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Juliana Silva | 1
Dermatologia
Micoses superficiais!
São infecções fúngicas da pele, cabelo e unhas — 
raramente invadem a pele ou órgãos internos 
(comprometimento extracutâneos) 
Importância: 
⇢ Muito frequentes 
⇢ Causam morbidade e favorecem a infecções 
bacterianas (é comum que o paciente tenha uma 
micose e sofra infecção bacteriana secundária) 
⇢ Calor, umidade do meio ambiente e sudorese 
abundan te favorecem desenvo lv imen to 
(esportistas, habitantes de regiões quentes são 
mais sujeitos) 
⇢ Também há condições sistêmicas que favorecem 
o surgimento, qualquer imunossupressão, 
principalmente diabetes mellitus 
⇢ O quadro clínico pode ser inf lamatório, 
predominando eritema ou pode ser não 
inf lamatório 
Também são chamadas de dermatof itoses. 
 Agentes: 
⇢ Microsporum 
⇢ Trichophyton 
⇢ Epidermophyton 
Os agentes se dispõem em hifas! 
O quadro clínico resulta da ação direta do fungo na 
pele no fânero e da resposta imunológica do paciente 
que leva ao eritema. 
 Patogenia:: 
⇢ Ação direta do fungo 
⇢ Resposta imunológica → eritema 
 Epidemiologia: 
⇢ Tinha de couro cabeludo: mais comum em 
crianças 
A mãe traz a criança com queixa de alopecia. Ao 
exame, tem-se pontos de saída de secreção 
purulenta. 
⇢ Tinha inguinal e do pé: homem adulto (roupa e 
calçados). 
Micoses superficiais
Micoses superficiais 
inflamatórias
Micoses superficiais 
não inflamatórias
Micoses superficiais inflamatórias
Juliana Silva | 2
Dermatologia
As tineas podem comprometer toda a pele, couro 
cabeludo, unhas, sola dos pés. No couro cabeludo é 
raro nos adultos, é quase exclusivo da infância. Já, na 
região inguinal e pé, é mais comum em homens adultos. 
 Classificação: 
Fungos antropofílicos 
• Fungo parasita queratina do pelo e da epiderme 
→ descamação e alopecia 
• São transmissíveis de um individuo para o outro 
• Quadro menos inf lamatório 
• São fungos adaptados ao ser humano 
Fungos zoofílicos: 
• Fungos encontrados em animais 
• Dermatof itoses intensamente inf lamatórias, podendo 
ser supurativas 
• Não são transmissíveis entre humanos 
Fungos geofílicos: 
• Originados do solo; por contato direto infectam 
humanos 
 Fatores de risco: 
⇢ Umidade 
⇢ Pele lesada 
 Fatores de proteção: 
⇢ Ácidos graxos da pele 
⇢ Descamação natural da pele 
 Modo de transmissão: 
⇢ Contato direto com animais, solo ou pessoas 
⇢ Contato indireto (material contaminado) 
Tinea capitis ou 
Tinha do couro cabeludo 
➡ Compromete principalmente crianças, indivíduos na 
faixa pediátrica antes da puberdade 
Transmissão: 
‣ Contato com indivíduos infectados, animais ou terra 
Agentes: 
‣ Trichophyton (antropofílico) → é mais adaptado ao 
ser humano, o quadro é menos exuberante 
‣ Microsporum (zoofílico) 
• Tem maior af inidade pelo animal → muitas 
vezes o animal de estimação não apresenta 
nenhum quadro clínico, porque o fungo é bem 
adaptado a eles. Quando entra em contato com 
a pele humana, o fungo gera uma reação 
imunológica mais exuberante 
• O quadro clínico é tão exuberante que pode 
ser confundido com abscesso (infecção 
bacteriana) → quadro de alopecia com intensa 
inf lamação e supurarão no couro cabeludo. 
