Buscar

N1 - EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Prévia do material em texto

O transtorno do espectro autista é um transtorno do desenvolvimento
neurológico, que se caracteriza por dificuldades na interação social,
comunicação, comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos. Sendo
assim, é de grande importância que haja estratégias de ensino, visando
promover a neuroplasticidade e as sequências no desenvolvimento infantil, por
meio de estimulações para a aprendizagem e o desenvolvimento de
habilidades sociais e cognitivas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA,
2019).
Por este motivo, a inclusão escolar dos alunos com autismo é foco de
preocupação de diversos profissionais que atuam na área, uma vez que esses
percebem as dificuldades enfrentadas no ambiente escolar e sabem da
importância da inclusão (BENUTE et. al, 2020).
A formação e informações que os professores possuem sobre autismo, não
são suficientes para se trabalhar de modo adequado e significativo com os
alunos com autismo, sendo necessário ter um maior preparo dos profissionais,
como uma capacitação, e da estrutura escolar (SOUSA, 2015). Um preparo
prático é o professor compreender os sinais e saber identificar as
características do espectro e logo encaminhar para o setor de saúde infantil
para se estabelecer o diagnóstico (Autismo & Realidade, 2013).
Também é necessário que o professor desenvolva um olhar sensível e atento
às necessidades do aluno e foque em suas potencialidades e não dificuldades,
para que este se sinta incluído e efetive o ensino-aprendizagem, e entenda que
este é um sujeito capaz de aprender. Há diversos métodos, dentre os mais
importantes, destaca-se o estabelecimento de uma rotina para que o aluno se
situe no espaço e no tempo, e interação entre família e escola, para incluir e
avançar no processo de aprendizagem. É importante ressaltar a importância de
individualizar as estratégias às necessidades de cada aluno e ter uma ênfase
maior no acolhimento e mediação da aprendizagem (BATTISTI; HECK, 2015).
Na prática, o professor pode aplicar estratégias como: falar de modo claro, com
frases simples e diretas; ensinar conteúdos em pequenos passos e de forma
direta; dar dicas, tais como pegar na mão da criança, apontar para o que deve
fazer, solicitar verbalmente; diminuir os estímulos visuais nas paredes e
minimizar os barulhos; e uma rotina, até para saídas para o banheiro (Autismo
& Realidade, 2013). Em casos de dificuldade na interação social e
comunicação, o professor pode recompensar os sucessos e/ou combinar o
interesse da criança com a atividade, por exemplo, ou ensinar ao aluno que as
brincadeiras têm hora e lugar, bem como as regras, a depender do tipo de
déficit (KHOURY et al., 2014)
Portanto, no caso do case apresentado, seria sugerido que a diretora
implementasse um plano de capacitação dos profissionais, bem como
alinhamento das estratégias de sala de aula para a melhor inclusão e
acolhimento do aluno. Outro ponto é conversar com os pais e profissionais que
acompanham o aluno, para entender exatamente os tipos de déficit ele tem e
como pode aliar com o tratamento com os ensinos em sala de aula.
Referências Bibliográficas
AUTISMO & REALIDADE – ASSOCIAÇÃO DE ESTUDOS E APOIO. Cartilha
Autismo e Educação. São Paulo: Autismo & Realidade, 2013.
BATTISTI, Aline Vasconcelo; HECK, Giomar Maria Poletto. A INCLUSÃO
ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
TEORIA E PRÁTICA. 2015. 47 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pedagogia,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, 2015.
BENUTE, GLÁUCIA ROSANA GUERRA et al.. TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): desafios da inclusão. 2. ed. São Paulo: Setor de
Publicações - Centro Universitário São Camilo, 2020. 27 p.
KHOURY, Laís Pereira et al. Manejo Comportamental de crianças com
transtorno espectro autista. São Paulo: Memnon, 2014. 54 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Transtorno do Espectro do
Autismo. Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e
Comportamento, [s. l], v. 1, n. 5, p. 1-24, abr. 2019.
SOUSA, Maria Josiane Sousa de. PROFESSOR E O AUTISMO: DESAFIOS
DE UMA INCLUSÃO. 2015. 34 f. Monografia (Especialização) - Curso de
Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, Psicologia Escolar e do
Desenvolvimento Humano, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

Continue navegando