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SINAIS VITAIS Expressam o funcionamento e as manifestações ou sintomas relacionados com a manutenção da vida. · São considerados SSVV: - Temperatura. – Frequência respiratória. - Pulso. – PA. - Dor. QUANDO É OBRIGATÓRIO CHECAR OS SINAIS VITAIS? 1. Pacientes admitidos nos serviços de saúde apresentado manifestações clínicas indicativas de comprometimento em órgãos vitais. 2. Antes e após procedimentos cirúrgicos ou invasivos. 3. Antes e após administrar medicações. 4. Caso paciente tenha um quadro de piora inesperada. 5. Caso paciente apresente desconforto inexplicável. O ENFERMEIRO DEVE: - Aferir corretamente os sinais vitais. - Verificar e interpretar os valores. - Iniciar intervenções se necessário. - Relatar os achados de maneira apropriada. - Informar o paciente sobre seus sinais vitais. - Equipamento limpo e em bom funcionamento. - Deve-se limpar o estetoscópio, termômetros e medidores de PA, antes e depois do uso de cada paciente para evitar contaminação. - Cada aparelho deve ser utilizado de forma correta e apropriada para garantir a segurança do paciente. RESPIRAÇÃO Mecanismo de troca gasosas (O2 e CO2) entre a atmosfera e o sangue, sangue e células. Envolve: · VENTILAÇÃO: circulação dos gases (O2 e CO2) para dentro e fora dos pulmões. · DIFUSÃO: passagem de O2 e CO2 entre os alvéolos e hemácias. · PERFUSÃO: distribuição das hemácias para os capilares pulmonares. Saturação de oxigênio difusão e perfusão. Ventilação frequência respiratória e ritmo respiratório. MECANISMO DA RESPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO - Entrada do ar nos pulmões. - Processo ativo. Envolver a contração do diafragma e parede torácica. EXPIRAÇÃO - Saída de ar de dentro dos pulmões. - Processo passivo. Diafragma relaxa e o pulmão e a parede torácica voltam a posição original. RESPIRAÇÃO DEVE-SE AVALIAR 1. Frequência 2. Amplitude 3. Tipo respiratório 4. Ritmo respiratório. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR) Quantidade de vezes que o paciente inspira e expira em um minuto. 01 inspiração + 01 expiração = FR Para a contagem observa-se a elevação: Tórax em mulheres; Abdome do homem ou criança. - Pode ser feita ainda contando-se as saídas de ar quente pelas narinas. - Varia de acordo com a idade. · Eupneia: FR normal, sem dificuldades. Irpm = incursões respiratórias por minuto. rpm= respirações por minuto. AMPLITUDE RESPIRATÓRIA - Envolve o movimento da parede torácica. Podem ser: profundas, normais ou superficiais. · RESPIRAÇÃO PROFUNDA Expansão completa dos pulmões com exalação total. - Emoções/ exercícios físicos deixam-na profunda. · NORMAL · RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL O movimento respiratório é difícil de ver. - Sono deixam-na superficial. TIPO RESPIRATÓRIO Em condições normais, observam-se dois tipos de respiração: 1. Toracocostal – sexo feminino. 2. Toracoabdominal – Sexo masculino, criança ou pessoas em posição supina. RITMO RESPIRATÓRIO Necessário observar durante, no mínimo, dois minutos: - Sequência - Forma - Amplitude das incursões respiratórias. Em condições normais, o ritmo da respiração normal é determinado pela sucessão regular de movimentos respiratórios. Alterações na sequência, forma e amplitude ocasionam os ritmos respiratórios anormais. · DISPNEIA: movimentos respiratórios regulares e amplos, quase sempre desconfortáveis para o paciente. Surge: insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite, pneumonia, atelectasia (colapso do lóbulo ou pulmão), pneumotórax, derrame pleural e anemias graves. · PLATPNEIA: dificuldade de respirar em posição ereta, aliviando na posição deitada. Surge: pneumectomia (cirurgia de