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LICENCIATURA EM LETRAS – PORTUGUÊS PRÁTICA DE ENSINO VIVÊNCIA NO AMBIENTE EDUCATIVO POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 PLANO DE AULA Leonardo Rodrigues Barbosa RA 0524830 Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP Interativa – Como parte do Projeto de Vivência no Ambiente Educativo. Araçatuba-SP 2022 SUMÁRIO 1. Identificação……………………………………………………………………….. 2. Conteúdos ……………………………………………………………………….. 3. 3. Objetivos…………………………………………………………………………. 4. 4. Recursos…………………………………………………………………………. 5. Etapas da Aula…………………………………………………………………… 5.1 Introdução a tema…………………………………………………………….. 5.2 Desenvolvimento da aula………………………………………………………. 5.3 Atividades para os estudantes ………………………………………………… 6. Avaliação ………………………………………………………………………………. 7. Fontes / Referências………………………………………………………….. 8. Apêndice……………………………………………………………………………… Araçatuba-SP 2022 1. IDENTIFICAÇÃO Nível de Ensino: Ensino Fundamental II 9ºano Disciplina: Português Tema da aula: Intertextualidade Tempo Duração da Aula: 45 minutos 2. CONTEÚDOS Intertextualidade, compreensão e interpretação de textos. 3. OBJETIVOS O objetivo a ser alcançado nesta aula de português é a compreensão e interpretação da intertextualidade, musicalidade e expressividade presentes na música Monte Castelo (Renato Russo) e o soneto “O amor é fogo que arde sem se ver” do poeta Luiz Vaz de Camões. (vide Apêndice) Espera-se que os alunos tenham total compreensão das relações intertextuais, desenvolvendo habilidades de ler, ouvir e interpretar textos por meio de leituras diferentes. 4. RECURSOS Para que a finalidade da aula seja atingida, será utilizado DVD player e aparelho de TV ou data show com computador com acesso à internet, para exibição dos vídeos. Serão necessários impressões da letra da música de Renato Russo “Monte Castelo” e o soneto “O amor que arde sem se ver” do poeta Luiz Vaz de Camões. Será usado o livro didático do aluno e também, lápis, borracha, caderno caneta etc… 5. ETAPAS DAS AULA 5.1 INTRODUÇÃO AO TEMA Ao iniciar a aula será entregue o texto de Renato Russo e Luiz Vaz de Camões, e o professor irá fazer uma leitura em voz alta para os alunos, pausadamente, fazendo desta uma leitura bastante expressiva e contagiante, e irá pedir para os alunos fazerem uma leitura em voz baixa do texto. Será abordado primeiramente se os alunos conhecem os autores dessas obras, e se os mesmos já leram o soneto ou ouviram a canção. Duração: 10 minutos. 5.2 DESENVOLVIMENTO DA AULA Após a introdução do Tema e a conversa e leitura com os alunos será apresentado em vídeo o soneto de Luiz Vaz de Camões “O amor é fogo que arde sem se ver”, que será acompanhado pelos alunos na folha impressa. Logo após será apresentado à música de Renato Russo (Monte Castelo), que será também acompanhado na folha impressa. Terminado a apresentação do vídeo e a leitura do texto, o professor irá perguntar o que os alunos acharam do vídeo e do texto, se gostaram, ou não gostaram (e por que?) e se entenderam. Depois o professor poderá falar sobre os respectivos autores, e suas obras, introduzindo o conceito de intertextualidade. A intertextualidade é influência de um texto sobre outro texto, podendo ser ela implícita ou explicita, feita por meio de paráfrase ou paródia. A intertextualidade pode observada em diversos aspectos, como por exemplo; textos literários, pinturas, novelas, filmes, canções, etc. Explica-se que, dependendo da ocasião, a intertextualidade tem funções diversas que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida. Assim o professor pode pedir que os alunos encontrem as semelhanças (intertextualidade) que os aproximem: Título semelhante ou igual, e trechos semelhantes, observando o período ou (século) em que o texto foi escrito, identificando o que foi escrito primeiro e que serviu de base para o outro. Assim, o professor pode realizar uma leitura minuciosa do Soneto 11, de Camões, que poderá ser conduzida de maneira coletiva. Os alunos devem ser estimulados a perceberem como um texto clássico, escrito no século XVI, pode dialogar de forma fascinante com a música de uma banda contemporânea. No final da aula cantaremos a música Monte Castelo da Banda Legião Urbana. Duração: 25 minutos. 