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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS- CECA UNIDADE EDUCACIONAL VIÇOSA MONITORIA CLÍNICA DE PEQUENOS “É O BICHO” Monitora: Franciely Feijó Orientadora: Prof.ª Drª Márcia Notomi PRINCIPAIS ENDOCRINOPATIAS NA CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS GLÂNDULAS ADRENAIS • HIPERADRENOCORTICISMO • HIPOADRENOCORTICISMO EIXO HIPOTÁLAMO- HIPÓFISE-ADRENAL EFEITO DOS GLICOCORTICOIDES EM DIFERENTES SISTEMAS ORGÂNICOS Fígado Músculo Osso Pele Sangue Aumento de gliconeogênese; Aumento das reservas de glicogênio; Indução de algumas enzimas. Aumento do catabolismo proteico- definhamento e fraqueza muscular Osteopenia associada ao aumento do catabolismo proteico e ao balanço negativo de cálcio Aumento do catabolismo proteico- pele fina, cicatrização inadequada de ferida e baixa produção de tecido conjuntivo cicatricial Eritrocitose; Linfopenia; Eosinopenia; Monocitose; Neutrofilia. EFEITO DOS GLICOCORTICOIDES EM DIFERENTES SISTEMAS ORGÂNICOS Rim Sistema imune Tecido adiposo Pituitária e hipotálamo Aumento da taxa de filtração glomerular e interferência na liberação ou na ação da vasopressina (poliúria); Aumento da excreção de cálcio. Diminui a resposta inflamatória; Reduz a resposta imune. Aumento da lipólise; Redistribuição de depósitos de gordura. Supressão das secreções de ACTH e CRH. HIPERADRENOCORTICISMO • Síndrome de Cushing; • Caracteriza-se pela produção ou administração excessiva de glicocorticoides e seus efeitos; • Rara em gatos; ESPONTÂNEO • HAC hipófise dependente: tumor hipofisário • HAC adrenal dependente: tumor de adrenal • HAC iatrogênico IATROGÊNICO HIPERADRENOCORTICISMO- CAUSAS * EXISTEM OUTRAS CAUSAS, MAS SÃO MENOS FREQUENTES. ACTH DEPENDENTE ACTH INDEPENDENTE ACTH INDEPENDENTE HIPERADRENOCORTICISMO • Ocorre pela produção excessiva de ACTH pela hipófise • Mais de 90%: Tumor hipofisário; • Corresponde a 80 – 85% dos casos de HAC; • Hiperplasia adrenocortical bilateral; • Secreção excessiva de cortisol; • Há uma falha no mecanismo de feedback negativo com ACTH; • ACTH dependente: Ocorre aumento de ACTH; • Os valores plasmáticos de ACTH e cortisol oscilam, podendo está na faixa de referência. HIPÓFISE DEPENDENTE Microadenomas Macroadenomas Menor que 1cm; Cerca de 50% dos cães: tumores menores de 3mm de diâmetro; Sem sinais neurológicos. Maior que 1 cm; Baixa frequência; Crescimento lento; Podem comprimir ou invadir estruturas adjacentes e causar sinais neurológicos. HIPERADRENOCORTICISMO • Corresponde a 15 – 20% dos casos de HAC; • Tumor de adrenal unilateral ou bilateral (incomum); • Tem ocorrência de 50% para tumores malignos ou benignos; • O cortisol produzido pelos tumores suprime as concentrações plasmáticas de ACTH; • Atrofia cortical da adrenal não acometida ADRENAL DEPENDENTE HIPERADRENOCORTICISMO • Resultante de administração excessiva de corticoide; • Medicamentos tópicos que contêm corticoide também podem ocasionar: • Uso a longo prazo de colírios e soluções otológicas • O corticoide suprime as concentrações plasmáticas de ACTH; • Atrofia adrenocortical bilateral • Concentração de cortisol baixa • Resultado ao exame de estimulação com ACTH condizente com HIPOadrenocorticismo, apesar de sinais clínicos de HIPERadrenocorticismo. IATROGÊNICO HIPERADRENOCORTICISMO • PREDISPOSIÇÃO: • Idade: • HAC hipófise dependente: cães de meia idade ou mais velhos • HAC adrenal dependente: cães mais idosos • Raça: • Todas as raças são susceptíveis • Maior ocorrência Poodle, Dachshund, pequenos Terriers (Yorkshire, Jack Russell, Staffordshire Bull Terrier), Pastor- alemão, Labrador retriever e Boxers. • Sexo: • Não há diferença significativa, porém ocorre mais em fêmeas. • Peso: • 75% HAC hipófise dependente: menos de 20 kg; • 50% HAC adrenal dependente: mais de 20 kg. HIPERADRENOCORTICISMO • POLIDIPSIA E POLIÚRIA: • Polidipsia é decorrente da poliúria; • Ingestão de água >100 ml/kg de peso corpóreo por dia; • Produção de urina >50 ml/kg de peso corpóreo dia • Aumento da taxa de filtração glomerular; • Inibição da ação ADH; SINAIS CLÍNICOS HIPERADRENOCORTICISMO • POLIFAGIA E GANHO DE PESO: • Efeito direto de glicocorticoide no SNC; • Pode ter apetite pervertido; • Ganho de peso: Polifagia+ Intolerância ao exercício+ Redistribuição de gordura. • DISTENSÃO ABDOMINAL: • Redistribuição de gordura ao abdome + Hepatomegalia + Enfraquecimento dos músculos abdominais. Poodle, fêmea, 6 anos de idade, HAC hipófise- dependente; distensão abdominal , fraqueza muscular, alopecia, pele fina; Fonte: HERRTAGE, et.al. 20015. SINAIS CLÍNICOS HIPERADRENOCORTICISMO • CARACTERÍSTICAS DERMATOLÓGICAS: • Alopecia bilateral simétrica não pruriginosa; • Flanco, abdome ventral, tórax, períneo e cervical • Pelo remanescente opaco e seco; • Pele fina com baixa elasticidade, pode ter estrias; • Hiperpigmentação cutânea; • Telangiectasia; • Descamação; • Comedões; • Calcinose cutânea; Pele da região inguinal de poodle; Áreas focais de Calcinose cutânea com erosão na epiderme e presença de comedões; Fonte: HERRTAGE, et.al . 20015. SINAIS CLÍNICOS HIPERADRENOCORTICISMO • ANESTRO/ATROFIA DE TESTÍCULO: • Efeito de feedback negativo da alta concentração de cortisol na hipófise • Diminuição de hormônios gonadotróficos • SINAIS NEUROLÓGICOS: • Apatia, depressão, perda do comportamento aprendido, anorexia, pressão de cabeça contra objetos, andar em círculos, cegueira, anisocoria, convulsão. SINAIS CLÍNICOS HIPERADRENOCORTICISMO • HIPERTENSÃO: • Secreção excessiva de renina+ Ativação do sistema renina- angiotensina+ Exacerbação da sensibilidade vascular às catecolaminas+ Redução nos teores de prostaglandinas vasodilatadoras; • Comprometimento ocular, renal, cardíaca e pulmonar. • SISTEMA RESPIRATÓRIO: • Excessiva respiração ofegante; • Acumulo de gordura+ Fraqueza da musculatura envolvida SINAIS CLÍNICOS Valores normais Pacientes c/HAC Pressão Arterial Sistólica 150 mmHg 162 mmHg Pressão Arterial Diastólica 90 mmHg 116 mmHg Pressão Arterial Média 105 mmHg 135mmHg Fonte: SILVA, T. R. F. , 2016. HIPERADRENOCORTICISMO • Anamnese+ Exame físico+ Exames laboratoriais e de imagem; • Pressão arterial: 50% HAC apresentam hipertensão; • Exames laboratoriais: • Hemograma: Compatível com leucograma de estresse; Linfopenia, Eosinofilia, Neutrofilia, Monocitose, Eritrocitose e Trombocitose. • Bioquímico: Aumento de FA, ALT, colesterol, triglicerídeos e sais biliares; Diminuição de ureia sanguínea; Glicose sanguínea no limite superior