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1 Fisioterapia na prevenção da síndrome do imobilismo em unidade de terapia intensiva de adultos: revisão de literatura Vandson Wesley Castro da Silva1 vandson__@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-Graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual Faculdade Faserra Resumo O objetivo desta revisão de literatura foi descobrir se a Fisioterapia aplicada em forma de mobilização precoce (MP), aplicada em pacientes críticos, internados em unidade de terapia intensiva (UTI), previne a síndrome do imobilismo, obtendo resultados positivos para o doente. O paciente acamado que fica por longo período em UTI, torna-se geralmente, descondicionado, reduzindo sua capacidade de realizar exercícios aeróbicos e; tornando ínfima sua resistência ao esforço. Se as medidas preventivas não forem corretamente tomadas, há o desencadeamento de um conjunto de alterações deletérias denominada Síndrome da Imobilidade Prolongada (SIP), contribuindo para o declínio funcional e diminuindo as chances de sobrevida pós-alta. A MP é uma terapia que traz diversos benefícios dentro de uma UTI, como ressalta a literatura, sendo definida como a terapia que otimiza a recuperação funcional. Neste contexto ela traz benefícios físicos e também psicológicos, evitando os riscos de hospitalização prolongada Método: utilizado foi o de revisão da literatura, tendo como base da pesquisa os bancos de dados: Scielo, Bireme, Medline, Lilacs e Google Docs no período compreendido entre 2007 e 2017 Foram selecionados 25 artigos por terem afinidade com o tema pesquisado e dentre estes 12 foram estudados por responderem ao problema de pesquisa Conclusões: Com UTIs cada vez mais complexas e tecnologizadas, houve aumento de morbidade dos doentes. Cada vez mais o trabalho do fisioterapeuta vem de encontro às novas patologias e síndromes geradas dentro da unidade. Os estudos encontrados aconselham o início precoce do exercício passivo e ativo em pacientes críticos internados, mostrando que a reabilitação precoce é segura e deve ser realizada tão logo o paciente seja admitido na UTI. A fisioterapia motora precoce, cada vez mais agressiva e repercute na diminuição do tempo de internação e comprovando a eficácia da MP. Palavras-chave: Fisioterapia; Imobilismo; Unidade de Terapia Intensiva ¹ Pós Graduando em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais ² Fisioterapeuta, Mestra em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde 2 1. INTRODUÇÃO Pacientes sobreviventes que são admitidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) experimentam de uma forma geral, reduções metabólicas e fisiológicas, gerando reduções de seu estado funcional. O paciente acamado que fica por longo período em UTI, torna-se geralmente descondicionado fisicamente, reduzindo sua capacidade de realizar exercícios aeróbicos e; tornando ínfima sua resistência ao esforço. Se as medidas preventivas não forem corretamente tomadas, há o desencadeamento de um conjunto de alterações deletérias denominada Síndrome do Imobilismo (SI), contribuindo para o declínio funcional e diminuindo significativamente as chances de sobrevida pós-alta hospitalar1 A ocorrência frequente de complicações causadas pelos efeitos deletérios da imobilidade em UTI causa significativa redução na qualidade de vida (QV) e de forma geral pode causar o declínio funcional global, gerando maiores custos assistenciais e muitas vezes, mortalidade após a saída do hospital de cicatrização. Os fatores que afetam a reparação podem ser divididos em sistêmicos ou fatores locais que influenciam a resposta inflamatória1,2,3. Deficiências nutricionais tem um grande efeito sobre a cicatrização de feridas e regeneração de tecidos, mudança na resposta inflamatória e da função imunológica interfere em qualquer etapa do processo de reparo e recuperação do doente. Tem sido demonstrado que o retardo da cura pode ocorrer em indivíduos com deficiência de qualquer nutriente essencial por problemas circulatórios1,2. Esta revisão da literatura investiga os resultados da MP disponíveis, na literatura da área, tendo como base da pesquisa os bancos de dados: Scielo, Bireme, Medline, Lilacs e Google Docs no período compreendido entre 2003 e 2013, reunindo-os de forma concisa e esclarecedora. 