➡ Invade o folículo, quebra a haste do pelo e invade 
a área circunjacente 
➡ Paciente pode ter lesão única ou múltipla 
➡ Não é comum individuos da mesma família 
acometidos 
Juliana Silva | 3
Dermatologia
➡ Transmite de uma criança para outra 
➡ Manifesta-se com áreas de perda de cabeludo 
Quadro clínico: 
‣ Tinha tonsurante 
‣ Querion 
Como eles parasitam a haste, é por isso que o pelo 
quebra — tonsura é um outro nome técnico para se 
designar a pelo cortado. 
A presença do fungo dentro do pelo causa partição 
deste pelo, causando alopecia. 
Tinha tonsurante: 
• Forma não inf lamatória 
• Lesões únicas ou múltiplas, um ou mais membros 
de família, com tendência a cronicidade 
• Placas de tonsura = cabelos partidos + 
descamação 
Quérion: 
• Forma inf lamatória → é uma forma hiper 
inf lamatória de infecção fúngica 
• Placa única, surge de modo agudo 
• Elevada, dolorosa com pústulas e microabscessos 
• Não há infecção bacteriana, é reação exarcebada 
ao fungo 
• Aparecimento agudo, placa única, pode aparecer 
abscesso, individuo afebril, tem sinais de dor 
Dermatoscopia: 
‣ Pelos em saca-rolha ou em vírgula 
Com isso já conseguimos conf irmar o diagnóstico! 
Tratamento oral mandatório: 
É OBRIGATÓRIO! 
A tinea atinge a profundidade do folículo, se o 
tratamento for tópico, f icaria apenas na superfície. Por 
isso que o tratamento precisa ser via oral, por no 
mínimo 8 - 12 semanas até, em média, 4 meses. 
1ª escolha: Griseofulvina ou terbinaf ina via orał por 
período mínimo de 8-12 semanas, até a cura clínica e 
laboratorial. 
Alternativas: itraconazol e f luconazol (alto índice de 
falhas) → tem no posto de saúde mas não trata 
adequadamente 
Complementar: tópicos e xampu antifúngicos (elimina 
fômites) — principalmente na forma tonsurante para 
evitar disseminação aos contactantes → não são 
adequados para esse tipo de tratamento 
‣ Verif icar necessidade de tratar demais membros 
da família nos casos de múltiplas placas (ver se 
Juliana Silva | 4
Dermatologia
precisa tratar outros membros da família) → nas 
tineas pouco inf lamatórias 
‣ Tratar animal, que pode ter comprometimento 
discreto 
Atenção! o tratamento via oral é necessário pois 
os tópicos não penetram na profundidade do folículo 
Tinea corporis 
“Tinha da pele glabra" 
➡ Também chamada de tinea do corpo! 
➡ Distribuição mundial, mas é mais frequente em 
climas quentes e úmidos e em pessoas 
imunossuprimidas 
➡ Compromete todos os individuos, com mais 
i n tens i dade/exuberan te nos pac i en tes 
imunossuprimidos 
➡ Em imunossuprimidos e diabéticos → quase sem 
inf lamação, formas extensas, mas com borda nítida, 
por vezes referida como “tinea incógnito” 
Agentes: 
‣ Trichophyton rubrum 
‣ T. mentagrophytes 
Quadro clínico: 
‣ Placa eritematosa com grau variado de eritema e 
descamação borda mais acentuada, apresenta 
vesiculação mais acentuada na borda 
‣ Lesões únicas ou múltiplas, com crescimento 
centrífugo 
‣ As lesões podem formar círculos concêntricos 
‣ Presença de prurido 
Atenção para borda ativa, ou seja, com mais eritema, 
mais descamação! 
Tratamento: 
Forma localizada: tratamento tópico por 4 semanas 
- Cremes 1% imidazólicos (miconazol, isoconazo, 
tioconazol, econazol, bifonazol, cetoconazol, 
ciclopirox lâmina) - miconazol tem na rede publica 
- Secar bem regiões afetadas após o banho 
Forma extensa ou inflamatória: tratamento sistêmico 
durante 4 semanas 
- Terbinaf ina 250 mg/d 
- Itraconazol 
- Fluconazol 150 mg/sem 
Se o paciente é imunossuprimido, se há mais de um 
local acometido, é indicado o tratamento sistêmico. 
