se esgotar em dois ou três anos, pois não haverá a reposição de matéria orgânica. Além disso, com a retirada da vegetação nativa, as chuvas quase contínuas lavam o solo, retirando e desagregando os poucos nutrientes que o compõe. Pouco a pouco, o solo se tornará nu e cada vez mais arenoso. Não haverá uma sucessão secun- dária levando ao restabelecimento da mesma comunidade clímax anterior. Dificilmente a região se transformaria em um deserto total, pois os ventos alísios, oriundos do oceano são capazes de garantir uma umidade necessária para algumas formas de vegetação. Mas de qualquer maneira o ecossistema estaria destruído. 1. Faça um levantamento da fauna amazônica, incluindo três variedades de vertebrados. 13 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 2. Justifique o fato do bioma amazônico apresentar tanta disponibilidade de água. 3. Comente os fenômenos do turnover e da evapotranspiração. Floresta Amazônica I 14 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica I Sugiro que aprofundem seus estudos navegando pelos sites abaixo que permitirão uma maior visualização da Floresta Amazônica: <www.ambientebrasil.com.br> <www.amazonia.org.br> <www.mma.gov.br> 15 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica I 16 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica II N esta aula estudaremos de que maneira as tribos indígenas formaram a po-pulação da Amazônia e qual é a situação atual das mesmas. Faremos uma descrição da ocupação da floresta por expedições científicas, a relação do homem com a exploração dos recursos, e também identificaremos os impactos ambientais decorrentes do contato da atividade humana com esse ambiente. Aspectos socioeconômicos As comunidades indígenas representam o povo natural da região amazô- nica. Estima-se que existiam originalmente 5,6 milhões de habitantes, e que os mesmos representavam uma riqueza cultural expressa em 1 300 línguas diferen- tes. Esses dados revelam o quanto a diversidade cultural acompanha a magnitude da floresta. Identificam-se hoje apenas 170 línguas e habitam a Amazônia Legal aproxi- madamente 170 mil índios, representando uma significativa redução na população nativa da floresta. Muitos índios morreram em consequência do contato direto ou indireto com os europeus e as doenças por eles veiculadas. Doenças consideradas de pouco grau de mortalidade atualmente (gripe, sarampo, coqueluche) foram extremamente le- tais e outras mais graves, como tuberculose e varíola, representaram verdadeiras pandemias1 nas comunidades indígenas. Os índios não tinham contato com estes antígenos, logo, não possuíam anticorpos capazes de protegê-los. Alguns povos indígenas conseguiram se isolar e, afastados, ficaram protegi- dos desse tipo de situação. Outro fator a ser destacado é que conseguiram manter suas culturas e tradições preservadas, e sobrevivem até os dias de hoje isolados do convívio com a sociedade. Relação dos índios com a floresta Vivendo da caça, pesca, coleta e agricultura sustentável, os índios mantêm uma relação de harmonia com a floresta respeitando os seus ciclos e sua capaci- dade de suporte. Esta relação equilibrada pode ser evidenciada em alguns exemplos entre o meio ambiente e sua cultura, entre eles podemos destacar: Rotação de culturas – consiste em respeitar a capacidade de crescimento vegetal não esgotando o solo. Quando há a percepção de que a produtivi- dade está caindo os índios mudam o seu local de colheita, permitindo uma recuperação natural do solo e, devido ao fato de ser praticada uma agricul- tura de subsistência, as áreas exploradas são de pequenas proporções. A que se deve esta redução? 1 Surto de uma doença que se dissemina e ataca um elevado número de indivídu- os numa população ou vários povos no planeta. 