retirada do pulmão). · ORTOPNEIA: dificuldade de respirar na posição deitada. · TREPOPNEIA: paciente se sente confortável para respirar em decúbito lateral. Surge na insuficiência cardíaca congestiva e derrame pleural. · CHEYNE-STOKES (dispneia periódica): O paciente apresenta incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingir uma amplitude máxima, após isso, os movimentos começam a diminuir gradativamente podendo ocorrer apneia e em alguns segundos começa novamente. · BIOT: marcada por períodos de apneia que interrompem as sequências das incursões respiratórias. Há variações na amplitude dos movimentos torácicos. · KUSSMAUL: marcada por amplas e rápidas inspirações interrompidas por pequenas pausas de apneia. · SUSPIROSA: a sequência respiratória é interrompida por uma inspiração mais profunda, seguida de uma expiração mais demorada. SINAIS DE DIFICULDADE RESPIRATÓRIA · Confusão mental. · Inconsciência. · Dispneia. · Taquipneia. · Cianose central, periférica ou mista. · Sudorese e taquicardia. · Tiragem intercostal TIRAGEM INTERCOSTAL - Movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração, enquanto a parede superior do tórax e o abdome se expandem. - Isso ocorre como resultado da excessiva pressão negativa no interior da caixa torácica. - Indica a presença de sofrimento respiratório grave. VERIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO TÉCNICA 1º Reunir materiais. 2º Lavar as mãos. 3º Orientar o paciente quanto ao exame. 4º Posicionar o paciente de maneira confortável. 5º Contar a respiração durante 1 minuto, observando os movimentos torácico/abdominais. 6º Não deixar o paciente perceber que está sendo contado os movimentos respiratórios. Para isso, coloque a mão no pulso radial, como se fosse controlá-lo. 7º Lavar as mãos após o término. 8º Anotar no prontuário. TEMPERATURA CORPORAL- DEFINIÇÃO É a diferença da quantidade do calor produzido e perdido para o ambiente externo. Calor produzido – calor perdido = temperatura corporal A variação normal da temperatura do adulto é de 36ºC a 38ºC – Normotérmica. TEMPERATURA INTERNA: onde situa os órgãos vitais. EXTERNA: superfície da pele. A temperatura pode ser medida por via oral (TO), retal (TR), axilar (TAX), membrana timpânica (TT), artéria temporal (TF). O valor de temperatura obtida pode diferir, conforme o local da medição! FINALIDADE DA MEDIÇÃO Obter uma temperatura média representativa central dos tecidos corporais. TERMORREGULAÇÃO Mecanismo fisiológico e comportamental que regula o calor perdido e produzido. O ser humano é homeotérmico, pois mantém a temperatura corporal interna constante. - O hipotálamo, localizado entre os hemisférios cerebrais, controla a temperatura corporal (termostato). - O hipotálamo anterior controla a perda de calor. - O hipotálamo posterior controla a produção de calor. FISIOLOGIA Se as células nervosas do hipotálamo anterior se aquecem além da temperatura ideal, impulsos são enviados para reduzir a TC. Se o hipotálamo posterior percebe que a TC está abaixo da temperatura corporal ideal, o organismo dá início ao mecanismo de conservação de calor. A perda e a produção de calor ocorrem simultaneamente. PRODUÇÃO DE CALOR O calor produzido pelo corpo é um coproduto do metabolismo – conjunto de reações químicas das células do corpo. Atividades que aumentam as reações químicas = aumentam a taxa metabólica. Ex: atividade muscular, tremor. PERDA DE CALOR O corpo humano está constantemente em perda de calor que pode ocorrer por: 1. Irradiação 2. Condução 3. Convecção 4. Evaporação IRRADIAÇÃO Transferência de calor da superfície de um objeto para a superfície de outro sem contato direto. CONDUÇÃO Transferência de calor de um objeto para