Juliana Silva | 5
Dermatologia
Ademais, as vezes pode ser que seja necessário um 
tratamento mais prolongado. 
Esses antifúngicos são muito pouco hepatotóxicos, 
portanto, são medicamentos que podem ser usados 
com segurança. 
O f luconazol é mais hepatotóxico do que a terbinaf ina, 
mas sua dose é tão baixa que raramente o paciente 
terá efeitos colaterais. Contudo, é o medicamento com 
menor ef icácia. 
Tinea cruris 
➡ Homens adultos: mais frequentes 
Agentes: 
‣ T. rubrum 
‣ T. mentagrophytes 
‣ E. f loccosum 
Quadro clínico: 
‣ Placa eritematosa, descamativa, com borda 
acentuada 
‣ Progressão centrífuga, prurido 
‣ Coceira importante 
Relacionada com: 
‣ Tinea pedis ou onicomicose (autoinfecção) 
‣ Diabetes 
‣ Obesidade (↑ sudorese) 
‣ Sudorese intensa (esportes, ocupação) 
Tinha do pé e tinha da 
mão 
➡ Pé mais comum que a mão (pé de atleta) 
➡ “two feet - one hand” = dois pés, uma mão - 
forma crônica, não usual mas muito característica 
Quadro clínico: 
‣ Graus variados de eritema (pode ser muito vivo 
ou quase nada), descamação e vesículas. 
‣ Aspecto macerado entre os dedos (nas regiões 
de dobras), ocorre por causa da queratina 
hidratada (f ica comesse aspecto esbranquiçado) 
‣ Causa muito prurido → quando no pé, ao coçar, 
autoinfecta a mão. 
 Tinea pedis Tinea mantum
Juliana Silva | 6
Dermatologia
Clínica: 
‣ Forma vesico-bolhosas até formas escamativas 
‣ Forma vesico-bolhosa: aguda, prurigonosa 
‣ Forma intertriginosa: umido, descamativo, aspecto 
branco - maceração e f issuras no espaço 
interdigital 
‣ Forma escamosa (crônica): descamação plantar ou 
luva 
Tinha ungueal ou 
onicomicose 
➡ A fonte mais comum de onicomicose é 
compartilhamento de material de manicure 
➡ As tineas da unha são raras na infância porque a 
criança apresenta uma maior velocidade de 
crescimento ungueal. 
➡ A unha do adulto demora cerca de 8 meses para 
renovação → contribui para infecção fúngica. Por 
isso que é raro ter onicomicose em criança, em 
geral é porque está cortando com material de 
adulto com onicomicose 
➡ Associação com tinea pedis é comum 
Agentes: 
‣ Tricophyton 
‣ Epidermophyton 
Clínica: 
‣ Início distal e/ou lateral 
‣ Pode haver comprometimento total ou até a 
matriz 
‣ Unha opaca com detritos córneos 
O comprometimento vem da borda livre. O fungo vai 
se deslocando e causa descolamento da unha - 
descolorações - unha f ica opaca, descolada do leito. 
A onicomicose que começa pela matriz é um sinal 
inequívoco de imunossupressão. 
‣ A lesão vai progredindo, posteriormente, há graus 
de distrof ia e descamação 
‣ No início tem-se uma separação da unha e do 
leito (onicólise), espessa-se, e há um acúmulo de 
substâncias da camada córnea. 
Juliana Silva | 7
Dermatologia
Diagnóstico diferencial: 
‣ Descolamento traumático 
‣ Psoríase 
‣ Liquen plano 
Sempre lembrar que nem toda condição que ocorre 
na unha é onicomicose! 
Para diferenciar da psoríase, deve-se examinar o 
paciente inteiro e procurar outras lesões de psoríase. 
Caso não tenha, procura-se a mancha de óleo que é 
característica da psoríase. 
O diagnóstico def initivo pode ser feito pela cultura e 
pesquisa direta de fungo (até porque nada impede que 
o paciente tenha psoríase e também apresente 
onicomicose) 
Tratamento: 
‣ O tratamento sistêmico é mais ef iciente 
‣ A terapia topica é indicada apenas quando tiver 
comprometimento da borda apenas. 