17 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Queimadas controladas – as queimadas realizadas pelos povos indígenas não são sistemáticas, mas sim esporádicas. Este fato permite, inicialmente, um aumento da fertilidade do solo, e, devido ao equilíbrio das culturas plan- tadas, há tempo para a restituição dos micro-organismos decompositores. Integração com a fauna – a caça é fonte de alimento proteico para os indígenas, porém ocorre de forma equilibrada e apenas para atender a subsistência da população local. Flora – os indígenas exploram a flora como fonte de alimento, madeira para moradia, armas, fogo, transporte e ervas medicinais. Lendas e histórias – passadas de geração a geração. A origem do guaraná (BRANCO, 1997) Um jovem indiozinho da tribo dos Maués é atacado na mata por Jurupa- ri – um espírito do mal, que, assumindo a forma de uma serpente peçonhenta, acaba o envenenando e, infelizmente, o matando. Tupã, o deus supremo, não gostando nenhum pouco da situação, vinga-se do mau espírito, regando abun- dantemente com suas chuvas o túmulo do indiozinho, de onde germina uma bela planta benéfica. Esta tal planta se parece com os grandes e brilhantes olhos da criança desaparecida. Conseguimos perceber que existe uma relação de respeito e harmonia dos índios com a Floresta Amazônica. Esta é expressa em cada passagem em cada postura e, principalmente, no dia a dia de exploração dos recursos que a floresta pode oferecer, ou seja, em perfeita homeostase2. Ocupação e exploração da floresta Tudo começou com as expedições científicas dos colonizadores europeus motivados pela possibilidade da presença de riquezas minerais, como as encon- tradas em outros locais na América do Sul. Logo eles perceberam que na Floresta Amazônica não havia ouro, nem pedras preciosas disponíveis como em outros locais, portanto visualizaram a importância de focalizarem suas ações em pro- postas científicas de estudos. Muitas expedições ocorreram e estudos nas áreas de zoologia e botânica se proliferaram. Os anos de 1840 foram significativos pela exploração da borracha das se- ringueiras. Com uma matéria-prima de ótima qualidade poderiam confeccionar diversos objetos (bolas, capas, mangueiras, impermeabilizantes, entre outros). Em tempos mais modernos, especificamente no século XX, o governo bra- sileiro estimulou a ocupação daquela região, objetivando garantir o poder sobre seu território contra possíveis invasões. Pessoas de diversos estados foram es- 2 Representa o equilíbrio do metabolismo dos orga- nismos vivos.Em ecologia, definimos como a perfeita in- ter-relação entre os recursos oferecidos pelo meio ambien- te, os diversos componentes da fauna, flora e homem. Floresta Amazônica II 18 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica II timuladas a ocupar a floresta, principalmente com culturas de milho, cana-de- -açúcar e gado (ano de 1940). Em 1975, a proposta se consolidou com a constru- ção da estrada Transamazônica. Seu traçado saía de Pernambuco e da Paraíba, percorrendo 8 100 quilômetros em diversos estados até a fronteira do Peru com o Acre. A grande intenção deste megaprojeto era escoar a produção da região até os portos do Oceano Pacífico. Exploração comercial A floresta foi explorada por um grupo de ocupação que não detinha a cultu- ra do local e, principalmente, a sabedoria da melhor forma de utilizar os recursos da natureza. Este fato ficou evidente nas alternativas encontradas pelo governo e propostas à sociedade que ocupou o local, tais como: lavoura de cana-de-açúcar, milho, arroz, feijão, mandioca, entre outras; gado leiteiro e de corte; madeira para construção de móveis e utensílios; minérios como alumínio, ferro, ouro, entre outros; hidrelétricas. Impactos ambientais O que vem a ser um impacto ambiental? Para entender, temos que considerar a participação do homem, ou seja, im- pacto ambiental representativo de qualquer forma de interferência antrópica3 que desencadeia alterações químicas, físicas, funcionais ou paisagísticas no meio am- biente. A Floresta Amazônica vem sofrendo todo tipo de impactos ambientais, ve- jamos alguns. Desmatamento Talvez represente o impacto mais significativo e o que mais mobiliza as pessoas quando é evidenciado. Estima-se que 16% da floresta original já foi des- matada. Dados alarmantes revelam que só no estado do Pará já foram desmatadas áreas equivalentes aos territórios da Holanda, Portugal, Áustria e Suíça juntos. Existe uma região conhecida como o “Arco do Desmatamento” que cobre os estados do Pará, Acre, Mato Grosso e Rondônia. Esses estados são responsá- veis por 75% do desmatamento da Floresta Amazônica. Hoje, 75% dos 30 milhões de metros cúbicos de madeira extraída da floresta são legalizados por autorizações de desmatamento; 5% saem de áreas com plano de manejo; e 20% são ilegais. Estima-se que 22 madeireiras estrangeiras estão autorizadas a atuar na região e que o número das nacionais chegue ao triplo. 