de normalidade; raramente na faixa de diabetes • Urinálise: Densidade urinária < 1,015; com frequência < 1,008; Infecção do trato urinário; Proteiúria; Glicosúria (< 10% dos casos). • Função tireoidiana: 68%- diminuição de T3 e T4- hiperadrenocorticismo crônico DIAGNÓSTICO HIPERADRENOCORTICISMO • Exames de imagem: • RX: Hepatomegalia; Calcificação/Mineralização de adrenal; Mineralização de tecidos moles/ traqueia e brônquios. • US: Adrenomegalia bilateral (hipófise-dependente); Hepatomegalia; Calcificação distrófica de tecidos moles; Massa adrenal (adrenal- dependente), etc. • TC e RM: Avaliar tumor hipofisário; Determinar tamanho e simetria das adrenais DIAGNÓSTICO HIPERADRENOCORTICISMO • TESTES ENDÓCRINOS: • Teste de supressão com dexametasona em baixa dose: • Confirmar HAC; • Pouca diferenciação HACHP X HACAD • Não identifica HAC iatrogênico; • Não é utilizado como monitoramento de tratamento; • Técnica: • Coletar 1ª amostra matinal sérica ou plasmática basal • Administrar o,o1mg/Kg de dexametasona IV • Coletar 2ª e 3ª amostra, 4 e 8h (respectivamente) após a administração da dexa Resultados Interpretação Concentrações de cortisol pós-dexametasona 4 horas 8 horas ______ <1,4 µg/ dL Normal <1,4 µg/ dL >1,4 µg/ dL HACHD <50% do valor basal >1,4 µg/ dL HACHD ______ >1,4 µg/ dL e <50% dobasal HACHD >1,4 µg/ dL e >50% do basal >1,4 µg/ dL HACHD ou HACAD DIAGNÓSTICO Protocolo de diagnóstico para casos suspeitos de HAC, aplicando-se o teste de supressão com baixa dose de dexametasona (0,01 mg/ Kg IV) Fonte: DE MARCO, V., 2015. 4h baixo e 8h alto: HACHD 4h alto e 8h alto: HACHD ou HACAD 4h baixo e 8h baixo: Reconsiderar diagnóstico Efeitos da administração de dexametasona sobre o eixo hipofisário adrenocortical em cães ou gatos saudáveis e em cães ou gatos com HAC dependente da hipófise (PDH) ou neoplasia adrenocortical . Fonte: LIVRO DO NELSON E COUTOet.al . 20015. HIPERADRENOCORTICISMO • TESTES ENDÓCRINOS: • Teste de resposta ao ACTH: • Confirmar HAC; • Resultados inconclusivos; • Não é utilizado: Problema com sensibilidade e especificidade; • Melhor teste de triagem para diferenciar HAC espontâneo X iatrogênico • Identifica cerca de 60% HACAD e 80-85% HACHD • Monitoramento no tratamento de trilostano ou mitotano; • Não diferencia HACAD X HACHD; • Técnica: • Coletar 1ª amostra matinal sérica ou plasmática basal (pré teste); • Administrar 5µg/ Kg de ACTH sintético IV ou IM; • Coletar 2ª amostra 1h após a administração do hormônio Resultados Interpretação Concentrações de cortisol pós-ACTH >24 µg/ dL Fortemente sugestivo de HACAD ou HACHD 19-24 µg/ dL Sugestivo de HACAD ou HACHD (Inconclusivo) 8-18 µg/ dL Normal <8 µg/ dL HAC iatrogênico/ Hipoadrenocorticismo DIAGNÓSTICO HIPERADRENOCORTICISMO • TESTES ENDÓCRINOS: • Teste de supressão com dexametasona em alta dose • Diferenciar HACHP X HACAD • Cerca de 25% do HACHD e 100% dos cães com HACAD não apresentam supressão com dose alta de dexametasona • US abdominal • Técnica: • Coletar 1ª amostra matinal sérica ou plasmática basal • Administrar 0,1 mg/ Kg de dexametasona IV • Coletar 2ª amostra, 8h após a administração do hormônio Resultados Interpretação Concentrações de cortisol pós-dexametasona em cães (8h) <50% do valor basal HACHD <1,4 µg/ dL HACHD ≥ 50% do valor basal HACAD ou HACHD • Podem-se realizar radiografia abdominal, ultrassonografia do abdome e TC/RM do crânio para diferenciar o HACHD do HACAD. DIAGNÓSTICO HIPERADRENOCORTICISMO • OUTROS TESTES: • Razão cortisol/ Creatinina urinária; • Teste de determinação de ACTH endógeno; DIAGNÓSTICO HIPERADRENOCORTICISMO • HAC IATROGÊNCIO: • Avaliar a necessidade de manutenção da terapia com corticoide; • Pesquisar a possibilidade da troca de medicação; • Redução gradual da dose e intervalo de administração. TRATAMENTO HIPERADRENOCORTICISMO TRATAMENTO-HACHD • Tratamento medicamentoso é o mais utilizado; • Terapia contínua; • Trilostano: • Inibidor competitivo da 3-β-hidroxiesteroide desidrogenase: inibição da produção de cortisol; • Medicamento de primeira escolha; • Dose: 2-6mg/Kg, SID (após refeição) • Teste de estimulação com ACTH: • 4-6h após administrar o trilostano; • 20-30 dias após o início da terapia; • A cada 2-3 meses; • Bom controle: 2 e 5 µg/ dL • Aumentar dose: >5 µg/ dL • Reduzir medicação: < 2 µg/ dL Representação esquemática da esteroidogênese adrenocortical , mostrando a inibição da enzima 3-Β-hidroxiesteroide desidrogenase pelo tri lostano. Fonte: DE MARCO, V., 2015. Animal da espécie canina, fêmea, da raça Poodle , com hiperadrenocorticismo antes do tratamento (A), aos 2 meses (B) e aos 6 meses © após terapia com trilostano. Fonte: DE MARCO, V., 2015. C Animal da espécie canina, Macho, da raça Poodle , com hiperadrenocorticismo antes (A e B) e 6 meses após terapia com tri lostano (C e D). Fonte: DE MARCO, V., 2015. HIPERADRENOCORTICISMO TRATAMENTO-HACHD • Mitotano: • Causa destruição completa do córtex adrenal; • Fase de indução: 25mg/Kg, BID, por aproximadamente 7-10 dias; • Monitorar ingestão de comida, água e atitude de animal; • Teste de estimulação com ACTH (confirmar hipoadreno); • Dosar Na/K; • Suplementar c/prednisona caso necessário Fluxograma para o manejo da fase de indução do HAC com o mitotano. Fonte: DE MARCO, V., 2015. HIPERADRENOCORTICISMO TRATAMENTO-HACHD • Mitotano: • Fase de manutenção: 50mg/Kg/ semana (pode dividir 2-3x semana); • Varia 25-100 mg/Kg/semana • Monitorar bioquímico e Teste de estimulação com ACTH a cada 2-3 meses • Teste de estimulação com ACTH: • Bom controle: 2 e 5 µg/ dL • Aumentar dose 25-50%: >5 µg/ dL • Reduzir/Suspender medicação: < 2 µg/ dL Fluxograma para o manejo da fase de manutenção do HAC com o mitotano. Fonte: DE MARCO, V., 2015. Animal da espécie canina, fêmea, da raça Poodle , com hiperadrenocorticismo antes (A) e 8 meses após tratamento com mitotano (B). Fonte: DE MARCO, V., 2015. HIPERADRENOCORTICISMO TRATAMENTO-HACHD • Outros fármacos: • Cetoconazol; • Cabergolina; • Cloridrato de selegilina; • Cipro-heptadina; • Metirapona; • Aminoglutetimida HIPERADRENOCORTICISMO TRATAMENTO-HACAD Trilostano • Utilizado no tratamento pré-cirúrgico; • Dose: 2-6mg/Kg, SID Mitotano • Utilizado quando não é possível realizar cirurgia; • Fase de indução: 50-75mg/Kg dividido 2x/dia por 7-10 dias (>14dias) • Fase de manutenção: 75- 100mg/Kg/semana Medicação Adrenalectomia Suplementação com glicocorticoide MEDICAMENTOSO X CIRÚRGICO HIPERADRENOCORTICISMO TRATAMENTO-HACAD Adrenalectomia • Parcial; • Total: tratar como