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Pré-Natal

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Pré-Natal 
Conhecer a abordagem da mulher na consulta pré-natal de baixo risco na APS.
Sabe-se que o pré-natal inadequado é espelho dos altos índices de morbimortalidade (quando não termos um pré-natal 
realizado esses índices tendem a aumentar, e os responsáveis por isso são os agente de saúde na atenção primária 
que tem que realizar a captação, cadastro e acompanhamento). 90% das causas de morte materna diretas são 
evitáveis no pré-natal e menos de 10% morrem de causa indiretas.
O objetivo do acompanhamento pré-natal: 
É assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém nascido saudável, sem 
impacto para a saúde materna (assim no pré-natal pensamos tanto na saúde da mulher quanto do bebê). 
É prestar assistência à mulher desde o início de sua gravidez (temos que começar a acompanha-la e fazer o 
cadastro assim que a gravidez for descoberta, já que existem vários fluxos de atendimento, ou seja, várias coisas 
que temos que fazer para a mulher) ; 
Onde ocorrem mudanças físicas e emocionais e que cada gestante vivencia de forma distinta (e isso muda em cada 
mulher, algumas passa a gravidez tranquila, outras precisam de mais assistência e de mais ajuda); 
A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para o parto e nascimento humanizados (para que na hora do parto 
não ocorra nenhuma surpresa)
O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. No brasil, a partir desse momento em que 
ela é cadastrada, o ministério de saúde recomenda: Realizar no mínimo seis consultas (1 no primeiro trimestre, 2 no 
segundo e 3 no terceiro), senso ideal, é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre (assim o ideal é que seja 
feito o cadastro dessa mulher o mais rápido possível) e que, até a 34 semana, sejam realizadas x consultas mensais. A 
captação da mulher muitas vezes é feito pelo ACS, já que ele está mais próximo da gestante, assim muitas vezes 
ele que recebe a primeira informação, assim ele deve passar essa informação para os demais profissionais e com isso 
vai ser agendada a primeira consulta do pré-natal dessa mulher.
A atenção básica (primária) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde. As equipes 
de atenção básica devem se responsabilizar pela população de área de abrangência (toda equipe tem a sua área de 
abrangência, assim a gestante não pode ficar escolhendo em qual atenção básica e em qual médico vai realizar o seu 
acompanhamento)
É importante para esse acompanhamento (primeira consulta) a avaliação da necessidade de cada gestante (já 
que cada gestante vai agir de uma maneira diferente, tendo diferentes necessidades); seguir as orientações do 
protocolo local (cada município tem seu próprio protocolo, de dia que vai ser realizado as consultas por exemplo, por 
quem ela vai ser atendida, na maioria dos protocolos o atendimento é feito de maneira alternada entre o enfermeiro e o 
médico, assim um mês vai ser atendida pelo médico e no outro pelo enfermeiro); garantir a linha de cuidado (assim 
que a paciente chegar na primeira consulta, já mostramos pra ela o setores que ela vai passar para realizar os exames 
solicitados nos casos de paciente baixo risco, caso seja uma de alto risco ela provavelmente será encaminhada para 
outro setor além de continuar o acompanhamento com a atenção básica); dar acesso a outras redes assistenciais 
(rede de média e alta complexidade, rede de urgência e emergência, rede de atenção psicossocial, rede oncológica etc.)
Acolhimento:
Ë realizado assim que a gestante chegue na unidade, é importante que tenhamos a confirmação da gestante 
(muitas vezes a paciente fala que está grávida, mas não está realmente confirmada, assim precisamos confirmar com 
exame para cadastra-la) Após o cadastro realizar o acompanhamento, médico ou enfermeiro vão realizar o 
cadastro. Tentar realização a captação para o pré-natal até o 4mes (é o mais indicado para evitar possíveis 
complicações), mas se houver a captação depois do 4mês devemos fazer o processo da mesma forma, entretanto o 
ideal é antes. Por isso orientamos que os ACS, tentem ao máximo identificar as grávidas o quanto antes (pode ser que 
uma adolescente tente esconder por exemplo) 
Diagnóstico da gravidez:
Basear na história; 
No exame físico; 
Nos teste laboratoriais.
Precisamos avaliar os sinais que elas mostra, podendo ser 
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Sinais de presunção: Ocorrem entre a 4 e a 6 semana: São o atraso menstrual, manifestações clínicas 
(náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária - polaciúria e 
sonolência). E modificações anatômicas alterações mamárias (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade 
nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, acentuação da vascularização - Sinal de 
Haller), cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal.
São sinais de presunção, assim com esses sinais temos que realizar uma melhor investigação para confirmar a 
gravidez.
Sinais de probabilidade (6 a 16 semana): Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume; 
paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (podendo ser observada pulsação da artéria vaginal 
nos fundos de sacos laterais); positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia 
após a fertilização. Caso a paciente fale que tenha feito o teste e tenha dado positivo mas ela não mostre o laudo pra 
gente, não podemos cadastra-la ainda, tendo que pedir para que ele traga o laudo.
Sinais de certeza da gravidez: (14 a 21)Presença de batimentos cardíacos fetais (BCF) que são detectados pelo 
sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; Percepção dos movimentos fetais; Na 
ultrassonografia: O saco gestacional pode ser observada por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas 
gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais.
