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Balanceamento produtivo dentro do corte – Introdução - justificativa – problema – hipótese – objetivos – fundamentação teórica – 
Introdução – 
Relatamos aqui o estudo de caso de uma empresa de confecção infantil que tem suas sazonalidades anuais conforme cada coleção e com isso uma certa dificuldade de manter um balanceamento programado no setor de corte, atualmente trabalhamos com 4 coleção anuais e cada uma se comporta diferente dentro do setor, isso acaba gerando um certo desequilíbrio produtivo que acaba afetando toda a cadeia.
Justificativa - 
 Toda grande empresa estruturada, tem em seus processos uma receita detalhada de como funciona cada coisa, desta maneira a empresa de confecção infantil aqui estuda também busca dentro da organização um melhor balanceamento no setor de corte. 
Tendo em vista o aumento produtivo da nova coleção; surgiu como necessidade interna um melhor acompanhamento dentro do setor de corte.
Esse setor em destaque seria o coração da empresa estudada, onde é ali que nasce e cresce todo o abastecimento da cadeia produtiva, desta maneira usar o tempo de forma correta é fundamental para o equilíbrio produtivo e harmonioso do local.
Problema – 
Hoje podemos dizer que um dos maiores problemas enfrentados ao longo de cada coleção é o certo desbalanceamento produtivo ocasionado ao longo da mesma, sabemos que vários fatores contribuem para o mesmo, mais de certa maneira como dito acima uma grande empresa tem em seus processos uma receita para cada situação e aqui não será diferente é o que buscamos através desse estudo encontrar e solucionar as possíveis brechas que nos fazem ter esse certo tipo de problema ao decorrer do ano.
Hipótese – 
Objetivos – 
Temos como objetivo nesse estudo trabalhar ao lado do PPCP afim de buscar alternativas solucionativas para os problemas encontrados, geralmente em outras empresas, o setor de PCP e compras são geridos pela mesma pessoa que controla essa cadeia produtiva, sabemos que na empresa estudada não é assim, mesmo trabalhando próximos e com parceria, acaba-se gerando algumas brechas que impactam lá na frente, bem como nosso modelo de vendas por aposta adotado pela empresa.
Existem vários fatores internos que favorecem esse desbalanceamento em certos momentos da coleção, sabendo que não conseguimos mudar isso de uma hora para outra por fatores muito mais grande do que nos cabem, optamos dentro da nossa realidade trabalhar de uma forma menos prejudicava, e o setor de PCP será nosso grande aliado nessa parceria.
 O PPCP, reportado na literatura até o ano de 2009 como Planejamento e Controle da 
Produção, é uma das subáreas da grande área da Engenharia de Operações e Processos de 
Produção de acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção – ABEPRO 
(2008). Uma das atividades desenvolvidas pelo PPCP é a Programação da Produção (PP) que, 
segundo Mesquita et al. in Lustosa et al. (2008), objetiva o cumprimento de prazos, 
velocidade de tempo de atravessamento e minimização da ociosidade. Em linhas de produção, 
como as de confecções e outras, o Problema de Programação da Produção (PPP) é resolvido, segundo Boiko, Toigo e Varolo (2011), pela técnica do Balanceamento de Linha (BL). 
Fundamentação Teórica - 
O que é balanceamento de produção?
O que é balanceamento
Balancear uma linha de produção é ajustá-la às necessidades da demanda, maximizando a utilização dos seus postos ou estações, buscando unificar o tempo unitário de execução do produto.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Manufatura Enxuta Atualmente, a fim de aumentar a competitividade e lucratividade, muitas empresas tentam seguir os conceitos da Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing) ou Sistema Toyota de Produção. O principal objetivo desse sistema de produção é distribuir da melhor forma possível todas as operações (em que uma operação é a menor tarefa que pode ser executada de maneira independente) necessárias para a transformação da matéria prima no produto final, tentando evitar, assim, a redução ou eliminação dos desperdícios. A lógica é produzir cada vez mais utilizando cada vez menos recursos e, simultaneamente, atender aos requisitos de qualidade necessários para a satisfação do cliente. De acordo com Ohno (1997), melhorias devem ser realizadas a fim de identificar e reduzir os sete tipos de desperdício, que são: 
1. Perdas por superprodução: é quando se produz mais do que o necessário ou antes do momento adequado. É um dos mais preocupantes tipos de desperdício, uma vez que pode mascarar os outros tipos de desperdício;
 2. Perdas de tempo disponível (espera): consistem na ociosidade dos recursos, tanto máquinas e equipamentos como mão de obra, existentes entre as operações e são decorrentes do desbalanceamento entre elas; 
3. Perdas em transporte: sendo o transporte uma operação que não agrega valor ao produto, deve ser reduzido ao mínimo possível; 
