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Definição Alterações estruturais e funcionais do coração, que resultam em prejuízo no seu enchimento e esvaziamento, aumentando as pressões intracavitárias que culminam em congestão pulmonar e venosa sistêmica. Etiologia Doença arterial coronariana (DAC)/Isquemia Principal etiologia Hipertensão arterial Cardiomiopatias Mecanismo compensatório Sistema renina angiotensina aldosterona Vasoconstrição Retenção de Na e água Aumenta a hipertrofia – fibrose Sistema nervoso simpático Aumento das catecolaminas Ativa SRAA Efeito inotrópico e cronotrópico positivo Peptideos Natriuréticos Aumento da excreção de Na e água Os mecanismos compensatórios são bons inicialmente, mas a longo tempo gera as lesões secundárias, definidas no miocárdio como remodelamento cardíaco. Fisiopatologia ICFER Evento Índice DAC, HAS, IAM... Alterações estruturais e funcionais Estruturais: Morte de cardiomiócitos Funcionais: Perda da funcionalidade dos cardiomiócitos ICFER Diminuição da capacidade de bombear sangue O paciente pode se tornar sintomático ou permanecer assintomático graças aos mecanismos compensatórios ICFEN Pouco se sabe sobre os mecanismos fisiopatológicos da ICEFEN. Acredita-se que seja ocasionada por fatores cardíacos e extracardíacos Cardíacos Diminuição da complacência Défcit de relaxamento Extracardíacos Rigidez vascular Disfunção renal Atenção Ao contrário da ICFER, onde o tratamento evita o remodelamento cardíaco e aumenta a sobrevida do paciente, para a ICFEN até o momento não existe estratégia terapêutica que reduza a mortalidade. Manifestações Clínicas Quadro Clínico Dispneia progressiva Ortopneia Dispneia que surge em decúbito dorsal É uma queixa tardia Dispneia paroxística noturna (DPN) Paciente desperta com tosse e falta de ar, com necessidade de levantar da cama para melhorar Edema Agudo de pulmão Ocorre na piora aguda do VE Respiração de Cheyne Stokes Fase de apneia seguida de hiperpneia Nocturia Secundária ao aumento de peptídeo natriurético Edema de MMII Pode resultar em dermatite ocre Turgência jugular patológica Reflete aumento da pressão venosa central Sinal mais importante na identificação da congestão sistêmica Insuficiência Cardíaca Crônica Outras Manifestações do TGI Devido a hepatomegalia congestiva ou edema de parede intestinal Manifestações neuropsíquicas Refletem má perfusão cerebral Acometimento ventricular o Ventrículo Esquerdo Congestão pulmonar: ortopneia, dispneia paroxística noturna... Redução do débito cardíaco o Ventrículo Direito Congestão sistêmica: edema de MMII, hepatomegalia, turgência de jugular... Atenção Quando há apenas acometimento do VD é chamado de Cor Pulmonale Causas: DPOC, Fibrose pulmonar Classificação do Desenvolvimento ESTÁGIO A Sem alterações estruturais Sem sintomas Presença de fatores de risco ESTÁGIO B Alterações estruturais Sem sintomas ESTÁGIO C Alterações estruturais Sintomas ESTÁGIO D Alterações estruturais Sintomas refratários ao tratamento Classificação dos Sintomas Sintomas – NYHA NYHA I Sem dispneia nas atividades usuais NYHA II Dispneia nas atividades usuais NYHA III Dispneia em qualquer atividade NYHA IV Dispneia em repouso Exames Complementares Laboratoriais Rotina Laboratorial Hemograma, hepatograma, lipidograma, função renal, Eletrólitos, glicemia, dosagem de hormônios tireoidianos e EAS. Se houver história epidemiológica deve-se incluir a sorologia para doença de Chagas Biomarcadores BNP e NT-ProBNP Se elevam na ICFER e na ICFEP Quando solicitar Dúvida diagnóstica Prognóstico Avaliar resposta ao tratamento Guiar tratamento com alvo a ser atingido Ponto de corte ambulatorial: - BNP > 35 a 50 - NT-ProBNP > 125 Níveis normais = Afasta IC Níveis mais altos = Pior prognóstico Eletrocardiograma ECG normal Afasta existência de disfunção sistólica de VE Verificar 1- Ritmo cardíaco (FA?) 2- Sinais de sobrecarga (HVE) 3- Sinais de IAM (onda Q) Pacientes com QRS alargado (> 150) e ICFER grave (FE ≤ 35) refratário a tratamento clínico