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Todas gestantes são cadastradas no Sis pré-natal, onde vai ser gerada um número que é colocado na caderneta da 
gestante, junto com o número do Sus dela. Toda gestante recebe uma caderneta dessas.
Nos casos de alto risco verificar se o hospital de referência vai ter uma unidade neonatal. e precisamos a agenda da 
consulta de puerpério para a primeira semana pós-parto
Atribuições do médico e da equipe no pré natal:
Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; A 
primeira consulta não é rápida, pois tem muita coisa para fazer, também envolve muita burocracia.
Realizar o cadastramento da gestante no SisPreNatal e fornecer o cartão da gestante devidamente 
preenchido (o cartão deve ser verificado e atualizado a cada consulta); Avisar que ela precisar levar o cartão em 
todas consultas para o devido acompanhamento e também levar o cartão quando ela for para o hospital na hora do 
parto.
Realizar a consulta de pré-natal de gestação de baixo risco intercalada com a presença do enfermeiro;
Solicitar exames complementares e orientar o tratamento, caso necessário; A solicitação dos exames geralmente 
é encaminhada para os serviços de média complexidade, como os laboratórios, assim devemos informar ela a qual 
local ela tem que se direcionar para a realização desses exames.
Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido fólico que são 
medicamentos gratuitos);
Orientar a vacinação da gestante, contra tétano e hepatite B;
Avaliar e tratar as gestantes que apresentam sinal de alarme;
Atender as intercorrências e encaminhar as gestantes para os serviços de urgência/ emergência obstétrica, 
quando necessário, com isso devemos saber para quais redes podemos encaminha-la de acordo com as situações e 
quais existem no município;
Orientar as gestantes e as equipes quantos aos fatores de risco e à vulnerabilidade;
Identificar as gestantes de alto risco e encaminhá-las ao serviço de referência;
Realizar o exameclínico das mamas e coleta para exame citopatológica do colo do útero (caso já tenha feito uma 
exame recentemente, não precisamos realizar de novo).
Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou atividade de sala de espera), devemos falar 
para ela como a equipe se organiza em relação a isso, se já há um projeto de atividades para gestantes.
Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosa (muito 
importante fazer a busca ativa quando ele faltar nas consultas);
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Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de 
aleitamento e orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar.
Primeira consulta:
Na 1 consulta deve-se pesquisar os aspectos socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, os antecedentes 
pessoais gerais ginecológicos e obstétricos, além da situação da gravidez atual. As anotações deverão ser realizadas 
tanto no prontuário da unidade quando no Cartão e na Caderneta da gestante.
Cálculo da Idade Gestacional - IG
Idade gestacional IG (é o quando de tempo ela está em gestação), depende da DUM - Data da última 
menstruação, que corresponde ao 1 dia de sangramento do último ciclo menstrual
Para realizar esse calculo vamos usar o calendário, somando o número de dias de intervalo entre o DUM e a data da 
consulta e dividindo por 7 (Nesse método temos que realizar a conta feita a mão, e com isso quando sobra resto será 
adicionada em dias).
Exemplo:
86 dias no total, assim vamos dividir por 7 = 86/7 = 12 semanas e 2 dias (dividir manualmente) e ficar atento que 
se o resto foi igual a 7 ou maior já vamos adicionar como semana e não como dias.
Com o gestograma, quando sabemos o DUM ele já vai mostrar a data provável do parto e a IG que ela está.
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Se o dum é desconhecido, vamos usar a data da ultrassonografia, porém se também não tiver realizado uma US, vamos 
utilizar o período e o mês em que ocorreu. Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considere como DUM os dias 
5, 15 e 25, respectivamente.
Também quando a data e o período da última menstruação forem desconhecidos, a IG será inicialmente determinada por 
aproximação, basicamente pela altura uterina (a partir de 12 semanas) e a data de início dos movimentos fetais (pois 
normalmente o batimento vai começar entre 18 e 20 semanas, assim conseguimos identificar)). Quando não for possível 
determinar clinicamente a IG, devemos solicitar o mais rápido possível a US obstétrica.
Data provável do parto:
Calcula-se a DPP levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280dias ou 40semanas a partir da 
DUM). 
Outra forma de cálculo consiste em somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses (nos 
meses de abril a dezembro) ou somar nove meses (nos meses de janeiro a março). Devemos tomar cuidado ao fazer 
esse cálculo pois na soma de sete dias, temo que ver se o mês realmente tem aquela quantidade de dias, por exemplo 
somando sete dias deus 30 de fevereiro, assim está errado já que fevereiro só 28 dias, assim o correto seria ficar 2 de 
março.
Duração da gravidez:
A duração da gravidez é cerca de 280 dias que são 40 semanas ou 10 meses lunares no calendário lunar(cada mês 
lunar tem 29 dias), porém nos utilizamos o calendário juliano/gregoriano, o qual quando dividirmos 280 por 30 (para 
converter em meses) teremos 9,3 meses (já que cada mês intercala com 30 e 31 dias) consideramos no entanto 28 dias 
ou 4 semanas assim vamos ter cerca de 9 meses. Dessa forma considerar em meses fica muito confuso e pode 
estar errado, por isso sempre devemos contar a gestação em semanas.
Uma gravidez normal, a termo, tem entre 37 e 42 semanas.

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