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AULA 1 Concepções do Senso Comum Sobre Aprendizagem

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Nesta aula, estudaremos o conceito de aprendizagem, tratando das concepções do seu senso comum.
1. Definir conceitos relacionados ao processo de aprendizagem;
2. Estabelecer as relações entre as origens do pensamento filosófico e as teorias da aprendizagem.
Antes de iniciarmos este estudo, você saberia responder o que é APRENDIZAGEM?
Normalmente, em nosso cotidiano, associamos esse termo à mudança de um estado de conhecimento para
outro, quando há um ganho quantitativo de informação. Essa é a visão baseada no senso comum.
No entanto, para a Psicologia, a aprendizagem não é algo tão simples de se compreender e definir.
Vamos nos ater à compexidade dessa concepção...
Digamos que você receba uma punição, um castigo ou ingira alguma substância – como um medicamento,
por exemplo – e esteja emocionalmente abalado. Nesse caso, seu comportamento pode se modificar, sem
que, com isso, afirmemos que houve aprendizagem.
Teorias da aprendizagem e constr. do conhecimento
Aula 1: Concepções do Senso Comum sobre Aprendizagem
Introdução
Objetivos
Concepções do senso comum sobre aprendizagem
Figura 1 - Aprendizagem
Fonte: Julia M Cameron / Pexels
Da mesma forma, repetir listas de pronomes, poesias, fórmulas matemáticas e textos completos não implica
aprender/entender seu sentido ou obter conhecimento acerca desses conteúdos.
Muitas vezes, somos obrigados a decorar determinados assuntos sem que tenhamos a noção completa de sua
serventia em nosso dia a dia, em nossa realidade, no contexto em que nos encontramos.
Isso certamente já deve ter acontecido com você em algum momento de sua vida.
Quantas vezes você memorizou um conteúdo para fazer uma prova? Lembra-se, ainda, desse tema?
Provavelmente, não!
Nenhuma dessas ações – de memorização ou decodificação de significados – contempla a conceituação de
aprendizagem.
Mas, então, que aspectos estão por trás dessa definição? Vamos descobri-los a seguir!
Conhecimento científico
Diferente do senso comum, o saber originado da ciência implica uma atividade reflexiva – motivo pelo qual é
explorado nos espaços organizados e sistematizados para provocar situações de aprendizagem.
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira, (2008, p. 20), trata-se do:
“[...] conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade – que chamamos de objeto de estudo –,
expresso por meio de linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira
programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade”.
Gestaltismo
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), trata-se de um sistema teórico, criado na Europa, que surge
como negação e tentativa de superação da fragmentação das ações e dos processos humanos – aquele que
postula a necessidade de compreensão do homem como uma totalidade. Seus teóricos buscaram construir
uma psicologia que levasse em consideração as formas da percepção, procurando apreender como as
pessoas compreendem seu entorno.
Notas
https://stecine.azureedge.net/webaula/pos.estacio/mlc038/aula1/img/01aprendizagem.jpg
Naturalismo
Na Filosofia, trata-se da única forma efetiva de investigar a realidade. De acordo com a visão dos naturalistas,
os fenômenos e as hipóteses descritas como sobrenaturais não existem. Todos podem ser estudados pela
mente humana através de métodos científicos. Portanto, qualquer fato denominado como tal inexiste ou,
simplesmente, equivale a algo natural.
Pensamento mítico
De acordo com Marcondes (2008, p. 20), trata-se da:
“[...] forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive – a origem do mundo, o
funcionamento da natureza e dos processos naturais e as origens deste povo, bem como seus valores básicos
[...]. Um dos elementos centrais do pensamento mítico e de sua forma de explicar a realidade é o apelo ao
sobrenatural, ao mistério, ao sagrado e à magia”.
