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UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 1 SUMÁRIO 2UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Objetivo(s): • Discutir sobre o ensino de humanidades; • Conhecer as especificidades de cada área; • Conceituar interdisciplinaridade. AULA 7 UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 2 CONTEXTUALIZANDO A APRENDIZAGEM Olá, Prezado(a) Aluno(a)! Na Aula anterior, conhecemos as metodologias ativas, que tem como princípio o protagonismo dos educandos no processo de ensino e aprendizagem e ajudam a promover um aprendizado mais condizente com as novas concepções do campo educação. Nesta Aula 7, compreenderemos que as metodologias e práticas didático-pedagógicas utilizadas em sala de aula têm passado, nos últimos anos, por relevantes formulações. Sabemos que, quando nos remetemos a metodologias de ensino, estamos nos referindo sobre um conjunto de teorias, métodos e técnicas que ajudam a atingir os objetivos de aprendizagem propostos. No entanto, cada disciplina escolar, além de abranger objetos de estudos distintos, pode exigir diferentes procedimentos metodológicos. Compreender essas especificidades é um importante passo para melhorar a qualidade do ensino no País. Tendo isso em vista, nesta Aula vamos discutir e analisar as metodologias de ensino dos componentes curriculares ligados à área das linguagens e das ciências humanas. Para isso, vamos identificar o objeto de estudo, os objetivos de aprendizagens, o modo pelo qual estas disciplinas têm sido ensinadas e as tendências metodológicas mais adequadas. AULA 7 - METODOLOGIA DE ENSINO DE HUMANAS Vamos começar? UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 3 Para contextualizar e ajudá-lo(a) a obter uma visão panorâmica dos conteúdos que você estudará na Aula, bem como entender a inter-relação entre eles, é importante que se atente para o Mapa Mental, apresentado a seguir: MAPA MENTAL PANORÂMICO LÍNGUA PORTUGUESA GEOGRAFIA ARTES HISTÓRIA METODOLOGIA DE ENSINO DE HUMANAS O ENSINO DE LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO BÁSICA O ENSINO DE HUMANAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA INTERDISCIPLINARIDADE UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 4 METODOLOGIA DE ENSINO DE HUMANAS O ENSINO DE LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO BÁSICA Todas as atividades humanas e práticas sociais são mediadas por diferentes tipos de linguagem (verbais, corporais, visuais e sonoras). É através delas que as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais (BNCC, 2017). Por isso, as linguagens são como objetos do conhecimento escolar. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a área de linguagens na educação básica tem como objetivo ampliar a capacidade expressiva dos estudantes, seja em manifestações artísticas, corporais e linguísticas. Entre os componentes curriculares que compõem essa área estão as disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura e Artes. Segundo a BNCC, o importante é que: [...] os estudantes se apropriem das especificidades de cada linguagem, sem perder a visão do todo no qual elas estão inseridas. Mais do que isso, é relevante que compreendam que as linguagens são dinâmicas, e que todos participam desse processo de constante transformação (BNCC, 2017, p. 63). A forma como é abordada o ensino de linguagens nos diferentes níveis de escolarização se distingue, como indica a ilustração a seguir. Figura 1: Linguagens no Ensino Fundamental, anos iniciais e finais ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS Linguagens no Ensino Fundamental, anos iniciais e finais * Os componentes curriculares tematizam diversas práticas, considerando especialmente aquelas relativas às culturas infantis tradicionais e contemporâneas; * Nos dois primeiros anos desse segmento, o processo de alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. *As aprendizagens, nos componentes curriculares dessa área, ampliam as práticas de linguagem conquistadas no Ensino Fundamental - Anos Iniciais, incluindo a aprendizagem de Língua inglesa; *A diversi�cação dos contextos permite o aprofundamento de práticas de linguagem artísticas, corporais e linguísticas que se constituem e constituem a vida social. Fonte: Adaptada de BNCC (2017). UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 5 De acordo com a BNCC, a área de linguagens deve garantir aos estudantes o desenvolvimento das seguintes competências: Quadro 1: Competências Específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. Fonte: BNCC (2017). Clique aqui para se informar mais sobre as normatizações educacionais elencadas pela Base Nacional Comum Curricular. DICA