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exercicio revisao AP2 b(1)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental 
Coordenadora: Professora Helena Feres Hawad 
 
 
 
EXERCÍCIO DE REVISÃO PARA A AP2 (B) 
 
 
 
 
O texto que você vai ler abaixo é a introdução de um artigo acadêmico. 
Após a leitura, responda às questões que seguem. 
 
 
Entre o universal e o particular: o desafio da práxis pedagógica 
em escolas de meios populares 
Renata Salomone 
 
1. Introdução 
 
Cada vez mais, a dinâmica das cidades é marcada por um processo de 
segregação e fragmentação territorial que revela uma complexa estrutura social, 
assim como espelha os mecanismos de reprodução das desigualdades, tanto no que 
concerne à distribuição de riquezas, como à distribuição de outras formas de poder. 
No caso do Rio de Janeiro, a favela é a forma espacial que mais denota essa 
segregação, refletida também nos processos de socialização dos seus moradores, 
especialmente das crianças e jovens, que sofrem interferências significativas nas suas 
formas de interação na cidade. Essas interferências evidenciam-se ainda mais 
complexas, na medida em que estão imbricadas as representações estigmatizantes 
que se produzem e reproduzem a respeito do território em que habitam. 
A palavra favela é entranhada de significados heterogêneos, que vão desde o 
território da ausência e do crime, até o lugar da fertilização de criações culturais e da 
resistência. Contudo, sabemos que, ao longo dos anos, a representação desse 
espaço pela ótica negativa é a que prevalece no discurso da mídia e da população em 
geral. As notícias mais comuns difundidas sobre as favelas partem das vozes 
dominantes da cidade, cujas ações geralmente são pautadas em um determinado 
ideal de urbano, que as considera como antiestéticas e alheias aos padrões 
desejados. Com efeito, cria-se no imaginário da população uma ideia reducionista 
sobre a realidade da favela, obliterando uma gama de atores e trajetórias de vida que 
integram seu contexto. 
Ao longo dos anos, um sem-número de medidas foram tomadas para que o 
chamado “problema-favela” tivesse solução. A natureza dessas iniciativas oscila de 
acordo com o contexto e com os interesses dos atores políticos de cada época, porém 
nota-se que a maioria delas busca uma adequação aos padrões estabelecidos pela 
cidade formal, rejeitando as novas formas de sociabilidade e os diferentes critérios de 
constituição de identidades coletivas territorializadas na favela. Dessa forma, o 
surgimento e a consolidação das favelas no Rio de Janeiro trouxeram consigo 
intervenções e repostas fundamentadas em percepções que ignoram a historicidade 
da questão, como se esse território fosse deslocado e alheio à cidade. 
Levando em conta o processo de segregação inerente à existência da favela, 
instituições socializadoras, como a escola, acabam tendo de funcionar como 
mediadoras entre os símbolos e oportunidades oferecidos pela cidade formal e as 
experiências locais vivenciadas no contexto da favela. Tendo em vista o fato de que 
essas instituições têm como principais objetivos a socialização e a incorporação dos 
indivíduos em um conjunto de normas e valores, ordenando as interações entre eles 
e a sociedade, posicionando-os dentro da estrutura social e conferindo-lhes diferentes 
tipos de capital para que possam transitar e interagir em diferentes meios, o papel de 
mediação da escola torna-se ainda mais relevante, considerando-se necessário 
analisar as especificidades dessas instituições que atuam particularmente no contexto 
dos espaços segregados da cidade. 
Para a análise dessas instituições, utilizaremos entrevistas realizadas com 
professores, coordenadores e diretores das escolas que atendem ao público de três 
favelas selecionadas pela pesquisa, a partir de uma abordagem que privilegie os 
aspectos recorrentes nas falas dos entrevistados. Optamos, dessa forma, por uma 
seleção das questões que propiciem a delimitação dos aspectos mais gerais e comuns 
a todos os casos, sem abordar, portanto, as nuanças referentes aos segmentos das 
escolas e às especificidades de cada favela. Essa opção se deu por causa da 
percepção de que certas questões muito relevantes para a análise dessas escolas 
aparecem com frequência na fala de grande parte dos entrevistados das três favelas, 
independentemente de onde se situem ou do segmento escolar onde trabalhem. 
Pretendemos analisar as representações que os professores fazem das 
práticas pedagógicas estabelecidas nos contextos das escolas que atendem a 
públicos provenientes em grande parte dos espaços segregados da cidade, atentando 
tanto para as dificuldades, como para as soluções encontradas por eles para lidar com 
os problemas. Cabe ressaltar que não trataremos de desvelar se a fala dos 
professores corresponde ou não à realidade, mas de trazer à tona suas 
representações, suas maneiras de enxergar a práxis pedagógica ancorada em um 
terreno profundamente fissurado, marcado por disputas discursivas que revelam 
efeitos inesperados no momento em que se deparam com uma realidade atravessada 
por lógicas locais de significação que são, muitas vezes, distantes daquelas 
idealizadas pelas propostas universalistas de educação. 
 
