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Punção venosa

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PUNÇÃO VENOSA
· CONCEITO: consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia periférica, cujas principais indicações são administração de líquidos, medicamentos, hemoderivados, coleta de sangue para exames laboratoriais e para manutenção do acesso venoso no paciente.
· INDICAÇÃO: 1 – obter sangue para fins de diagnóstico;
2 – para monitorar os níveis de componentes do sangue (Lavery & Ingram 2005);
3 – administrar tratamentos terapêuticos incluindo medicamentos, nutrição ou quimioterapia;
4 – remover o sangue devido a níveis excessivos de ferro ou eritrócitos (glóbulos vermelhos);
5 – coletar sangue para uso posterior, principalmente transfusão no doador ou em outra pessoa.
· CONTRAINDICAÇÃO: Braço ou mão edemaciados; comprometimento em membros; queimaduras ou outras lesões de continuidade em locais de punção; plegia em membro a ser puncionado.
· PROCEDIMENTO:
· LOCAIS: O local de preferência para as venopunções é a fossa antecubital, na área anterior do braço em frente e abaixo do cotovelo, onde está localizado um grande número de veias, relativamente próximas à superfície da pele. As veias desta localização variam de pessoa para pessoa, entretanto, há dois tipos comuns de regimes de distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O padrão H foi assim denominado devido às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e basílica) distribuírem-se como se fosse um H, ele representa cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) assemelha-se à letra M. Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser puncionada, as veias cubital mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas. Dentre elas, a veia cefálica é a mais propensa à formação de hematomas e pode ser dolorosa ao ser puncionada. As Figuras 1 e 2 mostram a localização das veias do membro superior e do dorso da mão, respectivamente. Quando as veias desta região não estão disponíveis ou são inacessíveis, a veias do dorso da mão também podem ser utilizadas para a venopunção. Veias na parte inferior do punho não devem ser utilizadas porque, assim como elas, os nervos e tendões estão próximos à superfície da pele nessa área. Locais alternativos, tais como tornozelos ou extremidades inferiores, não devem ser utilizados sem a permissão do médico, devido ao potencial significativo de complicações médicas, por exemplo: flebites, tromboses ou necrose tissular. Já no dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser mais calibroso, porém a veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada. Áreas a serem evitadas para a venopunção: 
· Preferencialmente amostras de sangue não devem ser coletadas nos membros onde estiverem instaladas terapias intravenosas. 
· Evitar locais que contenham extensas áreas cicatriciais de queimadura. 
· Um médico deve ser consultado antes da coleta de sangue ao lado da região onde ocorreu a mastectomia, em função das potenciais complicações decorrentes da linfostase. 
· Áreas com hematomas podem gerar resultados errados de exames, qualquer que seja o tamanho do hematoma. Se outra veia, em outro local, não estiver disponível, a amostra deve ser colhida distalmente ao hematoma. 
· Fístulas arteriovenosas, enxertos vasculares ou cânulas vasculares não devem ser manipulados por pessoal não autorizado pela equipe médica, para a coleta de sangue. 
· Evite puncionar veias trombosadas. Essas veias são pouco elásticas, assemelhamse a um cordão e têm paredes endurecidas.
· INFRAESTRUTURA: Pisos impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes; Paredes lisas e resistentes ou divisórias constituídas de materiais que sejam lisos, duráveis, impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes; Dispositivos de ventilação ambiental eficazes, naturais ou artificiais, de modo a garantir conforto ao cliente e ao flebotomista; Iluminação que propicie a perfeita visualização e manuseio seguro dos dispositivos de coleta; Janelas com telas milimétricas, se necessário, caso estas cumpram a função de propiciar a aeração ambiental; Portas e corredores com dimensões que permitam a passagem de cadeiras de rodas, macas e o livre trânsito dos portadores de necessidades especiais; Instalação de pias com água corrente que possibilitem ao flebotomista higienizar as mãos entre o atendimento dos pacientes. A lavagem das mãos com água e sabão é recomendável. Onde não houver água disponível, dispositivos específicos para álcool gel ou líquidos com álcool podem ser utilizados.
· EPI’s: Utilizar o uniforme recomendado pelo empregador, na área de coleta, cobrindo adequadamente as partes do corpo. Na ausência de um uniforme padrão, é recomendável sobrepor à vestimenta um avental de tecido lavável ou descartável, longo e de mangas compridas, que alcance o nível do joelho. As boas práticas de segurança recomendam que este avental deve sempre ser retirado ao sair da área de coleta do laboratório, não sendo correto seu uso nas áreas de alimentação e descanso. Não se recomenda o uso dos equipamentos de proteção individual fora do perímetro onde seu uso está indicado. Recomenda-se sempre a utilização de luvas pelo flebotomista durante o ato da coleta. As trocas necessitam ser efetuadas quando houver qualquer contaminação com material biológico. Sempre que for necessário, lavar as mãos e, em seguida, colocar luvas novas. Não manusear objetos de uso comum (telefone, maçanetas, copos, xícaras etc.) enquanto estiver usando luvas. Não descartar as luvas nas lixeiras de uso administrativo. Utilizar máscaras quando o ato da coleta do material biológico sugerir risco de contaminação pela formação de gotículas ou aerossóis. Utilizar sapatos confortáveis com solado antiderrapante e de saltos não muito altos, para que se minimizem os riscos de acidentes. Na área de coleta, não se recomenda o uso de sandálias, chinelos ou outros calçados abertos.
· MATERIAIS: Bandeja para acondicionar o material, luvas de procedimento, dispositivo venoso adequado para a rede venosa (considerar o tempo de permanência necessário), conector de sistema fechado, algodão com álcool a 70%, garrote, fita adesiva hipoalergênica.
· TUBOS DE COLETA:
· TÉCNICA: Higienizar as mãos -> Separar o material necessário ->Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado -> Higienizar as mãos e calçar as luvas -> Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o melhor local a ser puncionado -> Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser puncionado -> Abrir o material com técnica asséptica -> Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes, mantendo a mão fechada até a obtenção do retorno venoso -> Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida em álcool a 70% com movimento único de baixo para cima -> Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo do   local da punção -> Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter e retirar o mandril (cateter sobre agulha) -> Soltar o garrote -> Adaptar conector de sistema fechado -> Fixar o cateter com filme transparente -> Reunir o material e deixar a unidade em ordem.
· RISCOS DO PROCEDIMENTO: Dor aguda (explicar que essa dor é transitória); punção de nervo (basta retirar o cateter); punção de artéria (basta comprimir o local com gaze ou algodão secos por alguns minutos).
· PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA: Usar os EPIs corretos, como luvas, máscaras, óculos de proteção, capotes e aventais; nunca reencapar agulhas, nem as quebrar, entortar ou desconectá-las das seringas; descartar todo o material perfuro-cortante em local adequado, nunca no lixo comum; certificar-se de que não há agulhas em camas ou berços de pacientes; nunca usar agulhas no mural para pregar cartazes; respeitar rigorosamente o limite da capacidade do coletor de material perfuro-cortante; utilizar luvas deprocedimentos para punção venosa e coleta de sangue; manusear materiais cortantes com calma, atenção e cuidado, nunca com pressa.

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