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A Pediatria e sua história MODO DE TRATAR A CRIANÇA Durante os séculos, a maneira como se viam as crianças foi se alterando até chegar aos dias de hoje. Modo Infanticida (Da antiguidade ao século IV) Nesse período a criança era sacrificada, seja por questões religiosas ou por intolerância. Se ela nascesse com algum defeito físico, por exemplo, era morta no momento do parto. Ela tinha tão pouco valor, que se incomodasse muito, era morta. ** Criança = ser sem alma. Modo de abandono (Do século V ao XIV) Nesse período a criança nascia, mas a família não se sentia responsável por cuidar dela. Elas eram encaminhadas para serem criadas por amas no interior ou eram levadas para os mosteiros e ficavam até uma certa idade sem relação com os pais. Nessa época, embora a criança fosse reconhecida por ter alma, ela ainda era considerada fruto do pecado. As mães abandonavam os filhos sem vínculo emocional. Modo ambivalente (Do século XIV ao XVII) Nesse período, a criança era tratada com violência, mas também como objeto sexual, sendo moldada para o que fosse necessário. Nessa fase, desenvolve-se um certo sentimento pela criança, ela já começa a fazer parte da vida emocional do adulto, mas ela era contida, enfaixada e dava-se bebida alcoólica quando queria que ela fosse dormir. Nessa época, as “Rodas dos Expostos” foram criadas, onde existia uma roda com uma abertura para fora e outra para dentro da instituição, assim a mãe que não quisesse o filho por algum motivo colocava a criança na roda. A criança passou a viver mais misturada com os adultos, e no final do século XVII a família começa a se organizar, limitando a quantidade de filhos, orientando e educando as crianças, e além disso, se preocupando com o convívio social dessas. Surgem também as preocupações com o pudor. ** A influencia do número de filhos foi pelo fato do homem começar a se preocupar com a prole que cuidaria da herança (o dinheiro começou a ser mais valorizado nessa época). Modo intrusivo (Século XVIII) → Desenvolvimento científico Nesse período, a criança não era respeitada na sua sexualidade, ela tinha um treinamento higiênico prematuro, e sua relação com os adultos era melhor, começando a realmente fazer parte da sociedade. Nessa época a Pediatria é iniciada, surgindo ideias humanitárias que melhoraram o tratamento em relação às crianças. Há o surgimento de brinquedos e livros infantis (antes a criança era tratada como um mini adulto, com roupa de adulto). Todavia, ainda existia a ideia de que a criança era uma “TÁBUA RASA” (uma folha de papel em branco, sem nenhuma concisão prévia, sensibilidade e características próprias). Modo socializador (Século XIX até primeira metade do século XX) Nessa época a criança foi introduzida a regra social, a família é o polo, a escolarização passa a ser obrigatória, mas a criança é passiva, ela não verbalizava o que sentia e pensava, era apenas domesticada e sua educação era de muita culpa, pecado e castigo. Pediatria Giulia Nemer 2023.1 Nesse período surge a pediatria e a puericultura, onde tenta-se orientar sobre as formas como a criança deve ser tratada, falando das fases da criança. O processo educativo é encontrado, mas de forma castradora. Modo de ajuda (A partir da segunda metade do século XX) Enquanto no período anterior a criança era impedida de verbalizar o que pensava, estando tudo errado, nesse período surge o direito da criança, escolas livres, terapia infantil e pais atendendo as necessidades dos filhos. Porém um outro extremo é encontrado, há a deseducação e falta de limite para os filhos, onde vivenciamos muito essa dificuldade nos dias de hoje. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente é criado em 1990, sendo resultado da falta de liberdade, desrespeito e não dignidade a criança como uma pessoa. Nesse estatuto define-se que é considerado criança, a pessoa até 12 anos, e de 12 a 18 anos, a criança passa a ser considerada adolescente. Nele, a criança tem direito à liberdade, respeito, e dignidade, com direito civil humano e social, sendo esses garantidos por lei. Entende-se que a criança tem que ser criada mais livre, que ela tem direitos, particularidades e que precisa de cuidados especiais. No estatuto, o direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. COMO EVOLUIU ESTA HISTÓRIA NO BRASIL? No período do descobrimento do Brasil, a criança indígena ficava sempre grudada com a mãe (mãe canguru), mesmo quando esta ia trabalhar. Na Europa a criança ser abandonada e desrespeitada nessa mesma época. Com relação a educação indígena, as crianças não eram castigadas e repreendidas e podiam mamar quando quisessem até a próxima criança nascer ou até seis, sete anos. Na cultura indígena, o papel do pai era valorizado não só como progenitor, mas como pai que cuida, dar carinho e é presente na vida do filho. A chegada dos Europeus no período do descobrimento trouxe a cultura da civilização europeia, onde as crianças indígenas começaram a não ser respeitadas, eram perseguidas e escravizadas junto com suas famílias. No Brasil, até o início de 1980, as atividades de incentivo ao aleitamento materno aconteciam de forma isolada e envolviam, sobretudo, o setor saúde. Em 1981, foi criado o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), no Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), autarquia do Ministério da Saúde. Em 1989, a Sociedade de Pediatria de São Paulo recomendou que fosse implementado o Alojamento Conjunto (mãe e filho ficam juntos após nascimento) em todas as unidades de pediatria do Estado, com a finalidade de promover à indissolubilidade da relação mãe-filho, a humanização do atendimento à criança internada, a possibilidade de diminuir o prazo de internação, de reduzir o número de reinternações e a oportunidade de prover a educação em saúde. A partir de 1990, a permanência dos pais ou responsáveis pela criança no hospital tornou-se efetiva por força da Lei do Estatuto da Criança e de Adolescente. A Lei reconhece e valoriza a importância da presença e da participação da família no processo de recuperação da saúde da criança e do adolescente. Em 1993, o Ministério da saúde reconheceu a importância da presença do pediatra na sala de parto. Após isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria entendeu a necessidade de habilitar o pediatra par ao atendimento ao bebê na sala de parto e deu início a uma estratégia de implementação do programa de reanimação no país. (90% das crianças nascem bem, 1% vai morrer independente da presença ou não do pediatra, mas esses outros porcentos precisam da presença do pediatra na sala do parto). PEDIATRIA E A CRIANÇA O que é uma criança normal? A resposta irá depender de conhecimentos informativos e formativos. - Informativo: é o estudo, conhecimento. - Formativo: é a observação, familiaridade, experiência pessoal. Então para determinar a normalidade, é preciso ter conhecimento informativo + formativo, ou seja, observar a criança e juntar os dados do livro e assim perceber o que é normal e o que não é normal. É necessário observar o comportamento e desenvolvimento da criança de acordo com sua idade, e colocar a criança dentro de um contexto, porque muita das vezes a doença que a criança apresenta está no emocional, está na sua família ou no ambiente. →Peculiaridades do modo de ser da criança normal Vulnerabilidade A criança é vulnerável a tudo, é influenciada pela família, pela alimentação, infecções, ambiente físico em que vive, as características e desenvolvimento. Todos esses fatores são interligados, onde uma má alimentação pode resultar em infecção eprejudicar o desenvolvimento, ou uma infecção pode prejudicar a alimentação influenciando no crescimento. Assim, ao analisar uma criança é preciso se atentar na função nutritiva, no emocional, na imunidade, no ambiente em que vive e as debilidades constitucionais ou congênitas. Caráter unitário Cada criança é cada criança, não é possível achar que o que é feito com uma dará certo com outra. A criança sente e age como único. Existe dependência entre os diversos setores do organismo, resultando em dois fatores: imaturidade do sistema nervoso, mielinização incompleta das fibras nervosas, e vulnerabilidade do aparelho digestório.