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Anamnese Pediátrica

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Ana Maura Melo 
T7 B – 4º período 
 Habilidades 
 
 
Anamnese é o histórico perceptivo dos 
sintomas do paciente. 
➝ Saber conduzir a entrevista: 
A entrevista poderá ser feita com perguntas 
mais objetivas ou de maneira mais solta. Devem 
ser feitas perguntas diretas e também abertas, 
sem dirigir as respostas. 
Atentar para os seguintes fatores: facilitação, 
reflexão, esclarecimento, respostas empáticas, 
confrontação e interpretação. 
➝ Apresentação 
O médico deverá apresentar-se antes de 
iniciar a anamnese. Deverá ficar claro o seu 
papel: se é médico ou estudante. 
No primeiro contato, deve-se perguntar o 
nome da criança e dos pais. Evitar sempre 
dirigir-se aos pais com expressões impessoais, 
como “mãe/ mãezinha” ou “pai/paizinho”, isso 
tende a despersonalizá-los e coloca-los em 
situação de inferioridade. Com crianças 
maiores, pergunta como gostam de ser 
chamadas ou se têm um apelido, tratando-as 
da forma à qual estejam habituadas. 
➝ Ambiente 
O local onde será realizada a entrevista 
deverá ser tranquila, com privacidade e 
iluminação adequada. As cadeiras devem 
 
colocar pais e médico no mesmo nível de 
altura. 
Alguns brinquedos no consultório podem 
deixar a criança mais à vontade e permitir ao 
médico observar como ela brinca, se é 
criativa, se é agressiva e se reproduz situações 
vividas em casa. 
Tempo mínimo necessário para uma boa 
entrevista varia em torno de 30 a 40 minutos. 
➝ Atitude e comportamento 
Durante a consulta, o médico estará sendo 
analisada pela criança e pelos pais. 
O modo de vestir-se pode influenciar o 
relacionamento médico-paciente. O médico 
não estar todo de branco pode ajudar na 
aproximação com crianças. 
Gentileza ao falar; o uso de voz tranquila e de 
palavras suaves; sorriso; e, observar se todos 
estão confortáveis. 
➝ Atenção 
O médico precisa ouvir o paciente e seus 
familiares. É importante saber excitar e 
perceber os problemas que são difíceis de 
verbalizar, observar posturas, atitudes das 
mãos, olhares trocados entre as crianças e os 
pais. 
É preciso identificar com clareza o que os pais 
estão esperando do médico, os motivos que 
 
Ana Maura Melo 
T7 B – 4º período 
vieram procura-lo e quais as expectativas em 
relação ao problema da criança. 
➝ Abordagem de todos os assuntos 
Assuntos considerados tabu para uma família 
não são trazidos espontaneamente à 
consulta. Portanto, o médico deverá ser 
esclarecido e desprovido de preconceitos 
para ajudar a família a encarar o problema; 
tratar de sexualidade, drogas, alcoolismo, 
depressão, doenças graves (câncer, retardo 
mental). 
➝ História da doença atual 
➝ Semiologia de dados 
 
 Anamnese pediátrica neonatal: 
É importante inserir o pediatra no 3º trimestre 
do pré-natal para que os riscos sejam 
antecipados e para que aja redução da 
morbimortalidade neonatal. O pediatra 
também deve fornecer assistência ao RN, em 
sala de parto e a consulta pós-natal na 1ª 
semana de vida. 
A consulta pós-natal reduz os medos, as 
apreensões e a ansiedade da família em 
relação à chegada do filho, por antecipar 
informações e estratégia para resolver 
situações cotidianas os bebês. 
Durante esta intervenção preventiva, devem 
ser abordados vários aspectos da gestação, 
parto, nascimento e acompanhamento da 
saúde da criança, como: 
1. Intercorrências no pré-natal: doenças 
maternas, síndromes genéticas e 
malformações. 
 
2. Prevenção de doenças infecciosas: 
investigar infecções da gestação e 
esclarecer sobre a transmissão vertical. É o 
momento de orientar sobre a vacinação 
da gestante, da puérpera e do núcleo 
familiar, bem como sobre as primeiras 
vacinas do RN. 
 