3 Representa qualquer coi-sa pertencente ou relacio- nada aos homens. 19 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Os proprietários de terras podem desmatar 20% de suas propriedades em regiões consideradas de florestas e em regiões características de cerrado esta au- torização chega a 65%. O desmatamento e o clima Podemos considerar a prática do desmatamento nefasta sobre diversos as- pectos, e um deles é o clima. O fato das árvores não promoverem o sequestro do carbono4 implica no incremento do efeito estufa5 e a floresta amazônica tem papel vital devido à densidade da mata que possui. Estima-se que 200 milhões de toneladas de carbono/ano não são mais retiradas da atmosfera devido ao desmata- mento da floresta amazônica. Com o desmatamento, há a diminuição da reposição de água para a atmos- fera, alterando sensivelmente o regime de chuvas. A exposição do solo, desencadeada pela retirada da cobertura vegetal, pro- voca a lixiviação6 do mesmo e o consequente empobrecimento de nutrientes. Queimadas A prática das queimadas é nefasta a médio e longo prazo. Quando queima- mos o solo retiramos a cobertura orgânica ali presente. As cinzas geradas com a queima enriquecem o solo num primeiro momento, porém com a prática sucessiva o calor provoca a morte dos microorganismos responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica. Esta interrupção na cadeia faz com que haja uma esterilização do solo e, consequentemente, desencadeia o fenômeno da desertificação7. Mineração As atividades das mineradoras têm provocado impactos ambientais graves, pois deixam verdadeiras crateras nos locais de exploração, terrenos com mon- tanhas de materiais não aproveitáveis (entulho) e muitos rios contaminados por mercúrio – neste caso, especificamente, para extração do ouro, uma vez que o mercúrio permite uma precipitação do minério facilitando sua obtenção. Deve- mos destacar que o contato com o mercúrio pode provocar sérias lesões no siste- ma nervoso e, a longo prazo, o câncer. Biopirataria Um problema grave na Floresta Amazônica é a exportação ilegal de espé- cimes nativos. Estima-se que o tráfico retire da floresta 38 milhões de exemplares da fauna e da flora por ano. O que mais nos revolta é que apenas 10% dos animais sobrevivem aos maus tratos e manejos inadequados, conseguindo chegar aos seus destinos. 4 Esta expressão é utilizada para retratar a retirada de dióxido de carbono da atmos- fera pela ação dos vegetais no fenômeno da fotossíntese. 5 Um fenômeno atmosféri-co natural que garante a manutenção de temperaturas médias, no planeta Terra, em torno de 18ºC. Este fator permite a sobrevivência da maioria das espécies no pla- neta. A grande preocupação da comunidade científica internacional é com o fenô- meno que está ocasionando o superaquecimento global. 6 Mecanismo de lavagem do solo pela exposição excessiva às águas das chu- vas. Este processo leva os nu- trientes e empobrece o solo. 7 Formação de áreas sem nenhuma forma de vida. Não há sucessão ecológica devido à ausência de nu- trientes e micro-organismos no solo. Sem a instalação de formas de vida vegetais, os animais migram para outras regiões. Floresta Amazônica II 20 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica II Conclusões Nesta aula apresentamos a Floresta Amazônica como fonte de riquezas, e identificamos o histó- rico da ocupação humana que dizimou as populações indígenas devido às pandemias. Enfatizamos também a ocupação inadequada do local por pessoas que não dominam o conhe- cimento da floresta, desencadeando uma exploração desordenada dos recursos. Ainda destacamos os impactos ambientais decorrentes desta ocupação evidenciando o desma- tamento como o maior vilão e suas consequências. A cultura da predação e do desperdício (MEIRELLES, 2004) A madeira é o principal produto florestal explorado em larga escala na Amazônia. Das mais de 3 100 espécies, cerca de 350 são utilizadas comercialmente e menos de 30 são responsáveis por 80% do mercado. Entre estas estão o mogno (mesmo proibido), a cerejeira (imburana), o angelim, o jatoba, a intaúba, o cedro e o ipê. Segundo Imazom, baseado em dados de 1998, 86% da exploração madeireira na Amazônia é predatória, ou seja, provêm de invasões, grilagens em áreas públicas, como unidades de conser- vação e áreas indígenas, desmatamentos em pequenas, médias e grandes propriedades. São cerca de 2 500 madeireiras cortando 28 milhões de metros cúbicos de madeira. Os 14% cortados legal- mente, de forma sustentável procedem de áreas de manejo florestal oficializado. A madeira da Amazônia é sinônimo de desperdício e ilegalidade, desde o momento em que sai da mata até chegar ao consumidor final. Mais da metade de cada tora retirada é desperdiçada, primeiro na mata e depois no pátio da serraria. Quando a árvore cai, pode danificar cerca de 20 outras que estão ao seu redor. 