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Isabela Freitas – 5º Termo de Medicina Veterinária (UniSalesiano) 2 Aula 6 – Anti-histamínicos Autacóides são hormônios de ação local, como: histamina, seratonina, eicosanóides, citocinas, cininas, óxido nítrico e angiotensina. São produzidos por células parácrinas e autocrinas. A histamina é um autacóide produzido pelos mastócitos e basófilos, sintetizada no organismo a partir do aminoácido histidina, que sofre descarboxilação através da enzima histidina-descarboxilase, armazenada em vesículas, com rápida metabolização e eliminação na urina. Presente em todos tecidos e com concentração variável: · Pele da face, pulmão, mucosa nasal, estômago e vasos sanguíneos; · SNC: neurotransmissor (temorregulação, neuroendócrino, estado de vigília e regulação cardiovascular). Mecanismo de ação: a histamina se liga a receptores transmembrana (H1, H2, H3 e H4), estes receptores estão ligados a proteína G, que faz uma transdução e forma o 2º mensageiro, que sinaliza algo no receptor. Tipo de receptor Tecidos Sistema acoplado a proteína G H1 Contração do musculo liso, ↑ da permeabilidade do endotélio vascular e bronconstrição vinculados ao sistema imune ↑ Fosfolipase C (fosfato de inositol H2 Células parietais gástricas, músculo cardíaco, mastócitos, sistema respiratório e SNC ↑ Adenilato ciclase (AMPc) H3 Responsáveis pela liberação de histamina (inibição da adenilato ciclase) Células hamatopoiéticas e mucosa gástrica ↓ Adenilato ciclase (AMPc) H4 Sensibilização de terminações aferentes Presente em monócitos e mastócitos ↓ Adenilato ciclase (AMPc) Ações fisiologias da histamina: Tecido Efeito Manifestações clinicas Receptor Pulmões Broncoconstrição Semelhante a “asma” H1 Musculatura vascular Dilatação de vênulas pós-capilares, dilatação de arteríolas pré-capilares e venoconstrição Eritema H1 Endotélio vascular Contração e separação das céls endoteliais Edema, pápulas H1 Nervos periféricos Sensibilização de terminações aferentes Prurido, dor H1 Coração Pequeno aumento da FC e contratilidade H2 Estomago Aumento da secreção de HCl Úlceras gástricas H2 SNC Neurotransmissor Ritmo cicardianos, estado de vigília H3 Papel da histamina no processo inflamatório: · Receptores H1: ativam terminações nervosas sensitivas que medeiam a dor e o prurido; · Receprores H2 e H4: vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, edema, quimiotaxia, inibição da liberação de lisossomas e inibição da ativação de linfócitos B e T; · Receptores H3: liberação de peptídeos por nervos em resposta a inflamação. Histamina no sistema cardiovascular - receptores H1 e H2: vasodilatação intensa, hipotensão acentuada (estímulo no barorreceptores, cronotropismo e inotropismo +), afastamento das células endoteliais dos capilares (maior permeabilidade de substâncias - formação de edema – ex: edema cerebral). Histamina na musculatura lisa - receptores H1: contração da musculatura lisa (broncoconstrição, *coelhos são muito sensíveis), contração uterina e contração intestinal. Histamina nas secreções - receptores H2: estimula a secreção gástrica (ácido clorídrico e pepsina), secreção do pâncreas, gl. Salivares, gl. lacrimais e secreções brônquicas. Histamina no SNC - receptores H1, H2, H3 e H4: a participação da histamina nas funções fisiológicas do SNC é bastante complexa. Atua em alguns neurotransmissores fazendo o controle do estado de vigília-sono, controle do apetite, aprendizado, memória, controle do comportamento agressivo e da emoção. Antagonistas de histamina (anti-histamínicos): interagem de maneira reversível com os receptores de histamina, tem um antagonismo competitivo (reversão pelo aumento da concentração de histamina), são derivados da substância “929F” – 1937. Podem ser classificados: receptores (H1, H2, H3 e H4) e inibidores da degranulação dos mastócitos. Antagonistas de histamina em receptores H1: anti-histamínicos seletivos H1, ação sobre os brônquios sem alterar a contratilidade do miocárdio nem as secreções gástricas. Divididos em: · 1ª geração; · 2ª geração: não provocam sedação pois não ultrapassam a barreira hematoencefálica. Empregados por via oral (monogástricos). Apresentam alta lipossolubilidade e alguns deles podem penetrar na barreira hematencefálica, causando sedação, sonolência e prostração. Por isso, a via intravenosa deve ser evitada em alguns casos, devido à possibilidade da ocorrência de efeitos centrais. Sua biotransformação é hepática, indicados em reações inflamatórias e alérgicas (picada de inseto, renite...). Ações não relacionadas com os efeitos do bloqueio de receptores H1 (bloqueio sobre receptores colinérgicos, seratoninérgicos e adrenérgicos), antagonizam a vasodilatação, prurido e permeabilidade vascular. Efeitos colaterais: náuseas, êmese, constipação intestinal ou diarreia; efeitos anticolinérgicos (midríase, taquicardia e boca seca) e teratogenicidade. Antagonistas de histamina em receptores H2: formados pela porção imidazol da molécula de histamina e modificação da cadeia lateral, pouca ou nenhuma afinidade por receptores H1 Aplicação terapêutica: redução da secreção gástrica nas células enterocromafins no estômago, reduzem as concentrações intracelulares de AMPc. Indicado para tratamentos de úlcera gástrica e gastrites.
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