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Anemias na Infância

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Anemias na Infância
Definição e Epidemiologia:
Redução da concentração da hemoglobina
ou massa eritrocitária, com variações de
acordo com sexo, idade, raça e altitude
em relação ao nível do mar;
Acometem cerca de 1/3 da população
mundial, sendo a anemia ferropriva
responsável por 42% das crianças
menores de 5 anos.
Classificação:
1. Aplasias medulares, infiltrações
neoplásicas, doenças inflamatórias
crônicas, doença renal crônica,
hipotireoidismo, hipopituitarismo,
insuficiência pancreática, etc;
2. Anemia ferropriva, anemia
perniciosa (vitamina B12 e ácido
fólico), anemias sideroblásticas,
talassemias, protoporfiria
eritropoiética, etc;
3. Doenças hemolíticas (anemia
falciforme), infecções, uso de
medicamentos, anemias
auto-imunes.
Anemia Ferropriva:
Redução a hemoglobina devido a carência
de ferro;
Metabolismo do ferro:
❖ O ferro é um componente
essencial na síntese da
hemoglobina, mioglobina e
participa de muitas reações do
organismo, como na cadeia
respiratória;
❖ Cerca de 67% d ferro total está na
hemoglobina;
❖ É absorvido nas células epiteliais
no intestino (duodeno e jejuno).
Etiologia:
❖ Ingestão deficiente;
❖ Absorção inadequada;
❖ Reserva diminuída;
❖ Perda excessiva.
90% das anemias mundiais são por
carência de ferro;
É a desordem nutricional mais comum do
mundo.
A OMS estima mais de 2 bilhões de
pessoas no mundo;
Efeito no neurodesenvolvimento;
Mais que uma doença, uma urgência
médica;
Problema de saúde pública;
Reservas de ferro ao nascer: garantem as
necessidades até 4 a 6 meses;
Armazenamento de ferro - principalmente
no 3˚ trimestre;
Prematuro, baixo peso ao nascer, gravidez
múltipla e retardo de crescimento
intrauterino;
❖ Menos ferro ao nascer;
❖ Maior chance de anemia antes de
4 ou 6 meses.
O crescimento do bebê é máximo no 1˚
ano = triplica de peso;
Do 2˚ semestre ao 2˚ ano: > chance de
anemia ferropriva;
LM: fator de proteção até 6 meses;
Ingestão e absorção do ferro:
Anemia ferropriva em crianças:
Anemia ferropriva em adolescentes:
Perdas de sangue devem ser sempre
lembradas:
❖ Sangramentos ocultos (divertículo,
pólipo, alergia, gastrite, úlceras,
doença inflamatória intestinal);
❖ Ressecções cirúrgicas;
❖ Giardíase (duodeno);
❖ Doença celíaca.
Sintomas:
❖ Apetite anormal (por barro ou
terra, papéis, amido);
❖ Fraqueza;
❖ Dor de cabeça;
❖ Irritabilidade;
❖ Síndrome das pernas inquietas;
❖ Fadiga e intolerância a exercícios;
❖ Cansaço constante;
❖ Taquicardia;
❖ Falta de ar;
❖ Falta de apetite;
❖ Excesso de sono;
❖ Mucosas das pálpebras e gengivas
pálidas;
❖ Preguiça para brincar;
❖ Dificuldades de aprendizado.
Consequências:
❖ Atraso no desenvolvimento
psicomotor e coordenação motora;
❖ Prejuízo no desenvolvimento na
linguagem;
❖ Desatenção, fadiga, insegurança;
❖ Deficiência cognitiva até os 10
anos de idade.
Pensar em AF se:
❖ Tempo de de aleitamento curto;
❖ Introdução de LV antes de 1 ano;
❖ História de pica (perversão do
apetite);
❖ Geofagia (necessidade de comer
terra);
❖ Pagofagia (necessidade de comer
gelo ou beber bebidas geladas).
Diagnóstico:
❖ Hemograma completo com
contagem de reticulócitos;
❖ Dosagem de Fe e ferritina;
❖ Pediatria: ver valores normais para
cada faixa etária.
