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MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC TUTORIA 1.1 PROBLEMAS: - Rose tem 17 anos e já trabalha como domestica - Na casa em que Rose trabalha tem vasos de plantas que retém agua - Rose tem sido picada por mosquito; - Dona Alda teve febre, dor de cabeça e percebeu membros vermelhos - Rose bebe e fuma - Rose se esquece de tomar o anticoncepcional - Rose tem sangramento diferente e descobriu a gravidez - Rose fica preocupada e pergunta se as picadas podem fazer mal ao bebe. HIPOTESE - Rose corre o risco de ter um bebe com malformações devido as condições de trabalho, ao consumo de bebida alcoólica e cigarro. - Aos 17 anos, Rose não tem maturidade física, psicológica e social para ser mãe. - Rose saiu da escola mais cedo - Rose não tem educação sexual - Dona Alda teve zika - O sangramento que Rose tem relação com a nidação. PERGUTAS E RESPOSTAS: 01) O que são: A) Malformação Congênita e genética: DEFEITOS CONGÊNITOS - são erros de desenvolvimento presentes ao nascimento, incluindo qualquer alteração estrutural ou funcional congênita que traga algum prejuízo ao bem-estar físico, intelectual ou social do indivíduo. TIPOS: MALFORMAÇÃO - defeito morfológico de um órgão, parte de um órgão ou região maior do organismo que resulta de um processo de desenvolvimento intrinsecamente anormal. Ex: Anormalidade cromossômica de um gameta na fecundação, que torna o desenvolvimento anormal desde o inicio. PERTURBAÇÃO / DISRUPÇÃO - defeito morfológico de um órgão, parte de um órgão ou uma região maior do organismo que resulta do desarranjo extrínseco ou interferência de um processo originalmente normal. EX: exposição a teratógenos ( não podem ser herdadas) DISPLASIA - organização anormal das células nos tecidos e seus resultados morfologicos. Resultado da distrogênese (formação anormal tecidual), possui causas inespecíficas e geralmente afeta vários órgãos devido à natureza das perturbações das células subjacentes. b) Deformação DEFORMAÇÃO - é um tipo de defeito congênito, associa ao formato, conformação ou posição anormal de uma parte do organismo que resulta de forças mecânicas. Ex: Compressão intrauterina resultante de oligodrâmnio. c) Sequência SEQUÊNCIA - padrão de múltiplos defeitos derivados de um único defeito estrutural ou de um fator mecânico conhecido ou presumido. Difere- se de defeito do campo politópico que consiste em um padrão de defeitos derivados da perturbação de um único campo do desenvolvimento. d) Síndrome SINDROME - Padrão de múltiplos defeitos considerados patogeneticamente relacionados e que, até onde se saiba, não representa uma sequencia única ou um defeito do campo politópico FONTE: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10. ed. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: PRINCIPAIS ETIOLOGIAS CONHECIDAS, IMPACTO POPULACIONAL E NECESSIDADE DE MONITORAMENTO - ANA PAULA FRANCO LAMBERT, DEISE CRISTINE FRIEDRICH2 Anomalias Congênitas - Victor Evangelista de Faria Ferraz. Departamento de Genética (FMRP- USP) 2) Quais são as principais causas das malformações (álcool, cigarro, idade, trabalho e doenças). Os defeitos congênitos são causados por três categorias amplas: FATORES GENÉTICOS - ex: anormalidades cromossômicas - numéricas, aneuploidia, poliploidia, estruturais de 1 7 MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC FATORES AMBIENTAIS - ex: fármacos (talidomida, o ácido valpróico, aminopterina, andrógenos e altas doses de progestógenos, carbonato de lítio, warfarina, trimetadiona, metotrexato, fenitoína (dilantina) e 32 dietilestilbesterol ) , drogas (álcool, cigarro e outras) e vírus (citomegalovírus, vírus da rubéola, Parvovírus B19, o Toxoplasma gondii , Varicela zoster, vírus herpes simples, vírus da imunodeficiência humana (HIV),Treponema pallidum, zika) HERANÇA MULTIFATORIAL - fatores genéticos e ambientais agindo juntos. FONTE: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10. ed. 3) Qual a relação de uma gestação saudável com o pré-natal e como é feito o acompanhamento? (Exames de imagem e laboratoriais, exame físico, anamnese). IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde: o cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo; o calendário de vacinas e suas orientações; a solicitação de exames de rotina; as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas reuniões em grupo e visitas domiciliares; o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco. Principais objetivos: preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da criança (puericultura); fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal; orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado; orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou medidas que possam prejudicar o feto (teratogênico); tratar das manifestações físicas próprias da