hipoadreno; • Não realizar: Lesões metastáticas; Risco de tromboembolismo. Suplementação com glicocorticoide • Trans- operatório: Dexametasona 0,1- 0,2mg/ Kg IV em 6h de infusão contínua; • 0,02mg/Kg/ dia, IV, BID; • Prednisona 0,25- 0,5mg/Kg, VO, BID (48-72h após a cirurgia); Reduzir gradualmente a dose da prednisona num intervalo de 3 a 4 mesesParcial: Prednisona pode ser suspensa quando a adrenal contralateral se tornar funcional (Avaliar pelo teste de estimulação com ACTH). HIPERADRENOCORTICISMO • Expectativa de vida: 2-4 anos (Mitotano ou Trilostano); • Animais jovens: expectativa de vida • Menos risco de doenças geriátricas concomitantes • Cães com adenomas adrenocorticais têm prognóstico melhor do que aqueles com adenocarcinomas. • Quando submetidos à adrenalectomia, na ausência de metástases, a expectativa de vida é superior à do HAC hipofisário. PROGNÓSTICO Não há diferença estatisticamente significativa na sobrevida de cães com HACAD tratados com mitotano ou trilostano, o que interfere é a presença de metástase. HIPOADRENOCORTICISMO • Doença de Addison; • Síndrome provocada pela redução de mineralocorticoide e/ou glicocorticoide; • Aldosterona e cortisol; • Considerada rara em cães e ainda mais incomum em gatos; • Predisposição racial: • Cão-d’água-português, Rottweilers, Poodles Standard, Great Dane, West Highland White Terriers e Wheaton Terriers; • Incidência: • Acomete cães jovens e de meia idade (pode variar de 1-14 anos); • Maior incidência em animais castrados (3x maior) • Fêmeas > Machos HIPOADRENOCORTICISMO Controlada Sistema RAA Controlada ACTH Fonte:https://www.passeidireto.com/pergunta/74592792/explique-o-mecanismo-de-regulacao-da-pressao-arterial-pela-atuacao-do-sistema-re https://www.passeidireto.com/pergunta/74592792/explique-o-mecanismo-de-regulacao-da-pressao-arterial-pela-atuacao-do-sistema-re HIPOADRENO PRIMÁRIO (Idiopático) CLÁSSICO Redução mineralo e glico Destruição imunomediada do córtex adrenal ATÍPICO (10%) Redução de glicocorticoide Destruição das camadas fasciculada e reticular SECUNDÁRIO (Menos frequente) Redução da produção ou secreção de ACTH; Consequentemente redução de glicocorticoide Anormalidade hipotalâmica ou hipofisária Neoplasia/ Trauma/ Inflamação IATROGÊNICO: ➢ Suspensão súbita de glicocorticoide; ➢ Adrenalectomia; ➢ Terapia c/ mitotano e trilostano. HIPOADRENOCORTICISMO • Diminuição da gliconeogênese e da glicogenólise hepática; • Hipoglicemia • Menor tolerância ao estresse; • Diminuição na sensibilidade vascular às catecolaminas, • Bradicardia e hipotensão • Aumentoda secreção de hormônio antidiurético (ADH); MINERALOCORTICOIDES Responsáveis pela homeostase do Na, Cl, K e da água; Agem no túbulo renal, na mucosa intestina, nas glândulas salivares e sudoríparas; Aldosterona: Age no túbulo coletor renal, aumentando a absorção de sódio. HIPOADRENOCORTICISMO • Sinais inespecíficos, podendo ser confundidos com doenças gastrintestinais, renais ou infecciosas; • Êmese intermitente; • Diarreia; • Perda de peso; • Letargia; • Depressão; • Anorexia; • Fraqueza; • Hemorragia TGI: melena e hematêmese; • Progressão: poliúria, polidipsia, tremores, hipotermia e choque; • Todos esses sinais se manifestam ou se agravam após exposição a situações de estresse. SINAIS CLÍNICOS EXAME FÍSICO Desidratação; Fraqueza/Letargia; Caquexia; Dor abdominal; Hipotermia; Bradicardia Pulso femoral fraco e aumento no tempo de preenchimento capilar (sugerindo choque) HIPOADRENOCORTICISMO • Anamnese+ Exame físico+ Exames laboratoriais e de imagem; • HEMATOLOGIA: • Anemia normocítica/ normocrômica arregenerativa; Ausência de leucograma de estresse (linfopenia e eosinofilia); Linfocitose; Eosinofilia; Leucocitose c/ neutrofilia; Neutropenia discreta; • Cuidado: Hemoconcentração (paciente desidratado!); • BIOQUÍMICO: • Hiperpotassemia; Hiponatremia; Hipocloremia; Azotemia pré-renal; Hiperfosfatemia; Presença ou não de hipercalemia; Presença ou não de hipoglicemia; Hipoalbuminemia; Hipocolesterolemia; Aumento de enzimas hepáticas (ALT e FA); Acidose metabólica (baixos teores de CO2 total e HCO3); • Hiponatremia: diminuição de Na • Hipocloremia: diminuição de cloro • Hiperpotassemia: aumento de K • Relação Na: K • Valores normais: 27:1 e 40:1; • Hipoadreno: <27: 1 DIAGNÓSTICO Diminuição de aldosterona Prejuízo na reabsorção de sódio e cloreto, e na excreção de potássio HIPOADRENOCORTICISMO • URINÁLISE: • Densidade varia de inadequadamente diluída até urina concentrada; • Mecanismo compensatório • ELETROCARDIOGRAMA: • Arritmias: Pico de onda T, encurtamento do intervalo Q-T, prolongamento do intervalo P-R, redução de amplitude da onda P (hiperpotassemia); • RX: • Redução da silhueta cardíaca, da proeminência da vasculatura pulmonar e do diâmetro da veia cava caudal (relacionado à hipovolemia); • Megaesôfago pode ser observado (raro); • US: • Redução no comprimento e espessura das adrenais; • Hepatomegalia DIAGNÓSTICO HIPOADRENOCORTICISMO • TESTE DE RESPOSTA AO ACTH: • Padrão-ouro para confirmação de hipoadrenocorticismo; • Animal sadio: Aplica ACTH- aumenta produção de cortisol; • Hipoadreno: Aplica ACTH- não há aumento na produção de cortisol; • Não diferencia Primário X Secundário; • Técnica: • Coletar 1ª amostra cortisol sérico (basal); • Administrar 250 μg por animal de ACTH sintético IV; • Coletar 2ª amostra, 1 h após a administração do hormônio. • Resultado: • Diagnóstico confirmado: Cortisol pós- ACTH < 2,0 μg/dL DIAGNÓSTICO VALORES DE REFERÊNCIA: Cortisol pré- ACTH: 0,5 a 5,5 μg/dL Cortisol pós-ACTH: 5,0 a 1,7 μg/dL HIPOADRENOCORTICISMO • ACTH ENDÓGENO: • Diferenciação Primário X Secundário; • Utiliza-se plasma em EDTA, separado e congelado dentro de 30 min. Após a coleta; • Difícil realização; • Hipoadrenocorticismo primário: • ACTH elevado • Hipoadrenocorticismo secundário: • Valores subnormais ou não detectáveis • OUTROS TESTES: • Concentração de aldosterona circulante; • Proporção ACTH: cortisol e/ou proporção renina: aldosterona DIAGNÓSTICO O diagnóstico diferencial entre primário e secundário pode ser estabelecido pela ocorrência ou não de distúrbio eletrolítico, em conjunto com resultado alterado no teste de estimulação. HIPOADRENOCORTICISMO • Hipovolemia: • Solução salina (0,9% NaCl): 20-90ml/Kg/h durante 1-2h; • Manter até restabelecer hemodinâmica do paciente. • FC; TPC; Concentração sérica de lactato; Débito urinário; Pressão arterial e/ou pressão venosa central, devem ser a cada 10 a 20 min. • Após restabelecer volemia: 4-5ml/Kg/h