3. Vias de parto: a indicação (vaginal ou 
cesárea) deve ser discutida com o 
obstetra e com casal, buscando o melhor 
para mãe e para o filho, informando o 
pediatra sobre a escolha. 
 
4. Assistência pediátrica em sala de 
parto: orientar a família sobre as ações do 
pediatra na sala de parto, e que sua 
presença é indispensável para o 
nascimento seguro. 
 
5. Aleitamento materno: é importante para 
otimizar a amamentação e desmistificar 
conceitos que atrapalham o aleitamento 
materno. Deve incluir orientações sobre o 
cuidado e o preparo das mamas. 
 
6. Aspectos gerais sobre os cuidados com 
o RN: orientar os pais para prestar os 
cuidados adequados ao bebê, desde o 
nascimento da maternidade, até em casa. 
Ensinar como montar o quarto, o cuidado 
noturno, o manejo do coto umbilical, os 
banhos, a higienização às trocas de 
fraldas, posição de dormir. 
 
Ana Maura Melo 
T7 B – 4º período 
➝ Componentes da história neonatal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➝ Índice de Apgar 
 
Como é avaliado o índice de Apgar? 
O índice de Apgar é classificado em 3 
categorias: 
- 0 a 3 pontos: 
Indica sofrimento grave! 
Esse resultado no 5º minuto está relacionado 
com o maior risco de mortalidade e um leve 
aumento de risco para paralisia cerebral. 
Indica também asfixia grave. 
- 4 a 6 pontos: 
Indica sofrimento moderado! 
Está relacionado, por exemplo, com 
prematuridade, medicamentos que foram 
utilizados pela mãe, malformação congênita, o 
que não significa maior risco para disfunção 
neurológica. Indica asfixia moderada. 
- 7 a 10 pontos: 
Indica ausência de dificuldade de 
adaptação à vida extrauterina. 
Esse resultado é considerado normal. 
 
IMPORTANTE! 
Classificação do neonato de acordo com a 
idade gestacional de nascimento 
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO 
RN pré-termo 
Nascimentos ocorridos antes 
de completar 37 semanas de 
gestação, independentemente 
do peso. 
RN a termo 
Nascimentos ocorridos entre 
37 a 42 semanas de gestação, 
independentemente do peso. 
RN pós-termo 
Nascimentos ocorridos após 
42 semanas de gestação, 
independentemente do peso. 
 
Ana Maura Melo 
T7 B – 4º período 
↳ Quando o score de Apgar for menor que 7 
no 5º minuto, deve-se realizar a aferição a 
cada 5 minutos, até completar 20 minutos. 
 
- O escore de Apgar pode servir como 
parâmetro decisório para a realização de 
reanimação do RN? 
NÃO. 
Uma vez que, esse exame só deverá ser 
realizado após o 1º minuto, e as manobras de 
reanimação devem iniciar-se imediatamente 
após o nascimento, ou seja, antes do primeiro 
minuto de vida da criança. 
O teste de Apgar é realizado no 1º e no 5º 
minuto. 
 
➝ Testes de triagem neonatal: 
A triagem neonatal é uma ação preventiva 
que permite diagnosticar doenças congênitas, 
sintomáticas e assintomáticos, no período 
neonatal, permitindo o tratamento precoce 
específico e a diminuição ou eliminação das 
sequelas associadas a cada doença. 
 
1. Teste da Orelhinha: 
A Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) 
é um exame realizado nos ouvidos dos bebês 
em até 48 horas após o nascimento, com o 
objetivo de detectar precocemente perdas 
auditivas congênitas. 
O diagnóstico precoce é fundamental para 
intervir precocemente antes do período da 
aquisição da fala. 
 