Terapêutica tópica: 
• Indicações: 
- Sem acometimento da matriz 
- Se houver contraindicação de tratamento 
sistêmico 
• Lixamento + esmalte antifúngico 
• Amorol f ina, ciclopirox 8% ou tioconazol 
28% solução 
Frequência: 2 a 7 vezes por semana (em vez de 
lixamento, pode ser realizada avulsão química, 
mecânica ou cirúrgica). 
Terapêutica sistêmica: até a cura clínica 
- O medicamento mais indicado é a terbinafrina → 
é a mais indicada para tratamento prolongado. 
Tem pouca interação medicamentosa com outras 
drogas 
- O mais usado é o f luconazol, mas a performance 
é ruim → 100% de recidiva quando para, tem na 
rede pública 
- Acometimento da matriz 
- Terapia longa (renovação da unha do hálux: 8-12 
meses) o tratamento da onicomicose dece ser 
feito enquanto a unha está crescendo) 
Terapia mista: 
- Tópica + sistêmica 
O ideal é usar os dois tratamentos! 
Tinha da Barba 
➡ Era um quadro que havia diminuído a incidência, 
mas pelo hábito de fazer a barba em barbeiro, os 
casos voltaram a aumentar 
➡ Não é tão comum 
➡ O mais comum sao lesões eritemato-descamativas, 
com bordas acentuadas, com círculos concêntricos, 
vários focos ou apenas um foco 
Clínica: 
‣ Tipo inf lamatório: exsudativo e supurativo, 
circunscrita 
‣ Tipos herpes circinado: lesões anulares, 
eritemato-papulo-vesiculosas, cura central 
Juliana Silva | 8
Dermatologia
‣ Tipo sicosiforme: pústulas foliculares e crostas 
(semelhante à foliculite bacteriana) 
As vezes as lesões podem ser anulares, e também 
podem formar uma inf lamação profunda. 
Tratamento: 
Necessariamente sistêmico! 
‣ Duração mínima de 4 semanas 
‣ Associar tópico (imidazólicos) a medicação sistêmica, 
como na tinha do couro cabeludo 
- Terbinaf ina 
- Fluconazol 
- Itraconazol 
Se a tinea é de pelo → é mandatório que o 
tratamento seja via oral, porque o folículo está perto 
do subcutâneo (o medicamento tópico não alcança). 
Isso serve para tinea do couro cabeludo também! 
Diagnóstico laboratorial de 
dermatofitoses 
As tineas do pelo podem ter diagnóstico fechado por 
meio da dermatoscopia. 
Logo, o método mais empregado é a pesquisa direta. 
Pesquisa direta: 
Como é feita? Raspado de escamas ou escamas + 
pelos em lâmina + solução de KOH 
Nesse caso é possível apenas visualizar hifas, não é 
possível determinar qual é a espécie. 
Identificação da espécie: 
Feito em laboratórios de diagnóstico (mas não é feito 
na rotina de dia a dia, apenas para pesquisas) 
‣ Cultura em meios específ icos (4 semanas) 
‣ Identif icação do fungo 
‣ Análise macroscópica da colônia 
‣ Análise microscópica da colônia 
‣ Microcultivo 
‣ Ensaios bioquímicos 
‣ Testes complementares 
‣ Sorologia 
‣ Testes intradérmicos 
Juliana Silva | 9
Dermatologia
No primeiro caso os esporos estão ao redor do pelo, 
e no segundo, os esporos estão dentro do pelo. 
Ectotrix: o fungo não consegue penetrar o inferior do 
pelo, permanecendo circunscrito à bainha externa. 
Endotrix: o fungo destrói a bainha externa do pelo, 
alojando-se e proliferando no interior deles. 
Conf irmação do diagnóstico: pesquisa direta e cultura 
Testes complementares: não são tão usados 
atualmente 
Pitiríase versicolor 
Afecção da camada córnea epidérmica, causada 
principalmente por leveduras do gênero Malassezia (M. 
furfur, M. globosa e M. sympodialis 
➡ É saprofítica em 90% da população, mas condições 
como sudorese abundante e calor favorecem a 
transformação para micélios (patogênicos) 
➡ Alimenta-se de um lípide que o indivíduo produz 
➡ Essa levedura lipofílica tem menor ocorrência em 
crianças e idosos. Acontece mais em indivíduos 
após a puberdade 
➡ Não tem relação com o status imunológico do 
paciente! 
