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Hanseníase: Doença Crônica e Infectocontagiosa

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HK
B
Hansenías�
Profª. Elis� � Profª. Alic� Alchorn�
Doença infectocontagiosa crônica, incapacitante, causada pelo bacilo álcool ácido
resistente, Mycobacterium leprae, um parasita intracitoplasmático de
macrófago, que atinge vísceras, gânglio e principalmente, tegumento e nervos
periféricos
❤ Epidemiologia
➺ Notificação compulsória
➺ Após diagnóstico, todos os contactantes do paciente devem ser chamados e
investigados
➺ Prevalente em áreas subdesenvolvidas: Ásia, América do Sul e África
➺ Endêmica no Brasil, principalmente no Norte, Centro Oeste e Nordeste
➺ Não tem preferência por sexo, etnia ou idade
➺ Parasita: tatu e macacos
➺ Principal transmissor: humanos - contágio direto, íntimo e prolongada, e por
secreções
Obs: período de incubação, até 7 anos e com baixa patogenicidade
Patogeni�
O bacilo entra pelas vias aéreas, alcançando primeiramente o tegumento e
posteriormente os gânglios, resultando em disseminação
➺ Envolve pele e nervos
❤ Formas clínicas
➺ Tuberculóide (TT): resposta predominantemente Th1
• Forma mais branda, na qual a resposta imune conseguiu reduzir os bacilos
➺ Virchowiana (VV): resposta predominantemente Th2
• Forma mais severa, na qual o bacilo venceu a resposta imune
➺ Indeterminada (MHI)
➺ Dimorfa tuberculóide (DT)
➺ Dimorfa dimorfa (DD)
➺ Dimorfa virchowiana (DV)
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❤ História natural da doença
A forma que a doença irá se manifestar depende da imunidade do paciente, indo
da maior para menor imunidade: cura, tuberculóide, indefinida e virchowiana
❤ Classificação (OMS)
➺ Paucibacilar
- Lesão cutânea única OU
- 2 a 5 lesões, bem definidas e com distribuição assimétrica
➺ Multibacilar: > 5 lesões cutâneas infiltradas, com limites difusos e simétricos
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Quadr� clínic�
❤ Indeterminada
Manchas hipocrômicas ou eritemato hipocrômicos, sempre mais clara que a pele
- Não tem alteração de textura
- Alteração da sensibilidade
- Não sua e não possui pelos
❤ Tuberculóide
➺ Lesão única ou em pouca quantidade, assimétrica, delimitada e granulomatosa
➺ Nodular da infância: a pele, ao entrar em contato com o bacilo, forma uma
resposta imune adequada, deixando uma lesão nodular
❤ Virchowiana
➺ Pápulas e nódulosm com placas de limite mal definidos, simétricas e
generalizadas
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➺ Fácies leonina, poupa couro cabeludo, mas causa madarose ciliar e superciliar
❤ Dimorfa
➺ Lesões transitam entre as tuberculoides e a virchowiana, com placas de
limites externos e mal definidos e internos bem definidos (“queijo suiço”)
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�am� físic�
❤ Palpação: nervos
➺ Periféricos, de localização mais superficial - estarão mais espessos
• Cubital
• Mediano
• Radial
• Auricular
• Fibular
• Tibial
• Cubital
❤ Reações agudas
Resposta do paciente a mudança de imunidade ou ao tratamento
➺ Tipo 1 (comum nos dimorfos): reação reversa - melhora da imunidade
Aumento da imunidade, causa alterações na lesão da pele, com aumento de
eritema e aumento de edema (piora da lesão)
➺ Tipo 2 (dimorfo e virchowiano): eritema nodoso hansênico
Manchas ou nódulos, dolorosos, edemaciados e quente
➺ Tipo tuberculóide reacional: piora da lesão tuberculóide
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❤ Inspeção
➺ Procura de alterações neurológicas:
• Atrofia muscular;
• Mão caída
• Garra cubital
➺ Alterações vasomotoras e distúrbios secretórios: olhos e nariz ressecados
➺ Reabsorção óssea
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Diagn�tic�
❤ Clínico
➺ Alterações clínicas sugestivas
➺ Provas clínicas:
• Teste de sensibilidade térmica, dolorosa e táctil
• Prova da histamina A
• Pilocarpina a 1%: saber se sua ou não
➺ Palpação de nervos
❤ Laboratorial
➺ Baciloscopia: Índice baciloscópico e Índice morfológico
➺ Pesquisa de anticorpos anti glico-lipídico fenólico (constituição da membrana
do bacilo)
➺ Reação de mitsuda: apesar de não diagnosticar, ajuda a classificar a forma,
pontuando se há ou não a formação de granuloma
- Se forma granuloma: tem resposta imunológica
➺ Exame histopatológico
- Indeterminada: processo inflamatório inespecífico perivascular e
perineural (BAAR -)
- Tuberculóide: granuloma tuberculóide (BAAR -)
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- Virchowiana: macrófagos vascularizados com gordura, incapaz de lesar
bacilos, risco em BAAR (BAAR +)
- Dimorfas: granulomas tuberculóide e células de virchow (BAAR +)
Tratament�
As bases do tratamento são:
➺ Rifampicina + Dapsona + Clofazimina
Obs: na paucibacilar, 6 meses e na multibacilar, 12 meses
❤ Efeitos colaterais
➺ Rifampicina: farmacodermia leve e grave; renais; hepáticas; hematológicas;
interações medicamentosas
➺ Dapsona: anemia hemolítica; renais; hepáticos; farmacodermias
➺ Clofazimina: pigmentação da pele e intestino
❤ Tratamento das reações
➺ Tipos 1: corticosteróides
➺ Tipo 2: talidomida
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Referência� Bibliográfica�
Dermatologia 3ED BOLOGNIA, Jean ; JORIZZO, Joseph ; SCHAFFER, Julie

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