se beneficiam da terapia de ressincronização cardíaca. Raio X Cardiomegalia: Índice cardiotorácico > 0,5 A ausência de cardiomegalia não afasta disfunção sistólica ou diastólica. Nas fases iniciais o tamanho cardíaco pode se manter dentro da normalidade. Linhas B de Kerley Sinal precoce de congestão pulmonar Derrame pleural Geralmente bilateral, mas mais intendo a D Diagnóstico Diferencial Analisar se há outras causas para a dispneia do paciente Ecocardiograma transtorácico Indicado na avaliação inicial de todo paciente Avaliação do miocárdio e válvulas Determinação da fração de ejeção IC com fração de ejeção normal FE ≥ 50% IC com fração de ejeção intermediaria FE entre 40 a 49% IC com fração de ejeção reduzida FE < 40% ECO transesofágico Só deve ser solicitado em situações específicas, como na presença de valvulopatias, cardiopatias congênitas, suspeita de endocardite ou dissecção de aorta. Critérios Diagnósticos Existem 2 principais critérios para auxiliar no diagnóstico 1- Framingham – Mais utiizado 2- Boston Critérios de Framingham Atenção - Diagnóstico 2 Critérios maiores 1 Critério maior + 2 menores Tratamento ICFER Drogas que aumentam a sobrevida Consiste no bloqueio neuro- hormonal que leva ao remodelamento cardíaco 1- IECA ou BRA Primeira escolha: IECA Em caso de intolerância aos IECA: Utilizar BRA Quando iniciar: Estágio B Quando Suspender: - K ≥ 5,5 - Cr ≥ 3,5 - Clcr < 20 2- BETABLOQUEADOR - Bisoprolol Droga de escolha, pois possui maior seletividade B1 - Carvedilol - Succinato de Metoprolol Quando iniciar: Estágio B 3- ESPIRONOLACTONA Associa-se ao IECA e BB quando paciente sintomático a partir de NYHA II Quando iniciar: Estágio B pós IAM e FE < 40% Estágio C Quando suspender - K ≥ 5,5 - Cr ≥ 2,5 Atenção A combinação de IECA + BB deve ser prescrito para todo paciente com FE < 40%, incluindo os assintomáticos. A espironolactona deve ser iniciada se o paciente já estiver com terapia dupla otimizada e ainda sintomático 4- SACUBITRIL VALSARTANA Inibe a degradação do BNP Inibidor da neprilisina + BRA Quando iniciar: No início do tratamento: se CI ao IECA ou BRA Substituição do IECA/BRA em uso de terapia tripla otimizada Cuidado - Esperar 36h após suspender o IECA para iniciar – Risco de angioedema - BNP + (Falso +) – Pedir NT-ProBNP quando usar Outras medicações o Hidralazina + Nitrato Quando iniciar - CI ao IECA/BRA - Negros em NYHA III ou IV apesar de terapia tripla otimizada o Inibidores de SGLT2 Empaglifozina - Protetor cardiovascular o Ivabradina Paciente sintomático Condições de uso 1- Ritmo sinusal 2- FC acima de 70bpm Medicações Sintomáticas São drogas que diminuem os sintomas, mas não reduzem a mortalidade 1- DIGOXINA Quando iniciar - Terapia otimizada com FE ≤ 45% - Paciente com FA – Para controle da FC Não usar - ICFEP com ritmo sinusal 2- DIURÉTICOS Furosemida – Mais usado Tiazidicos – associado a furosemida - Diminuir a congestão Resumindo Medicações Reduz Mortalidade IECA/BRA BB ESPIRONOLACTONA SACUBITRIL VALSARTANA HIDRALAZINA + NITRATO Não Reduz Digoxina Diuréticos Amiodarona Ivabradina Resumindo: Condutas NYHA II – IV // ESTAGIO C Terapia Tripla Permanece NYHA II – IV Troca IECA/BRA por Sacubitril Valsartana ou Associa SGLT2 Permanece NYHA II – IV II - Estratégias adicionais III ou IV – Encaminhar Estratégias adicionais IVABRADINA - FE ≤ 35% - Ritmo sinusal - FC > 70 HIDRALAZINA + NITRATO - FE ≤ 35% - Negro DIGOXINA - FE ≤ 45% - Ritmo sinusal - FA TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO (TRC) - FE ≤ 35% - Ritmo sinusal - BRE - QRS > 150 Cardiodisfibrilador (CDI) - FE ≤ 35% - IAM Tratamento ICFER TRATAR FATORES DE RISCO - HAS // DAC // FA DIURÉTICOS Furosemida ou tiazídicos Para tratar congestão ESPIRONOLACTONA e BRA Reduzem hospitalização Não diminuem mortalidade Definição Etiologia Fisiopatologia Manifestações Clínicas Classificação do Desenvolvimento Classificação dos Sintomas Exames Complementares Critérios Diagnósticos Tratamento ICFER Medicações Sintomáticas Tratamento ICFER (1)