Da AUTORa http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 6 1.1 LÍNGUA PORTUGUESA Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa estava ancorado em um modelo de educação tradicional, que enfatizava, sobretudo, o estudo da gramática. Tanto é assim que é comum confundir teoria gramatical com o ensino de línguas. Nesta perspectiva, os alunos aprendiam, de forma mecânica e passiva, todo o conteúdo passado pelo professor. O uso desse modelo didático fez com que as aulas de Língua Portuguesa fossem vistas como algo complexo, difícil e chato, o que não é verdade. Na escola, se estuda o português como se fosse uma língua estrangeira. Na maioria das vezes, isso ocorre porque os alunos não se reconhecem em enunciados ou porque o conteúdo é apresentado de forma a parecer difícil, inalcançável(...) (SILVA; FINKENAUER, 2017, p. 18). O desinteresse dos educandos é alimentado quando as atividades de leitura e escrita, por exemplo, apresentam conteúdos que não estão relacionados com o contexto vivenciado por eles. Ao focar no caráter normativo da gramática, o ensino acaba por excluir o uso real e social da linguagem, como se a língua estudada em sala de aula fosse completamentediferente da língua falada no cotidiano. É muito importante no atual contexto educacional reverter esse quadro de desinteresse pela leitura, principalmente no Ensino Fundamental. Nesse sentido, sugerimos a leitura do artigo “Algumas estratégias de compreensão em leitura de alunos do ensino fundamental”. Para ler, basta clicar aqui. A pesquisa evidencia a necessidade dos professores e educadores no desenvolvimento de um trabalho preventivo na formação de um leitor independente, crítico e reflexivo. O que achou do artigo? Qual ponto te chamou mais atenção? saiba mais! FIQUE ATENTO!! A língua é um mecanismo que possibilita aos indivíduos significar os elementos presentes na realidade em que está inserido. Ou seja, um sistema de signos. Esse mecanismo de significação se modifica de acordo com o tempo e o espaço https://www.scielo.br/scielo.php?pid=%22S1413-85572001000100003%22&script=sci_arttext UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 7 Os educadores dessa área devem levar em consideração as diferentes modalidades linguísticas. De forma geral, podemos definir língua como uma estrutura composta por códigos escritos e orais. Tanto a fala quanto a escrita são elementos que permitem a interação e a comunicação entre os indivíduos. Trata-se de duas práticas discursivas distintas. Figura 3: Linguagem escrita X Linguagem oral Fonte: Adaptada de SILVA; FINKENAUER (2017). em que se manifesta. As variações linguísticas estão associadas a diferentes dimensões da vida humana conforme mostra a ilustração a seguir. Figura 2: Dimensões da linguística Fonte: Elaborada pela Autora. LINGUAGEM ESCRITA Adquirida de forma inst itucional em contextos formais Maior nível de monitorização e predomínio da norma culta LINGUAGEM ORAL Adquirida de forma natural em contextos informais Elementos não transportados na escrita (tom de voz, expressões, etc.) UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 8 O trabalho com a linguagem escrita está diretamente associado com a formação de leitores. A função do ensino escolar é formar cidadãos críticos e capazes de transformar sua realidade, e a leitura tem um papel essencial nesse processo. Leitura e escrita são práticas que se complementam. Nesse sentido, o ensino da língua escrita deve contemplar a diversidade textual – em jornais, cartas, revistas, artigos, charges, cartazes e etc. Em relação à linguagem oral, sabemos que a escola não tem a responsabilidade de ensinar essa modalidade, isso não quer dizer que a oralidade deve ser deixada de lado. Aliás, as práticas que envolvem a linguagem oral vêm ganhando cada vez mais espaço e relevância no currículo escolar. O ensino de oralidade deve compor a interação com textos por meio da escuta, da produção oral e da reflexão linguística. Dessa forma, é possível a construção de conhecimentos e conceitos sobre a linguagem, sobre os papéis sociais envolvidos na interação, sobre as relações entre fala e escrita e a inserção do aluno em atividades de oralidade letrada (SILVA; FINKENAUER, 2017, p. 64). O professor pode trabalhar a oralidade através de diferentes atividades. Propostas de trabalho com entrevistas, músicas, dramatizações e debates são algumas possibilidades de trabalhar a linguagem oral no ambiente escolar. A transposição de textos orais para a linguagem escrita permite aos alunos identificar as características de cada modalidade. Não se escreve do mesmo modo como que se fala, assim, a escrita não pode ser vista como uma fiel reprodução da linguagem falada. As características É muito importante que essas atividades estejam também associadas aos momentos de escuta, para isso o professor deve manter a turma sempre organizada e em harmonia, deixando os alunos mais seguros para se expressarem e serem ouvidos. Outra coisa importante é que a leitura de textos em voz alta “não constitui uma atividade de oralidade, pois é uma manifestação de oralização da escrita” (SILVA; FINKENAUER, 2017, p. 64). DICA Da AUTORa UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 9 da oralidade vão desaparecendo quando passadas para o papel e é bom os educandos notarem essas especificidades. 