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CURSO DE FISIOTERAPIA TCC Discentes: Ana Clara Santana Gomes Vanessa Brito Guedes Vitório "INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES GRÁVIDAS E O IMPACTO NA SUA QUALIDADE DE VIDA." INTRODUÇÃO Segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS) a incontinência urinária (IU) é descrita como qualquer tipo de perda involuntária de urina. Ela pode ser classificada como incontinência urinária de esforço (IUE), que é caracterizada pela perda involuntária ao realizar esforços, incontinência urinária por urgência (IUU) que é precedida de uma urgência, e a incontinência urinária mista (IUM) que é a queixa de perdas involuntárias associadas à urgência e aos esforços. Apesar de acometer homens e mulheres, esse distúrbio apresenta uma maior prevalência no sexo feminina (PRADO et al., 2013). Embora a IU feminina tenha causa multifatorial, as associações mais comumente destacadas ocorrem com a menopausa, paridade, lesões da musculatura do assoalho pélvico (MAP) e índice de massa corporal elevado (SANTINI ACM et al., 2019). "Estima-se que cerca de 50% das mulheres apresentam incontinência urinária, principalmente durante o ciclo gravídico puerperal e após a idade reprodutiva" (PEDRO AF et al., 2011). A IU acomete aproximadamente metade de todas as mulheres grávidas, ocasionada por mudanças fisiológicas corporais decorrente do período gestacional (MOTA et al, 2013). Nesse período ocorre alterações hormonais, como aumento da progesterona, diminuição da relaxina e dos níveis de colágeno, levando a redução de força e função de suporte do esfíncter e (MAP), corroborando para ocorrência da IU (CARUSO et al, 2020). A IU no terceiro trimestre da gravidez é comumente pior, devido ao aumento da pressão do útero em crescimento e do peso fetal sobre os (MAP) e bexiga, reduzindo de forma significativa a capacidade vesical (MOCCELLIN AS et al, 2014).