outro com o contato direto. Sólidos, líquidos e gases conduzem calor através do contato. CONVECÇÃO Transferência de calor pela circulação de ar. A perda de calor aumenta quando a pele úmida entra em contato com uma leve circulação do ar. EVAPORAÇÃO Diaforese: transpiração visível que ocorre principalmente na testa e tórax superior. Quando a temperatura do corpo aumenta o hipotálamo anterior sinaliza a liberação do suor pelas glândulas sudoríparas. PELE NA REGULAÇÃO DA TEMPERATURA A pele regula a temperatura através do isolamento do corpo, vasoconstrição, sensação térmica. Pele, tecido subcutâneo e a gordura mantêm o calor dentro do organismo. Quando esse calor excede o normal o sangue flui dos órgãosinternos carregando o calor para a superfície corporal. Os locais mais vascularizados são: mãos, pés e ouvido. FATORES QUE AFETAM A TC 1) Idade Bebês e idosos tem mais dificuldade para manter a temperatura corporal ideal, pois possuem menos adipócitos brancos subcutâneos que atuam como isolantes térmicos. 2) Clima Afeta os mecanismos de regulação da temperatura, pois os receptores da pele transmitem a informação climática através do SN autônomo ao hipotálamo. 3) Gênero Mulheres em período de ovulação apresentam TC 0,1ºC a 1ºC. 4) Exercícios Aumentam o metabolismo. 5) Ritmo circadiano Ritmo do organismo executando suas funções ao longo do dia. 6) Emoções 7) Doenças ou traumas Doenças, disfunções ou traumas, que afetam o hipotálamo ou mecanismos de produção e perda de calor, alteram a TC. Exemplo: lesão tissular, doenças infecciosas, perda de líquidos. 8) Temperatura ambiental · Hipotermia: baixa TC. · Hipertermia: alta TC. FEBRE OU PIREXIA Ocorre quando o hipotálamo anterior, responsável pela perda de calor não consegue acompanhar os mecanismos de produção de calor (hipotálamo posterior), gerando o aumento anormal da TC. · Pirógeno: agentes produtores da febre como vírus, bactérias. A febre ocorre por: · Infecções/inflamações · Lesões teciduais · Neoplasias Mesmo que a pessoa esteja com uma temperatura elevada ela vai sentir frio, pois irá ocorrer uma vasoconstrição nas extremidades e grande parte do sangue irá se concentrar próximo dos órgãos vitais DOENÇAS CAUSADORAS DE FEBRE 1) Aumento da produção de calor – hipertireoidismo. 2) Bloqueio na perda de calor - Ausência congênita das glândulas sudoríparas. 3) Lesão dos tecidos - Infecção por bactéria, vírus e outros parasitos. - Lesões mecânicas. - Hemorragias - Neoplasias malignas. ( - Pele hiperemiada; - Inquietação ou sonolência; - Irritabilidade; - Pouco apetite; - Olhos vidrados ou sensíveis a luz. - Aumento da transpiração; - Desorientação e confusão; - Cefaleia; )SINAIS E SINTOMAS CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS DA FEBRE 1) Início; 2) Intensidade; 3) Duração; 4) Modo de evolução; 5) Término. 1 – INÍCIO - Súbito: brusca elevação da temperatura, acompanha-se de sinais e sintomas. - Gradual: pode não ser percebida pelo paciente, levando dias ou semanas para caracterizar o quadro febril. 2 – INTENSIDADE Irá depender da causa e capacidade de reação do organismo. Acima de 37,4ºC é FEBRE 3 – DURAÇÃO Prolongada = maior do que 07 dias; Algumas doenças podem ser responsáveis pela febre prolongada como tuberculose, septicemia, endocardite. 