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Enfermagem em saúde pública II Enf. Prof. Jakson Farias CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM TRATAMENTO DIRETAMENTO OBSERVADO - TUBERCULOSE Apesar dos indicadores animadores em relação à tendência de queda da incidência e da mortalidade por tuberculose no Brasil, seus números absolutos ainda causam indignação e trazem um desafio grandioso. São mais de 70 mil casos novos e o número de óbitos por tuberculose ultrapassa a cifra de 4,5 mil a cada ano. TRATAMENTO DIRETAMENTO OBSERVADO - TUBERCULOSE As melhores medidas de prevenção e de controle da tuberculose são o diagnóstico precoce e o tratamento do paciente até a cura. Outras medidas de prevenção importantes incluem a vacinação Bacilo de Calmette Guérin – BCG, o tratamento da infecção latente pelo M. tuberculosis – ILTB e o controle de contatos. TRATAMENTO PREVENTIVO Susceptibilidade universal 5% criam resistência e adoecem de forma branda 5% após a fase primo-infecção adoecem posteriormente Diretamente ligada ao sistema imune Tratamentos como imunossupressão aumentam as chances Idade curta ou idade avançada CONTROLE DE CONTATOS Controle rígido de doentes Avaliação dos contatos com doente Quimioprofilaxia secundária Acesso à isoniazida Busca ativa de faltosos DEFINIÇÕES PARA PROCEDER AO CONTROLE DE CONTATOS Caso índice: todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia positiva. Contato: é definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. MEDIDAS DE CONTROLE PARA REDUZIR A TRANSMISSÃO Levar em consideração: Localização geográfica Dimensão Área de assistência, entre outros. A TB pulmonar e a laríngea são classificadas como de transmissão aérea e requerem medidas administrativas e ambientais que diminuam o risco de transmissão da doença MEDIDAS DE CONTROLE PARA REDUZIR A TRANSMISSÃO A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções. Quanto maior a concentração de bacilos e a intensidade da tosse em ambiente pouco ventilado, maior a probabilidade de infectar os circunstantes. MEDIDAS DE CONTROLE PARA REDUZIR A TRANSMISSÃO Com o início do tratamento adequado e com o uso correto de medicamentos antiTB, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três semanas. Portanto, a prioridade deve ser dada para os pacientes com maior risco de transmissibilidade, que são aqueles não diagnosticados ou nos primeiros dias de tratamento. Ocorrendo infecção pelo bacilo da tuberculose, as pessoas com maior risco de adoecer são aquelas com a imunidade comprometida. DIAGNÓSTICO Exame microscópico direto (baciloscopia direta) Cultura para micobactéria com identificação de espécie Teste de sensibilidade antimicrobiana Teste rápido para tuberculose (TR-TB) e radiografia de tórax. SINTOMAS Tosse persistente produtiva (muco e eventualmente sangue) Febre, sudorese noturna e emagrecimento. No exame físico, pode serem encontrado também linfoadenomegalias, às vezes relacionadas tanto à presença de TB extrapulmonar concomitante, quanto à existência de coinfecção pelo HIV. CONDUTA FRENTE AO SINTOMÁTICO Anotar corretamente os dados do paciente no LRSR da US. Providenciar pote de coleta de escarro transparente, de boca larga e tampa com rosca; Solicitar 2 amostras de escarro: a 1ª após ID, a fim de garantir a realização imediata do exame baciloscópico (o paciente não necessita se encontrarem jejum); e a 2ª amostra no dia seguinte, ao despertar. CONDUTA FRENTE AO SINTOMÁTICO Organizar o fluxo de encaminhamento do material coletado para o laboratório Fazer acondicionamento adequado identificar a requisição do exame adequadamente COLETA DE ESCARRO Explicar a importância do exame Orientação e simulação da coleta Orientação de inspiração e expiração Repetir procedimento até atingir a quantidade Fechar firmemente o frasco Receber o frasco e identificar IDENTIFICAÇÃO DE CASOS POSITIVOS Duas baciloscopias diretas positivas; Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva; Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose; Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva. TRATAMENTO Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E) TRATAMENTO DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Explicar a importância do exame Orientação e simulação da coleta Orientação de inspiração e expiração Repetir procedimento até atingir a quantidade Fechar firmemente o frasco Receber o frasco e identificar TRATAMENTO DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA Explicar a importância do exame Orientação e simulação da coleta Orientação de inspiração e expiração Repetir procedimento até atingir a quantidade Fechar firmemente o frasco Receber o frasco e identificar TRATAMENTO DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A hanseníase é uma doença infecciosa e crônica de grande relevância para a saúde pública. O bacilo Mycobacterium leprae é capaz de infectar um grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade). TRATAMENTO DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente (forma infectante de MB), sem tratamento. O período de incubação é, em média, de 2 a 7 anos. As vias aéreas superiores são a principal via de eliminação do bacilo e a mais provável porta de entrada. TRATAMENTO DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA As formas da hanseníase são: - Forma Indeterminada. - Forma Tuberculóide. - Forma Dimorfa. - Forma Virchowiana TRATAMENTO DE HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA As formas da hanseníase são: - Forma Indeterminada. - Forma Tuberculóide. - Forma Dimorfa. - Forma Virchowiana SINTOMAS E CARACTERÍSTICAS Dermatológicos - Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas - Pápulas. - Infiltrações. - Tubérculos. - Nódulos. Neurológicos - Dor e/ou espessamento dos nervos periféricos. - Diminuição e/ou perda de sensibilidade e força muscular, principalmente nos olhos, mãos e pés. - A neurite pode ser aguda, crônica ou silenciosa. Sistêmicos - A hanseníase Virchowiana é uma doença sistêmica com manifestações viscerais importantes (febre, mal-estar, dor) e acomete órgãos como: globo ocular, laringe, fígado, baço, suprarrenais, sistema vascular periférico, linfonodos e testículos). DESCRIÇÃO DE TIPOS Hanseníase indeterminada: é aquela que apresenta uma lesão única e evolui para a cura espontaneamente na maioria dos casos. São 90% dos casos. DESCRIÇÃO DE TIPOS Hanseníase paucibacilar ou tuberculoide: são os pacientes com 5 ou menos lesões de pele, onde não se consegue detectar a bactéria quando se retira amostras das lesões. São pacientes que apresentam resposta imune parcial ao bacilo. Não conseguem destruí-lo, mas também não o deixam se alastrar pelo corpo. TRATAMENTO 2- Tratamento para Hanseníase Multibacilar: Rifampicina 1 vez por mês + Clofazimina 1 vez por dia + Dapsona 1 vez por dia por 12 meses. TRATAMENTO São fornecidas 12 cartelas, e do mesmo modo, 1 vez por mês uma dose de rifampicina + Clofazimina + Dapsona é feita sob supervisão no posto de saúde. A vacina BCG, a mesma usada para tuberculose, também parece oferecer proteção parcial contra a hanseníase. Por isso, indica-se a sua utilização em todos as pessoas que dividam o mesmo domicilio de um paciente portador da doença. TRATAMENTO Acredita-se que após o início do tratamento o paciente contaminado já não seja mais capaz de transmitir a doença. Um dos grandes problemas do tratamento da hanseníase é a alta taxa de reações as drogas, que pode ocorrer em até 25% dos casos.
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