1. Faça uma descrição das principais atividades econômicas exploradas na Floresta Amazônica. 21 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 2. Identifique três impactos evidentes presentes na floresta. 3. Comente os conceitos de desertificação e lixiação. Sugiro que aprofundem seus estudos navegando pelos sites a seguir, que permitirão uma maior visualização da Floresta Amazônica. <www.ambientebrasil.com.br> <www.geofiscal.eng.br><www.manejoflorestal.org.br> Floresta Amazônica II 22 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica III E sta aula tem como proposta discutir os conceitos de preservação e conservação apresentando o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e descrevendo como este sistema está configu-rado na Floresta Amazônica. Estaremos destacando as ações dos institutos de pesquisa, ONGs e órgãos governamentais que atuam na região, relacionando suas principais ações e identificando suas relações com a sustentabili- dade da Floresta. Por fim, discutiremos a questão da soberania nacional sobre o território da Amazônia Legal. Amazônia Legal Entende-se como Amazônia Legal a área contemplada por todos os estados brasileiros em que a Floresta Amazônica se distribui. Foi instituída em 1953, por meio da Constituição, objetivando a inclusão do estado de Mato Grosso e o norte do estado de Goiás, atual estado do Tocantins. Sua área constitui aproximadamente 50% de todo o país, com 11 248km de fronteiras e 1 482 quilômetros de costa. Conservação e preservação Normalmente, existe uma distorção na interpretação dos conceitos de preservação e conserva- ção. Para a população em geral preservar o meio ambiente significa ter ações que contribuam para proteção ou, principalmente, a manutenção de sua limpeza. Já conservar, na maioria dos casos, nem aparece como conceito. Mas como entendemos estes conceitos? Conservação – representa o manejo dos recursos do ambiente, com o propósito de obter-se a mais alta qualidade sustentável da vida humana. Objetiva entender os efeitos da atividade humana nas espécies, comunidades e ecossistemas, desenvolvendo abordagens práticas para prevenir a extinção das espécies e, se possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema. Preservação – caracteriza ações de proteção e/ou isolamento de um ecossistema com a finali- dade de que ele mantenha suas características naturais, por constituir-se como patrimônio ecológico de valor. Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) O SNUC foi instituído pelo Governo Federal no ano de 2000, por meio da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000. Foi estabelecido que as unidades de conservação (UCs) são áreas naturais protegidas que devem estar enquadradas em normas especiais de administração, pretendendo que as mesmas possam garantir a sua proteção. 23 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Seu manejo e gerenciamento estão intimamente ligados à categoria em que foi inserida no momento de sua criação. De acordo com o Governo Federal, as unidades de conservação devem ser criadas de acordo com a relevância do ecossistema e recursos naturais ali presen- tes, e devem ser classificadas como disposto a seguir. Unidade de conservação de proteção integral, caracterizada como de uso indireto: – estação ecológica; – reserva biológica; – parque nacional/estadual/municipal; – monumento natural; – refúgio de vida silvestre. Unidade de conservação sustentável, caracterizada como de uso direto: – área de proteção ambiental; – área de relevante interesse ecológico; – floresta nacional; – reserva extrativista; – reserva de fauna; – reserva de desenvolvimento sustentável; – reserva particular do patrimônio natural. Unidades federais de conservação na Amazônia Proteção integral – 46% Uso sustentável – 54% Alternativas para sustentabilidade Programas de áreas protegidas da Amazônia