Psicologia
De acordo com Lefrançois (2012, p. 3), trata-se da “[...] ciência que estuda o comportamento e o pensamento
humanos, aquela que busca saber como a experiência:
Afeta o pensamento e a ação;
Explora os papéis da biologia e da hereditariedade;
Examina a consciência e os sonhos;
Acompanha a transformação de crianças em adultos;
Investiga as influências sociais”.
Basicamente, essa área do conhecimento tenta explicar como as pessoas pensam, agem e sentem.
Senso comum
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008), trata-se do conhecimento acumulado no cotidiano, de caráter
intuitivo, espontâneo, que é obtido por tentativas de acertos e de erros, e passa de geração para geração, com
status de verdade, sem questionamentos sobre sua utilidade e veracidade.
Teorias
De acordo com Moreira (1999, p. 12), teoria é a:
“[...] tentativa humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de
explicar e prever observações, de resolver problemas”.
Teorias da aprendizagem
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008) e Lefrançois (2012), as teorias da aprendizagem têm sua origem
marcada pela criação, em 1879, de um laboratório psicológico em Leipzig, na Alemanha, por Wilhelm Wundt –
médico, filósofo e psicólogo que influenciou o desenvolvimento da Psicologia como ciência, tornando-se um
dos fundadores da moderna psicologia experimental.
Adaptado de: http://caminhodapsicologia.webnode.com.pt/wundt/
[http://caminhodapsicologia.webnode.com.pt/wundt/] .
O conceito de aprendizagem toma como base as mudanças efetivas ou potenciais de comportamento que
perduram por um tempo relativamente longo.
De acordo com Lefrançois (2012, p. 6), essas transformações:
“[...] resultam da experiência, mas não são causadas por cansaço, maturação, drogas, lesões ou doença”.
Trata-se, portanto, de um processo que só podemos observar a partir de suas evidências. Tais mudanças –
potenciais ou não – de comportamento nem sempre são aparentes, mas referem-se à capacidade de fazer
algo. Vejamos um exemplo:
“Em um experimento clássico, Buxton (1940) manteve, por várias noites, ratos em grandes labirintos. Havia
caixas na entrada e na saída (sem alimento). Após algumas noites no labirinto, não havia evidência de que os
ratos tinham aprendido algo...
“Mais tarde, Buxton colocou uma pequena porção de comida nas caixas de saída e posicionou os ratos nas
caixas de entrada. Mais da metade deles correu direto para as caixas de saída sem cometer nenhum erro!
Isso indicou que os ratos tinham aprendido bastante durante as primeiras noites no labirinto.
Conceituando aprendizagem
http://caminhodapsicologia.webnode.com.pt/wundt/
“No entanto, era uma aprendizagem mais latente do que efetiva, ou seja, ela não ficou evidente no
desempenho até que houve uma mudança nas disposições – no caso, na motivação para atravessar o
labirinto”.
Fonte: Lefrançois, 2012, p. 6.
Essa é a típica aprendizagem que decorre da experiência. O resultado foi a aquisição de conhecimento
mediado pela vivência de uma situação específica!
Figura 2 - Experiência e capacidade
Fonte: Quino Al / Unsplash
Até este momento, conseguimos definir a noção de aprendizagem, mas existem outros conceitos que
envolvem essa ideia, tais como os de ensino e educação. Vejamos como eles se inter-relacionam, começando
pelo primeiro.
Você já deve ter ouvido a expressão popular:
“Eu aprendo com a vida!”
Facilmente, afirmamos que aprendemos em diversos locais – seja junto de nossa família, seja em encontros
religiosos, no ambiente de trabalho ou, até mesmo, através de um grupo de amigos.
Mas quais seriam as diferenças entre a aprendizagem que ocorre nesses espaços informais e aquela que
acontece nas escolas, nas universidades ou nos centros de ensino?
É possível traçarmos uma linha de raciocínio nesse sentido...
A primeira distinção entre as aprendizagens formal e informal refere-se ao tipo de saber priorizado nos
contextos a que nos referimos. Nos espaços educativos, enfatizamos o conhecimento científico.
