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MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
TUTORIA 1.1 
PROBLEMAS: 
- Rose tem 17 anos e já trabalha como domestica 
- Na casa em que Rose trabalha tem vasos de 
plantas que retém agua 
- Rose tem sido picada por mosquito; 
- Dona Alda teve febre, dor de cabeça e 
percebeu membros vermelhos 
- Rose bebe e fuma 
- Rose se esquece de tomar o anticoncepcional 
- Rose tem sangramento diferente e descobriu a 
gravidez 
- Rose fica preocupada e pergunta se as picadas 
podem fazer mal ao bebe. 
HIPOTESE 
- Rose corre o risco de ter um bebe com 
malformações devido as condições de trabalho, 
ao consumo de bebida alcoólica e cigarro. 
- Aos 17 anos, Rose não tem maturidade física, 
psicológica e social para ser mãe. 
- Rose saiu da escola mais cedo 
- Rose não tem educação sexual 
- Dona Alda teve zika 
- O sangramento que Rose tem relação com a 
nidação. 
PERGUTAS E RESPOSTAS: 
01) O que são: 
A) Malformação Congênita e genética: 
DEFEITOS CONGÊNITOS - são erros de 
desenvolvimento presentes ao nascimento, 
incluindo qualquer alteração estrutural ou 
funcional congênita que traga algum prejuízo ao 
bem-estar físico, intelectual ou social do indivíduo. 
TIPOS: 
MALFORMAÇÃO - defeito morfológico de um 
órgão, parte de um órgão ou região maior do 
organismo que resulta de um processo de 
desenvolvimento intrinsecamente anormal. Ex: 
Anormalidade cromossômica de um gameta na 
fecundação, que torna o desenvolvimento anormal 
desde o inicio. 
PERTURBAÇÃO / DISRUPÇÃO - defeito 
morfológico de um órgão, parte de um órgão ou 
uma região maior do organismo que resulta do 
desarranjo extrínseco ou interferência de um 
processo originalmente normal. EX: exposição a 
teratógenos ( não podem ser herdadas) 
DISPLASIA - organização anormal das células nos 
tecidos e seus resultados morfologicos. Resultado 
da distrogênese (formação anormal tecidual), 
possui causas inespecíficas e geralmente afeta 
vários órgãos devido à natureza das perturbações 
das células subjacentes. 
b) Deformação 
DEFORMAÇÃO - é um tipo de defeito congênito, 
associa ao formato, conformação ou posição 
anormal de uma parte do organismo que resulta 
de forças mecânicas. Ex: Compressão intrauterina 
resultante de oligodrâmnio. 
c) Sequência 
SEQUÊNCIA - padrão de múltiplos defeitos 
derivados de um único defeito estrutural ou de um 
fator mecânico conhecido ou presumido. Difere-
se de defeito do campo politópico que consiste 
em um padrão de defeitos derivados da 
perturbação de um único campo do 
desenvolvimento. 
d) Síndrome 
SINDROME - Padrão de múltiplos defeitos 
considerados patogeneticamente relacionados e 
que, até onde se saiba, não representa uma 
sequencia única ou um defeito do campo 
politópico 
FONTE: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. 
Embriologia Clínica. 10. ed. 
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: PRINCIPAIS 
ETIOLOGIAS CONHECIDAS, IMPACTO 
POPULACIONAL E NECESSIDADE DE 
MONITORAMENTO - ANA PAULA FRANCO 
LAMBERT, DEISE CRISTINE FRIEDRICH2 
Anomalias Congênitas - Victor Evangelista de 
Faria Ferraz. Departamento de Genética (FMRP-
USP) 
2) Quais são as principais causas das malformações 
(álcool, cigarro, idade, trabalho e doenças). 