gravidez; tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da gravidez; fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela; orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade; nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias (promoção de saúde). A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreende: parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas; respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais; disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores; promoção e manutenção do bem- estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento; informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor; espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseje; direito da mulher na escolha do local de nascimento e corresponsabilidade dos profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde. COMO É FEITO O ACOMPANHAMENTO: Durante a consulta do pré-natal o enfermeiro ou o médico geralmente verificam: o peso; a pressão sanguínea; sinais de inchaço das pernas e dos pés; a altura uterina, medindo a barriga verticalmente; os batimentos cardíacos fetais (BCF); observar as mamas e ensinar o que se pode fazer para prepará-las para a amamentação; o boletim de vacina da mulher para dar as vacinas em fata. Podem pedir também exames complementares como: Ultrassonografia; Hemograma completo; Proteinuria; Dosagem de hemoglobina e hematócrito; Teste de coombs (utiliza da reação de de 2 7 MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC anticorpos com os glóbulos vermelhos para determinar se há ou haverá rejeição do tecido sanguíneo pelo sistema imune do organismo testado),Exame de fezes (EPF); Bacterioscopia do conteúdo vaginal; Glicemia de jejum; Exame para saber o tipo sanguíneo, sistema ABO e o fator Rh; HIV: vírus da imunodeficiência humana, Sorologia para rubéola; Sorologia para toxoplasmose; VDRL para sífilis; Sorologia para hepatite B e C; Sorologia para citomegalovírus; Urina, para saber se está com infecção urinária. FONTE: Ministério da Saúde. Assistência pré-natal 4) Qual o efeito teratogênico do álcool e do cigarro? CIGARRO A nicotimna provoca a contração dos vasos sanguíneos uterinos, o que resulta em uma diminuição do fluxo sanguíneo uterino e reduzindo o suprimento de O2 e nutrientes disponíveis para o embrião e o feto a partir do sangue materno no espaço interviloso da placenta. Essa hipóxia fetal crônica prejudica o crescimento celular e aumenta os níveis de carboxiemoglobina. Essa condição provoca a restrição do crescimento intrauterino, aumenta a chances de partos prematuros, aumento modesto da incidência de defeitos cardiacos conotuncais e do septo atrioventricular. ALCOOL O álcool atua como agente teratogênico por meio de vários mecanismos : como presença de espécies reativas de oxigênio; diminuição dos níveis de antioxidantes endógenos; lesão mitocondrial; peroxidação líquida alteração na adesão celular neuronal; vasoconstricção placentária; inibição de fatores necessários ao crescimento e desenvolvimento fetal. Desse modo, é capaz de causar alterações físicas bem como efeitos comportamentais sobre o feto e o recém- nascido sendo a causa mais frequente de retardo mental não congênito (pós-natal). O uso abusivo do álcool pode esta relacionado a deficiência mental e microcefalia, o consumo moderado a prejuízo cognitivo e comportamental (redução do neurodesenvolvimento). Assim tais alterações conceituam o DISTÍRBIO DO ESPECTRO ALCOOLICO FETAL. FONTE: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10. ed. EFEITOS DO ÁLCOOL NA GESTANTE, NO FETO E NO RECÉM-NASCIDO Conceição A. M. Segre SAF - Sindrome Alcoolica Fetal SOFRIMENTO FETAL - HIPÓXIA FETAL PELA VASOCONSTRIÇÃO 5) Como funciona o anticoncepcional? MECANISMO DE AÇÃO Quando, em um ciclo menstrual normal, ocorre a fecundação e conseqüentemente a gestação, o próprio corpo da mulher se encarrega de impedir naturalmente que ocorra uma nova ovulação. Isto acontece porque, durante a gravidez, os altos níveis de hCG estimulam a secreção de progesterona e estrógeno que, por sua vez, inibem a produção de LH e FSH. O principal mecanismo de ação dos anticoncepcionais orais de uso diário é justamente a manutenção de níveis hormonais constantes (progesterona e estrógeno), assim como ocorre durante a gestação. de 3 7 MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC Os anticoncepcionais ou contraceptivos orais são fármacos que previnem a gravidez e podem ser utilizados em circunstâncias específicas como na prevenção de uma gravidez de risco, no planejamento familiar, controle do crescimento populacional, entre outras. Segundo Goldfien (1988) e Williams e Stancel (1996), apresentam também outros benefícios tais como: a regularização do ciclo menstrual, redução da tensão pré-menstrual, redução da incidência de cistos ovarianos, de câncer ovariano e endometrial e de doenças benignas das mamas. Os