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AÇÃO INDENIZATÓRIA CUMULADA COM A DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAPITÃO DE CAMPOS-PI
FRANCISCO ANTÔNIO ARAÚJO, nacionalidade, estado civil, portador do CPF n° XXX, tendo como endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na rua XXX, n°..., CAXIAS-MA, vem por meio de sua advogada que por esta subscreve(com a devida procuração em anexo), com endereço profissional à Rua XXX, n°..., bairro ..., nesta Comarca onde recebe intimações, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, em fulcro dos artigos 303, 319 propor
AÇÃO INDENIZATÓRIA CUMULADA COM A DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
Em face de VIVO S/A, pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob o n° ..., com sede em Capitão de Campos, rua ..., n°..., endereço eletrônico ..., em razão dos fatos e diretos a seguir expostos. 
I- DOS FATOS: 
O requerente é cliente da empresa supracitada, este relata que sua fatura, vencida no mês de dezembro de 2022, constava em aberto, e que foi surpreendido que caso não pagasse o valor correspondente, no total de R$ 964,00, a empresa VIVO S/A, no prazo de 15 dias após o recebimento da comunicação, seu nome seria lançado nos cadastros de proteção ao crédito (SERASA). 
Averiguando a documentação referente ao serviço utilizado, encontrou o comprovante de pagamento da fatura supostamente em aberto, pelo que enviou para a empresa com o desejo de resolver o problema, sendo assim, já adimplido a referida fatura, devendo ser, portanto, desconsiderado a cobrança e retirada o débito do sistema. 
Pensando em já ter resolvido o problema, após alguns meses, foi a uma revenda de veículos e resolveu adquirir um automóvel, restando para finalizar o negócio, a contratação do financiamento. Ocorre que, para sua surpresa, o crédito fora negado uma vez que seu nome estava no SPC, SERASA, CADIN, e seu nome protestado no cartório, todas as restrições foram realizadas pela empresa VIVO.
Devido a restrição apontada não possível seguir com a compra do seu tão sonhado automóvel, estando impedido também de realizar o financiamento e finalizar o negócio. 
Válido ressaltar que o requerente já havia desembolsado o valor de 1.000,00 para pagamento de um despachante para resolver as pendências de documentação do veículo.
II- DO DIREITO: 
II.I- DA RELAÇÃO DE CONSUMO
A relação de consumo é composta por três elementos fundamentais: consumidor, fornecedor e produto/serviço. A presente relação jurídica está disposta no Código de Defesa do Consumidor (lei n. 8.078/90), em que de um lado temos a figura do Consumidor (art. 2º, CDC), de outro a figura do Fornecedor (art. 3º, CDC), vinculados pela prestação de serviços telefônicos (art. 3º, § 2º CDC).
II.II- DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Diante do caso narrado, é possível destacar a falha na segurança do serviço prestado pela empresa em questão, evidenciando o fato do serviço, dispõe o art. 14 do CDC:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Em consoante com este dispositivo, o fornecedor responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, dessa forma, deve a empresa deve ser responsabilizada pela ausência de cuidado no exercício de sua atividade.
Levando em consideração que o comprovante de pagamento anexado, o autor realizou o pagamento do saldo devedor, e mesmo com o adimplemento, a ré continuou realizando cobranças indevidas na qual causou constrangimento com o cadastro do autor nos órgãos de proteção de crédito, mesmo após a comunicação do pagamento do valor, tornando-o inadimplente e impossibilitando a compra do automóvel que tanto sonhava. 
Diante disso, estando explícito o adimplemento da obrigação junto à conduta da empresa requer a imediata retirada de seu nome dos respectivos órgãos de proteção ao crédito, restando assim, a medida possível. 
II.III- DA INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS E DANO EMERGENTE
O direito à indenização por danos morais foi consagrado em nossa Constituição, que em seu art. 5º, inciso X, reza que a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Nesse ínterim, o Código de Defesa do Consumidor, garante que consumidores lesados, material ou moralmente, tivessem o direito de ser reparados da lesão sofrida materialmente ou moralmente, que refere a questão aqui tratada, dessa forma o art. 6º, inc. VI do CDC irá dispõe:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
Não resta dúvidas que a falha da empresa causou imenso constrangimento ao autor, pois o mesmo ficou impedido de adquirir o veículo para atender às suas necessidades e também a sua frustação pela expectativa de adquirir o imóvel. 
Somado a isso, o autor teve que desembolsar o valor de R$ 1.000,00 para pagamento de um despachante para resolver as pendências de documentação do veículo. Ficando evidente um dano emergente pelo prejuízo direto, tendo em vista que o autor pagou a documentação, mas não adquiriu o veículo pela falta de zelo da ré.
Dessa forma, é dever da empresa reparar os danos morais e emergentes perpetrados, respeitando-se a devida proporcionalidade. 
III- DA TUTELA ANTECIPADA
Mencionando o artigo 300 do CPC que dispõe:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Com isso a probabilidade do direito está evidente na falha da prestação de serviços da empresa Ré, fundamentado no art. 14 do CDC, e o comprovante da transação que demonstra a inexistência de qualquer débito em aberto.
Por outro lado, o perigo de dano está consubstanciado na incapacidade da parte requerente em realizar determinados negócios jurídicos em virtude do seu nome nos respectivos órgãos de proteção ao crédito, inviabilizando a conclusão do negócio jurídico. 
Pelo exposto, é de lídima justiça a concessão initio litis de antecipação de tutela (art. 300, § 1º, CPC) para excluir seu nome dos cadastros de inadimplente, sob pena de multa a ser arbitrada por este Juízo
IV- DOS PEDIDOS: 
Por tudo que foi mencionado, requer o autor: 
A) concessão initio litis de antecipação de tutela para excluir seu nome dos cadastros de inadimplente, sob pena de multa;
B)  citação do réu; 
C) declaração de inexistência de débito
D) confirmação da tutela antecipada
E) condenação do réu a pagar indenização por danos morais
F) condenação do réu a pagar custas processuais e honorários advocatícios. 
Dá-se à causa o valor de XXXX
Local, data
ADVOGADO, OAB.

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