Tratamento:
❖ Reposição de ferro:
❖ Preferência via oral. Dose de
ferro essencial:
❖ Crianças: 3 a 5 mg/kg/dia;
❖ Adultos: de 200 a 300
mg/dia.
❖ Evitar via parenteral pelo risco
de hipersensibilidade aguda
ou crônica;
❖ Manter tratamento de 3 a 6
meses até reposição das
reservas de ferro.
❖ Sulfato ferroso:
❖ Pontos fortes: tipo de ferro
mais antigo no mercado, mais
barato, muito receitado como
genérico, pela tradição do
princípio ativo;
❖ Pontos fracos: sabor férrico, <
absorção após a alimentação
quando comparado com ao Fe
polimaltosado em função da
acidez gástrica, <
tolerabilidade e risco de
intoxicação acidental no caso
de dose excessiva;
❖ Reações adversas: dor
abdominal, diarreia, náuseas,
vômitos (raros), fezes escuras.
❖ Interação medicamentosa do
ferro:
❖ Cálcio, antiácidos e oxalatos
alteram a absorção;
❖ Manter intervalo de 2h entre a
administração destes
medicamentos e o sulfato
ferroso.
Doença Falciforme:
Doença genética e hereditária relevante
na população brasileira;
Diagnóstico precoce: triagem neonatal -
teste do pezinho na 1˚ semana de vida;
Mais comum em afrodescendentes, mas
não necessariamente;
Letalidade de 80% em crianças com
menos de 5 anos;
Hb S: hemoglobina mutante por alteração
genética = mutação no cromossomo 11 -
cadeia beta-HbS;
❖ Distorção dos eritrócitos em
situações de ausência ou
diminuição da tensão de oxigênio:
forma de “foice” ou “meia-lua”;
❖ Eritrócitos em foice dificultam a
circulação sanguínea;
❖ Consequências: vaso-oclusão e
infarto na área afetada;
❖ Isquemia, dor, necrose e
disfunções, danos teciduais
permanentes, hemólise crônica.
Principais manifestações e complicações:
❖ Anemia crônica e icterícia;
❖ Crises alérgicas (crises de dor);
❖ Infecções;
❖ Sequestro esplênico agudo,
principalmente em crianças Hb SS;
❖ Acidente vascular isquêmico nas
crianças e adolescentes;
❖ Úlceras de perna.
Tratamento:
❖ Vacinação específica;
❖ Profilaxia antibiótica;
❖ Ácido fólico;
❖ Quelantes de ferro;
❖ Programas de educação familiar.
Anemia Megaloblástica:
Anemia macrocítica = VCM aumentado,
sem reticulose;
❖ Vitamina B12 e ácido fólico são
cofatores de enzimas da síntese de
DNA necessária à hematopoiese;
❖ Eritropoiese ineficaz;
❖ Não são produzidas pelo
organismo => necessária a ingesta
regular;
❖ Risco: vegetarianos estritos,
pacientes com cirurgia de
estômago e íleo terminal;
Manifestações clínicas:
❖ Irritabilidade, língua lisa, vermelha
e dolorosa, manifestações
neurológicas (apatia -> coma);
❖ Inespecíficos: anorexia, fraqueza,
esplenomegalia e glossite
(principalmente na deficiência de
ácido fólico).
Déficit de ácido fólico:
❖ VCM > 100, hipersegmentação
neutrófilos, LDH alto, RDW normal;
❖ Risco aumentado:
❖ Crianças de 6 meses - 1 ano,
dieta pobre em hortaliças
carnes e vísceras, vitamina C,
uso de leite de cabra (pobre
em folatos); síndrome de má
absorção; desnutrição; uso de
anticonvulsivante; uso crônico
de sulfametoxazol +
trimetropin;
❖ Sem sintomas neurológicos;
❖ Tratamento: ácido fólico oral 1
- 5 mg/dia. Resposta
terapêutica em 72h.

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