4. Perdas do processamento: geralmente são etapas do processamento que podem ser eliminadas sem prejuízo para o produto. Limitações do equipamento ou métodos inadequados também se enquadram, como por exemplo parâmetros de corte mal dimensionados para um processo de usinagem; 
5. Perdas por estoque: são as perdas associadas ao estoque de matéria prima, material entre as operações e produto final. Tais perdas têm a característica de esconder outros problemas;
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Manufatura Enxuta Atualmente, a fim de aumentar a competitividade e lucratividade, muitas empresas tentam seguir os conceitos da Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing) ou Sistema Toyota de Produção. O principal objetivo desse sistema de produção é distribuir da melhor forma possível todas as operações (em que uma operação é a menor tarefa que pode ser executada de maneira independente) necessárias para a transformação da matéria prima no produto final, tentando evitar, assim, a redução ou eliminação dos desperdícios. A lógica é produzir cada vez mais utilizando cada vez menos recursos e, simultaneamente, atender aos requisitos de qualidade necessários para a satisfação do cliente. De acordo com Ohno (1997), melhorias devem ser realizadas a fim de identificar e reduzir os sete tipos de desperdício, que são: 1. Perdas por superprodução: é quando se produz mais do que o necessário ou antes do momento adequado. É um dos mais preocupantes tipos de desperdício, uma vez que pode mascarar os outros tipos de desperdício; 2. Perdas de tempo disponível (espera): consistem na ociosidade dos recursos, tanto máquinas e equipamentos como mão de obra, existentes entre as operações e são decorrentes do desbalanceamento entre elas; 3. Perdas em transporte: sendo o transporte uma operação que não agrega valor ao produto, deve ser reduzido ao mínimo possível; 4. Perdas do processamento: geralmente são etapas do processamento que podem ser eliminadas sem prejuízo para o produto. Limitações do equipamento ou métodos inadequados também se enquadram, como por exemplo parâmetros de corte mal dimensionados para um processo de usinagem; 5. Perdas por estoque: são as perdas associadas ao estoque de matéria prima, material entre as operações e produto final. Tais perdas têm a característica de esconder outros problemas;
2.1.3 Balanceamento de Linha de Produção A definição clássica de balanceamento de linha, também denominado SALBP (Problema de balanceamento de linha de montagem simples) por Becker e Scholl (2006) é: dado um conjunto de operações com tempos diferentes, um conjunto de relações de precedência entre as operações e um conjunto de máquinas, o balanceamento será atribuir cada operação a exatamente uma máquina, desde que as relações de 16 precedência sejam respeitadas e a distribuição de carga entre as máquinas (ou postos de trabalho) seja a mais equilibrada possível, idealmente com tempos iguais em todas as máquinas. A característica pode ser dividida em duas variantes: ou um tempo de ciclo é dado e o número de máquinas deve ser minimizado, ou o número de máquinas é fixado e o tempo de ciclo deve ser otimizado. De acordo com Boysen et al. (2007),quando o objetivo é minimizar o tempo de ciclo com um número de máquinas fixo, o problema é denominado de SALBP-2. E quando o objetivo é minimizar o número de máquinas com um tempo fixo, o problema é denominado de SALBP-1. Ao realizar o balanceamento da linha, o objetivo é atribuir tarefas aos postos de trabalho ao longo da linha de modo que a carga em todos os postos seja, aproximadamente, a mesma. Portanto, pode-se dizer que a produtividade desejada será alcançada quando aproximar-se o tempo de ciclo ao tempo takt em questão, produzindo no ritmo da demanda do cliente, evitando, assim, perdas por superprodução. Realizando o correto balanceamento, ou seja, distribuição das operações aos postos ou máquinas de forma que todos possuam, aproximadamente, a mesma quantidade de carga alocada, serão atenuados os gargalos de produção, evitando as perdas por ociosidade. Já as perdas por produção de produtos defeituosos, no presente trabalho, serão reduzidas distribuindo as características mais críticas às máquinas (centros de usinagem) de maior precisão. 2.1.4 Diagrama de precedência O diagrama de precedência é uma técnica de representação visual que mostra as operações envolvidas em um processo de fabricação. O diagrama relaciona as dependências de uma ou mais operações em ordem cronológica. O tipo de dependência que será utilizado, que também é o mais comum, é o finish-start. Nesse tipo de dependência, uma atividade não pode ser iniciada enquanto a atividade imediatamente anterior não estiver finalizada. Para a confecção de um diagrama de precedência, desenham-se círculos representativos de cada operação e através de flechas, sempre de acordo com a sequência correta, são feitas as conexões das operações. Um exemplo de diagrama de precedência segue na Figura 4, em que nota-se a precedência da operação 01 e 02 em relação à operação 03. Ou seja, a operação 03 será realizada somente quando as operações 01 e 02 estiverem concluídas.

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