2. REFERENCIAL TEÓRICO A sobrevida dos doentes criticamente enfermos tem aumentado, em consequência da evolução tecnológica e cientifica, contando sempre com o conhecimento da equipe multidisciplinar. Com esta evolução clínica1, o número de complicações por permanência prolongada na UTI vem contribuindo adversamente para o nível funcional global, resultando no aumento dos custos assistenciais3,4. Entendendo a fisioterapia como ciência que, resguarda em seu objetivo terapêutico, técnicas e recursos capazes de promover a recuperação da funcionalidade e; 3 munidos de conhecimento científico o fisioterapeuta interfere no desfecho de casos até pouco tempo com mau prognóstico, fazendo diferença com a MP1,2,3. A SIP é um conjunto de disfunções que, inicialmente, se desenvolve pela manutenção contínua da postura no leito, do doente acamado por um período prolongado. Os efeitos da imobilização são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas: osteomusculares, tecido conjuntivo, tecido articular, respiratório, metabólico, gastrointestinais, geniturinários entre outros, contribuindo para o prolongamento da internação5. A imobilidade é um problema frequente em UTIs1,2,3, podendo aumentar o tempo de internação hospitalar, gerando fraqueza na musculatura respiratória e periférica, aumento do risco de mortalidade e; interferindo muitas vezes na vida do paciente e em sua vida como um todo, após a alta hospitalar1,2,3,4. A inatividade gera disfunção muscular e; é um achado comum em pacientes internados em UTI. O termo “fraqueza muscular adquirida em UTI” determina o quadro de fraqueza clinicamente detectável, não havendo nenhuma etiologia aceitável que possa ser levantada, além da condição crítica do paciente. Esta condição reforça a importância da mobilização precoce, impedindo o agravamento deste quadro1. Conforme Luque et al (2013)1, estudos publicados pela força tarefa de fisioterapeutas do European Respiratory Society5 e pela Sociedade Europeia de Medicina Intensiva3, aconselham o início precoce do exercício passivo e ativo em pacientes críticos internados, mostrando que a reabilitação precoce é segura e deve ser realizada tão logo o paciente seja admitido na UTI1,2,3,4,6. Dentre as modalidades de exercício, são considerados o movimento passivo contínuo, que previne a atrofia muscular, bem como o uso de cicloergômetro acoplado ao leito, pesos livres, ortostatismo assistido e ativo, deambulação precoce, eletroestimulação neuromuscular, legpress (Moveo XP), theraband, entre outros1. Os autores ressaltam ainda que é fundamental a avaliação e reabilitação precoce do doente crítico dependem dos protocolos de sedação e analgesia e dos protocolos de desmame e para controlar o delirium são fundamentais para o sucesso da terapia1 . Exames à beira leito devem ser realizados para determinar a força muscular (FM)1,2,5, através da escala de força do Medical Research Council3 ou avaliação de força da preensão palmar. Os autores mencionam que devem ser avaliados os grupos musculares que realizam: abdução do braço; flexão do antebraço; extensão do punho; flexão da coxa; extensão da perna e dorsiflexão plantar. A avaliação deve ser bilateral e a graduação de todos os grupos somada, quando a soma total for inferior a 48 pontos, na ausência de outra etiologia plausível, a 4 fraqueza adquirida na UTI deve ser considerada1. A implementação de protocolos de reabilitação precoce podem ser aplicados após 48 horas da internação, para melhor nível de mobilização possívele impedimento da instalação da SIP1,3,5. Deve se atentar para o uso de bloqueadores musculares, para que não se confunda com FM. O diagnóstico dessa condição pode ser realizado observando-se a redução ou ausência da amplitude do potencial de ação na eletromiografia, e a observação de uma reversão completa da FM no prazo de duas semanas1. Tabela 1. Sequência de progressão terapêutica dos protocolos de reabilitação precoce (com/sem via aérea artificial): Sequência Clínica de intervenção terapêutica 1 – Determinar critérios de inclusão 2 – Iniciar após 48 horas de ventilação mecânica 3 - Progressão diária dos exercícios 4 – Interrupções na alta ou com até a independência funcional 5 – Reabilitação pós-alta hospitalar Fonte: França et. al, 20122 Tabela 2. Condutas Funcionais Sequência clínica de condutas funcionais Mobilização passiva Sentar a beira do leito / eletroestimulação de membros inferiores (DPOC) Sentar no leito Sentar à poltrona Treino de força Treino de senta e levanta Marcha estacionária ou cicloergômetro (membros superiores e inferiores) Deambulação assistida Treino de atividades da vida diária Fonte: Fonte: França et.al, 20122 5 No estudo de França et al. (2012)2, são citados os principais fatores que levam à FM e disfunção muscular, reforçando a