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TICS 6 - Tipos de hepatite viral

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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV
ALEXIA ALEXANDRINA POSSIDONIO ALMEIDA
4º PERÍODO
ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – TIPOS DE HEPATITE VIRAL – SEMANA VI
GUANAMBI/BA
2022
PERGUNTA: Quais os cinco principais tipos de hepatites virais
conhecidas? Quais as diferenças clínicas entre elas? Quais possuem vacina
disponível?
RESPOSTA:
A hepatite viral é uma infecção que leva à necroinflamação hepática,
sendo a causa mais frequente de hepatopatias agudas e crônicas. Pode ser
classificada em hepatites A, B, C, D e E, distinguidas através dos marcadores
virais, já que a identificação do tipo a partir somente das manifestações clínicas
é difícil. Não há achados patognomônicos desta patologia, porém existem
sinais e sintomas que indicam necrose hepatocelular, característicos de cada
fase da doença (pré-ictérica, ictérica e convalescente). O período de incubação
é assintomático e dura de semanas a 6 meses. A fase pré-ictérica (prodrômica)
é marcada por sintomas constitucionais, enquanto que, na fase ictérica,
encontram-se a acolia fecal, icterícia, prurido e colúria. A fase convalescente é
assintomática, indicando cura (em geral, nos casos de hepatites A e E),
infecção latente assintomática e crônica (hepatite C) ou ser portador (hepatite
B).
A hepatite A não evolui para a forma crônica, ocorrendo de maneira
esporádica ou epidêmica. Sua via de transmissão é fecal-oral, portanto,
condições sanitárias precárias, aglomerações primárias (escola, prisão, guerra)
e sexo anal são fatores de risco para essa infecção, além do consumo de
mariscos oriundos de águas poluídas. É mais frequente em crianças e
adolescentes e, em geral, caminha para a cura. Em casos mais raros, pode
possuir caráter protraído, onde são observados níveis anormais das
transaminases durante um período de 4 a 6 meses. Devido ao fato de se
apresentar através de um único sorotipo, o controle por meio da vacinação
(dose única, entre 12 meses de idade e 2 anos de vida) é efetivo. Nesse
subtipo, a fase ictérica é mais curta.
A hepatite B tem, como principal via de transmissão, o sexo (VHB
encontrado no sêmen e na saliva), além da via parenteral (a exemplo de
transfusão sanguínea e drogas injetáveis). Os principais marcadores virais são
o antígeno AgHBs (infecção atual) e os anticorpos anti-HBc-IgM (infecção
natural aguda), anti-HBc-IgG (infecção natural tardia) e anti-HBs (imunização
por infecção natural ou por vacina, sendo esta a profilaxia mais eficaz, tanto
para a forma aguda, quanto crônica da doença). A hepatite aguda B
sintomática evolui de forma limitada em mais de 95% dos casos, assim, a
conduta deve ser expectante. Na fase pré-ictérica, a hepatite B possui achados
clínicos distintos dos de outros tipos de hepatite, a exemplo de urticária, artrite,
glomerulonefrite, doença do soro e exantema. Pode vir acompanhada de
anemia aplásica, trombocitopenia, púrpura, síndrome de Guillain-Barré,
pancreatite e vasculite.
A hepatite C, frequentemente, é assintomática. Possui resposta imune,
em geral, menos intensa que a da hepatite B, sendo rara a hepatite fulminante.
