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Carla Bertelli – 5° Período Adeno-Hipófise, Suprarrenal Adeno-Hipófise e Suprarrena Suas células são variadas, porém dividas em 3 colorações histológicas: • Acidófilas (rosinha, dependem dos grânulos) • Basófilas • Cromófobas – Pouco Coradas As Acidófilas + Basófilas constituem as células Cromófilas, e são bem coradas 1 e 3 – Acidófila 2 – Basófila 4 – Cromófoba Somatotrofo, Lactotrofo – Acidófilas Corticotrofo, Tireotrofo – Basófilas Podem ser classificados conforme seu tamanho, quadro clínico, aspecto radiológico e aspecto cirúrgico. O estudo morfológico inclui cortes histológicos corados por colorações de rotina e para fibras reticulares. Rotineiramente, deve-se realizar imuno-histoquímica para hormônios hipofisários, marcadores para fatores de transcrição, receptores hormonais, ceratinas e marcadores de diferenciação neuroendócrina para conseguir diferenciar os tipos de adenomas. Carla Bertelli – 5° Período Histologicamente, os adenomas hipofisários são constituídos por células uniformes, arredondadas, ovaladas ou poligonais, com citoplasma acidófilo, basófilo ou cromófobo e núcleos arredondados, sem atipias, contendo cromatina finamente granular e pequenos nucléolos. As células arranjam-se geralmente em torno de capilares, formando bainhas separadas por septos fibrovasculares delicados ou por vezes lembrando formações papilíferas. Pleomorfismo, hipercromasia nucleares e figuras de mitose podem ser encontrados, mas nem sempre indicam comportamento biológico agressivo. A coloração para fibras reticulares mostra perda do padrão alveolar normal da adeno-hipófise, por fragmentação e rarefação das mesmas. ImunoHistoquímica – Melhor técnica para reconhecer as células, distingue os 5 tipos principais de células secretoras da Hipófise. Detecta comportamento agressivo, anormalidade no arranjo das células. • Define o hormônio presente nos grânulos, ficando corados em marrom Importante saber as alterações – diferenças entre estados benignos e malignos da hipófise Histologia Normal – Vascularização, organizada em cordões ou ilhas, poucos fibroblastos (são fibras reticulares que sustentam os cordões) • Essas Fibras Reticulares são importantes para diferenciar a histologia normal da alterada Histologia em um Adenoma – Sem cordões ou ilhas, perda do padrão alveolar, fragmentação e rarefação das fibras reticulares, além de pleomorfismos, hipercromasia nuclear e aumento na taxa de mitose Adenomas Adenoma Corticotrófico – Secretor de ACTH Causa obesidade torácica, abdominal, DM, osteoporose, HAS, amenorreia, acne, cálculo renal, hirsutismo Adenoma Lactotrófico – Secretor de Prolactina Causa amenorreia, galactorreia, perda de libido, infertilidade Adenoma Tireotrofo – Secretor de TSH Hipertireoidismo, muitas vezes secreta a forma inativa Carla Bertelli – 5° Período Adenoma Somatotrófico – Secretor de GH Estimula a secreção de IGF-1, causa gigantismo, acromegalia, disfunção gonadal, fraqueza, DM Adenoma Gonadotrófico – Secreção Insuficiente de LH e FSH Adenomas não funcionantes, causam amenorreia, diminuição da energia e libido • Zona Glomerulosa – Aldosterona. Células pequenas, piramidais, agrupamentos ovoides. Gotículas lipídicas esparsas no citoplasma, responsável por produzir e secretar aldosterona, controlado pelo SRAA • Zona Fasciculada – Cortisol Células grandes, periféricas, longos cordões retilíneos, entremeados por sinusoides. Numerosas gotículas lipídicas percursores dos glicocorticoides e em menor quantidade gonadocorticoides também. Controlado pelo CRH-ACTH • Zona Reticulada – Andrógenos. Células pequenas, com pouco citoplasma, poucas gotículas lipídicas e núcleos densamente organizados. Células dispostas em cordões anastomosados. Secretam gonadocorticoides e pequenas quantidades de glicocorticoides. • Medula – Células Cromafins, tecido conjuntivo, numerosos capilares sanguíneos, sinusoides e nervos. As células cromafins secretam noradrenalina e adrenalina. Síndrome de Addison Afeta todas as camadas do córtex, reduz os níveis de todos os hormônios – hipofunção Insuficiência suprarrenal primária, na qual há deficiência de hormônios corticais suprarrenais e elevação dos níveis de ACTH devido à ausência de inibição por feedback. É causada por condições que levam a destruição lenta das suprarrenais, como infecções, autoimunidade ou neoplasias. Para que a doença se manifeste, é necessária destruição de mais de 90% do parênquima glandular. A doença manifesta-se com astenia, perda de peso, hipoglicemia, hipotensão postural, distúrbios gastrointestinais, alterações mentais, queda de pelos axilares e pubianos, fadiga e hiperpigmentação progressiva da pele e das mucosas. Encontram-se níveis baixos de cortisol, de aldosterona e de andrógenos urinários e plasmáticos; encontram-se ainda ACTH elevado, hiponatremia, hipoglicemia, hipersensibilidade à insulina, anemia e incapacidade de eliminar a sobrecarga de água. Síndrome de Cushing Várias causas, aumentam o cortisol, atingem principalmente a camada fasciculada e reticular. Se refere às manifestações do hipercortisolismo por causas diversas. A produção excessiva de glicocorticoides pode resultar (1) da produção excessiva de ACTH por um tumor da hipófise; (2) da presença de um tumor suprarrenal benigno ou maligno; (3) de um tumor não hipofisário que secreta ACTH; e (4) de terapia a longo prazo com uma preparação farmacológica de glicocorticoides. As manifestações são deposição anormal de gordura, fraqueza muscular, estrias, osteoporose, aumento da suscetibilidade a infecções, úlceras gástricas, hirsutismo, irregularidades menstruais, hipertensão arterial, tendência a diabetes, transtornos emocionais. Encontram-se elevados níveis séricos ou urinários de cortisol, alterações nos níveis dos eletrólitos e ACTH plasmático variando entre suprimido, normal ou elevado. Carla Bertelli – 5° Período Feocromocitoma É uma neoplasia rara das células cromafins. É pequeno e encapsulado, com áreas de necrose e hemorragia, constituído por aglomerados de células com arranjo alveolar, sólido ou trabecular. O tumor sintetiza noradrenalina e adrenalina, que são responsáveis pelas manifestações clínicas: hipertensão arterial, cefaleia, náuseas, vômitos, sudorese, palpitação, perda de peso, elevação do metabolismo basal, dispneia, dor torácica, constipação intestinal, hiperglicemia, poliúria, glicosúria. Hiperaldosteronismo Caracteriza-se por hipertensão arterial, polidipsia, poliúria, debilidade muscular, cãibras, paralisias, tetania, alcalose hipopotassêmica, níveis elevados de aldosterona e baixos de renina. Pode resultar de adenoma adrenocortical, hiperplasia nodular e adenocarcinoma de suprarrenal. Adenoma secretor de aldosterona é uma lesão solitária, pequena (< 2 cm) e bem circunscrita, geralmente não geram aumento visível da glândula. São amarelos e brilhantes. As células são uniformes, claras com citoplasma volumoso ou pequenas e compactas, podem apresentar modesto pleomorfismo nuclear e celular, mitose e necrose.