Os defeitos congênitos são causados por três 
categorias amplas: 
FATORES GENÉTICOS - ex: anormalidades 
cromossômicas - numéricas, aneuploidia, 
poliploidia, estruturais 
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MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
FATORES AMBIENTAIS - ex: fármacos (talidomida, 
o ácido valpróico, aminopterina, andrógenos e 
altas doses de progestógenos, carbonato de lítio, 
warfarina, trimetadiona, metotrexato, fenitoína 
(dilantina) e 32 dietilestilbesterol ) , drogas (álcool, 
cigarro e outras) e vírus (citomegalovírus, vírus da 
rubéola, Parvovírus B19, o Toxoplasma gondii , 
Varicela zoster, vírus herpes simples, vírus da 
imunodeficiência humana (HIV),Treponema 
pallidum, zika) 
HERANÇA MULTIFATORIAL - fatores genéticos e 
ambientais agindo juntos. 
FONTE: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. 
Embriologia Clínica. 10. ed. 
3) Qual a relação de uma gestação saudável com o 
pré-natal e como é feito o acompanhamento? 
(Exames de imagem e laboratoriais, exame físico, 
anamnese). 
IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL 
A realização do pré-natal representa papel 
fundamental na prevenção e/ou detecção precoce 
de patologias tanto maternas como fetais, 
permitindo um desenvolvimento saudável do bebê 
e reduzindo os riscos da gestante. 
Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde: o 
cartão da gestante com a identificação preenchida 
e orientação sobre o mesmo; o calendário de 
vacinas e suas orientações; a solicitação de exames 
de rotina; as orientações sobre a sua participação 
nas atividades educativas reuniões em grupo e 
visitas domiciliares; o agendamento de consulta 
médica para pesquisa de fatores de risco. 
Principais objetivos: preparar a mulher para a 
maternidade, trazendo informações educativas 
sobre o parto e o cuidado da criança (puericultura); 
fornecer orientações essenciais sobre hábitos de 
vida e higiene pré-natal; orientar sobre a 
manutenção do estado nutricional apropriado; 
orientar sobre o uso de medicações que possam 
afetar o feto ou o parto ou medidas que possam 
prejudicar o feto (teratogênico); tratar das 
manifestações físicas próprias da gravidez; tratar 
de doenças existentes, que de alguma forma 
interfiram no bom andamento da gravidez; fazer 
prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de 
doenças próprias da gestação ou que sejam 
intercorrências previsíveis dela; orientar 
psicologicamente a gestante para o enfrentamento 
da maternidade; nas consultas médicas, o 
profissional deverá orientar a paciente com relação 
à dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, 
vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de 
fumo, álcool, drogas e outras eventuais 
orientações que se façam necessárias (promoção 
de saúde). A assistência ao pré-natal é o primeiro 
passo para parto e nascimento humanizados e 
pressupõe a relação de respeito que os 
profissionais de saúde estabelecem com as 
mulheres durante o processo de parturição e, 
compreende: parto como um processo natural e 
fisiológico que, normalmente, quando bem 
conduzido, não precisa de condutas 
intervencionistas; respeito aos sentimentos, 
emoções, necessidades e valores culturais; 
disposição dos profissionais para ajudar a mulher a 
diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como 
o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente 
hospitalar, de o bebê nascer com problemas e 
outros temores; promoção e manutenção do bem-
estar físico e emocional ao longo do processo da 
gestação, parto e nascimento; informação e 
orientação permanente à parturiente sobre a 
evolução do trabalho de parto, reconhecendo o 
papel principal da mulher nesse processo, até 
mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe 
causem constrangimento ou dor; espaço e apoio 
para a presença de um(a) acompanhante que a 
parturiente deseje; direito da mulher na escolha do 
local de nascimento e corresponsabilidade dos 
profissionais para garantir o acesso e a qualidade 
dos cuidados de saúde. 
COMO É FEITO O ACOMPANHAMENTO: 
Durante a consulta do pré-natal o enfermeiro ou o 
médico geralmente verificam: o peso; a pressão 
sanguínea; sinais de inchaço das pernas e dos pés; 
a altura uterina, medindo a barriga verticalmente; 
os batimentos cardíacos fetais (BCF); observar as 
mamas e ensinar o que se pode fazer para 
prepará-las para a amamentação; o boletim de 
vacina da mulher para dar as vacinas em fata. 