importância da mobilização precoce em pacientes com ou sem ventilação mecânica invasiva2, conforme fluxograma abaixo: Os autores confirmam, através de consenso e experiências vivenciadas em UTI, que a imobilidade e fraqueza aumentam o tempo de VM e a estadia no hospital, havendo diminuição/perda da função física e piora da qualidade de vida. A FM contribui para a polineuropatia do paciente crítico (PC) e pode levar à SIP3. Eles recomendam que, para a prevenção desta imobilidade em UTI, seja realizado treinamento muscular e MP. Mencionam ainda que protocolos de MP em UTI, aplicados a PC são escassos na literatura disponível, sendo necessárias mais pesquisas globais para geração de dados mais apurados. Utilizam como protocolo o: treinamento dos músculos respiratórios, posicionamento funcional (de forma passiva ou ativa), estimulação elétrica neuromuscular (EENM) e MP e treinamento físico1,3. Como descreve Marcos (2009)7, os tecidos biológicos reagem ao estresse mecânico imposto por forças externas ao corpo, modificando suas propriedades, a ausência de estresse também induz respostas adaptativas nessas estruturas. Perdas de componentes básicos do tecido decorrem do processo de imobilização e podem repercutir negativamente nas funções teciduais básica7. Sendo a SIP um conjunto de disfunções que tem, por mecanismo inicial, a manutenção da postura no leito do indivíduo acamado por um período prolongado6, deve-se iniciar a MP já o início do tratamento do doente em UTI1,2,3,4,6,11,12 . Feita a análise e comparação da literatura disponível, há consenso entre os autores1,2,3,4,5,6 que MP deve ser iniciada em no máximo 48 após a admissão do PC em UTI, evitando assim a SIP. 3. Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi a pesquisa de artigos científicos sobre a realização da fisioterapia na síndrome do imobilismo em UTI. Os trabalhos foram obtidos através de pesquisas em conceituados bancos de dados como: Pubmed, Scielo, Bireme e PEDro, no período compreendido para as buscas entre os anos de 2006 e 2017, nas línguas Inglesa e Portuguesa. Foram encontrados 25 artigos sobre o tema e foram selecionadas as publicações que traziam relevantes informações para esta pesquisa e que apresentavam os resultados da fisioterapia. Foram utilizados 12 artigos científicos, respondendo ao problema de pesquisa. 6 4. Resultados e Discussão Sobre a SIP faltam pesquisas focadas no desenvolvimento de protocolos específicos para a aplicação da MP. O que se pode conferir na literatura disponível é que os autores concordam em sua aplicação e reconhecem seu papel de prevenção da imobilidade, que gera consequências contraproducentes. A imobilidade é um problema frequente em UTIs1,2,3, podendo aumentar o tempo de internação hospitalar, gerando fraqueza na musculatura respiratória e periférica, aumento do risco de mortalidade e; interferindo muitas vezes na vida do paciente e em sua vida como um todo, após a alta hospitalar1,2,3,4 O exercício terapêutico é considerado um elemento central na maioria dos planos de assistência da fisioterapia1,2,3,4,9. Sua finalidade é aprimorar a funcionalidade física e reduzir incapacidades. Inclui uma ampla gama de atividades que previnem complicações como encurtamentos, fraquezas musculares e deformidades osteoarticulares e reduzem a utilização dos recursos da assistência de saúde durante a hospitalização ou após uma cirurgia. Estes exercícios aprimoram ou preservam a função física ou o estado de saúde dos indivíduos sadios e previnem ou minimizam as suas futuras deficiências, a perda funcional ou a incapacidade9. Os autores confirmam, através de consenso e experiências e pesquisas em UTI que a imobilidade e fraqueza aumentam o tempo de VM e a estadia no hospital, havendo diminuição/perda da função física e piora da qualidade de vida. A FM contribui para a polineuropatia do paciente crítico (PC) e pode levar à SIP3. Eles recomendam que, para a prevenção desta imobilidade em UTI, seja realizado treinamento muscular e MP. Mencionam ainda que protocolos de MP em UTI, aplicados a PC são escassos na literatura disponível, sendo necessárias mais pesquisas globais para geração de dados mais apurados. Utilizam como protocolo o: treinamento dos músculos respiratórios, posicionamento funcional (de forma passiva ou ativa), estimulação elétrica neuromuscular (EENM) e MP e treinamento físico1,3. Atualmente houve mudança na visão da equipe multidisciplinar, de que quanto mais imóvel o paciente estiver melhor será o seu estado geral. A imobilidade prolongada dificulta a reabilitação, atuando muitas vezes, após a alta do doente, trazendo complicações severas e algumas, permanentes. 