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ANORMALIDADES NA PRODUÇÃO DE VASOPRESSINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA - UFRB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS – CCAAB GCCA432 - CLINICA DAS DOENÇAS CARENCIAIS,ENDÓCRINAS E METABÓLICAS JOSÉ LUCAS DE SOUZA SANTOS¹, JÚLIA CARDOSO¹, NAYANA MENEZES¹, SANDRA VITORIO¹ E VITÓRIA DUTRA BRANDÃO¹, VERIDIANA FERNANDES DA SILVEIRA². ¹ DISCENTES/UFRB ² DOCENTE ORIENTADOR/UFRB https://sistemas.ufrb.edu.br/sigaa/public/docente/portal.jsf?siape=/1742196 O hormônio antidiurético é um nonapeptídeo sintetizado no hipotálamo. E sabendo que ele desempenha papéis essenciais no controle do equilíbrio osmótico do corpo, regulando a pressão arterial, e a homeostase do sódio além de interferir no funcionamento dos rins. Este desempenha um papel fundamental em múltiplas funções, tendo assim grande significado clínico. Introdução Vasopressina Produzido pelo hipotálamo e secretado pela hipófise posterior Atua como um potente vasoconstritorFunção: controle do balanço hidríco organico Exerce efeito sobre o aparelho renal, O hormônio antidiurético (ADH) Poliúria e Polidipsia Poliúria: liberação inadequada de ADH da neuro-hipófise, resulta na excreção de grandes volumes de urina diluída. Polidipsia: quando o invíduo deve ingerir grandes volumes de água, para manter constante a osmolalidade do fluido corporal. Poliúria e Polidipsia O consumo de água e a produção de urina são controlados por complexos interações entre a osmolalidade e o volume plasmático, o centro da sede, os rins, a glâdula hipófise e o hipotálamo. Distúrbios poliúricos primários: Diabetes insípido nefrogênio primário; Diabetes inspido nefrogênio secundário; Poliúria induzida por diurese osmótica Diabetes insípido central Síndrome clínica resultante da deficiência de vasopressina Deficiência Total: hipostenúria persistente e diurese grave Deficiência Parcial: hipostenúria persistente e diurese marcante, com acesso ilimitado da água Dois tipos de deficiência: Idiopático Traumatismo Neoplasias: Craniofaringioma, Adenoma ou adenocarcinoma cromófobo, Neoplasia metastática Cirurgia Anomalias estruturais de desenvolvimento Infecção Inflamação Cistos Manual de Endocrinologia em Cães e Gatos Diabetes insípido central Causas conhecidas Diabetes insípido nefrogênico Doença poliúrica resultante de uma resposta inadequada dos nefros a AVP Adquirida: interferência na ação do ADH com os receptores renais e/ou perda de hipertonicidade da região medular renal Primária: congênita e rara Classificada como: Diabetes insípido nefrogênico Poliúria Polidpisia Outros sinais clínicos: desidratação insuficiência renal Congênito nos primeiros meses Adquirido em qualquer idade Manifestações Clínicas Polidipsia Consumo de água; Volume de urina: 5 a 20 vezes; Consumo de alimento; Vômito após restrição hídrica. Poliúria Sinais Clínicos Noctúria; Mudança no local de urinar Incontinência urinária. Extravasamendo causado pelo grande volume de urina Peso Diabetes Insípido causada por traumas e neoplasias de hipófise ou hipotálamo Sinais neurológicos: Ataxia, letargia, desorientação, convulsões, alterações de comportamento, marcha lenta, prejuízo na visão e tremores. Invasão ou compressão de tecido adjacente Sinais Clínicos Restrição hídrica grave e súbita Anorexia, fraqueza, desorientação, ataxia e convulsões. Síndrome de desidratação hipertônica: Aumento da osmolaridade plasmática e desvio de fluido do compartimento extracelular Desidratação celular, porém sem sinais clínicos característicos Maior perda de água do que de eletrólitos Sinais Clínicos Sem anormalidades bioquímicas ou hematológicas significativas. Diminuição sérica da Ureia, por conta do lavado do soluto medular renal e falha na reabsorção da ureia dependente da AVP. Com restrição de água os animais podem apresentar o aumento de hematócrito, hiperproteinemia, hipernatremia e azotemia pré- renal. Exames Clinicopatológicos de rotina Diagnóstico: Urinálise Valores de Densidade