Podem pedir também exames complementares 
como: Ultrassonografia; Hemograma completo; 
Proteinuria; Dosagem de hemoglobina e 
hematócrito; Teste de coombs (utiliza da reação de 
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MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
anticorpos com os glóbulos vermelhos para 
determinar se há ou haverá rejeição do tecido 
sanguíneo pelo sistema imune do organismo 
testado),Exame de fezes (EPF); Bacterioscopia do 
conteúdo vaginal; Glicemia de jejum; Exame para 
saber o tipo sanguíneo, sistema ABO e o fator Rh; 
HIV: vírus da imunodeficiência humana, Sorologia 
para rubéola; Sorologia para toxoplasmose; VDRL 
para sífilis; Sorologia para hepatite B e C; 
Sorologia para citomegalovírus; Urina, para saber 
se está com infecção urinária. 
FONTE: Ministério da Saúde. Assistência pré-natal 
4) Qual o efeito teratogênico do álcool e do 
cigarro? 
CIGARRO 
A nicotimna provoca a contração dos vasos 
sanguíneos uterinos, o que resulta em uma 
diminuição do fluxo sanguíneo uterino e reduzindo 
o suprimento de O2 e nutrientes disponíveis para 
o embrião e o feto a partir do sangue materno no 
espaço interviloso da placenta. Essa hipóxia fetal 
crônica prejudica o crescimento celular e aumenta 
os níveis de carboxiemoglobina. Essa condição 
provoca a restrição do crescimento intrauterino, 
aumenta a chances de partos prematuros, 
aumento modesto da incidência de defeitos 
cardiacos conotuncais e do septo atrioventricular. 
ALCOOL 
O álcool atua como agente teratogênico por meio 
de vários mecanismos : como presença de 
espécies reativas de oxigênio; diminuição dos 
níveis de antioxidantes endógenos; lesão 
mitocondrial; peroxidação líquida alteração na 
adesão celular neuronal; vasoconstricção 
placentária; inibição de fatores necessários ao 
crescimento e desenvolvimento fetal. Desse modo, 
é capaz de causar alterações físicas bem como 
efeitos comportamentais sobre o feto e o recém-
nascido sendo a causa mais frequente de retardo 
mental não congênito (pós-natal). O uso abusivo 
do álcool pode esta relacionado a deficiência 
mental e microcefalia, o consumo moderado a 
prejuízo cognitivo e comportamental (redução do 
neurodesenvolvimento). Assim tais alterações 
conceituam o DISTÍRBIO DO ESPECTRO 
ALCOOLICO FETAL. 
FONTE: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. 
Embriologia Clínica. 10. ed. 
EFEITOS DO ÁLCOOL NA GESTANTE, NO FETO 
E NO RECÉM-NASCIDO Conceição A. M. Segre 
SAF - Sindrome Alcoolica Fetal 
SOFRIMENTO FETAL - HIPÓXIA FETAL PELA 
VASOCONSTRIÇÃO 
5) Como funciona o anticoncepcional? 
MECANISMO DE AÇÃO 
Quando, em um ciclo menstrual normal, ocorre a 
fecundação e conseqüentemente a gestação, o 
próprio corpo da mulher se encarrega de impedir 
naturalmente que ocorra uma nova ovulação. Isto 
acontece porque, durante a gravidez, os altos 
níveis de hCG estimulam a secreção de 
progesterona e estrógeno que, por sua vez, inibem 
a produção de LH e FSH. O principal mecanismo 
de ação dos anticoncepcionais orais de uso diário 
é justamente a manutenção de níveis hormonais 
constantes (progesterona e estrógeno), assim 
como ocorre durante a gestação. 