contraceptivos hormonais, em sua maioria compostos por estrogênio e progesterona sintéticos, agem sobrepujando os hormônios que desencadeiam a ovulação. Estes anticoncepcionais têm a função de manter níveis constantes de progesterona e estrogênio, que inibem a secreção hipofisária de LH e FSH através de um mecanismo chamado de “feedback” (ou retroalimentação), mantendo os óvulos "adormecidos" e impedindo a ovulação como se pode observar na figura abaixo Na figura o desenvolvimento do folículo ovariano: (A) em um ciclo normal (B) com o uso de ACO REVISÃO DO EIXO HIPOTALÂMICO - HIPOFISÁRIO - GONADAL O comportamento das concentrações de progesterona e estrogênio naturais em um ciclo normal de 28 dias, sem e com o uso de ACO 2. Os níveis de estradiol atingem um limiar crítico, sinalizando para que ocorra a onda pré-ovulatória de gonadotrofinas.1 Em modelos animais, também se observa o envolvimento do hipotálamo nesta etapa, entretanto, seu papel é menos claro nas mulheres. A troca do feedback negativo para o feedback positivo ainda é pouco compreendida, no entanto, sabe-se que está relacionada à duração e ao nível de exposição ao estradiol e, em menor extensão, à progesterona secretada por um folículo ovariano maduro. de 4 7 MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC A função reprodutiva normal requer o funcionamento coordenado de hipotálamo, hipófise e ovários. O hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) de forma pulsátil, para estimular a hipófise a secretar hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH). Essas gonadotrofinas estimulam a foliculogênese e a secreção de vários hormônios pelos ovários, incluindo estradiol, progesterona e inibinas A e B. Estradiol e progesterona, por sua vez, afetam o útero e o trato de fluxo de saída. Níveis crescentes de estradiol e progesterona, bem como de inibinas A e B, todos secretados pelos ovários, exercem um feedback negativo que contém a secreção hipotalâmica de GnRH, a responsividade hipofisária ao GnRH ou ambas. Como consequência, há diminuição da secreção de FSH e, em menor extensão, de LH. A supressão da secreção de FSH limita o número de folículos que se desenvolvem e amadurecem, bem como o número de óvulos a serem eventualmente ovulados. REVISÃO DO CICLO MENSTRUAL FONTE: :Hall JE. Normal and abnormal menstruation. ACP Medicine. 2008;1-14. SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. A CONTRACEPÇÃO HORMONAL ORAL E SEUS MECANISMOS DE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA RIBEIRO, Carolina Fernanda de Miranda Discente de Farmácia na Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias – FAIT – Itapeva – SP. Endocrinologia reprodutiva feminina Por Jessica E. McLaughlin , MD, Medical University of South Carolina 6) Quais são as causas de sangramento no inicio da gestação? O sangramento vaginal no primeiro trimestre da gravidez é relativamente comum, ocorrendo em aproximadamente 25% das pacientes que sabem que estão grávidas. Em muitas pacientes o sangramento é autolimitado e deve-se, provavelmente, à implantação ovular no endométrio decidualizado. Se o sangramento não for autolimitado e for acompanhado de dores fortes, contrações uterinas e colo dilatado, as alterações clínicas são irreversíveis e a gestação está condenada ao fracasso. O sangramento genital durante o ciclo gravídico- puerperal é queixa comum e sintoma responsável por inúmeras consultas obstétricas de urgência. A hemorragia obstétrica é a principal causa de mortalidade materna no mundo e causa importante de admissão de paciente obstétrica ao centro de terapia intensiva, além de estar associada à elevada morbimortalidade perinatal. As causas mais comuns de sangramento na primeira metade da gestação são aborto, gestação ectópica e doença trofoblástica gestacional, enquanto que as hemorragias da segunda metade da gestação são causadas pelo descolamento da placenta normalmente inserida, placenta prévia e rotura uterina. No período puerperal, as etiologias das hemorragias são a atonia uterina, as lacerações de trajeto de parto, a retenção placentária e as coagulopatias. FONTE: SANGRAMENTO NO PRIMEIRO TRIMESTRE P: Faye Laing; Ellen Mendelson, Marcela Böhm-Vélez, ; Robert Bree, Médico4 ; Harris Finberg, ; Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.