1.2 ARTES Existe um estigma sobre o ensino de Artes no Brasil que precisa ser desconstruído. Durante muito tempo, esse componente curricular era considerado mais um momento de lazer e descontração do que um conteúdo relevante para o desenvolvimento cognitivo e a formação do indivíduo de forma geral. Essa representação é também fomentada pelos educadores quando promovem atividades repetitivas e pouco criativas em sala de aula. Tais práticas não oferecem um ensino adequado e de qualidade, contribuindo para o fracasso escolar. Para mudar essa situação e atingir os objetivos de aprendizagens, o educador em artes precisa instigar os educandos a uma reflexão crítica, ou “um olhar pensante”. Para isso, é necessário problematizar, provocar e mediar diferentes interpretações e respostas. O papel dos professores é importante para que os alunos aprendam a fazer arte e a gostar dela ao longo da vida. Tal gosto por aprender nasce também da qualidade da mediação que os professores realizam entre os aprendizes e a arte. Tal ação envolve aspectos cognitivos e afetivos que passam pela relação professor/aluno e aluno/aluno, estendendo-se a todos os tipos de relações que se articulam no ambiente escolar (IAVELBERG, 2003 apud ESCOSTEGUY, 2017, p. 30). As linguagens orais e escritas não devem ser apresentadas de forma hierárquica, como se uma modalidade fosse melhor e mais aceita que a outra. A utilização da linguagem escrita ou oral depende do contexto em que se realiza a comunicação. Cada uma tem sua função na sociedade e cabe ao professor indicar em quais contextos e situações os seus usos são mais adequados. CUIDADO UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 10 No nível fundamental, o ensino de artes está centralizado nas linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro. Segundo a Base Nacional Comum Curricular: Essas linguagens articulam saberes referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas artísticas. A sensibilidade, a intuição, o pensamento, as emoções e as subjetividades se manifestam como formas de expressão no processo de aprendizagem em Arte (BNCC, 2017, p. 193). O professor desse componente curricular precisa saber que as manifestações e práticas artísticas não devem ser vistas como uma simples transmissão de códigos e técnicas. As aprendizagens escolares, neste campo do saber, devem possibilitar o protagonismo dos educandos no processo de criação de diferentes expressões artísticas. Atualmente, o ensino de artes segue a tendência metodológica sociointeracionista, enfatizando o papel das relações culturais, a experiência e os saberes já adquiridos pelos estudantes e as produções artísticas. A prática didático-pedagógica precisa articular três elementos básicos; o artista, a obra e o observador. Para entender essa articulação, é essencial estar familiarizado com a dinâmica dos processos artísticos. A arte somente se realiza quando o observador compreende e associa a leitura de mundo do artista através de seu objeto artístico (a obra de arte). Em outras palavras, quando o observador, por meio do objeto artístico, relaciona-se com a percepção de mundo de quem produziu esse objeto. No ensino escolar, esse processo deve ser mediado pela relação arte-educador. Figura 4: Relação entre arte/artista/observador/professor Fonte: Elaborada pela Autora. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 11 A arte-educadora Ana Mae Barbosa propõe uma abordagem triangular para o ensino de artes que se constitui por um tripé de ações estruturado pelaprodução, leitura de imagens e reflexão: Figura 5: Método de ensino sociointeracionista proposto por Ana Mae Barbosa Fonte: ESCOSTEGUY (2017). No ambiente escolar, o professor deve propor atividades que estimulem os educandos a criar algum trabalho artístico, como produzir desenhos e pinturas. Essas atividades podem estar articuladas com a leitura de imagens ou podem ser propostas pelo professor, como comenta Cléa Coitinho Escosteguy, que ainda acrescenta: Ao usar imagens, é importante que o professor escolha aquelas que possuem características que despertem percepções específicas sobre algum aspecto visual ou simbólico que se deseja trabalhar com os alunos. O educando aprende a reconhecer conteúdos e conceitos relacionados à arte. (ESCOSTEGUY, 2017, p. 64) No ensino, a produção artística deve se atentar para a questão do espaço em que será FIQUE ATENTO!! Essa divisão, proposta pela tendência interacionista, não impõe uma hierarquia ou sobreposição entre produção, leitura e reflexão. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 12 realizada, do tempo disponível e do material a ser utilizado. Prezando sempre pela autonomia criativa dos alunos. Ao propor interpretações de imagens, é interessante provocar situações que possibilitem ao professor informar seu significado e seu sentido para o contexto atual. A interpretação da obra pelo educando está atrelada a sua sensibilidade e aos seus conhecimentos prévios sobre a temática retratada. Nessa primeira parte da Aula, analisamos os aspectos metodológicos de ensino em Língua Portuguesa e Artes, componentes curriculares do campo das Linguagens. Agora, no próximo tópico, vamos analisar as metodologias de ensino das ciências humanas. 2. O ENSINO DE HUMANAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA O ensino de ciências humanas contribui para o desenvolvimento cognitivo e contextualizado dos educandos. Logo, os conceitos de espaço e tempo são fundamentais para a construção de um saber contextualizado que leve em conta aspectos históricos e geográficos específicos. A capacidade de raciocínio espaço-temporal permite compreender, interpretar e avaliar os sentidos e significados das ações humanas produzidas. Segundo a Base Nacional Comum Curricular: A abordagem das relações espaciais e o consequente desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal no ensino de Ciências Humanas devem favorecer a compreensão, pelos alunos, dos tempos sociais e da natureza e de suas relações com os espaços (BNCC, 2017, p. 353). As orientações da BNCC para o ensino de humanidades na educação básica são específicas para cada nível escolar. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a preocupação é o reconhecimento do Eu, do Outro, e do Nós; nos anos finais, os educandos são levados a analisar os indivíduos como atores inseridos em um mundo em constante movimento de objetos e populações e com exigência de constante comunicação (BNCC, 2017). Figura 6: Humanidades Ensino Fundamental, anos iniciais e finais UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 13 Fonte: Adaptada de BNCC (2017). De acordo com a BNCC, o ensino em ciências humanas deve garantir aos estudantes o desenvolvimento das competências listadas no Quadro a seguir: Quadro 2: Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensino Fundamental COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico- informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado à localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. Fonte: BNCC (2017). UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 14 2.1 GEOGRAFIA O ensino da Geografia foi, durante muito tempo, guiado por uma metodologia tradicional baseada nas listagens de rios, montanhas, cidades, países e suas perspectivas capitais. O ensino desse componente curricular não pode se resumir a uma “geografia do decorar”. Nada adianta memorizar nomenclaturas se não há compreensão dos processos naturais e sociais. Além disso, o conteúdo abordado em sala de aula apresentava espaços distantes da realidade conhecida dos educandos, deixando a aula ainda mais desinteressante. O ensino dos fenômenos geográficos deve partir de espaços mais próximos. O estudo sobre nome de rios e capitais em nada ajuda o aluno a pensar em como ele pode mudar a rua ou bairro onde ele vive, ou ao menos em como ele pode fazer a parte dele em prol de uma melhor convivência em sociedade (LÖBLER; FRANCISCO, 2016, p. 37). Mudar esse cenário requer a reformulação das práticas de ensino a partir de novas propostas pedagógicas. Primeiro passo é entender o que é a geografia e o que este campo do conhecimento científico estuda. Além de usar exemplos mais próximos da realidade dos estudantes, o professor pode utilizar jogos, brincadeiras e outras atividades lúdicas para demonstrar situações reais, pertinentes ao conteúdo. Tradicionais jogos de tabuleiro, como o “WAR®”, podem ajudar na compreensão de conteúdos relacionados à cartografia, ou seja, interpretação de mapas. CONECTANDO Figura 7: WAR – Jogo de tabuleiro Fonte: Disponível em pág 23 - Acesso em 27 ago. 2020. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 15 [...] podemos definir a geografia como uma ciência social que estuda a superfície terrestre e, portanto, suas características e fenômenos físicos e humanos buscando entender a inter- relação entre o homem e o espaço (LÖBLER; FRANCISCO, 2016, p. 16). A sociedade modifica o espaço natural em espaço social por meio do trabalho, formando aquilo que conhecemos como espaço geográfico objeto de estudo da geografia. Esse espaço geográfico se forma a partir da ação humana em um espaço natural – aquele que ainda não sofreu nenhuma interferência humana. Figura 8: Espaço natural e espaço geográfico. Fonte: LÖBLER; FRANCISCO (2016). A ciência geográfica é dividida em geografia física e geografia humana; a primeira abrange os estudos sobre relevo, clima, distribuição e aspectos hídricos (rios e mares). A seguir, seguem as subdivisões dessa área. Figura 9: Áreas de estudo da geografia física Fonte: Elaborada pela Autora. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIODO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 16 Já as transformações dos espaços pela ação humana é o objeto de estudo da geografia humana, contemplando os estudos da dinâmica populacional das sociedades, a ocupação do solo, as atividades econômicas (urbanas e rurais), a urbanização e etc. A seguir, a ilustração apresenta as subdivisões da geografia humana. Figura 10: Áreas de estudo da geografia humana Fonte: Elaborada pela Autora. Depois de conhecer o objeto de estudo da geografia, é preciso repensar as práticas didático- pedagógicas aplicadas em sala de aula. A abordagem dos conteúdos em sala de aula deve partir do local para o global. Ou seja, primeiro entender aquilo que é próximo para depois passar para aquilo que é mais distante. É preciso superar a dicotomia estabelecida entre geografia física e humana. O mundo é constituído tanto pela natureza como pelos seres humanos, logo, o espaço é uno e indivisível. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o educador deve demonstrar aos alunos que os espaços são formados por aspectos físicos e sociais. Isto é, proporcionar a ideia de “unicidade do espaço” no qual uma determinada região/território possui clima, relevo, atividades econômicas e culturais específicas. Não devemos esquecer que os aspectos físicos sofrem influência da dinâmica social. CUIDADO UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 17 As aulas não podem ficar presa às leituras e atividades propostas pelo livro didático. Além de atividades de observação in loco, utilizar novas tecnologias é fundamental para cativar a atenção e o prazer pelos estudos. A mídia e os meios digitais oferecem diversas possibilidades de se trabalhar imagens de diferentes espaços geográficos. 2.2 HISTÓRIA Durante algum tempo, o ensino de História era visto como algo chato e monótono. Resultado do emprego de metodologias e práticas didático-pedagógicas fundamentadas na mera transmissão do conteúdo, exigindo do aluno, basicamente, a memorização de nomes e datas, ou seja, o objetivo da História trabalhada em sala de aula era o estudo e a memorização de fatos pontuais, suas datas e seus “heróis”, os personagens principais (GOMES et al., 2016, p. 30). Mas, de uns anos para cá, o ensino desse componente curricular tem passado por muitas transformações. Isso porque o campo da historiografia também se transforma ao longo do tempo, o que muda o olhar sobre a forma de fazer, entender e investigar a História. “A História é a ciência que estuda as ações humanas através do tempo”, como define o historiador Marc Bloch (2002, p. 55), portanto o objeto de estudo desse campo do conhecimento são os seres humanos. Enquanto uma disciplina escolar tem como proposta o estudo das relações dos indivíduos com a natureza e com outros sujeitos. Entretanto devemos diferenciar o “saber histórico” do conhecimento “histórico escolar”. A produção do conhecimento histórico é feita pelo historiador através das análises e interpretações das fontes históricas. Já o saber histórico escolar: Nesse sentido, é interessante o professor instigar a capacidade de observação, propondo aos alunos descrever as características físicas e sociais do bairro onde moram, por exemplo. EXEMPLIFICANDO É um campo de estudos que investiga a própria produção histórica. Dessa maneira, faz uma reflexão sobre os diferentes modos como a História é entendida, escrita e registrada. HISTORIOGRAFIA GLOSSÁRIO UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 18 [...] é a disciplinarização do saber histórico. É uma apresentação encadeada de modo didaticamente adequado ao ambiente escolar por meio dos materiais didático-pedagógicos que são produzidos conforme as linhas interpretativas da História (GOMES et al., 2016, p. 12). A transposição didática é o método pelo qual os professores conseguem adaptar o conhecimento histórico acadêmico em conteúdo escolar. Figura 11: Processo de transposição didática Fonte: Elaborada pela Autora. O acolhimento de novos e diferentes sujeitos é um dos aspectos que mais repercutem no ensino e aprendizagem atualmente. [...] sujeitos históricos são todos os indivíduos ou grupos envolvidos na situação que se quer descobrir. Podem ser trabalhadores, patrões, mulheres, crianças, servos, escravos, reis, soldados, prisioneiros, religiosos, velhos, etc. Eles serão os agentes ou personagens por meio dos quais os diversos modos de existir podem ser apresentados ao nosso entendimento. (GOMES et al., 2016, p. 12). Percebam que esses sujeitos – agentes da ação social – podem ser indivíduos, grupos ou classes sociais. Levar em conta a diversidade dos sujeitos é importante, pois valoriza o papel de cada um na construção do saber histórico. A função do professor, nesse caso, é fazer com que o aluno se reconheça como um sujeito de sua própria história. As novas tendências de ensino para a disciplina de História devem valorizar o papel das pessoas “comuns” nos diversos processos e eventos históricos. Assim, os heróis e “grandes” personalidades (do campo político e militar) não são os únicos protagonistas na construção do conhecimento histórico. Outro importante elemento para o ensino de História é o uso de fontes documentais/históricas. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 19 As marcas deixadas pelos sujeitos históricos que formam a base da construção do conhecimento histórico são chamadas de fontes históricas. São todos os registros humanos contidos em documentos impressos ou manuscritos (certidões de nascimento, escrituras, cartas, diários, poesias), fotografias, desenhos, filmes, músicas, jornais, revistas e livros, entrevistas, edificações (templos, casas, fábricas), objetos de adorno, mobiliário, de uso profissional ou lúdico (brinquedos e jogos) (GOMES et al., 2016, p. 06). Os estudantes devem entender que as produções históricas não são inventadas pelo historiador, mas sim um trabalho de interpretação dos mais variados registros humanos deixados no tempo. Se o ensino de história tradicionalista considera somente os documentos oficiais como fontes, as novas perspectivas já consideram qualquer registro humano como possíveis fontes históricas. Logo abaixo, seguem algumas classificações e exemplos de registros/fontes históricas. Figura 12: Fontes históricas Fonte: Elaborada pela Autora. A temporalidade é outra categoria fundamental para a abordagem e a compreensão dos fatos e eventos históricos. O ensino em sala de aula deve contemplar os diferentes ritmos temporais; o tempo de curta, média e longa duração. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 20 Figura 13: Temporalidades históricas Fonte: Elaborada pela Autora. Promover um ensino de qualidade exige do professor a atenção com alguns procedimentos didático-pedagógicos: • Elaborar planos de ensino que procurem articular as orientações da BNCC com a realidade do estudante com o qual atuará. Devem-se levar em consideração as condições objetivas – contexto político, econômico e cultural – e as subjetivas – relacionadas às especificidades de aprendizagens dos sujeitos envolvidos; • Escolher os conteúdos a serem trabalhados estabelecendo conexões entre o passado e o presente. Para isso, é necessário aproximar o conteúdo apresentado em sala de aula com o contexto vivenciado pelos estudantes. Isso possibilitará aos educandos identificar as rupturas e permanências com o passado. 3. INTERDISCIPLINARIDADE Apesar do ensino escolar se constituir pela fragmentação do conhecimento através de diferentes conteúdos disciplinares, nas diretrizes curriculares nacionais e na própria BNCC, a interdisciplinaridade se faz cada vez mais presente. Mas afinal de contas, o que é interdisciplinaridade? Na busca de um entendimento podemos considerar que: De modo geral, a interdisciplinaridade, esforça os professores em integraros conteúdos da história com UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 21 os da geografia, os de química com os de biologia, ou mais do que isso, em integrar com certo entusiasmo no início do empreendimento, os programas de todas as disciplinas e atividades que compõem o currículo de determinado nível de ensino, constatando, porém, que, nessa perspectiva não conseguem avançar muito mais (BOCHNIAK, 1998, p. 21). O conceito de interdisciplinaridade pode atribuir diferentes sentidos. De maneira geral, é comum considerar que essa prática se refere a junção de disciplinas escolares, geralmente trabalhadas a partir de temas transversais. Nesse sentido, as práticas didático-pedagógicas utilizam- se do conhecimento de diferentes campos disciplinares com o objetivo de investigar ou resolver algum