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MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
Os anticoncepcionais ou contraceptivos orais são 
fármacos que previnem a gravidez e podem ser 
utilizados em circunstâncias específicas como na 
prevenção de uma gravidez de risco, no 
planejamento familiar, controle do crescimento 
populacional, entre outras. Segundo Goldfien 
(1988) e Williams e Stancel (1996), apresentam 
também outros benefícios tais como: a 
regularização do ciclo menstrual, redução da 
tensão pré-menstrual, redução da incidência de 
cistos ovarianos, de câncer ovariano e endometrial 
e de doenças benignas das mamas. 
Os contraceptivos hormonais, em sua maioria 
compostos por estrogênio e progesterona 
sintéticos, agem sobrepujando os hormônios que 
desencadeiam a ovulação. Estes anticoncepcionais 
têm a função de manter níveis constantes de 
progesterona e estrogênio, que inibem a secreção 
hipofisária de LH e FSH através de um mecanismo 
chamado de “feedback” (ou retroalimentação), 
mantendo os óvulos "adormecidos" e impedindo 
a ovulação como se pode observar na figura 
abaixo 
Na figura o desenvolvimento do folículo ovariano: 
(A) em um ciclo normal 
(B) com o uso de ACO 
REVISÃO DO EIXO HIPOTALÂMICO - 
HIPOFISÁRIO - GONADAL 
O comportamento das concentrações de 
progesterona e estrogênio naturais em um ciclo 
normal de 28 dias, sem e com o uso de ACO 
2. Os níveis de estradiol atingem um limiar crítico, 
sinalizando para que ocorra a onda pré-ovulatória 
de gonadotrofinas.1 Em modelos animais, também 
se observa o envolvimento do hipotálamo nesta 
etapa, entretanto, seu papel é menos claro nas 
mulheres. A troca do feedback negativo para o 
feedback positivo ainda é pouco compreendida, 
no entanto, sabe-se que está relacionada à 
duração e ao nível de exposição ao estradiol e, em 
menor extensão, à progesterona secretada por um 
folículo ovariano maduro. 
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MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
A função reprodutiva normal requer o 
funcionamento coordenado de hipotálamo, 
hipófise e ovários. O hipotálamo secreta o 
hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) de 
forma pulsátil, para estimular a hipófise a secretar 
hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-
estimulante (FSH). Essas gonadotrofinas estimulam 
a foliculogênese e a secreção de vários hormônios 
pelos ovários, incluindo estradiol, progesterona e 
inibinas A e B. Estradiol e progesterona, por sua 
vez, afetam o útero e o trato de fluxo de saída. 
Níveis crescentes de estradiol e progesterona, 
bem como de inibinas A e B, todos secretados 
pelos ovários, exercem um feedback negativo que 
contém a secreção hipotalâmica de GnRH, a 
responsividade hipofisária ao GnRH ou ambas. 
Como consequência, há diminuição da secreção 
de FSH e, em menor extensão, de LH. A supressão 
da secreção de FSH limita o número de folículos 
que se desenvolvem e amadurecem, bem como o 
número de óvulos a serem eventualmente 
ovulados. 
REVISÃO DO CICLO MENSTRUAL 
FONTE: :Hall JE. Normal and abnormal 
menstruation. ACP Medicine. 2008;1-14. 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma 
Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. 
A CONTRACEPÇÃO HORMONAL ORAL E SEUS 
MECANISMOS DE INTERAÇÃO 
MEDICAMENTOSA RIBEIRO, Carolina Fernanda 
de Miranda Discente de Farmácia na Faculdade de 
Ciências Sociais e Agrárias – FAIT – Itapeva – SP. 
Endocrinologia reprodutiva feminina Por Jessica E. 
McLaughlin , MD, Medical University of South 
Carolina 
6) Quais são as causas de sangramento no inicio 
da gestação? 
O sangramento vaginal no primeiro trimestre da 
gravidez é relativamente comum, ocorrendo em 
aproximadamente 25% das pacientes que sabem 
que estão grávidas. Em muitas pacientes o 
sangramento é autolimitado e deve-se, 
provavelmente, à implantação ovular no 
endométrio decidualizado. Se o sangramento não 
for autolimitado e for acompanhado de dores 
fortes, contrações uterinas e colo dilatado, as 
alterações clínicas são irreversíveis e a gestação 
está condenada ao fracasso. 