Lesões: 
‣ Manchas com descamação delicada, f ina. Na maior 
parte das vezes as manchas são hipocrômicas, 
começam isoladas e vão conf luindo → descamação 
furfurácea 
‣ Podem ser acastanhas ou até avermelhadas 
‣ Áreas seborreicas → compromete mais a região 
que produz mais lípides, que é pescoço e tórax 
superior. Os lípides da face e couro cabeludo não 
são procurados por esse fungo. 
‣ Não aparecem em palma, planta e mucosas 
Criança tem tinea de couro cabeludo e adulto 
não porque tem mudança de perf il lipídico, e 
assim, muda o status imunitário!
Micoses superficiais não inflamatórias
Juliana Silva | 10
Dermatologia
‣ É muito frequente! 
Para conf irmar clinicamente, pode-se utilizar uma 
lâmina ou espátula para ver a descamação. Além 
disso, ao tracionar as lesões, a escama se evidenciam. 
Sinal da unha: descamação furfurácea ao atrito da 
lesão. 
Sinal de Zireli: descamação furfurácea quando estira 
a lesão (as escamas saltam/pulam) 
Quase sempre sintomática, evidente após sol, quando 
se evidencia lesões discrômicas (versicolor), a 
hipocromia decorre da inibição da tirosinase ou da 
disfunção de melanócitos pelo ácido azelaico. 
⇢ Pele clara: hipercrômica acastanhada 
⇢ Pele escura: hipercrômicas acastanhado-
acinzentado 
 
Juliana Silva | 11
Dermatologia
Ocasionalmente aparece em crianças (período 
neonatal), apresentar lesões, usualmente na região 
frontal e da glabela. 
Em períodos antes da puberdade, se tiver, investigar 
os esteroides 
Diagnostico diferencial: 
‣ Vitiligo: localização características,descamação, 
manchas acrômicas - na pitiríase é hipocrômica. 
‣ Ptiríase alba: porções superiores do tronco e 
braços (lesões hipocromicas que acometem face e 
dorso do braço, mais comum em crianças, relação 
com ressecamento da pele) 
Diagnóstico: 
‣ É clinico (por meio dos sinais) 
- Sinal de Zireli: com a tração lateral da pele as 
escamas f icam mais evidentes 
‣ Laboratorial: 
- Luz de Wood: f luorescência rosa-dourado 
- Micológico: obrigatoriamente positivo (esporose hifas) 
- Cultura: meio óleo de oliva 
- Histológico 
Tratamento: 
‣ Uso de bucha vegetal no banho 
Tópicos: 
• Shampos antifúngicos: sul feto de selênio ou 
cetoconazol (passar no corpo durante banho, 
esperar uns minutos e retirar depois) 
• Ácido salicílico 
• Imidazólicos, Terbinaf ina 
Sistêmicos: 
• Itraconazol: durante 10 dias, é o melhor 
• Fluconazol: alto índice de recidivas 
Prevenção de recidivas: tópicos, xampus 
Tratamento de manutenção com os tópicos para 
prevenir recidiva. 
Há pessoas que possuem tendência à recidiva, não 
signif ica que são pessoas imunossuprimidas. Isso 
ocorre porque estas pessoas apresentam produção 
lipofílica favorável à malassezia. 
Não comprometem mucosas, porque dependem de 
queratinas e líquidos. Somente a cândida é 
responsável por parasitar mucosas! 