A Floresta Amazônica vem sofrendo com o manejo inadequado de seus re- cursos e devido à ocupação desordenada de seu território. Várias alternativas são propostas para melhorar o quadro de devastação da Floresta; entre elas, algumas caminham em consonância com as categorias de manejo identificadas anterior- mente. Como exemplo podemos citar o Programa de Áreas Protegidas da Ama- zônia. Como isso vem sendo feito na floresta? Floresta Amazônica III 24 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica III Este programa tem como foco promover alternativas sustentáveis de explo- ração da Floresta, por meio da criação, recuperação e estímulo de práticas que reflitam estas alternativas. Devido a isso, foi criado o Projeto de Recuperação de Áreas Alteradas na Amazônia (Arpa). Este projeto tem duração prevista para dez anos e foi instituído pelo Governo Federal para aproveitamento econômico sustentável da Floresta Amazônica. Em números pretende proteger 50 milhões de hectares. Ecorregiões Segundo Dineerstein (1995), o conceito de ecorregiões estabelece um con- junto de comunidades naturais, geograficamente distintas, que compartilham a maioria das suas espécies, dinâmicas e processos ecológicos, e condições am- bientais similares, que são fatores críticos para a manutenção de sua viabilidade a longo prazo. Na Floresta Amazônica foram identificadas 23 ecorregiões e os pro- gramas para sustentabilidade da Floresta devem dirigir suas ações considerando este dado. Agenda positiva A agenda positiva para a Amazônia consiste em um grupo de propostas que concorrem para a sustentabilidade da floresta. Estas ações compreendem uma integração do poder público, das empresas e da sociedade local. Os itens identifi- cados abaixo foram os propostos na comissão de estudo. Zoneamento ecológico-econômico: estabelece mecanismos de explora- ção dos recursos da Amazônia baseados em capacidade de suporte dos ecossistemas. Infraestrutura (transporte e energia): devem ser priorizados os transpor- tes fluviais e o aproveitamento da malha hidroviária já existente. Quanto à produção energética, a lenha que sobra das madeireiras e os restos de cultivos podem ser fontes alternativas à utilização de energia pelas hi- drelétricas. Apesar de possuir a maior bacia hidrográfica do mundo, os rios apresentam pouca declividade e a instalação de usinas hidrelétricas devem ser analisadas pelo impacto ambiental criado. Geração sustentável de emprego e renda – Agroextrativismo: técnica que respeita os ciclos naturais do ecossistema amazônico. As comunidades que conhecem os mecanismos de funciona- mento da Amazônia devem ser estimuladas a fazer a exploração susten- tável de seus recursos. – Produção florestal: a floresta deve fornecer madeira de forma sustentá- vel, protegendo as espécies mais ameaçadas e, principalmente, garantin- do o reflorestamento para reposição dos estoques de madeira. – Pesca: grande fonte de proteína animal para a população da Amazônia e um recurso de elevado valor econômico. Com a abundância de rios, 25 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br devem criar um plano de manejo do pescado, respeitando épocas de re- produção e realizando o defeso. – Agropecuária: estimular esta atividade em áreas apropriadas, (terrenos planos) e não desmatar para implantar a atividade. – Ecoturismo: ainda insipiente, mas pode ser uma grande fonte de renda para a Amazônia, devido às suas belezas naturais e à sua biodiversidade; atrai pessoas do mundo inteiro e também pesquisadores interessados em conhecer as riquezas da Floresta. – Biotecnologia: é necessário o investimento nesta área. Estima-se que 75% das espécies ainda não foram catalogadas e diversos países pesqui- sam o universo amazônico na tentativa de novas descobertas. Controle e fiscalização: estimular o controle de órgãos ligados aos mu- nicípios, com tutela do Governo Federal, uma vez que com os 11 248 quilômetros de fronteiras fica muito difícil atuar com eficácia. Ciência e tecnologia: estímulos às universidades, governos e empresas para investirem numa exploração racional e utilizando a pesquisa cientí- fica, em todos os níveis, como norte para suas ações. Educação Ambiental: talvez seja este o principal fator diferencial para a sustentabilidade da floresta, junto ao item anterior.Utilizar o conheci- mento científico e tecnológico para promover