O sangramento genital durante o ciclo gravídico-
puerperal é queixa comum e sintoma 
responsável por inúmeras consultas 
obstétricas de urgência. A hemorragia obstétrica 
é a principal causa de mortalidade materna no 
mundo e causa importante de admissão de 
paciente obstétrica ao centro de 
terapia intensiva, além de estar 
associada à elevada morbimortalidade 
perinatal. 
As causas mais comuns de sangramento na 
primeira metade da gestação são aborto, 
gestação ectópica e doença trofoblástica 
gestacional, enquanto que as hemorragias da 
segunda metade da gestação são causadas 
pelo descolamento da placenta 
normalmente inserida, placenta prévia e rotura 
uterina. No período puerperal, as etiologias 
das hemorragias são a atonia 
uterina, as lacerações de trajeto de parto, a 
retenção placentária e as coagulopatias. 
FONTE: SANGRAMENTO NO PRIMEIRO 
TRIMESTRE P: Faye Laing; Ellen Mendelson, 
Marcela Böhm-Vélez, ; Robert Bree, Médico4 ; 
Harris Finberg, ; 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção 
à Saúde. Departamento de Ações Programáticas 
Estratégicas. Gestação de alto risco: manual 
técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde, Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas.– 5. ed. – Brasília : 
Editora do Ministério da Saúde, 2012. 
7) Como as arboviroses alteram o desenvolvimento 
embrionário? 
As arboviroses, em geral, são mantidas em 
ambiente silvestre, podendo ocorrer também em 
ambientes urbanos. Os arbovírus são vírus 
transmitidos pela picada de artrópodes 
hematófagos, como o Aedes aegypti. 
FEBRE DE ZIKA VÍRUS: É uma doença viral aguda, 
transmitida principalmente, pelos mosquitos Ae. 
Aegypti e Ae. albopictus, caracterizada por 
exantema maculopapular pruriginoso, febre 
intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e 
sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Os 
casos costumam apresentar evolução benigna e os 
sintomas geralmente desaparecem 
espontaneamente após 3-7 dias. Todavia, observa-
se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento 
 de 5 7
MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
dos casos de microcefalia e de manifestações 
neurológicas associadas à ocorrência da doença 
Durante a gestação o feto é passível de uma 
variedade de microorganismos, em alguns casos 
há aborto espontaneo ou natimortos (Natimorto é 
a morte de um feto após 20 semanas de 
gestação), e na maioria dos casos há resistência, 
porém com algumas sequelas na sobrevida, tais 
como RCIU (Restrição de crescimento intrauterino), 
defeitos congênitos e doenças mentais. 
Os microrganismos atravessam a membrana 
placentária e entram na corrente sanguínea 
embrionária e fetal. Existe uma propensão para 
que o SNC seja afetado e a BHE (barreira 
hematoencefalica fetal) ofereça pouca resistência 
aos microrganismo. A BHE é um mecanismo 
seletivo que impede a passagem da maioria dos 
íons e compostos de alto peso molecular do 
sangue para o tecido encefálico. 
São infecções perinatais que podem ser 
transmitidas da mãe ao feto. Podem levar a 
anomalias fetais severas ou perda fetal. Podem 
atingir o feto via vilosidades coriônicas, por via 
hematógena ou por transfusões maternofetais. 
T – Toxoplasmose (Tuberculose) 
 O – Outras infecções (Coxsackie, Sífilis, VZV, HIV, 
Parvo B19, HBV*, LCM**) 
 R – Rubéola 
 C – Citomegalovírus 
 H – Herpes simples 1 e 2 (varicela) 
A microcefalia consiste num distúrbio do 
crescimento cerebral no qual o perímetro cefálico 
é menor quando comparado com o tamanho 
normal esperado para a mesma idade, sexo e raça. 