5.3 ATIVIDADES PARA OS ESTUDANTES Perguntas a serem respondidas em escrito no caderno. Duração: 10 minutos. Lista de perguntas: 1. Existe similaridade entre as concepções de intertextualidade apresentadas pela canção ”Monte Castelo” e pelo poema “Amor é fogo que arde sem se ver”? Quais as diferenças e semelhanças encontradas em ambos os textos? 2. Leia o soneto “O amor é fogo que arde sem se ver” e destaque os trechos desse texto que estão presentes na canção de Renato Russo. 3. Qual a importância do soneto “O amor é fogo que arde sem se ver” para a literatura e a língua portuguesa? 4. Dado as oposições podemos dizer que Luís Vaz de Camões caracteriza no final o amor como um sentimento de? 5. A letra da musica “Monte castelo” transmiti um pensamento positivo, e defende qual ato da sociedade? 6. Qual a figura de linguagem predominante na música “Monte Castelo”? 7. Qual nome que se dá à composição poética de Luiz Vaz de Camões? 8. No ponto de vista da língua como instrumento de interação social, qual o papel da intertextualidade para a concretização dos objetivos e intenções do produtor do texto? 9. Quantas estrofes existem no soneto? E quantos versos? 10. Quanto à métrica, os versos são de que tipo? 6. AVALIAÇÃO Os estudantes serão avaliados coletivamente durante a realização das atividades de análise e interpretação dos textos “Monte Castelo” de Renato Russo e “O amor é fogo que arde sem se ver” de Luiz de Vaz de Camões, e dos exercícios propostos em aula, quando demonstrarão o conhecimento a respeito do processo de intertextualidade, compreensão e interpretação de textos. 6.1 RESULTADOS ESPERADOS O aluno terá um conhecimento amplo sobre o processo de intertextualidade, compreensão e interpretação de textos. Tornar-se-á modificadora a forma de analisar as produções textuais. Ampliação do vocabulário. Construir o conceito intertextualidade e de paródia. Aprender que a mensagem passada pela canção de Renato Russo, visando à intertextualidade, foi aplicada de forma muito rica. Renato Russo apropria-se de outro famoso texto sobre o “amor” e constrói, a partir dele, a sua mensagem para uma geração. Que os alunos percebam que a intertextualidade implica em um universo histórico-social e cultural. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMÕES, Luís Vaz de. Poesia Lírica. Ulisséia. 1988, 2ª ed. http://alunosonline.uol.com.br/portugues/intertextualidade- nas-vozes-camoes-renato-russo.html https://www.youtube.com/watch?v=9chlCY_6xMQ https://www.youtube.com/watch?v=RIZOWvFCOv4 http://barulhopoetico.blogspot.com.br/2011/09/intertextuali dade-na-musica-monte.html http://www.pucrs.br/gpt/intertextualidade.php http://didatizandoalinguagem.blogspot.com.br/2013/05/inte rtextualidade-camoes-vinicius-i-cor.html http://alunosonline.uol.com.br/portugues/intertextualidade-nas-vozes-camoes-renato-russo.html http://alunosonline.uol.com.br/portugues/intertextualidade-nas-vozes-camoes-renato-russo.html https://www.youtube.com/watch?v=9chlCY_6xMQ https://www.youtube.com/watch?v=RIZOWvFCOv4 http://barulhopoetico.blogspot.com.br/2011/09/intertextualidade-na-musica-monte.html http://barulhopoetico.blogspot.com.br/2011/09/intertextualidade-na-musica-monte.html http://www.pucrs.br/gpt/intertextualidade.php http://didatizandoalinguagem.blogspot.com.br/2013/05/intertextualidade-camoes-vinicius-i-cor.htmlhttp://didatizandoalinguagem.blogspot.com.br/2013/05/intertextualidade-camoes-vinicius-i-cor.html 8. APÊNDICE Monte Castelo (letra de Renato Russo) Ainda que eu falasse a língua do homens E falasse a língua do anjos Sem amor, eu nada seria É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade O amor é bom, não quer o mal Não sente inveja ou se envaidece O amor é o fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer Ainda que eu falasse a língua do homens E falasse a língua do anjos Sem amor, eu nada seria É um não querer mais que bem querer É solitário andar por entre a gente É um não contentar-se de contente É cuidar que se ganha em se perder É um estar-se preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor É um ter com quem nos mata a lealdade Tão contrário a si é o mesmo amor Estou acordado e todos dormem Todos dormem, todos dormem Agora vejo em parte Mas então veremos face a face É só o amor, é só o amor Que conhece o que é verdade Ainda que eu falasse a língua do homens E falasse a língua do anjos sem amor, eu nada seria. Amor é um fogo que arde sem se ver Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? – Luís Vaz de Camões, in “Sonetos”
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