ações que despertem nos amazônidas a consciência da importância da manutenção do equilíbrio da Floresta. Projeto Castanha-do-brasil Este projeto consiste na exploração sustentável da castanha-do-pará, tam- bém conhecida como castanha-da-amazônia ou castanha-do-brasil. Foi desenvol- vido pelo governo do Amapá e representa uma atividade de sucesso, tanto para a população envolvida, como para o meio ambiente. A lógica de produção da castanha sempre foi o extrativismo direto. A popu- lação local, que depende do ritmo da floresta, é obrigada a ficar meses dentro da mata (dezembro a junho), e necessita de recursos para subsistir durante este perí- odo (querosene, óleo, sal, botas, facões etc.). Como a carência é muito grande, os atravessadores implantaram o aviamento. Desta forma, os trabalhadores recebem todo o material necessário para a extração e são obrigados a vender toda a produ- ção aos atravessadores. Essa prática, quase escrava, só beneficia o intermediário, que cria um ciclo de dependência no trabalhador e obtém elevados lucros com o processo. O governo do Amapá implantou uma nova ordem de produção, ou seja, passou a fornecer a infraestrutura de trabalho para o castanheiro, financiando os utensílios e a subsistência durante os meses em que o castanheiro fica na mata para produção. Também garantiu o transporte, fornecendo um barco para realizar o transporte de toda a castanha colhida pelos trabalhadores. Outro fator signifi- Floresta Amazônica III 26 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica III cativo foi a garantia de compra de toda a produção, o que resultou na eliminação da figura do atravessador. O governo passou a utilizar a castanha na merenda das escolas do estado. Foi solicitado um estudo ao Instituto de Estudos e Pesquisas do Amapá sobre o beneficiamento da castanha, e a partir daí criaram uma cooperativa que passou a fabricar cremes, xampus, óleo, azeite, farinha, biscoitos, entre outros produtos. Com isso agregaram valor à produção e hoje já exportam para diversos países. Conseguiram um selo de qualificação internacional do seu azeite como um produto ecológico. O projeto contempla diversos princípios básicos da constituição brasileira, entre eles a promoção da cidadania dos povos da floresta, a utilização sustentável dos recursos e o desenvolvimento social. Projeto Produção de Açaí Representa mais uma atividade de sucesso desenvolvida na Floresta Ama- zônica. Os extrativistas que exploravam o açaí muitas vezes derrubavam as palmei- ras para obter seus frutos, numa prática insustentável de produção. Estimulados pelo governo do Pará (criação de cooperativas) e por um projeto da Universidade Federal do Pará, Programa Pobreza e Meio Ambiente (Poema), por meio do qual os produtores de açaí passaram a processar a polpa e, principalmente, a organizar a produção para o mercado. Como resultados, o município de Igarapé-mirim tornou-se a capital mundial do açaí. Empresas de diversas partes do mundo compram as polpas pasteurizadas e o açaí com xarope de guaraná e agregaram mil por cento de aumento ao preço original do produto. O projeto tem um cunho de desenvolvimento local associado ao respeito com o meio ambiente. As palmeiras hoje só são derrubadas quando estão muito altas e não viabilizam mais a produção do açaí, mesmo assim fornecem madeira e o palmito. Ambos os projetos descritos valorizam o que chamamos da “floresta em pé”, ou seja, o povo local não segue um modelo estabelecido por outras regiões. Ao inverso, valoriza as particularidades da floresta e explora de forma racional, percebendo que mantendo a floresta em pé ele terá mais sustentabilidade e rendi- mentos perenes. Madeira ecológica No Acre também está sendo realizado um projeto de sustentabilidade para a Floresta Amazônica – o Projeto Manejo Florestal Sustentável – em pequenas pro- priedades no estado do Acre. O projeto representa uma parceria entre o Progra- ma das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUD), a Empresa de Pesquisas Agropecuárias local (Embrapa) e o governo do estado. 