A patogênese da microcefalia pelo VZIK não é 
totalmente conhecida, porém, acredita-se que se 
inicia com a infecção da placenta. Segundo 
Noronha et al, proteínas virais foram detectadas 
em Células de Hofbauer(As HBC’s são encontradas 
na placenta e têm propriedades macrofágicas 
nessa região. Essas células previnem a transmissão 
de patógenos da mãe para o feto, conhecida 
como transmissão vertical, bem como na 
reestruturação do estroma placentário, garantindo 
a plasticidade necessária durante o 
desenvolvimento das vilosidades coriônicas)e 
alguns histiócitos (Os histiócitos são células 
derivadas dos monócitos, que são células 
pertencentes ao sistema imunológico, sendo, 
portanto, responsáveis pela defesa do organismo. ) 
nos espaços intervilosos, sugerindo que o VZIK 
pode danificar a barreira placentária, induzindo 
uma placentite crônica, como observado em ratos. 
Posteriormente, ocorre disseminação para o 
cérebro fetal, local em que preferencialmente 
infecta células progenitoras neuronais, diminuindo 
sua viabilidade e crescimento, resultando numa 
inibição da proliferação e diferenciação celular e 
apoptose neuronal, com consequente afilamento 
do córtex e aspectos macroscópicos de 
microcefalia. É ainda sugerido que o processo 
inflamatório placentário pode atuar em sinergismo 
com a infecção cerebral pelo VZIK na gênese das 
malformações cerebrais. 
FONTE: 
MORFOCITOLOGIA DAS CÉLULAS DE 
HOFBAUER, ENFATIZANDO PROCESSOS 
IMUNOPATOGÊNICOS, OBSERVANDO SEU 
PAPEL NA PLACENTA Submissão: 24/08/2018 
Aceito: 20/11/2018 DOI: 10.17695/
issn.2317-7160.v16n3a2018p75-82 Davi Azevedo 
Ferreira Igara Oliveira Lima 
Síndrome congênita pelo vírus Zika e achados de 
neuroimagem: o que sabemos até o momento? 
Microcefalia e vírus zika Consuelo Silva de 
Oliveiraa, e Pedro Fernando da Costa Vasconcelo 
(JORNAL DE PEDIATRIA) 
 MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia 
Clínica. 10. ed. 
8) Como o Estado lida com o planejamento 
familiar? 
Planejamento familiar é um conjunto de ações em 
que são oferecidos todos os recursos, tanto para 
auxiliar a ter filhos, ou seja, recursos para a 
concepção, quanto para prevenir uma gravidez 
indesejada, ou seja, recursos para a 
anticoncepção. Esses recursos devem ser 
cientificamente aceitos e não colocar em risco a 
vida e a saúde das pessoas, com garantia da 
liberdade de escolha. O planejamento familiar é 
um direito sexual e reprodutivo e assegura a livre 
decisão da pessoa sobre ter ou não ter filhos. Não 
pode haver imposição sobre o uso de métodos 
anticoncepcionais ou sobre o número de filhos. O 
planejamento familiar é um direito das pessoas 
assegurado na Constituição Federal e na Lei n° 
9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta 
o planejamento familiar, e deve ser garantido pelo 
governo. 
 de 6 7
MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA 
CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE 
MEDICINA XXIXC
O planejamento familiar contribui para a promoção 
da saúde, na medida em que coopera com a 
diminuição da morbimortalidade materno-infantil. 
Casais bem orientados planejam a gestação, 
evitando, assim, gravidez indesejada e 
abortamentos provocados, que colocam em risco a 
saúde do feto e da mulher 
Há quatro tipos de métodos anticoncepcionais: os 
métodos naturais; os métodos de barreira; os 
métodos hormonais; os métodos definitivos. 
FONTE: Planejamento Familiar UM MANUAL 
GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE 
SAÚDE - Organização Mundial da Saúde 
Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisas
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