em 36-48h • Glicocorticoide: • Dexametasona: 0,5-2mg/Kg IV • Hipoglicemia: • Discreta ou moderada: Adição de glicose ao fluido, de modo a obter uma solução a 2,5% ou 5% de glicose; • Sintomáticos: 1 a 2 ml/kg de glicose a 25% em bolus. TRATAMENTO-AGUDO • Hipercalemia: • Corrige c/ fluido: Diluição; Aumento de filtração; • Correção acidose metabólica: • Concentração sérica for inferior a 12 mEq/l ou pH inferior a 7,15. • Reposição de bicarbonato HIPOADRENOCORTICISMO • Hipoadrenocorticismo primário: • Mineralocorticoide: Fludrocortisona • 0,01 mg/kg, BID, VO • 0,02 mg/kg, SID, VO • Monitorar: Na e K • Glicocorticoide (se necessário): Prednisona • 0,1- 0,22mg/Kg, BID TRATAMENTO-MANUTENÇÃO • Hipoadrenocorticismo secundário: • Glicocorticoide: Prednisona • 0,1- 0,22mg/Kg, BID GLÂNDULA TIREOIDE • HIPERTIREOIDISMO • HIPOTIREOIDISMO T4 • >99% conjugado à proteínas plasmáticas; • 1% T4 livre: produzir efeito biológico T3 • 20% é produzido na tireoide; • 60% é produzida extratireoidiana; • T4 é pró-hormônio de T3 HORMÔNIOS DA TIREOIDE • A glândula tireoide é a glândula endócrina mais importante na regulação do metabolismo; • Hormônios da tireoide são responsáveis por: • Regulação de calor; • Metabolismo de carboidrato, proteínas e lipídeos; • Crescimento; • Síntese de vitaminas e minerais; • Secreção e na degradação de outros hormônios.; • São importantes no desenvolvimento fetal; • Atuam no centro respiratório, na eritropoese. HORMÔNIOS DA TIREOIDE CORAÇÃO TGI Osso Pele .Controla a força de contração; Batimentos cardíacos (cronotropismo e inotropismo Controla o peristaltismo; Estimula formação e reabsorção óssea Regula o crescimento do pelo; Músculo Tecido adiposo carboidratos SNC Catabolismo Catabolismo Regulam o metabolismo, com efeito hipergliceminante Aumentam a condução simpática geral; Filhotes: estimula o desenvolviment o; HIPERTIREOIDISMO FELINO • Também conhecida como tireotoxicose; • É uma enfermidade crônica causada pela excessiva produção e secreção dos hormônios T4 e T3 pela glândula tireoide anormal; • Endocrinopatia mais comum em gatos; • Acomete gatos de meia-idade a idosos (≥ 12 anos); • Programa preventivo: a partir de 7 anos de idade; • Adenoma X Carcinoma; • Hiperplasia adenomatosa benigna (98% dos casos); • Em um (< 30% dos casos) ou em ambos (> 70% dos casos) os lobos da tireoide; • Imunológica, infecciosa, nutricional, ambiental, genético. • Tireoide: • Normal: 10mm de comprimento; 4mm de largura; 2mm de espessura; Não palpáveis; AUMENTO DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS: Aumento da taxa metabólica e consumo de oxigênio; Reduz a resistência vascular periférica. HIPERTIREOIDISMO FELINO PELOS E PELE: • Pelos enovelados e eriçado; • Excessiva epilação (áreas alopécicas); • Lambeduras excessivas p/ diminuir temperatura; • Onicogrifose; • Pele quente; SISTEMA NERVOSO E ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: • Aumento da atividade adrenérgica; • Hiperatividade/ Irritabilidade; • Ansiedade/ Agressividade; • Capacidade diminuída para suportar tensão (viagem de carro p/ clínica ou hospital; Exame físico); • Angústia respiratória; Fraqueza; • Vocalização. SINAIS CLÍNICOS Gato doméstico de pelos curtos de 11 anos de idade , com hipertireoidismo, mostrando (A) evidência de perda de peso e (B) expressão facial de ansiedade . Fonte: MOONEY,C.T.;PETERSON,M.E., 2015. Alterações de pelame em gatos com hipert i reoidismo. A . Gato da raça Russian Blue de 13 anos de idade, com pelame excessivamente emaranhado. B. Gato doméstico de pelos longos de 14 anos de idade, com evidência de alopecia . Fonte: MOONEY,C.T.;PETERSON,M.E. , 2015. Gato com11 anos de idade hipertireoideo. Notar o animal em evidência de arqueamento, devido à intolerância ao transporte e à mudança de ambiente para o consultório veterinário. Fonte: DE SOUZA, et. a l . 2015. Gato hipertireoideo. (A)O animal apresenta perda de peso e procura superfície mais fria para se deitar, mudanças observadas em um estágio mais avançado da afecção. (B) O mesmo felino com os níveis de hormônios tireoidianos normais (estado eutireoideo).Fonte: DE SOUZA, et.al., 2015. HIPERTIREOIDISMO FELINO ALTERAÇÕES MUSCULARES: • Fraqueza/Fadiga • Perda de massa muscular; BÓCIO (palpável): POLIÚRIA/ POLIDIPSIA: • Comum em < 50% dos animais acometidos; • Disfunção renal primária concomitante (idosos); • Redução da concentração de soluto medular renal devido ao maior fluxo de sangue nos rins; • Anormalidades eletrolíticas (p. Ex., Hipopotassemia); • Polidipsia primária em razão de distúrbio hipotalâmico associado a excesso de hormônio da tireoide. SINAIS CLÍNICOS HIPERTIREOIDISMO FELINO SISTEMA GASTROINTESTINAL: • Perda de peso/ Polifagia; • Aumento gasto energético e do consumo de oxigênio; • Diarreia e vômito intermitente; • Esteatorreia: consumo gorduroso; Rápido esvaziamento gástrico; Aumento do trânsito TGI e/ou redução reversível na secreção de tripsina pancreática. CARDIORESPIRATÓRIO: • Taquicardia/ Taquipneia • Sopros sistólicos: grau I a III; • Cardiomiopatia; • Hipertensão discreta. SINAIS CLÍNICOS Podendo apresentar posteriormente apatia, depressão e anorexia (hipertireoidismo apático). HIPERTIREOIDISMO FELINO PALPAÇÃO DA TIREOIDE (CLÁSSICA): • O gato é contido; • Membros torácicos são contidos (para ficar em posição de sentar); • Paciente sentado com o pescoço gentilmente estendido; • Coloca- se o polegar e o dedo indicador na lateral da traqueia e faz-se exame cuidadoso, em direção da laringe até o manúbrio; • O bócio é percebido como um nódulo subcutâneo móvel, o qual desliza ou escorrega sob os dedos indicadores. DIAGNÓSTICO PALPAÇÃO SEMIQUANTITATIVA DA TIREOIDE: • O clínico se posiciona em pé, atrás do gato; • A cabeça do paciente é levantada e girada (45°, do sentido horizontal para o vertical); • O profissional posiciona a extremidade do dedo indicador no sulco formado pela traqueia e o músculo esternotireóideo, logo abaixo da laringe; • Movimenta a cabeça do gato ventralmente para baixo até a entrada do tórax; • Examinando um lado por vez; • O grau de aumento: escore 1 e 6. Palpação cervical dos lobos da tireoide. O gato deve permanecer sentado e o clínico posiciona-se diretamente por trás do felino. Para palpar o lobo da tireoide esquerdo, a cabeça do gato deve ser segurada com a mão direita do clinico colocada na mandíbula do animal , que é elevada em um ângulo de 45ª para a direita. A ponta do dedo indicador esquerdo do clínico desce da laringe até a entrada do tórax. Se