A sua evolução para a cronicidade ocorre em 55-80% dos casos, mas a chance
de resolução aumenta quando a hepatite aguda é acompanhada de icterícia,
indicando lesão hepatocelular, já que, nesses casos, há queda rápida da
viremia. A eliminação espontânea do vírus, geralmente, está associada a casos
de quadro agudo sintomático, sexo feminino e idade abaixo de 40 anos, mas
nenhum desse parâmetros é definitivo para predizer a eliminação viral. O VHC
é responsável por 90% das hepatites pós-transfusionais ocorridas antes de
1990. Os indivíduos de alto risco para contrair essa doença são aqueles que
recebem sangue e derivados (hemofílicos, transplantados), toxicômanos,
profissionais de saúde, dialisados e pessoas com parceiros sexuais, familiares
e pais infectados. A via de transmissão se dá, principalmente, pelo sangue
(seringas, materiais contaminados), se enquadrando, então, as drogas venosas
(50% da incidência da doença). Além disso, outras formas de contaminação
são o transplante de órgãos, a transmissão vertical (sobretudo se a mãe for
portadora de HIV), a transmissão sexual (sexo anal-oral, principalmente entre
pessoas coinfectadas com HIV), o contato íntimo, técnicas de tatuagem e
aspiração de cocaína intranasal. A endemicidade da infecção pelo VHC, no
Brasil, é baixa, sendo os fatores de risco a extrema pobreza e o aumento da
idade. Os exames feitos buscam o anti-VHC (incapaz de distinguir infecção
aguda de crônica) e o RNA viral (PCR, indicando, se positivo, infecção ativa,
enquanto a sua persistência durante 2 a 3 meses após o início do quadro
indica evolução para a fase crônica). O diagnóstico de hepatite aguda C não é
comum e não há vacina para essa doença, nem profilaxia eficaz
pós-exposição, havendo, somente, prevenções primárias (reduzir a incidência
da infecção) e secundárias (diminuir o risco de hepatopatia e outras doenças
entre os portadores de VHC).
A hepatite D, por sua vez, tende a ser grave, evoluindo para morte em
cerca de 5% dos casos, sendo frequente a progressão para cronicidade. É
causada por um vírus defectivo, necessitando do VHB para infectar e
sobreviver no ser humano (por isso, apesar de não existir vacina específica
contra o VHD, a vacina contra a hepatite B também imuniza o indivíduo em
relação à hepatite D). Os tipos B e D ocorrem, principalmente, na região
amazônica. Os fatores de risco envolvem o uso de drogas intravenosas, o
contato sexual com indivíduos infectados pelo VHD, ser paciente hemofílico e
portador de hepatite B crônica, ser homossexual do sexo masculino ou ser
presidiário. Os principais marcadores utilizados são o anti-VHD-IgG e
anti-VHD-IgM, além do AgVHD e o RNA viral.
Por fim, a hepatite E é causadora de epidemia e endemia, relacionada a
condições sanitárias precárias, sendo a sua transmissão realizada pela via
fecal-oral (principalmente pela água contaminada, já que a contaminação
pessoa-pessoa não é tão frequente). Pode provocar hepatite grave com alta
taxa de letalidade em gestantes. A doença aguda é assintomática, insidiosa e
autolimitada, sendo o diagnóstico, por vezes, não suspeitado. Casos
sintomáticos e graves ocorrem, principalmente, em portadores de doença
hepática crônica, transplantados (órgãos sólidos), receptores de célula-tronco
hematopoiéticas, idosos, gestantes (em especial, no último trimestre, chegando
a ocasionar a forma fulminante fetal) e imunossuprimidos (portadores de HIV,
por exemplo). Pode ser marcada por febre, diarreia aguda autolimitada e níveis
de transaminases persistentemente elevados. Os testes sorológicos são feitos
com antígenos da ORF2 e ORF3, e anticorpos anti-VHE (IgM e IgG). Não há
vacina contra a hepatite E.
REFERÊNCIAS:
FERREIRA, Cristina Targa; SILVEIRA, Themis Reverbel da. Hepatites virais:
aspectos da epidemiologia e da prevenção. Revista Brasileira de
Epidemiologia, v. 7, n. 4, p. 473–487, 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X200400040
0010&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 12 set. 2022.
MARTINS, Mílton de A.; CARRILHO, Flair J.; ALVES, Venâncio Avancini F.;
CASTILHO, Euclides. Clínica Médica, Volume 4: Doenças do Aparelho
Digestivo, Nutrição e Doenças Nutricionais. Barueri: Editora Manole, 2016.
E-book. ISBN 9788520447741. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520447741/>. Acesso
em: 12 set. 2022.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2004000400010&lng=pt&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2004000400010&lng=pt&tlng=pt
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520447741/

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