– 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 7) Como as arboviroses alteram o desenvolvimento embrionário? As arboviroses, em geral, são mantidas em ambiente silvestre, podendo ocorrer também em ambientes urbanos. Os arbovírus são vírus transmitidos pela picada de artrópodes hematófagos, como o Aedes aegypti. FEBRE DE ZIKA VÍRUS: É uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Os casos costumam apresentar evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. Todavia, observa- se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento de 5 7 MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas associadas à ocorrência da doença Durante a gestação o feto é passível de uma variedade de microorganismos, em alguns casos há aborto espontaneo ou natimortos (Natimorto é a morte de um feto após 20 semanas de gestação), e na maioria dos casos há resistência, porém com algumas sequelas na sobrevida, tais como RCIU (Restrição de crescimento intrauterino), defeitos congênitos e doenças mentais. Os microrganismos atravessam a membrana placentária e entram na corrente sanguínea embrionária e fetal. Existe uma propensão para que o SNC seja afetado e a BHE (barreira hematoencefalica fetal) ofereça pouca resistência aos microrganismo. A BHE é um mecanismo seletivo que impede a passagem da maioria dos íons e compostos de alto peso molecular do sangue para o tecido encefálico. São infecções perinatais que podem ser transmitidas da mãe ao feto. Podem levar a anomalias fetais severas ou perda fetal. Podem atingir o feto via vilosidades coriônicas, por via hematógena ou por transfusões maternofetais. T – Toxoplasmose (Tuberculose) O – Outras infecções (Coxsackie, Sífilis, VZV, HIV, Parvo B19, HBV*, LCM**) R – Rubéola C – Citomegalovírus H – Herpes simples 1 e 2 (varicela) A microcefalia consiste num distúrbio do crescimento cerebral no qual o perímetro cefálico é menor quando comparado com o tamanho normal esperado para a mesma idade, sexo e raça. A patogênese da microcefalia pelo VZIK não é totalmente conhecida, porém, acredita-se que se inicia com a infecção da placenta. Segundo Noronha et al, proteínas virais foram detectadas em Células de Hofbauer(As HBC’s são encontradas na placenta e têm propriedades macrofágicas nessa região. Essas células previnem a transmissão de patógenos da mãe para o feto, conhecida como transmissão vertical, bem como na reestruturação do estroma placentário, garantindo a plasticidade necessária durante o desenvolvimento das vilosidades coriônicas)e alguns histiócitos (Os histiócitos são células derivadas dos monócitos, que são células pertencentes ao sistema imunológico, sendo, portanto, responsáveis pela defesa do organismo. ) nos espaços intervilosos, sugerindo que o VZIK pode danificar a barreira placentária, induzindo uma placentite crônica, como observado em ratos. Posteriormente, ocorre disseminação para o cérebro fetal, local em que preferencialmente infecta células progenitoras neuronais, diminuindo sua viabilidade e crescimento, resultando numa inibição da proliferação e diferenciação celular e apoptose neuronal, com consequente afilamento do córtex e aspectos macroscópicos de microcefalia. É ainda sugerido que o processo inflamatório placentário pode atuar em sinergismo com a infecção cerebral pelo VZIK na gênese das malformações cerebrais. FONTE: MORFOCITOLOGIA DAS CÉLULAS DE HOFBAUER, ENFATIZANDO PROCESSOS IMUNOPATOGÊNICOS, OBSERVANDO SEU PAPEL NA PLACENTA Submissão: 24/08/2018 Aceito: 20/11/2018 DOI: 10.17695/ issn.2317-7160.v16n3a2018p75-82 Davi Azevedo Ferreira Igara Oliveira Lima Síndrome congênita pelo vírus Zika e achados de neuroimagem: o que sabemos até o momento? Microcefalia e vírus zika Consuelo Silva de Oliveiraa, e Pedro Fernando da Costa Vasconcelo (JORNAL DE PEDIATRIA) MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10. ed. 8) Como o Estado lida com o planejamento familiar? Planejamento familiar é um conjunto de ações em que são oferecidos todos os recursos, tanto para auxiliar a ter filhos, ou seja, recursos para a concepção, quanto para prevenir uma gravidez indesejada, ou seja, recursos para a anticoncepção. Esses recursos devem ser cientificamente aceitos e não colocar em risco a vida e a saúde das pessoas, com garantia da liberdade de escolha. O planejamento familiar é um direito sexual e reprodutivo e assegura a livre decisão da pessoa sobre ter ou não ter filhos. Não pode haver imposição sobre o uso de métodos anticoncepcionais ou sobre o número de filhos. O planejamento familiar é um direito das pessoas assegurado na Constituição Federal e na Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta o planejamento familiar, e deve ser garantido pelo governo. de 6 7 MARIA JOVINA DE CRISTO SOUZA CENTRO UNIVERSITARIO DE BELO HORIZONTE MEDICINA XXIXC O planejamento familiar contribui para a promoção da saúde, na medida em que coopera com a diminuição da morbimortalidade materno-infantil. Casais bem orientados planejam a gestação, evitando, assim, gravidez indesejada e abortamentos provocados, que colocam em risco a saúde do feto e da mulher Há quatro tipos de métodos anticoncepcionais: os métodos naturais; os métodos de barreira; os métodos hormonais; os métodos definitivos. FONTE: Planejamento Familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE - Organização Mundial da Saúde Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisas de 7 7
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