7 5. CONCLUSÃO Conclui-se que a aplicação da terapia MP tem efeito preventivo da SIP, evitando complicações fisiológicas hospitalares e muitas vezes, após a alta médica, economizando recursos financeiros hospitalares. A MP deve ser iniciada, no máximo 48 horas após a admissão do doente na para prevenir morbidades e diversos efeitos deletérios do imobilismo. É a terapia fundamental na prevenção SIP e deve ser realizada pelo profissional especializado para esta função, que é o fisioterapeuta10. Referências 1. Luque A, Gimenes AC. Reabilitação precoce em terapia intensiva. Rev. Pneumologia Paulista – Medicina Intensiva: São Paulo, 2013, vol. 27. Disponível em: http://itpack31.itarget.com.br/uploads/spp/arquivos/300313.pdf 2.França EET, Francimar F, Fernandes P, Cavalcanti R, Duarte A, Martinez BP, Esperidião EA, Damasceno MCP. Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do departamento de fisioterapia da associação de medicina intensiva brasileira. Fisioterapia em pacientes críticos adultos: recomendações do departamento de fisioterapia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Rev. Bras. terapia intensiva. 2012; 24(1): 6-22. 3.Feliciano VA, Albuquerque CG, Andrade FMD, Dantas CM, Lopez A, Ramos FF, Silva PFS, França EET. A influência da mobilização precoce no tempo de internamento na unidade de terapia intensiva. Assobrafir Ciência, 2012. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/rebrafis/article/view/11702 4.Azevedo CM. Efeitos da fisioterapia motora precoce em pacientes adultos na unidade de terapia intensiva. Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – Sobrati: Rio de Janeiro, 2011. 5.Silva MR, Anzolin RM. Efeitos deletérios: ausência de cinesioterapia na mobilidade articular do politraumatizado. Rev. Fisioter. Mov.,2008 abr/jun;21(2):39-45. Disponível em: www.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=1937&dd99=pdf 6.Presto B, Damázio L. Fisioterapia na UTI. 2ª Edição Elsevier, Rio de Janeiro, 2009. http://itpack31.itarget.com.br/uploads/spp/arquivos/300313.pdf http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/rebrafis/article/view/11702 8 7. Marcos FM. Efeitos da mobilização precoce e da imobilização durante o reparo do ligamento da patela em ratos: análise morfológica e morfométrica. Botucatu, SP – 2009. Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/posgrad/teses/bga_me_2009_fernando_marcos.pdf 8. Fonseca HLA. Caracterização dos principais problemas de saúde do idoso acamado, e desafio para a equipe de saúde da família no acompanhamento destes. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2396.pdf 9. Silva APP, Maynard K, Cruz MR. Efeitos da fisioterapia motora em pacientes críticos: revisão de literatura. Rev. bras. ter. intensiva: São Paulo, 2010, vol.22 no.1. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-10000100014 10. França EET, Ferrari FR, Fernandes PV, Cavalcanti R, Duarte A, Aquim E, Damasceno MCP. Força tarefa sobre a fisioterapia em pacientes críticos adultos: diretrizes da associação brasileira de Fisioterapia respiratória e terapia intensiva e associação de medicina intensiva brasileira. Universidade de Campinas, 2009. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000905671 11. Peter E. Morris, MD; Amanda Goad, RN; Clifton Thompson, RN; Karen Taylor, MPT; Bethany Harry, MPT; Leah Passmore, MS; Amelia Ross, RN, MSN; Laura Anderson; Shirley Baker; et al. Early intensive care unit mobility therapy in the treatment of acute respiratory failure. Crit Care Med, 2008. Avaible: http://www.lifesynccorp.com/wp- content/uploads/2014/09/LS-1128-Rev-A-Morris-Early-ICU-Mobility-Therapy.pdf 12. Esra P, Akif T, Atilla G, Hulya NG. The Effects of Preoperative Short-term Intense Physical Therapy in Lung Cancer Patients: A Randomized Controlled Trial. Ann Thorac Cardiovasc Surg, 2011. Avaible: https://www.jstage.jst.go.jp/article/atcs/17/5/17_oa.11.01663/_pdf http://www.ibb.unesp.br/posgrad/teses/bga_me_2009_fernando_marcos.pdf https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2396.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-10000100014 http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000905671 http://www.lifesynccorp.com/wp-content/uploads/2014/09/LS-1128-Rev-A-Morris-Early-ICU-Mobility-Therapy.pdf http://www.lifesynccorp.com/wp-content/uploads/2014/09/LS-1128-Rev-A-Morris-Early-ICU-Mobility-Therapy.pdf
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