2. Teste do Pezinho: 
É usado para o diagnóstico precoce de 
várias doenças, como fenilcetonúria, 
hipotireoidismo congênito, síndromes 
falciformes, fibrose cística, hiperplasia 
adrenal congênita e deficiência de 
biotidinidase. Nenhuma delas tem cura, mas 
a intervenção médica precoce, antes do 
surgimento dos sintomas, pode melhorar a 
qualidade de vida dos pacientes. 
O exame consiste na retirada de gotas de 
sangue do calcanhar. 
Fenilcetonúria: é uma doença genética, 
que transforma um aminoácido comum 
encontrado nos alimentos em toxina para o 
cérebro. A ausência da enzima responsável 
pela digestão e eliminação da fenilamina 
faz com que ela se acumule no organismo 
tornando-a um subproduto tóxico, que 
ataca principalmente o cérebro e tem 
efeitos irreversíveis, como retardo mental 
permanente. 
Fibrose cística é caracterizada pelo 
transporte deficiente do cloro e do sódio, o 
que leva à produção de um muco grosso epegajoso. Esse muco pode provocar 
entupimento nos pulmões, causando 
dificuldades respiratórias e facilitando a 
proliferação de bactérias. O suor apresenta 
altas concentrações de sódio e cloro, e há 
insuficiência no pâncreas, que afeta a 
digestão. 
Galactosemia é uma doença genética 
que leva à deficiência de uma enzima do 
metabolismo da galactose. Os sintomas 
aparecem na primeira semana de vida com 
vômitos, diarreia e icterícia. A criança corre 
risco de vida por insuficiência hepática e 
renal. 
 
Ana Maura Melo 
T7 B – 4º período 
Deficiência de glicose-6-fosfato 
desidrogenase (G6PD): a deficiência 
desta enzima causa instabilidade das 
hemácias (glóbulos vermelhos), podendo 
facilitar o surgimento de anemias hemolíticas 
(grande destruição de glóbulos vermelhos) 
de intensidade variável. As anemias podem 
surgir devido a doenças rotineiras ou ao uso 
de medicamento. 
Deficiência de biotinidase: doença 
genética tratada com a suplementação 
com biotina, uma substância que é retirada 
dos alimentos pela enzima biotinidase, que 
não é produzida em quantidade suficiente. 
Os sintomas são convulsões, alterações na 
coordenação motora, fraqueza muscular, 
queda de cabelos e atraso no 
desenvolvimento. O tratamento precoce 
previne o surgimento dos sintomas. 
Toxoplasmose congênita pode afetar o 
bebê se adquirida pela mãe durante a 
gravidez. No primeiro e segundo trimestre, há 
risco de sequelas graves. No terceiro, a 
infecção pode ser transmitida para o feto, e 
existe possibilidade de a criança ter 
inflamações na retina ou problemas 
neurológicos, sem sintomas evidentes. 
 
3. Teste da linguinha: 
Tem por finalidade diagnosticar e indicar o 
tratamento precoce das limitações dos 
movimentos da língua causadas pela “língua 
presa”, que podem comprometer funções 
importantes, como, sugar, engolir, mastigar e 
falar. 
 
4. Teste do coraçãozinho: 
Usado para rastrear Cardiopatias 
Congênitas Críticas. A “oximetria de pulso” 
deve ser realizada após as primeiras 24 
horas de vida, e antes da alta hospitalar, 
utilizando um sensor externo (oxímetro). 
 
5. Teste do reflexo vermelho: 
Também chamada de teste do olhinho é 
baseado na percepção do reflexo vermelho 
que aparece ao ser incidido um feixe de luz 
sob a superfície da retina. É necessário que o 
eixo óptico esteja livre, ou seja, sem nenhum 
obstáculo à entrada e à saída de luz pelo 
orifício pupilar para que este reflexo possa ser 
observado. A coração do reflexo é 
decorrente da presença de vasos sanguíneos 
na retina e coroide, além do epitélio 
pigmentário. Pode ocorrer uma variação de 
cor, de laranja a amarelado, que não indica 
alterações. 
O teste deve ser realizado em ambos os olhos, 
separadamente. 
Esse teste é componente do rastreio de 
doenças oculares, mas não substitui a 
oftalmoscopia indireta em RN. 
Tem como objetivo diagnosticar 
precocemente a catarata congênita, 
glaucoma congênito e retinoblastoma.

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