A segunda nos remete à forma/organização dos temas a serem aprendidos, ou seja, à sistematização do
conteúdo e do ambienteem que é desenvolvido. Nesse caso, os assuntos tratados devem tanto provocar
situações que possam gerar mudanças efetivas quanto criar necessidades no público-alvo: os alunos.
Em outras palavras, é preciso motivar o estudante nesses espaços e incentivar o educador ao ato de ensinar,
de instruir e orientar, que pode estar aliado ou não ao processo de aprendizagem.
Ensino e sistematização da aprendizagem
https://stecine.azureedge.net/webaula/pos.estacio/mlc038/aula1/img/02experienciaCapacidade.jpg
Partindo dessa premissa, Becker (2012) afirma:
O ensino é o exercício da docência por excelência.
Figura 3 - Ensino
Fonte: NeONBRAND / Unsplash
O curta metragem Aprender a Aprender mostra a importância do professor na vida do aluno, no que diz
respeito à influência que ele, o professor, exerce sobre as consequências do aprendizado e também a
motivação e as tentativas que o aprendiz necessita realizar para atingir um resultado. Assista ao vídeo.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Exercícios de fixação
Questão 1 - Refletindo sobre o conhecimento da realidade e os tipos de saberes que existem, analise as frases
a seguir:
I. O conhecimento utilizado no nosso cotidiano é intuitivo, espontâneo, obtido por tentativas de acertos e de
erros.
II. A ciência abstrai a realidade para negá-la e construir a única forma do conhecimento verdadeiro: o saber
científico.
III. A ciência compõe-se de uma atividade eminentemente reflexiva e de um conjunto de conhecimentos
sobre fatos ou aspectos da realidade – expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
Entre as afirmativas anteriores, está(ão) CORRETA(S):
I e II
II e III
I e III
https://stecine.azureedge.net/webaula/pos.estacio/mlc038/aula1/img/03ensino.jpg
I, II e III
Somente I
Questão 3 - Sabemos que o conceito de aprendizagem não se relaciona à repetição de ideias e de
comportamentos. Essa concepção nos obriga a elaborar novas práticas educativas. Partindo desse princípio, é
CORRETO afirmar que, atualmente, no Ensino Superior:
Os conteúdos informativos e técnicos devem ser priorizados.
O papel do professor é ensinar apenas os conceitos teóricos de cada disciplina isoladamente.
As universidades representam centros teóricos de formação de especialistas, nos quais os educadores
têm de ensinar práticas cotidianas de cada profissão.
Os centros universitários precisam favorecer uma boa formação teórico- prática, facilitando o acesso às
novas tecnologias, a aprendizagem efetiva e o futuro profissional dos alunos.
Questão 4 - O trabalho docente requer do professor – particularmente quanto à natureza do conteúdo
ensinado – a escolha de métodos que provoquem uma relação efetiva entre o ensino e a aprendizagem. Sobre
a forma e a organização do tema a ser tratado no espaço acadêmico, podemos afirmar que:
Para assumir uma posição dominante em sala, o professor precisa se valer de aulas baseadas no diálogo.
As aulas têm de incentivar tanto estudantes quanto educadores, associando o ato de ensinar ao processo
de aprendizagem.
As aulas devem-se restringir a uma exposição dialogada, pois essa é a única possibilidade de favorecer as
colocações dos alunos e a organização do conteúdo.
N.R.A.
Questão 5 - Ao longo de sua história, as instituições escolares foram se transformando. Acompanhadas por
mudanças culturais, políticas e sociais, essas entidades sofreram modificações em termos de identidade, de
função e de objetivos educativos. No caso do Ensino Superior, não é diferente. Por isso, é CORRETO afirmar
que:
A universidade é um local de impedimento das trocas de padrões do cotidiano com o espaço acadêmico.
A universidade não pode ser vista como local de transmissão de cultura das classes menos favorecidas.