Urinaria (DU) < 1,030, em cães, e < 1,035, em gatos, são compatíveis com PU/PD. Animais com DIC menores devido a Hipostenúria cerca de DU=1,000 a 1,006. Urocultura bacteriana. Teste de privação de água Retirada abrupta e completa Não recomendado. Cerca de 25% dos cães com DIC apresentam infecção do trato urinário por ocasião da consulta (Harb et al.,1996). Diagnóstico: Urinálise DIC, DIN e Polidipsia primaria. Teste demora, gera desconforto e interpretação pode ser difícil. Estagio 1 Estagio 2 Diagnóstico: Teste de privação de água modificado O teste é feito com a administração de solução de cloreto de sódio 20%, por viaintravenosa, na veia jugular, ao longo de 2 h, na dose de 0,03 mℓ/kg. A osmolalidade plasmática é determinada a cada 20 min e as amostras são armazenadas para mensuração de AVP. Ausência ou diminuição da AVP é DIC. Resposta exagerada ou normal com falha na urina DIN. Concentração normal AVP, com concentração de urina apropriada indica Polidipsia primaria. Diagnóstico: Teste de Infusão salina hipertônica Tomografia computadorizada e Ressonância magnética. Em cães, embora a intensidade da neuro-hipófise, em imagens de RM ponderadas em T1 seja diretamente proporcional ao conteúdo de AVP isso ainda não foi avaliado como teste diagnostico para DIC. Diagnóstico: Testes Adicionais Resposta à desmopressina A terapia com DDAVP Prevenir que o cão ou gato com DIC concentre a urina; Diminuição da PU e PD Coletar amostras nos últimos 2 dias; Aumento de 50%; A densidade urinária No volume de urina e na ingestão de água. Cães e gatos Resposta benéfica ao DDAVP Hiperadrenocorticismo Erro no diagnóstico do DIC parcial Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos Supressão de secreção de vasopressina Produção de AVP mimetiza o DIC parcial Osmolalidade plasmática randômica Auxiliar a identificação de PD Cães e gatos 280 a 310 mOsm/kg Distúrbio poliúrico primário Diabetes insípido PD compensatória prevenir a hiperosmolaridade grave PD psicogênica Osmolalidade plasmática randômica PU compensatória Osmolalidade. 280 mOsm/kg PD psicogênica Osmolalidade. 280 mOsm/kg DIC, DIN ou PD psicogênica. hiposmolalidade Análogo sintético da vasopressina Discreto efeito em receptores V1a e possui resposta rápida 0,1 a 0,2 mg – 1 ou 2 vz/dia Não é efetiva em alguns casos Via Oral - Comprimidos Via IV ou SC IV: 4 mcg/mL SC: de 2 a 5 mcg, 1 ou 2 vezes/dia Via IN ou no saco conjuntival IN: 1 a 4 gotas - 1 a 3 vz/dia SCO: 1 a 4 gotas - 1 a 4 vz/dia DDAVP - Acetato de Desmopressina Tratamento: Diabetes Insípido Central Caso o animal não esteja ingerindo água Modificação da dieta Fluidoterapia Restrição de sódio e proteína, com intuito de reduzir a perda de água Associado à Desmopressina. Fluido hipotônico, solução de dextrose 5% ou solução salina 0, 45% Tratamento: Diabetes Insípido Central A Diabetes insípido nefrogênico primária não tem cura. Diuréticos tiazídicos Melhora a reabsorção tubular renal proximal do sódio e diminui a liberação de fluido tubular ao néfron distal, reduzindo o débito urinário em até 50% em alguns casos Modificação da dieta Restrição de sódio e proteína A sobrevivência do paciente depende da integridade do mecanismo da sede e do livre acesso à água Tratamento: Diabetes Insípido Nefrogênico Os cães e gatos com DIC congênito ou idiopático são relativamente assintomáticos em resposta à terapia, e se mantidos sob os devidos cuidados esses animais têm uma excelente expectativa de vida. Prognóstico NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. JERICÓ, M. M; NETO J.P. A.; KOGIKA. M. M; Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Hormônio antidiurético ou vasopressina " ; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hormonio-antidiuretico.htm.Acesso em 29 de julho de 2022. Brian Cuzzo, Sandeep A. Padala, Sarah L. Lappin. Physiology, Vasopressin. PubMed. Janeiro 2022. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30252325/ Referências Obrigado!
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