o lobo for palpável, observa-se ou sente-se o lobo deslizando pelo dedo. Fonte: DE SOUZA, et.al. , 2015. HIPERTIREOIDISMO FELINO • Anamnese+ Exame físico+Palpação de tireoide + Exames laboratoriais e de imagem; • HEMOGRAMA: • Eritrocitose; • Macrocitose; • Leucocitose; Neutrofilia; Eosinopenia. • BIOQUÍMICO: • Aumento da atividade de ALT, FA, AST e LDH; • Comum; • Azotemia; • Hiperfosfatemia; • Hiperglicemia discreta: estresse; DIAGNÓSTICO HIPERTIREOIDISMO FELINO • URINÁLISE: • Ajuda diferenciar de diabetes mellitus; • Proteinúria; • ECOCARDIOGRAMA: • Cardiomiopatia hipertrófica • Hipertrofia ventricular esquerda; • Espessamento do septo interventricular; • Dilatação de átrio e ventrículo esquerdo. DIAGNÓSTICO HIPERTIREOIDISMO FELINO • CONCENTRAÇÃO DE T4 TOTAL: • Mais sensível; Principal teste utilizado; Padrão-ouro: radioimunoensaio; • 10% dos hipertireoideos tem valores de T4 total normais; • Fase inicial/ Não grave/ Endocrinopatia concomitante/ Flutuações de T4 • Sinais clínicos + T4 total dentro da referência: Repetir o teste em 1 ou 2 semanas; • T4 LIVRE: • Alta em cerca de 95% dos hipertireoideos; • Alta sensibilidade; Baixa especificidade; • Concomitante a T4T; DIAGNÓSTICO • CONCENTRAÇÃO TSH: • TSH canino; • É melhor quando avaliado com outros testes; • CONCENTRAÇÃO DE T3 TOTAL: • Mais de 30% dos gatos acometidos tem T3 no intervalo de referência; • De menor utilidade; • OUTROS TESTES... HIPERTIREOIDISMO T4 total T4 livre TSH HIPERTIREOIDISMO FELINO • MEDICAMENTOSO: • Inibem a síntese dos hormônios tireoidianos; • Menor risco de complicações; • Indicado em pacientes com insuficiência renal; • Metimazol: • Fármaco de eleição; • Droga- dependente; • 2,5 mg/ gato, BID; • Anorexia, vômito, letargia, alterações hematológicas (trombocitopenia), hipotireoidismo iatrogênico TRATAMENTO fonte :https : / /www.petz .com.br/blog/bem-estar /como- dar-compr imido-para-gato/ https://www.petz.com.br/blog/bem-estar/como-dar-comprimido-para-gato/ HIPERTIREOIDISMO FELINO TRATAMENTO • CIRÚRGICO: • Curativa; • Pré-operatório: Metimazol 2,5 mg/gato, BID ou 5mg/gato, SID durante 7-10 dias (normalizar a concentração de T4); • Tireoidectomia; • Remoção bilateral em >70% dos casos; • Risco: hipocalcemia; • RADIOATIVO: • Se disponível, é o tratamento de escolha; • Administração de iodo 131, IV; • Curativa; • Raro; • Alto custo. Fonte: MOONEY, C. T.; PETERSON, M. E, 2015 HIPOTIREOIDISMO CANINO • Deficiência do hormônios tireoidianos decorrente de anormalidade funcional ou estrutural das tireoides; • Comum em cães; Rara em gatos; • Anormalidade em qualquer parte do eixo hipotalâmico- hipófise- tireoidiano; • Acomete cães de meia-idade (4-6 anos); • Não há predisposição racial; • Raças predispostas: Dobermann Pinscher, Golden Retriever, Labrador, Cocker Spaniel, Schnauzer miniatura, Teckel, Setter Irlandês, Boxer, Beagle, Borzói e Dogue-alemão; PRIMÁRIO (95%): • Perda irreversível do tecido da tireoide: • Diminuição hormonal; • Beagles e Borzóis; • Tireoidite linfocítica (50%); • Atrofia tireoidea idiopática; • Neoplasias/ Congênitas: defeitos na formação física e funcional a glândula; • Iatrogênica: Tireoidectomia/ Fármacos antitireoideos/ Iodo radioativo • Anormalidade da hipófise: • Diminuição de TSH; • Mal formação congênita (hipo congênito); • Pastor-Alemão; • Mal-formação da adeno-hipófise pode atingir a produção de outros hormônios: • TSH diminuído e GH diminuído: Nanismo; • TSH diminuído e GH normal: Cretinismo; • Destruição da hipófise: neoplasias; • Supressão de TSH por glicocorticoides exógenos ou HAC; SECUNDÁRIO OU CENTRAL (<5%) HIPOTIREOIDISMO CANINO TERCIÁRIO: • Defeitos congênito/ Neoplasias hipotalâmicas; • Diminuição do TRH; • Não foi relatado em cães. HIPOTIREOIDISMO CANINO A e B , f i lhotes fêmeas de mesma ninhada de Schnauzer com 8 meses de idade . O cão à esquerda é normal, enquanto o menor cão à direita apresenta hipotireoidismo congênito (cretin ismo). Note a pequena estatura, tamanho corporal desproporcional, cabeça ampla e larga, tronco largo e quadrado, e membros curtos no cretinismo. Fonte: NELSON E COUTO, 2015 Pastor-Alemão de 5 meses de idade com nanismo desproporcional em consequência de hipotireoidismo congênito. Note os membros curtos, o tronco amplo e a cabeça grande . Fonte: MOONEY, C. T. ; PETERSON, M. E, 2015 Hipotireoidismo congênito: Retardo mental; Letargia; Nanismo desproporcional (cabeça larga e grande, e membros curtos); Encurtamento da mandíbula; Protusão da língua; Atraso no ciclo dos dentes e troca de pelos. HIPOTIREOIDISMO CANINO • Letargia; • Ganho de peso; • 40% são obesos; • Intolerância ao exercício; • Intolerância ao frio; • Sonolência e preguiça; • Não quer comer; • Sem poliúria/polidipsia SINAIS CLÍNICOS Fonte: Hospital Veterinário Universidade Anhembi Morumbi https://abev.org.br/25-de-maio-dia-internacional-da- t ireoide/ https://abev.org.br/25-de-maio-dia-internacional-da-tireoide/ HIPOTIREOIDISMO CANINO • ALTERAÇÕES DERMATÓLOGICAS: • Alopecia simétrica bilateral; • “Rabo de rato”; • Seborreia seca ou oleosa; • Hiperqueratose; • Mixedema • Edema de face (plano nasal); • Face triste; • Comedões; • Hiperpigmentação; • Otiteceruminolítica; • Piodermite e malasseziose podem ocorrer. SINAIS CLÍNICOS Alopecia simétrica bilateral em canino Teckel com hipotireoidismo. FONTE: Da CRUZ, et. al . , 2015. Hiperpigmentação e hiperqueratose em animal com malasseziose e hipotireoidismo. FONTE: Da CRUZ, et. al . , 2015. Mixedema de face e focinho mais largo, em Boxer com hipotireoidismo. FONTE: Da CRUZ, et. al . , 2015. No hipotireoidismo, em geral, a perda de pelos começa nas regiões de fricção, como (A) o pescoço, em cães que usam coleira, e (B) cauda (“rabo de rato”) . FONTE: MOONEY, et. al . , 2015. Expressão facial “trágica” associada a hipotireoidismo. FONTE: MOONEY, et. al . , 2015. HIPOTIREOIDISMO CANINO • ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS: • Convulsões; • Ataxia • andar em círculo • Hemiparesia, hipermetria e nistagmo; • paralisia do nervo facial; • Fraqueza; • Paresia, tetraparesia e dismetria, associada à hiporreflexia ou à atrofia muscular; • Coma mixedematoso: Caso incomum; Ocorre em casos severos; Coma, estupor, séria incapacidade mental, controle anormal da temperatura corporal e supressão cardiovascular e respiratória. SINAIS CLÍNICOS HIPOTIREOIDISMO CANINO • ALTERAÇÕES GASTRINTESTINAIS: • Constipação; • Diarreia. • ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS: • Machos: perda de