A universidade é um espaço de práticas sociais e históricas importante para o crescimento das sociedades.
N.R.A.
Questão 6 - Platão elaborou a teoria do conhecimento, que pressupõe a possibilidade de desenvolver
concepções sobre a realidade. Os pensamentos desse teórico se refletem, até os dias de hoje, em estudos que
envolvem o saber.
Como vimos ao longo desta aula, foi a partir de sua influência que estabelecemos as regras básicas da
metodologia científica, dentre as quais estão:
I. Realizar muitas perguntas, visando ao maior número de respostas possíveis;
II. Fazer um levantamento de hipóteses;
III. Coletar observações relevantes capazes de negar ou confirmar as hipóteses criadas.
Entre os itens anteriores, estão CORRETOS:
I, II e III
I e II
I e III
II e III
N.R.A.
Questão 2 - Com base nos conceitos de senso comum e de conhecimento científico , relacione as colunas a
seguir:
Senso comum
Conhecimento científico
Acrítico
Questão 7 - Analise a seguinte situação...
Ao ser questionada sobre as possibilidades de fracasso por parte de seus alunos, certa professora afirma:
“Esses jovens não aprendem porque não prestam atenção às aulas!”
A fala dessa docente aponta uma visão muito comum entre os educadores – aquela que:
Inclui, na avaliação do professor, fatores sociais e culturais.
Implica uma visão ampliada do processo de ensino e aprendizagem.
Valoriza o papel do professor no processo de ensino e aprendizagem.
Associa, indevidamente, o processo de aprendizagem às condições exclusivas dos alunos.
Questão 8 - As teorias da aprendizagem foram formuladas ao longo da história, buscando explicar a
aprendizagem em si e, também, POR QUE e COMO aprendemos. Entre seus objetivos, estão:
Previsão e controle.
Organização e controle.
Previsão e planejamento.
Organização, previsão e controle.
Questão 9 - A criação da Psicologia Científica favoreceu a organização de teorias da aprendizagem diferentes
da Filosofia e impulsionou estudiosos e pesquisadores à produção de conhecimentos, aumentando a
diversidade de temas investigados. Uma das escolas que surgem nesse momento, principalmente nos Estados
Unidos, cujas bases defendem o saber prático, denomina-se:
Estruturalista
Associacionista
Construtivista
Interacionista
Questão 10 - Para construir relações positivas em sala de aula, o educador precisa conhecer as teorias de
aprendizagem. No que diz respeito à prática educativa, é INCORRETO afirmar que tais vieses teóricos:
Melhoram a qualidade da relação entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem.
Colaboram, de forma mecânica, para que o docente compreenda as relações estabelecidas em sala de
aula.
Possibilitam mudanças de atitudes que podem aumentar o sucesso dos alunos no espaço escolar ou
acadêmico.
Contribuem para evitar que o educador, muitas vezes, reproduza as relações de coação que aumentam a
dificuldade de aprendizagem e, por consequência, os índices de evasão e reprovação – sejam estes
escolares ou universitários.
Assistemático
Sistemático
Superficial
Objetivo
Verificar
Nesta aula:
Diferenciamos as definições de conhecimento herdadas e adquiridas pelo senso comum daquelas
ditas científico-filosóficas;
Definimos os conceitos de aprendizagem, ensino e educação;
Identificamos a influência dos filósofos gregos sobre as teorias da aprendizagem.
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
As correntes filosóficas do elementarismo, do estruturalismo, do gestaltismo e do behaviorismo;
A importância do trabalho do professor em sala de aula.
BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São
Paulo: Saraiva, 2008.
LEFRANÇOIS, G. R. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Cencage Tearming, 2008.
MARCONDES, D. Iniciação à história da Filosofia: dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2008.
HOLANDA, A. B. de H. F. Minidicionário Aurélio da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2010.
MOREIRA, M. A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
Síntese
Próxima aula
Referências

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