É necessário que haja assistência com carater curativo e preventivo afim de se manter a normalidade. É fundamental que não se foque apenas na queixa, como por exemplo uma dor abdominal, mas sim em todo o organismo com objetivo de prevenção. Peculiaridades semiológicas Durante a análise semiológica infantil, existe uma limitação ao realizar o exame físico pelo fato da criança chorar durante algumas situações. Existem estratégias usadas pelo pediatra para otimizar o exame, como por exemplo deixar para fazer determinadas “manobras” do exame no final. Um outro fator peculiar é a anamnese, que é feita através de informações dadas pelas mães ou outro responsável. Lembre-se de valorizar a história pregressa da criança e interpretar os dados obtidos pela família. Cada faixa etária tem uma característica semiológica para a idade. Exemplo: para entubar um adulto tem que hiperestender a cabeça, enquanto que em um recém- nascido se eu hiperestender a cabeça a traqueia fecha e não vai conseguir entubar ele. ** A FC e a FR é diferente. Respiração rápida em uma criança menor de 2 meses é maior que 60 irpm. Crescimento e desenvolvimento É importante acompanhar o crescimento de acordo com a idade com o objetivo da criança crescer fisicamente, psiquicamente e socialmente bem. Puericultura é o “conjunto de meios que visam assegurar o perfeito desenvolvimento físico, mental e moral da criança”. Conteúdo fundamental da puericultura: Relação da criança e família, observação clínica, crescimento e desenvolvimento, higiene em todos os aspectos (alimentar, mental, ambiental, oral). Pediatria é toda Medicina aplicada ao individuo em crescimento e desenvolvimento.A prescrição pediátrica não envolve apenas a medicação, mas também alimentação, orientação e imunização. AS SETE PERCEPÇÕES DO PUERICULTOR O médico/indivíduo que exerce a função de puericultor precisa ter experiência, percepção, sensibilidade, saber ouvir e compreender, e analisar a criança como um todo. Primeira percepção: Durante a primeira percepção é preciso entender que a criança é uma totalidade, reage como um todo, adoece como um todo, deve ser assistida como um todo. Não é possível dividir a criança em “compartimentos”. Segunda percepção: Representa o momento em que há promoção da saúde, prevenção de agravos e educação da criança e de sua família. Através dessas ações estará havendo uma construção psicossocial, educacional, orientação evitando ignorância/desconhecimento, analise da incoerência dos pais e prevenção da falta de força de vontade. Terceira percepção: Compreensão de que a criança tem dependência do meio em que vive, desde dentro da mãe até o mundo em sua disposição (rua, escola, parque, creche, quintal, casa, quarta, berço, seio). a criança é dependente de espaço onde ela vive e de tudo que está em volta dela. Quarta percepção: Representa a arte de obter dados. Assim, durante uma anamnese é necessário que haja sutileza e ao mesmo tempo postura para relacionar a relação dos pais e filhos com o comportamento da criança. ** Tem que perguntar na maior parte das vezes para o acompanhante o que a criança está sentindo. Tem que ter em mente que o acompanhante conta aquilo que ele valoriza, então, tem que ter estratégias para tirar informações que são necessárias para o médico. Quinta percepção: A Puericultura não ocorre sem a monitorização do crescimento e desenvolvimento. Sexta percepção: A primazia da nutrição. Pediatra tem que entender de alimentação. Sétima percepção: A prescrição não pode ser um enigma a ser decifrado pelos pais. É importante explicar direito para mãe a alimentação, falar sobre as vacinas, enfatizar a importância de tudo que está sendo feito e seus motivos, além de tirar as dúvidas. Lembre-se que a prescrição não é apenas de remédio, mas também da alimentação, imunização e orientação. Pré-Natal Representa a assistência médica, consultas, avaliações e exames,prestados a mulher durante o período de gravidez. O pré-natal destina-se a garantir o melhor estado de saúde para a mãe e o bebê no momento do parto. O ideal é que todas as gestantes pudessem receber uma consulta pré-gestacional onde receberiam todas as informações que serão apresentadas na aula de hoje. Fatores que Regulam o Desenvolvimento O desenvolvimento normal do indivíduo depende dos fatores durante o período intrauterino e fora dele: àRegulação genética: Não tem como interferir, é uma herança genética. Identificar uma alteração genética nos pais e contraindicar uma gestação ou não. à Regulação epigenética (ambientais): Fatores externos ,nós podemos interferir. Estes podem de ser de ação positiva ou de ação negativa, e em situações de ação negativa podemos ter o retardo do desenvolvimento intrauterino (baixo peso e prematuro) e anomalias congênitas induzidas pelo uso de substâncias teratogênicas ou até mesmo práticas adotadas pela gestante que resultam em malformação congênita no feto. Essas malformações podem ser estruturais como a síndrome de Down, que apesar de ser uma regulação genética apresenta alterações estruturais ou funcionais como uma cardiopatia congênita provocada por alguma atividade durante o período da gestação. Avaliação Pré-Concepcional Deve preceder a gravidez, entretanto, a primeira consulta de pré-natal geralmente ocorre em torno de 4-8 semanas de gestação, e alterações teratogênicas já podem ter ocorrido o que se torna essencial o planejamento e a realização da consulta pré-concepcional. Se recomenda que a mulher durante a sua consulta rotineira anual com o ginecologista procure uma avaliação pré- concepcional em caso de possibilidade de gestação. O desenvolvimento e crescimento humano podem ser afetado por vários fatores: àAlterações epigenéticas; à Idade da mãe > 35 anos ( sínd. de Down) e < 18 anos (prematuridade e PIG); à Paridade (repercussão do sistema endócrino ao nível pré-concepcional pode levar 2-4 anos entre cada gravidez – risco de malformações congênitas). História Pregressa História ginecológica: Conização (remoção de mais de 10 mm de profundidade do colo uterino) é risco para parto prematuro e baixo peso ao nascer à Se o colo de uterino está comprometido ele não consegue sustentar a gestação no tempo adequado Violência doméstica: Risco de violencia aumenta com a gravidez em média 2-8%. A violência aumenta o risco de descolamento prévio de placenta, fraturas fetais e parto prematuro. Vida profissional Risco de alterações neuroendócrinas mediadas por estresse, pode transferir para o feto por meio de hormônios e outros elementos bioquímicos causando irritabilidade, choro constante e intenso, entre outros. Atividades que envolvem esforço físico intenso, levantamento de peso, ficar em pé por período longo e trabalho com máquinas industriais devem ser evitados. Uso de laquê à Risco de malformações geniturinárias (hipospádia – uretra abaixo da glande). Doenças clínicas pré existentes: Anemia na gestante: Hemoglobina < 11g/dL, necessário uma avaliação clínica e uma orientação dietética, uma vez que se a mãe é anêmica o feto também pode ser. Com a anemia, o desenvolvimento do cérebrofica prejudicado. Epilepsia: Terapia anticonvulsivante deve ser otimizada antes da concepção, se possível monoterapia, associada com ácido fólico. OBS: Nenhum anticonvulsivante deve ser considerado seguro (assim como todas as outras drogas, principalmente no período da embriogênese que vai até 8 semanas), devido ao risco de teratogenicidade. Doenças Autoimunes: SAF (Síndrome do Antifosfolipídeo): Associada com trombose e perda gestacional. LES: Bradicardia importante por bloqueio de ramo direito no feto/recém nascido. Se a mãe é lúpica, ela deve engravidar pelo menos 6 meses após a remissão do seu quadro. Diabetes: Associado ao aumento de malformações congênitas (defeito cardíaco e do tubo neural); Psicopatia e Depressão: Risco dos psicofármacos deve ser avaliado. Doenças Infecciosas: HIV, toxoplasmose, citomegalovírus, ITU, entre outras. No caso da toxoplasmose e infecções pelo citomegalovírus pode haver o comprometimento do sistema nervoso. ITU à Risco de sepse neonatal e de parto prematuro. Nutrição e Suplementos: A nutrição da mãe é fundamental no desenvolvimento do bebê pois ela é a única fonte alimentar das crianças. Sendo assim, uma nutrição deficiente aumenta risco para o parto prematuro, PIG, funcionamento mental pobre, natimorto, entre outras consequências para o feto. Outros 2 fatores ligados a nutrição, mas não estão relacionados com a alimentação: Má nutrição placentária ® Nas gestantes com DHEG, a fisiopatologia é vasoconstrição. Ou seja, os vasos que chegam na