libido, oligospermia, azoospermia e atrofia testicular; • Fêmeas: aumento do intervalo interestro, dificuldade em desenvolver o ciclo estral, cios silenciosos ou com sangramento estral prolongado, aborto espontâneo e nascimento de filhotes menores que o normal. • SINAIS CLÍNICOS • ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES: • Bradicardia; • Aumento do tamanho ventricular; • Arritmia; • ALTERAÇÕES OFTÁLMICAS: • Depósito lipídico corneal; • Úlceração de córnea; • Uveíte anterior; • Efusão lipídica no humor aquoso; • Glaucoma secundário; • Lipemia retinal; • Deslocamento de retina. HIPOTIREOIDISMO CANINO • HEMOGRAMA: • Anemia normocítica normocrômica arregenerativa; • BIOQUÍMICO: • Hipercolesterolemia; • Hiperlipidemia; • Hipertrigliceridemia; DIAGNÓSTICO • US DA TIREOIDE: • TM e RM HIPOTIREOIDISMO CANINO • CONCENTRAÇÃO T4 TOTAL: • Radioimunoensaio; • Baixo custo, amplamente disponível e facilmente mensurada; • Marcador altamente sensível; • T4 diminuído • Quanto menor o valor de T4, maior a probabilidade de hipotireoidismo; • O valor diminuído não é suficiente para confirmar diagnóstico; • Anticorpo anti-T4 DIAGNÓSTICO • CONCENTRAÇÃO DE TSH CANINO: • Diferencia a baixa concentração de T4 do hipotireoidismo daquela ocasionada por outras condições; • Especificidade baixa se comparada à T4L e T4T; • Quando associada a T4T aumenta-se a acurácia do diagnóstico (90%); • A dosagem única de T4L por diálise (maior sensibilidade) mostrou-se mais precisa na detecção de hipotireoidismo do que se associada ao TSH; • Não deve ser interpretado isoladamente. • CONCENTRAÇÃO DE T4 LIVRE: • Por diálise(Alto custo); • Mais específico do que T4 total; • Fazer associado c/ T4 total; Comparação do desempenho do teste para diferentes hormônios no diagnóstico de hipotireoidismo em cães. FONTE: MOONEY, et. al . , 2015. Uso e interpretação dos teores de T4T e cTSH como testes endócrinos de “primeira linha” . DNT: doença não tireoidiana . TgAA: autoanticorpo contra tiroglobulina. FONTE: MOONEY, et. al . , 2015. Representação esquemática das etapas de um teste terapêutico para diagnóstico de hipotireoidismo. FONTE: MOONEY, et. al . , 2015. HIPOTIREOIDISMO CANINO • Levotiroxina sódica (L-tiroxina): • Dose inicial: 0,02mg/ Kg, VO, BID ou SID • Monitorar; • Ajustar dose; • Cuidado: Toxicose!!! TRATAMENTO PÂNCREAS ENDÓCRINO • DIABETES MELLITUS • CETOACIDOSE DIABÉTICA Células beta (60-80% de cada ilhota): síntese de insulina; Células alfa: armazenam glucagon – um hormônio que inibe os efeitos da insulina; Células delta: secretam somatostatina; Células PP (F): polipeptídeo pancreático GLICOSE • Fonte de energia; • Precursora de molécula: aminoácidos, ácidos nucleicos, lipídios e carboidratos complexos (glicogênio); • Glicemia normal (cão): 60-120mg/dl; Controle glicêmico Fígado Glicogenólise; Gliconeogênese Glicostato hipotalâmico Liberação de hormônios gliceminantes Adrenalina, cortisol, GH, glucagon Ilhotas de Langerhans Células alfa Secreta glucagon Células Beta Secreta insulina DIABETES MELLITUS • Grupo de doenças metabólicas de origens múltiplas, caracterizado por hiperglicemia crônica e distúrbios no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, resultado de defeitos na secreção da insulina, na ação dela ou de ambos (OMS). • É uma endocrinopatia, caracterizada pela deficiência relativa ou absoluta do hormônio insulina; • Resulta em hiperglicemia e em uma série de sintomas progressivos, que se não controlados, podem evoluir para morte; • Comum em cães; • Idade: cães de meia-idade ou mais idosos (5-12 anos); • Há relatos de cães com 6 meses • Sexo: Fêmeas (70%); • Acomete todas as raças e SRD DIABETES MELLITUS • CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DEPENDÊNCIA DE INSULINA (NÃO É MUITO ÚTIL P/CÃES; Gatos??): • DM insulinodependentes: • Cães (em sua grande maioria); • 50% dos pacientes felinos; • DM não insulinodependentes: • 30% dos pacientes felinos; • DM transitória: • Reversível; • Rara em cães; • 20% dos pacientes felinos DIABETES MELLITUS DM POR DEFICIÊNCIA DE INSULINA DM POR RESISTÊNCIA À INSULINA Deficiência/Destruição das células beta; Deficiência completa de insulina; Etiologia é desconhecida, mas acredita-se que haja envolvimento de várias doenças: Hipoplasia/abiotrofia congênita de células beta Perda de células beta associada à pancreatite Destruição imunomediada de células beta Intoxicação por glicose/exaustão de células beta como consequência de resistência à insulina prolongada Resistência insulínica; Diminuição da secreção insulínica. Inibição da função desta por outros hormônios Infecção ou inflamação; Diestro; Outras formas de antagonismo hormonal: Secundário a hiperadrenocorticismo; Secundário à acromegalia (raro); latrogênica: Glicocorticoides sintéticos Progestágenos sintéticos Intolerância a carboidrato associada à obesidade; Amiloidose nas ilhotas de Langerhans; Defeito no receptor de insulina (não há relato em cães). DIABETES MELLITUS SINAIS CLÍNICOS Sinais clínicos de DM. FONTE: DAVISON, et. al., 2015. 4 P´s da DM Cadelas prenhez (falta de insulina): crescimento fetal exagerado Avançados: Anorexia, letargia, depressão e vômito; Gato: neuropatia diabética (postura plantígrada) DIABETES MELLITUS • POLIÚRIA/ POLIDIPSIA: • Polidipsia secundária à poliúria; • Ocorre quando a concentração sanguínea de glicose excede o limiar renal para reabsorção (12 a 14 mmol/l); • Glicosúria • POLIFAGIA: • há necessidade de insulina para a atividade adequada do centro de saciedade (hipotálamo), que está envolvido na determinação do apetite do cão. • PERDA DE PESO: • Alterações metabólicas: Glicose (falta de insulina) Novas reservas energéticas: gordura e proteína (músculo) • Hiperlipidemia, lipidose hepática (hepatomegalia), definhamento muscular SINAIS CLÍNICOS Letargia; Desidratação; Pelos esparsos, secos e quebradiços; Fisiopatogenia do DMC. A ausência relativa ou absoluta de insulina reduz a captação muscular e adiposa de glicose, bem como a metabolização da glicose nos hepatócitos, e promove maior produção hepática de glicose. Após ultrapassar o limiar de reabsorção renal (180-220mg/dl), há ocorrência de poliúria, desidratação e polidipsia compensatória estimulada pelo centro da sede hipotalâmico. A perda de glicose na urina, bem como a proteólise e a lipólise estimuladas pela deficiência de insulina, provoca a perda de peso do paciente. A deficiente ativação do centro da saciedade no hipotálamo mantém ativo o centro da fome, estimulando a polifagia típica do