Juliana Silva | 12
Dermatologia
Piedra Negra (tinha negra) 
Infecção do pelo caracterizada por nódulos pretos 
que envolvem e são aderentes à haste dos cabelos e, 
eventualmente, barba ou bigode 
Agente: 
‣ Piedraia hortae 
Lesão: 
‣ Pequenos nódulos que envolvem e aderem às 
hastes dos cabelos 
Diagnóstico: 
‣ Exame direto: nódulos = ascos com ascósporos 
Tratamento: 
‣ Corte dos cabelos 
‣ Uso de antifúngicos tópicos 
Piedra branca 
Caracteriza-se por concreções de cor branca a 
castanho-clara, acometendo as hastes pilosas de 
pelos pubianos, genitais, axilares e, eventualmente, 
barba, bigode e couro cabeludo. 
➡ Frequente em climas temperados 
Agente: 
‣ Trichosporo sp 
Diagnóstico: 
‣ Exame direto com Bastos ou artroconídeos 
envolvendo o pelo 
Diagnóstico diferencial: 
‣ Lêndeas 
‣ Escamas 
Juliana Silva | 13
Dermatologia
Tratamento: 
‣ Remoção dos nódulos com pente f ino - tricotomia 
‣ Antifúngicos tópicos + agente esfoliante 
Candidíase 
➡ Causada por levedura Candida albicans, que 
também vive como sapróf ita no tubo 
gastrointestinal e na mucosa vaginal (enquanto a 
malas 
➡ Compromete pele, unhas e mucosas, dif icilmente há 
comprometimento sistêmico 
➡ Favorecem sua multiplicação: baixa imunidade, 
gravidez, anticoncepcional, diabetes, corticoides, 
umidade, maceração 
Diagnóstico: 
‣ Exame direto/micológico 
‣ Cultura 
O que favorece os quadros de candidíase são os 
quadros de imunossupressão principalmente. 
Candidíase oral 
➡ Também conhecida como estomatite por cândida ou 
sapinho 
➡ É comum em lactentes, após a segunda semana de 
vida → a causa se dá porque a f lora 
microbiológica da boca não está estabelecida e há 
provável contaminação durante a passagem, no 
parto, pelo canal vaginal 
➡ Ocorre em idosos com dentes mal conservados ou 
com próteses, e em imunodepressões, 
especialmente AIDS. 
Lesões: 
‣ Placas esbranquiçadas de aspecto cremoso e 
erosivas, circulares ou ovais, isoladas ou 
conf luentes, que podem se estender por toda a 
cavidade oral 
‣ As placas são recobertas por induto 
esbranquiçado e em casos graves, atingem a 
faringe, a laringe, o esôfago, a traqueia e os 
brônquios, podendo causar dif iculdade respiratória 
Diagnóstico: 
‣ Pode ser conf irmada pelo exame de raspado de 
lesões, em preparações com KOH a 10% 
‣ Pode ser feita cultura 
Queilite angular (perleche) 
➡ Representada por f issuras na junção dos lábios 
➡ Pode ser provocada por cândida, entretanto, na 
maioria dos casos, particularmente em idosos, a 
Juliana Silva | 14
Dermatologia
levedura é concomitante, já que a causa é a dobra 
cutânea, pelo uso de próteses inadequadas 
➡ Mais comum em RN e idosos (lesão primária pelo 
uso de próteses ou por perda da sustentação 
óssea) 
➡ Inf lamação do angulo do lábio 
➡ Pode ter associação bacteriana 
Quadro clínico: 
‣ Eritema, descamação e f issuras na junção dos 
lábios 
Candidiase intertriginosa 
➡ Ocorre nas dobras axilares, inguinais e 
submamárias 
➡ Caracteriza-se por lesões eritematosas, úmidas, 
secretórias, que podem destruir a epiderme, 
formando erosões ou f issuras, que são envoltas 
por um colarete córneo esbranquiçado, muito 
sugestivo de candidíase intertriginosa. 
➡ Lesões em satélite → iniciam-se como vesículas 
ou pústulas;; podem ser eritemato-escamosas ou 
pistas abacterianas 
➡ Há prurido de intensidade variável que pode ser 
acompanhado de ardor 
➡ Eritema e descamação de áreas de dobra 
➡ Dobras: interdigais, inframamárias, axilares e 
inguinais 
➡ Nas mãos → quem mexe muito com água 
➡ As causas predisponentes são obesidade, diabetes, 
umidade e higiene inadequada 
Candidose periungueal e ungueal 
Quadro clínico: 
‣ Paroníquea: eritemato-edematosa, dolorosa, ao 
redor da matriz ungueal. 