placenta e os vasos placentários estarão em vasoespasmo com isso a nutrição placentária e fetal ficará prejudicada. Má nutrição fetal. Gestação gemelar.A nutrição foi prejudicada, o que pode nos indicar um comprometimento do desenvolvimento cerebral de um dos bebes, além de todos os problemas que ele possa vir a ter no período neonatal imediato. A gestação gemelar por si é uma gestação de risco, mas não temos como prever que um deles está com uma nutrição prejudicada. Recém nascido com 6kg, devido ao ganho de peso exagerado da mãe. A gestante deve ganhar 1kg por mês, como são 9 meses, então o ganho de peso deve ser em torno de 9-10kg. Gestantes com excesso de peso na gestação são passíveis de complicação e consequências para o feto como: § Nascimentos de GIG’s. § Aumenta o risco de infecção cutânea na cicatriza cirúrgica da mãe. § Aumenta o risco de trocotraumatismo. Vegetarianismo restrito, bulimia, anorexia, hipovitaminoses (ácido fólico), carência de minerais (ferro), entre outros, podem representar risco para a gestação além de haver restrição de nutrientes para o feto que são fundamentais para o seu crescimento. Suplementos adicionais: Ácido fólico é usado para a prevenção de defeito no tubo neural, e deve ser utilizado desde o início da gestação ou até mesmo um pouco antes da gestação. Adolescentes: Com menarca nos últimos 2 anos, tabagistas, usuárias de drogas ou álcool e vegetarianas restritas requerem suplementos adicionais na alimentação. Peso Materno O Peso pré-concepcional deve ser próximo do ideal para o seu IMC, mais ou menos 15 pontos acima ou abaixo. O IMC menor que 19 pré-concepcional e o baixo ganho de peso na gestação aumentam o risco para baixo peso e prematuridade. Já o IMC maior que 25 pré-concepcional e o alto ganho de peso na gestação aumentam o risco de macrossomia (GIG). Atualmente, cada vez mais os brasileiros estão realizando as cirurgias bariátricas e todo o paciente que realiza esta cirurgia deve fazer uma suplementação com folato, cálcio, vitamina B12 e diversos outros suplementos. Tudo isso devido ao risco que o paciente apresenta de apresentar uma deficiência nutricional subclínica. Quando uma mulher realiza a bariátrica, ela deve adiar a gestação por 12-18 meses para evitar o período do catabolismo com rápida perda de peso. Drogas Lícitas e Ilícitas Fumo: Representa a principal causa evitável de baixo peso ao nascer (lembrar sempre da associação com o desenvolvimento neuronal) e está associado a risco de abortamento espontâneo, DPP, prematuridade, placenta baixa, baixo rendimento escolar, hiperatividade, associação a SMSI (Síndrome da Morte Súbita do Lactente). Além disso, há uma associação entre gestantes tabagistas e o desenvolvimento de doenças que levem ao broncoespasmo no recém nascido como a bronquiolite e a asma. Cocaína: Associada com o risco de abortamento, anomalias congênitas (urogenitais), hemorragias intracranianas, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, abstinência, entre outras. Crack à Se Assemelha com a cocaína. Maconha: Apresenta alteração da atividade motora, comprometimento da memória aprendizado e aumento do risco de transtornos psiquiátricos. Álcool: Caracterizada por um risco de abortamento ou síndrome alcoólica. Dependendo da idade gestacional e da quantidade de álcool ingerido, a síndrome alcoólica pode resultar em microcefalia, alteração grave do SNC, alteração ocular e cardiopatia congênita. Uma vez instalado este quadro, os danos são irreversíveis. Porém, quando a mãe ingere álcool em quantidade menor depois do terceiro ou quarto mês gestacional, o resultado não é a má formação, mas uma discreta microcefalia, hiperatividade e déficit de atenção, que é chamado de feto alcoólico. Em casos de gestantes que fazem uso de drogas lícitas ou ilícitas, além do cigarro, torna-se essência uma suplementação com sais mineiras, vitaminas e indispensavelmente o ácido fólico. Vacinação A imunização pré-concepcional deve ocorrer para hepatite B, rubéola, difteria, influenza, tétano e varicela. Importante lembrar que torna-se necessário adiar a gestação por 3 meses após a vacinação com vírus atenuado, como rubéola e varicela. I MPORTANTE: Gestação deve ter dois aspectos importantes: planejada e desejada. O ideal é que o pré-natal seja estabelecido desde esse momento de planejamento. Ciclo Gravídico Puerperalà Gravidez e Pós-Parto Imediato O ciclo gravídico corresponde ao episódio do ciclo de vida das mulheres vivenciado de modo fisiológico pela maioria das mulheres, e apenas 40% das gestantes vivenciam alguma forma de morbidade como a gemelaridade. A OMS estima que 15% das gestantes tendem a apresentar alguma intercorrência de maior gravidade, culminando na necessidade da conclusão da gestação por cesariana. A gestação, basicamente se divide em dois períodos: o embrionário e o fetal. No período embrionário ocorre a hiperplasia, corresponde a diferenciação e multiplicação celular. Já no fetal a hipertrofia crescimento do que já está desenvolvido. Nas primeiras duas semanas temos o processo de fecundação, transporte até a parede uterina e nidação. O período embrionário vai até 12 semanas e 6 dias, entretanto as primeiros 8 semanas deste período são as mais importantes. Como as gestantes descobrem que estão grávidas com 4 semanas, ela vai diagnosticar a gravidez com 4-8 semanas, ou seja, a fase embrionária já ocorreu. Então qualquer coisa que possa interferir nesse momento aumenta as chances de malformação congênita, e se for grave provoca abortamento e aquelas malformações que permanecem até o final da gestação. àEntre 20-22 semanas o feto pesa 500g, de 22 para 28 aumenta 100% do peso e vai crescendo até 40 semanas com o seu sistema nervoso acompanhando esse crescimento. Com menos de 20 semanas ® Abortamento. 20 semanas em diantea ® Parto prematuro. 37-41 semanas ® à termo. 42 semanas em diante ® feto pós termos. O feto, normalmente é viável com 26 semanas. Mas isso não quer dizer que que um feto com 22 semanas não possa sobreviver com assistência de UTI, porém, as chances de sequelas (como deficiência auditiva) nesse grupo são maiores. O embrião provém do pai e da mãe epara que a mãe não desenvolva uma resposta imune contra o a parte do embrião que provém do pai, foi necessário que o seu organismo desenvolvesse uma imunossupressão. Assim como a placenta para não desenvolver uma reação contra o embrião precisa ter uma parte do pai/mãe. Na imunossupressão, as células NK (matadoras naturais) e os linfócitos T (células de memória) irão reduzir a sua atividade, o que provoca uma maior vulnerabilidade a doenças como H1N1, infecções urinárias. Quando o feto nasce via vaginal, ocorre uma rotura da bolsa. Então o líquido que vai sair precisa sair claro, translúcido e com odor característico. Se o feto for a termo, vai ter grumos por conta dos lipídeos do liquido amniótico. Malformação do aparelho gastrointestinal, o feto não vai conseguir deglutir e absorver o líquido amniótico, podendo resultar em excesso do mesmo = POLIDRAMNIA. Malformação renal ou geniturinárias, o feto não vai urinar e a quantidade de liquido vai diminuir. = OLIGODRAMNIA. Duração da Gestação à 280 dias ou 40 semanas ou 9 meses. O período gestacional se inicia com o período embrionário que vai desde a fecundação até o final de 12 semanas, e é nesse período que podem ocorrer perdas principalmente por aborto. Entre 13 e 40 semanas estamos diante do período fetal (corresponde ao período de crescimento, onde pode haver comprometimento nos órgãos como o caso do cérebro), e nos casos onde ocorrem nascimento com menos de 37 semanas diz-se fetos prematuros, aqueles que nascem entre 37-42 semanas fetos a termo e quando o feto nasce após 42 semanas é chamado de pós termo. 8 semanasàJá temos o polo cefálico todo formado, o coração funcionando, assim como outros órgãos essenciais também estão presentes e funcionantes. Dessa forma, no período embrionário, as 8 primeiras semanas são as mais importantes em termo de confecção dos nossos órgãos normais. Período Fetal – 9ª semana ao nascimento Este período caracteriza-se por rápido crescimento corporal e pela diferenciação dos sistemas. As alterações que ocorrem no período fetal não são tão dramáticas quanto as que se dão na fase embrionária, mas são muito importantes. O feto é menos vulnerável aos efeitos teratogênicos de drogas, vírus e radiação, mas estes fatores podem interferir com o desenvolvimentos funcional