problema ou fenômeno que tenha relevância para sociedade contemporânea. Assim, a interdisciplinaridade vem sendo entendida como uma integração de conteúdos entre disciplinas do currículo escolar. Porém, a ideia de trabalhar com outras áreas do conhecimento de forma integrada exige dos educadores atenção, interesse e envolvimento (tanto dos docentes quanto dos discentes). Para evitar confusões com o termo e apropriações indevidas, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) consideram que: A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas, evitar a diluição delas em generalidades. De fato, será principalmente na possibilidade de relacionar disciplinas em atividades ou projetos de estudos, pesquisa e ação, que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didático-pedagógica adequada aos objetivos de ensino médio (BRASIL, 1999, p. 88). Trata-se, portanto, de um importante instrumento capaz de integrar áreas específicas do conhecimento humano. Conteúdos de caráter social que estão incluídos nas grades curriculares que devem ser aplicados de forma transversal, ou seja, temas trabalhados por diferentes disciplinas escolares. Exemplos: racismo, violência, fontes de energia etc. TEMAS TRANSVERSAIS GLOSSÁRIO UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 22 RECAPITULANDO Ao longo dessa Aula, pudemos perceber a necessidade de reformular as metodologias de ensino utilizadas no ensino dos componentes curriculares da área das Linguagens (Língua Portuguesa e Artes) e Humanidades (História e Geografia). Vimos que o ensino pautado por práticas tradicionais gera estereótipos e estigmas em relação às disciplinas, tornando as aulas mais desinteressantes e cansativas. Cada vez mais, esse modelo vem sendo criticado por professores e pesquisadores em Educação. Apesar de serem campos do conhecimento que carregam suas próprias especificidades de ensino, ficou clara a importância de aproximar os conteúdos de cada disciplina à realidade vivenciada pelos educandos, assim como promover práticas didático-pedagógicas que permitam a participação e o protagonismo dos estudantes no processo de ensino aprendizagem. A educação básica ainda oferece o ensino de conteúdos relacionados a outros campos do conhecimento, mas isso já é assunto para a nossa próxima Aula. Bons estudos e até lá! Após essa Aula, você é capaz de compreender o objeto de estudo dos componentes curriculares das Linguagens e Humanidades? Consegue identificar os problemas que o ensino dessas disciplinas tem enfrentando ao longo dos anos? É capaz de aplicar metodologias de ensino de acordo com as necessidades de aprendizagem? Caso consiga responder essas questões, parabéns! Você atingiu os objetivos específicos da Aula 7. Caso você tenha dificuldades em responder algumas delas, aproveite para reler o conteúdo da Aula, acessar o UNIARAXÁ Virtual e interagir com seus colegas e tutor(a). Você não está sozinho nessa caminhada! Conte conosco. aUTOaVALIAÇÃO VIDEOAULA Após a leitura e o estudo do seu livro-texto, chegou o momento de complementar seu conhecimento. Vá até seu Ambiente Virtual de Aprendizagem e acesse a Videoaula referente à Aula. UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 23 CRÉDITOS Figura 7: WAR – Jogo de tabuleiro - Fonte Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/wp- content/uploads/2019/10/war-jogo.jpg. Acesso em: 11 ago. 2020. LISTA DE FIGURAS UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 24 BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. BNCC – Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. Brasília: 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 11 ago. 2020. BOCHNIAK, Regina. Questionar o conhecimento: interdisciplinaridade na escola. 2 Edição. São Paulo: Editora Loyola, 1998. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministério da Educação. Secretaria Média e Tecnológica – Brasília: 1999. BRASIL. BNCC: apresentação. 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 11 ago. 2020. ESCOSTEGUY, Cléa Coitinho. Metodologia do Ensino de Artes. 1. ed. São Paulo: Grupo A, 2017. v. 1. 235p. GOMES, Carla Renata Antunes de Souza; TRINDADE, Diulli Adriene; ECOTEN, Márcia Cristina Furtado. Metodologia do Ensino de História. Porto Alegre: SAGAH, 2016. LÖBLER, Carlos Alberto; FRANCISCO, Maria da Assunção Simões. Metodologia do Ensino de Geografia. Porto Alegre: SAGAH, 2016. SILVA, M. C.; FINKENAUER, L. Metodologia do ensino da linguagem. Porto Alegre: SAGAH, 2017. REFERÊNCIAS http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 252UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS CONTATO: 3669.2008 • 3669.2017 • 3669.2028 ead@uniaraxa.edu.br
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