‣ Com a compressão pode liberar líquido sero-
purulento 
➡ Acometimento da borda proximal da unha levando 
a uma distrof ia ungueal, pode chegar a onicólise 
➡ A unha f ica distrof ia porque a matriz está 
contaminada pela cândida 
Juliana Silva | 15
Dermatologia
Fatores de risco: 
‣ Ocupacional 
‣ Tirar a cutícula 
‣ Associação com bactérias 
Candidíase vulvovaginal 
➡ É infecção frequente pelos seguintes fatores 
predisponentes: gravidez, uso de anticoncepcionais, 
diabetes, antibioticoterapia prolongada, irritação 
mecânica ou química da mucosa vaginal (duchas 
vaginais), que facilitam o desenvolvimento da 
levedura, oriunda do intestino 
➡ Pode haver transmissão sexual 
Quadro clínico: 
‣ Caracteriza-se por placas esbranquiçadas, úmidas, 
cremosas e pruriginosas em vulva e mucosa 
vaginal, associadas a leucorréia 
Candidose balanoprepucial 
➡ Caracteriza-se por lesões eritematosas ou 
eritemato-erosivas na glande, podem ser ou não 
recobertas por camada esbranquiçadas 
➡ No prepúcio, há eritema e edema 
➡ Pode haver ardor e prurido 
➡ Pode ocorrer secreção purulenta por infecção 
bacteriana secundária 
Predisposição: 
‣ Idosos 
‣ Obesos 
‣ Diabetes mellitus 
‣ Baixa higiene 
‣ Fimose 
‣ Pode haver transmissão sexual e pode ocorrer 
por higiene inadequada 
Juliana Silva | 16
Dermatologia
Candidíase da região das fraldas 
➡ Candidose pode ser fator complicador ou de 
resistência ao tratamento de dermatite das fraldas 
em qualquer faixa etária 
Quadro clínico: 
‣ Caracteriza-se pela presença de pústulas e 
pápulas ao redor da lesão da dermatite das 
fraldas (sugere o diagnóstico) 
‣ Presença de um eritema muito vivo 
‣ Criança tem muito incomodo, ardor e dor, prurido 
‣ Na região perianal: pápulas eritematosas achatadas 
Começa a ter uma dermatite de contato pelas fezes e 
pela urina. A cândida que está no TGI se aproveita 
da quebra da barreira cutânea e causa lesões 
satélites. 
Na foto 2, o quadro denominado pápulo-sif ilóide de 
Jacquet → consiste em pápulas achatadas e 
brilhantes persistentes na região perianal de lactente, 
causado pela cândida. 
⇢ Diagnóstico diferencial com síf ilis congênita → no 
período neonatal 
Tratamento das candidoses 
➡ Eliminação dos fatores predisponentes: umidade 
Medicamentos tópicos: 
‣ Imidazólicos: miconazol (rede publica), cetoconazol, 
isoconazol, etc 
‣ Nistatina: só tem ação tópica, não absorve via 
intestinal 
‣ Violeta de genciana: tradicional, hoje em desuso 
Medicação sistêmica: alguns casos necessita 
‣ Fluconazol, itraconazol e cetocomazol 
‣ An f o ter i c i na B- i n f e ccao s i s t êm i ca em 
imunossuprimidos 
	Tinea capitis ou
	Tinha do couro cabeludo
	Tinea corporis
	“Tinha da pele glabra"
	Tinea cruris
	Tinha do pé e tinha da mão
	Tinha ungueal ou onicomicose
	Tinha da Barba
	Diagnóstico laboratorial de dermatofitoses
	Pitiríase versicolor
	Piedra Negra (tinha negra)
	Piedra branca
	Candidíase
	Candidíase oral
	Queilite angular (perleche)
	Candidiase intertriginosa
	Candidose periungueal e ungueal
	Candidíase vulvovaginal
	Candidose balanoprepucial
	Candidíase da região das fraldas
	Tratamento das candidoses

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