27 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O projeto consiste em estimular pequenos produtores a utilizar técnicas sus- tentáveis de exploração da madeira. Eles valem-se de apenas 5% de suas proprie- dades por ciclo de produção e conseguem superar o rendimento que teriam com a pecuária em uma área cinco vezes maior. Reservam metade da propriedade ao programa, e, como utilizam 5% por vez, cada área é explorada de 11 em 11 anos, o que garante sua possibilidade de recuperação. São selecionadas apenas as árvores consideradas adequadas para a produ- ção e que possuam ciclos de crescimento compatíveis com a proposta do projeto. Cada árvore é derrubada individualmente e uma serraria portátil é levada até o interior da mata. Toda a madeira é processada no próprio local e são aproveitadas todas as partes da árvore. A retirada da madeira é feita por meio de tração animal, o que evita o impacto do transporte. A madeira produzida na região ganhou uma certificação pelo Forest Stewarship Council (FSC), garantindo um melhor preço no mercado internacional. Institutos de Pesquisas na Amazônia (<www.amazonia.org.br>) Cenaqua – Centro Nacional dos Quelônios da Amazônia Atua em nove estados na promoção da proteção e manejo da tartaruga- -da-Amazônia. DNPM – Divisão de Geologia e Pesquisa Mineral Caracterização, avaliação e mapeamento dos depósitos de ouro na região amazônica. Iepa – Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá Tem como finalidade desenvolver estudos e pesquisas científicas, tec- nológicas, econômicas, culturais e sociais tendo como base o homem, o meio ambiente, a fauna, os recursos naturais e a flora em seus aspectos gerais e medicinais. Por meio de suas pesquisas com plantas medicinais conseguiu descobrir maneiras eficazes de controlar o diabetes e espantar o mosquito trans- missor da malária. Inpa – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia O Inpa cumpre a missão de gerar, promover e divulgar conhecimentos científicos e tecnológicos da Amazônia para a conservação do meio am- biente e o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais, em benefí- cio principalmente da população regional. Floresta Amazônica III 28 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Floresta Amazônica III Algumas áreas de pesquisa: Aquicultura, Biologia Aquática, Biblioteca, Botânica, Ciências Agronômicas, Coleções Zoológicas, Ecologia, Ento- mologia, Geociências, Laboratório de Sensoriamento Remoto, Produtos Florestais, Produtos Naturais, Oncocercose, Silvicultura Tropical, Tec- nologia de Alimentos. Ipam – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia O Ipam tem como principais objetivos determinar as consequências eco- lógicas, econômicas e sociais do desenvolvimento da Amazônia, por meio da execução de programas de pesquisa científica e tecnológica. Laboratório de Produtos Florestais – Ibama Centro de Pesquisa do Ibama que desenvolve e transfere tecnologias para promoção do desenvolvimento sustentável no setor florestal, por meio de pesquisas nas áreas de caracterização tecnológica de madeiras, desen- volvimento de produtos e processos, madeira na construção, energia da biomassa, normalização e controle de qualidade, borracha natural etc. Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) Tem a missão de produzir e difundir conhecimento e acervos científicos sobre sistemas naturais e socioeconômicos relacionados à Amazônia. Naea – Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (UFPA) Possui cursos de mestrado em Planejamento do Desenvolvimento e dou- torado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, contribuin- do grandemente para a formação de pesquisadores, docentes e técnicosem planejamento e políticas públicas. Ames Global Ecosystem Science (Nasa)1 Conclusões Nesta aula abordamos o sistema nacional de unidades de conservação e como a região amazônica está inserida neste contexto, identificando que 54% das áreas de UCs na floresta são de uso sustentável e 46% são de proteção integral. Apresentamos algumas experiências de sucesso na exploração sustentável dos recursos naturais em especial destacando as experiências com a castanha-do- -Brasil, no Amapá; do Projeto do Açaí, no Pará; e da Madeira Ecológica, no Acre. Listamos também os grandes centros de pesquisa atuantes na floresta ama- zônica ressaltando a importância de todos eles para o futuro da região. 1Mais informações podem ser obtidas, em inglês, nos endereços: <http://geo.arc.nasa.gov/sge/ casa/regmdl.html> e <http://geo.arc.nasa.gov/sge/ brass/Brass.Biogeo.html>. 29 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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