diabético não compensado. FONTE: PӦPPL, et.al., 2015. DIABETES MELLITUS• HEMOGRAMA: • Normal; Policitemia: desidratação; Anemia arregenerativa discreta (doença crônica); • Leucograma de estresse (linfopenia e neutrofilia); • BIOQUÍMICO: • Hipercolesterolemia; • Hipertriacilglicerolemia (hipertrigliceridemia); • Aumento de FA e ALT DIAGNÓSTICO • URINÁLISE: • Cistocentese: ideal; • Odor cetônico; • Glicosúria; • Hematúria; • Proteinúria; • Cetonúria; • Bacteriúria; • Densidade urinária baixa DIABETES MELLITUS • MENSURAÇÃO DE GLICOSE SANGUÍNEA: • Laboratorial: padrão-ouro • Glicosímetro: vet X humano • Pina da orelha, mucosa labial; • FRUTOSAMINA: • Ligação não- enzimática irreversível c/ as proteínas plasmáticas (albumina); • Concentração sanguínea de glicose média em 1 ou 2 semanas anteriores à coleta de sangue; • Valor normal (cão): 225-365 nmol/L; (gato): 280 (220-350) nmol/L; • HEMOGLOBINA GLICOLISADA: • Hemoglobina quimicamente ligada à glicose de modo irreversível; • Reflete a média da concentração sanguínea de glicose nos 2 a 3 meses anteriores à coleta de sangue; DIAGNÓSTICO Uso de glicosímetro para mensurar a glicose em uma amostra de sangue capilar obtida da orelha, com um aparelho com lanceta FONTE: DAVISON, et. al., 2015. FONTE:https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/23432/3/MucosaLabialSitio.pdf https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/23432/3/MucosaLabialSitio.pdf (A) Obbtenção de amostra de sangue do coxim carpal. (B) A coleta de amostra do coxim plantar principal é bem tolerada por vários gatos. FONTE: RAND, J. , 2015. Mensusração de concentração sanguínea de glicose em uma amostra obitida da orelha. Tem-se melhor resultado quando, primeiro, se esfrega ou aquece o local, a fim de aumentar o fluxo sanguíneo. FONTE: RAND, J. , 2015 DIABETES MELLITUS • DIETA E EXERCÍCIO FÍSICO: • Tipo e quantidade de alimento controlado: 2x ao dia; • Cão: dieta rica em fibras, carboidratos complexo e baixo teor de gordura; • Gato: rica em proteína e pouco carboidrato; • Exercício diário; • Evitar guloseimas; TRATAMENTO Insulina 1x ao dia Insulina 2x ao dia Alimentação 2x ao dia, cada refeição deve conter 50% de sua necessidade energética; A segunda refeição deve ser fornecida no momento máximo da insulina (6-8h após injeção) Alimentação com as injeções; Cada refeição deve conter 30- 50% da necessidade diária de caloria; Pode oferecer uma refeição menor (10- 20% da necessidade) de 6-8h após cada injeção. • TRATAR ENFERMIDADES CONCOMITANTES: • Inflamação, infecção, neoplasia, etc. DIABETES MELLITUS • INSULINOTERAPIA (CÃO): • NPH ou Lenta: Primeira escolha • NPH: 0,5- 1,0 U/Kg, BID; Lenta: 0,5 U/Kg, BID; • Ajustes na insulinoterapia; TRATAMENTO Objetivos do tratamento do diabetes. FONTE: DAVISON, et. al., 2015. INSULINOTERAPIA (GATO): • Dose (gato): Lenta ou NPH: 1-3 U/gato, SID ou BID • Ajustar a cada 12h • Hipogliceminantes (isoladamente): • Glipizide (Minidiab ®): Dose inicial: 2,5- 5,0 mg/gato, VO, BID, durante 2 semanas (período de adaptação); • Efeito adverso: diarreia, vômito, icterícia, anorexia (reduzir a dose ou frequência). • Glimiperide (Amaryl ®): Dose 1-2mg/gato, SID; • Menos efeito adverso. TIPOS DE INSULINA VIA COMEÇO DO EFEITO PICO DE AÇÃO (h) DURAÇÃO DE EFEITO (h) Regular cristalina Humulin N, Novolin N, Insunorm N (humana) IV Imediato ½ a 2h 1 a 4 Ação curta IM 10-30min 1 a 4 3 a 8 SC 10-30min 1 a 5 4 a 10 Neutral Protamine Hagedorn (NPH) Humulin N, Novolin N, Insugen N, Insunorm N (humana) SC ½ a 2h 4 a 6 8 a 14 Ação intermediári a Lenta Caninsulin (veterinária) SC ½ a 2h 2 a 10 8 a 20 Ação prolongadaGlarcina Lantus humana SC ½ a 4h 6 a 10 10 a 24 Detemir Levemir (humana) SC ½ a 2h 8 a 10 >24 Protamina Zincada (PZI) Comercialmente indisponível no Brasil (Descontinuada) _____ ___________ _ ___________ _ ___________ _ Longa ação Ultralenta Comercialmente indisponível no Brasil (Descontinuada) _____ ___________ _ ___________ _ ___________ _ Ação curta Seringas e caneta para aplicação de insulina. As canetas permitem ajuste de dose mais preciso, especialmente se tiver ajuste de dose de meia em meia unidade de insulina. FONTE: PӦPPL, et. al., 2015. DIABETES MELLITUS • Monitorar: Glicemia, frutosamina, hemoglobina glicosilada; • Diário: • Apetite, ingestão de água, comportamento (especialmente apatia); • Glicosímetro • Curva glicêmica seriada: • Alimentar o paciente e aplicar insulina; • Repetidas amostras de sangue coletadas a cada 1-2h, durante 12 a 24h; • O estresse pode interferir; • Analise de curva: A insulina apresenta algum efeito? Quanto tempo dura esse efeito? O nadir (menor valor de glicose sanguínea) é seguro ou está perigosamente muito baixo? Há fatores que também podem contribuir na ocorrência dos achados verificados? MONITORAMENTO- TRATAMENTO Uso de glicosímetro para mensurar a glicose em uma amostra de sangue capilar obtida da orelha, com um aparelho com lanceta. FONTE: DAVISON, et. al., 2015. Uso de dispositivo de monitoramento contínuo. (A) O sensor de monitoramento de glicose é introduzido abaixo da pele, por meio de um dispositivo que dispara sob pressão. (B) O sensor é desconectado ao dispositivo de monitoramento contínuo da glicose e é mantidono local por até 72h. ( C )Este dispositivo pode ser colocado no paciente e fixado a um suspensório. FONTE: DAVISON, et. al., 2015. FONTE: https://hovetsaopedro.com.br/varios/noticias/235- glicosimetro-fixo https://hovetsaopedro.com.br/varios/noticias/235-glicosimetro-fixo Instagram: @draericabaffafelinos https://www.instagram.com/p/b2lajmdjz5/ ?utm_source=ig_web_copy_link DIABETES MELLITUS PECULIARIDADES EM FELINOS • CAUSAS EM GATOS: • Sedentário e obeso: • Resistência insulínica; • Dieta: • Rica em proteína e pobre em carboidratos; • Resistência natural a insulina: • Manutenção dos níveis glicêmicos. • ACOMETE: • Gatos entre 10- 13 anos de idade; • Macho > Fêmea (proporção macho: fêmea de 2:1); • REMISSÃO DIABÉTICA: • É possível quando houver células funcionais remanescente; • Fatores para se obter remissão: • Início precoce de tratamento apropriado com insulina; • Monitoramento cuidadoso e frequente da glicemia, com ajuste apropriado da dose de insulina; • Fornecimento de dieta adequada. DIABETES MELLITUS • A quantidade normal de insulina produz uma resposta subnormal: • Problemas antes da interação da insulina com seu receptor; • Problemas no receptor; • Problema na cascatas fosforilativas pós-receptor; • Suspeita: dose >2,2 U/Kg; RESISTÊNCIA INSULÍNICA