4 – MODO DE EVOLUÇÃO Tipos evolutivos: · Contínua ou constante · Irregular ou séptica · Remitente · Intermitente · Recorrente, recidivante ou ondulante FEBRE CONSTÍNUA OU CONSTANTE Sempre permanece acima do normal, com variações de até 1ºC, sem grandes alterações. Exemplo: febre de pneumonia. FEBRE IRREGULAR OU SÉPTICA Registra-se picos muito altos e baixos. Exemplo: septicemia, abscessos pulmonares, TB, fase inicial da malária. FEBRE REMITENTE Há hipertermia diária, com variações de mais de 1ºC e sem períodos de apirexia (cessação da febre). Exemplo: septicemia, pneumonia, TB. FEBRE INTERMITENTE A hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal; · Registra febre pela manhã, mas não aparece à tarde = febre cotidiana. · 1 dia de febre e no outro não = febre terçã. · Apirexia dura 2 dias = febre quartã. Exemplo: malária, infecções urinárias e septicemias. FEBRE RECORRENTE, RECIDIVANTE OU ONDULANTE Período de temperatura normal por dias ou semanas até que sejam interrompidos por períodos de temperatura elevada. Não há grande oscilações durante a fase de febre. Exemplo: brucelose, doença de Hodgkin. TÉRMINO · Crise: quando a febre desaparece subitamente. Neste caso costumam ocorrer sudorese profusa (abundante) e prostração (moleza). Exemplo: malária. · Lise: a hipertermia vai desaparecendo gradualmente, com a temperatura diminuindo dia a dia, até atingir níveis normais. Melhor reconhecida pela análise de curva térmica. TEMPERATURA AXILAR (TAX) 35,5ºC a 37,4ºC com média de 36ºC a 36,5ºC. Tempo de permanência 3 a 5 minutos. TEMPERATURA ORAL 36ºC a 37,4ºC Tempo de permanência 3 a 5 minutos. Contraindicada: pacientes inconscientes, desorientado, propensos a convulsão, crianças novas ou RN, com problemas respiratórios, clientes submetidos a cirurgia na boca, após ingerir líquidos quentes ou frios, mascar chicletes ou fumar (aguardar 15´). TEMPERATURA RETAL É mais fidedigna e 0,5ºC mais alta que a axilar e a oral. Contraindicada: Diarreia, cirurgias no reto, ferimentos. · Adulto= 3,5 cm · Criança = 2,0 cm · RN = 1,25 cm VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR (TAX) - Avaliar a resposta da temperatura do organismo às terapias médicas e cuidados de enfermagem. - Corroborar para o diagnóstico médico e de enfermagem. TÉCNICA 1º Desinfecção da bandeja; 2º Organizar o material necessário na bandeja; 3º Higienizar as mãos. 4º Explicar o procedimento ao paciente/acompanhante. 5º Posicionar o paciente. 6º Realizar a desinfecção do termómetro friccionando 3x com algodão e álcool 70%; 7º Enxugar a axila do paciente se necessário; 8º Colocar os braços do paciente no tórax ou junto ao corpo; 9º Desinfecte o termômetro; 10º Lave a bandeja com água e sabão + álcool; 11º Higienize as mãos; 12º Anotar o procedimento realizado no portuário do paciente; 13º Alterações abruptas deve comunicar o enfermeiro ou médico; CONTRAINDICAÇÕES TAX · Não colocar na axila correspondente ao membro com fístula arteriovenosa para hemodiálise. · Paciente hipotérmico ou em choque. · Pacientes neurológicos. HIPOTERMIA Redução da temperatura abaixo de: 35,5ºC TAX ou 35ºC TR. · Hipotermia leve: 35ºC a 34ºC; · Hipotermia moderada: 33,8 a 30ºC; · Hipotermia grave: abaixo de 30º; Sinais e Sintomas: Calafrios, confusão mental, taquicardia, delírio, hipotensão arterial, cianose, rigidez muscular. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM · Elevar a temperatura do ambiente; · Retirar roupas molhadas; · Aplicar roucas secas e cobertores levemente. · Posicionar pernas e braços juntos para evitar perda de calor. · Cobrir cabeça com toca. · Oferecer líquidos quentes. · Massagear pele íntegra. · Aplicar bolsas de água quente nas dobras da pele. FEBRE · Cobrir durante os períodos em que tremores estejam evidentes. · Manter ambiente aquecido. · Retirar cobertores e roupas quentes quando tremores cessarem. · Interromper medidas de resfriamento físico, caso reapareça os tremores. · Administrar drogas que reduzam a febre conforme prescrição médica: Dipirona sódica / Paracetamol / Anador / Aspirina. · São úteis quando a TC estiver entre 38,9 a 40ºC.
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