 
 
(In: PAIVA, Angela R. e BURGOS, Marcelo B. (orgs.) A escola e a favela. Rio de Janeiro: PUC-Rio; 
Pallas, 2009. p.235-237. Adaptado.) 
 
 
 
 
 
1. Explique a função atribuída pela autora às escolas que atuam nas favelas. 
 
 
2. Apresente o objetivo da pesquisa relatada no artigo. 
 
 
3. O texto contém dois componentes que costumam estar presentes nas introduções de 
artigos acadêmicos: 
 a apresentação de um contexto dentro do qual o trabalho ganha sentido e 
importância, e 
 a explanação da metodologia empregada. 
 
Identifique os parágrafos em que cada um desses componentes é desenvolvido. 
 
 
4. Com base na introdução lida, proponha três palavras-chave para esse artigo. 
 
 
5. Reescreva a frase abaixo, extraída do 3º parágrafo, empregando o vocábulo se e 
mantendo basicamente o mesmo sentido da frase original. 
 
Ao longo dos anos, um sem-número de medidas foram tomadas para que o 
chamado “problema-favela” tivesse solução. 
 
 
6. Reescreva a frase abaixo, extraída do 5º parágrafo, tornando-a impessoal e 
conservando ao máximo o mesmo sentido. 
 
Para a análise dessas instituições, utilizaremos entrevistas realizadas com 
professores, coordenadores e diretores das escolas. 
 
 
7. Justifique o emprego das vírgulas no trecho abaixo, extraído do 2º parágrafo. 
 
(...) sabemos que, ao longo dos anos, a representação desse espaço pela ótica 
negativa é a que prevalece no discurso da mídia e da população em geral. 
 
 
8. Escreva, no caderno de respostas, a palavra que substitui corretamente o sinal  em 
cada reescrita da frase abaixo, transcrita do 5º parágrafo. 
 
Optamos, dessa forma, por uma seleção das questões que propiciem a 
delimitação dos aspectos mais gerais e comuns a todos os casos. 
 
a. Optamos, dessa forma, por uma seleção das questões que propiciem a 
delimitação dos aspectos mais gerais e comuns  essas escolas. 
 
b. Optamos, dessa forma, por uma seleção das questões que propiciem a 
delimitação dos aspectos mais gerais e comuns  escolas pesquisadas. 
 
9. A respeito da lista de referências bibliográficas a seguir, faça o que se pede nos itens 
a, b e c. 
 
 
 
APPLE, Michael. Ideologia e currículo. São Paulo: Brasiliense, 1982. 
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: Edusp, 2008. 
______. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998. 
BURGOS, Marcelo. Dos parques proletáriosao favela-bairro: as políticas públicas nas 
favelas do Rio de Janeiro. In: ZALUAR, Alba; ALVILTO, Marcos (orgs.). Um século de 
favela. 4. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. 
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 
TAYLOR, Charles. Argumentos filosóficos. São Paulo: Loyola, 2000. 
LAHIRE, Bernard. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. 
São Paulo: Ática, 1995. 
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. Petrópolis: Vozes, 1996. 
 
 
 
a. Explique o significado do traço horizontal empregado no início da terceira linha. 
 
b. Identifique o autor que teve um capítulo de livro incluído na lista, e não um livro completo. 
 
c. Aponte um erro cometido na elaboração da lista.

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