Deficiência de insulina Resistência insulínica CAD Suspensão de insulina; Dose baixa de insulina; Deficiência relativa de insulina; DM não diagnosticada. Hormônios hipergliceminantes (catecolaminas, cortisol, glucagon, GH); Estresse; Infecção (ITU, piometra, infecções bucais); Diestro; Obesidade; HAC ou hipotireoidismo; Insuficiência pancreática exócrina; Glicocorticoides, progestágenos. CETOACIDOSE DIABÉTICA • É uma emergência médica secundária a uma deficiência de insulina, caracterizada por alterações metabólicas extremas, incluindo hiperglicemia, acidose metabólica, cetonemia, desidratação e perda de eletrólitos; • Uma das complicações mais graves do diabetes mellitus; • Acomete: • Machos felinos mais velhos (> 8 anos ); • Cadelas de meia-idade (idade máxima: 7-9 anos); • Sinais clínicos: • 4P´s; Vômito, fraqueza, anorexia, colapso, e lentidão mental. • Desidratação, hepatomegalia, dor abdominal cranial (pancreatite),taquicardia, taquipneia, odor cetônico, posição plantígrada • Diagnóstico: • Hiperglicemia, glicosúria, cetonuria, azotemia pré-renal, hemoconcentração, etc. • Hemograma, bioquímico, hemogasometria (se possível) (A) Postura plantígrada em um gato com diabetes melito e insuficiência pancreática exócrina. (B) A resolução da fraqueza dos membros posteriores e da postura plantígrada após o controle glicêmicoé melhorada pelo ajuste da terapêutica com insulina e pelo início da terapia de reposição de enzimas pancreáticas. FONTE: Nelson e Couto, 2015. TRATAMENTO Fluidoterapia NaCl 0,9% (em hiponatremia); Ringer c/lactato (hiponatremia ausente); 60 a 100 mL/kg, a cada 24 h (inicialmente); Suplementar K: baseada na concentração de K+ no soro; Suplementar fósforo: Suplementar glicose: Se a concentração sanguínea for inferior a 250 mg/dL; Infusão de dextrose a 5% Insulinoterapia Insulina regular cristalina; Dose inicial: 2U/Kg, IM (animais <10Kg); 0,25mg/Kg, IM (animais >10Kg); Dose manutenção (h em h até glicose< 250mg/Kg): 1U/Kg IM(animais <10Kg); 0,1mg/Kg IM(animais >10Kg); Dose p/ glicose entre 150 e 250mg/Kg: 0,5U/Kg IM, cd 4-6h; 0,5mg/Kg SC cd 6-8h; Estabilização: voltar a insulina NPH* RELATO DE CASO • Um gato persa, castrado, 8 anos de idade, pesando 3Kg, escore corporal 3/5; • Encaminhado para Clínica PetEndocrine Brasil, devido à DM não controlado; • Tratamento inicial: NPH 2U, SC, BID; • Lenta 2U, SC, BID; • Glarcina 3U, SC, BID; • Não houve melhora de sinais clínicos (poliúria, polidipsia, polifagia, fraqueza muscular e letargia); • Exame físico: distensão abdominal, pele frágil e fina, alopecia bilateral simétrica; • Sinais clínicos + Ausência de melhora ao tratamento= Suspeita de HAC concomitante; • Hemograma; Urinálise; Curva glicêmica • Frutosamina: bom controle 369 μmol / l (Referência: 350–400 μmol / l); • Aumentaram dose da glarcina: 4U, SC, BID; https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC 5912277/ Ação intermediária Ação prolongada https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5912277/ • Após 1 semana: Teste de supressão de dexametasona em baixa dose: 0,1mg/Kg, IV; • Cortisol basal: 143.7 nmol/l (RI 10–138 nmol/l); • 4 h após dexa: 64.6 nmol/l; • 8 h após dexa: 49.4 nmol/l; • US: adrenomegalia bilateral • Tratamento estabelecido: • Trilostano: 10mg/ gato, VO, SID • Ganho de peso, aumento de atividade, normalização de interação com os proprietários, controle glicêmico; • Resolução de sinais diabéticos; • Após 14 dias: Teste de resposta ao ACTH • 6h após o trilostano; • 0,125 mg/gato de ACTH sintético, IV; • Cortisol pós-ACTH: 136,8 nmol / l (Referência 55-165 nmol / l); • Trilostano: 10 mg/ gato, VO, BID; Resposta normal: <38 nmol/l HACHD (a) Emagrecimento, perda muscular, alopecia. (b) Pele fina e frágil. (c) Alopecia simétrica bilateral, pêlo despenteado e abdômen saliente. (a) Ganho de peso e massa muscular completo, re-crescimento e re-pigmentação do pêlo. (b) Perda de barriga e re-crescimento do pêlo abdominal ventral • Após 1 mês (40 dias do início do tratamento): • O paciente retornou com sinais de hipoglicemia (prostração); • Glicemia: 2,4 mmol / l • Frutosamina: 257 mmol / L (compatível c/ hipoglicemia crônica < 300 mmol /l); • Dose de insulina (reduzida): 2 U, BID; • Teste de estimulação de ACTH: • Concentração de cortisol 1 h pós-ACTH (146,2 nmol / l) • Hipocortisolismo contribuindo para a hipoglicemia improvável. • Trilostano (manteve a dose): 10 mg /gato, BID; • Conclusão: • Este relatório detalha o primeiro caso de remissão diabética em um gato com HAC tratado com trilostano. Os trabalhos adicionais devem focar se o ajuste dos protocolos de tratamento do trilostano em pacientes com DM associados com HAC pode levar a uma maior proporção de gatos alcançar remissão diabética. O sucesso do tratamento deve ser comparado a opções alternativas de tratamento, incluindo hipofisectomia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • HERRTAGE, M.E.; RAMSEY, I.K.; Hiperadrenocorticismo em cães. In: Mooney, C.T.; Peterson, M.E. Manual de Endocrinologia em cães e gatos. 4ª Ed. São Paulo: Roca, 2015. Cap. 16, P. 254- 289. • De Marco, V.; Hiperadrenocorticismo Canino. In: Jericó, M.M.; Andrade Neto, J.P.; Kogika, M.M.; Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 187, P. 5080- 5119. • Doenças da Adrenal. In: Nelson, R. W.; Couto, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, Cap.53. P. 2387- 2435. • BORIN- CRIVELLENTI, S.; Endocrinologia. In: Crivellenti, L. Z.; Borin- Crivellenti, S. 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In: Jericó, M.M.; Andrade Neto, J.P.; Kogika, M.M.; Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 192 , P. 5220-5253 . • SILVA, R. D.; Cetoacidose Diabética. In: Jericó, M.M.; Andrade Neto, J.P.; Kogika, M.M.; Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 194 , P. 5298- 5316. • Distúrbio do pâncreas endócrino . In: Nelson, R. W.; Couto, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, Cap. 52 . P. 2344- 2361. • Emergência Endócrinas e Metabólicas. In: MACINTIRE, D. M.; DROBATZ, K. J.; HASKINS, S. C.; SAXON, W. D.; Emergência e cuidados intensivos em Pequenos Animais. 1ª Ed. Barueri-SP: Manole, 2007, Cap. 15. P.325-327. • BORIN- CRIVELLENTI, S.; Endocrinologia. In: Crivellenti, L. Z.; Borin- Crivellenti, S.; Casos de Rotina em Medicina Veterinária de Pequenos Animais. 2ª Ed. Editora MedVet, 2015. Cap. 6, P. 237- 242. DIABETES MELLITUS E CETOACIDOSE DIABÉTICA BONS ESTUDOS! OBRIGADA!
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