normal, sobretudo do cérebro e dos olhos uma vez que estes estão em constante desenvolvimento e formação e assim qualquer atividade que interfira pode causar problemas. Lembrar que a placenta é o único órgão formado por células de dois indivíduos e apresenta uma face fetal e uma materna com os cotilédones presos na camada uterina. Restrição de Crescimento Intrauterino (RCIU) O crescimento insuficiente, impede que o RN atinja o seu potencial genético. São incluídos nessa categoria os RN cujo peso ano nascer seja inferior ao percentil 10 de peso que lhe corresponde segundo sua idade gestacional. Classificação: § Pequenos para a idade gestacional (PIG’s); § Adequados para a idade gestacional (AIG’s); § Grande para a idade gestacional (GIG). HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DO SER HUMANO: FORMAÇÃO DO VÍNCULO AFETIVO Tão importante quanto amamentar, vacinar e ter cuidados físicos com a criança, é também a preocupação com o vínculo afetivo, tendo esse um peso muito importante no desenvolvimento humano. VÍNCULO AFETIVO O termo vínculo tem sua origem no latim “vinculum”, que significa uma união com características duradouras. O vínculo afetivo se refere a alguma forma de ligação entre partes, criança e seus cuidadores. A formação do vínculo da mãe com o bebê não é automática. Para que ele seja formado é preciso de tempo, compreensão, paciência e amor. Este é iniciado desde a gestação, muito antes da criança nascer, através do toque da mãe na barriga e as conversas que tanto a mãe quanto o pai têm com o feto, onde tudo isso fortalece e ajuda na formação do vínculo afetivo. É através dessa relação afetiva que a mulher conseguirá vivenciar a gravidez de maneira saudável e ter uma maior integração com o seu bebê. A partir de um contexto evolutivo, a principal função do vínculo seria a de garantir a sobrevivência e proteção de agentes predadores externos. Todavia, hoje sabe-se que existe outra função muito importante, chamada de “Teoria da ligação, ou apego”, criada por John Bowlby, onde para ele o comportamento de ligação é concebido por “qualquer forma de comportamento que faz com que uma pessoa alcance ou mantenha a proximidade com algum outro indivíduo diferenciado e preferido, considerando mais forte ou mais sábio”. A criança é em todo tempo e em todo lugar dependente do adulto para sua sobrevivência, tanto na alimentação, como higiene, como proteção, aprendizado na língua e inserção em uma cultura. Por meio do encontro com os iguais é o que o ser humano se humaniza. Quando a criança nasce ela é introduzida em um mundo com padrões já estabelecidos (religião, língua e hábitos). Nesse ambiente ela aprenderá a desejar, ter valores daquela religião e vai se libertando e se transformando em um ser autônomo pela sua capacidade de aprendizagem. Pelo vínculo imediato que instaura com o ambiente social, a criança garante acesso ao universo simbólico da cultura. O recém-nascido, inicialmente (até o terceiro mês) não consegue se diferenciar da mãe, ele se vê como um apêndice da mãe. O seio materno é considerado o primeiro local onde as experiências amorosas se estabelecem, servindo não somente para saciar a fome, mas para estabelecer uma relação de afeto. Nos primeiros meses de vida há uma simbiose muito grande, o bebê e a mãe se vem quase que como um só, depois essa criança começa a se perceber como um ser diferente, e posteriormente entra em um processo de socialização, aprendendo a conviver com a família, colegas na escola e outras pessoas, até que sofra um processo de individuação, que é quando o indivíduo se constrói como alguém que tem uma singularidade, é único. Simbiose → Individualização → Socialização → Individuação O primeiro local de memória é a vida intrauterina. Ainda não há consciência, mas no fundo existem registros dessas memórias. Quando uma criança nasce é dito que nascem três bebês, um real, um virtual e um bebê que “virá a ser”. O bebê real é aquele que chora, faz cocô, acorda várias vezes a noite e não deixa a mãe dormir. O bebê virtual é aquele bebê idealizado, que os pais sempre quiseram com características físicas desejadas, e o bebê que “vai ser”, aquele que não se sabe como será. Conceber um filho é um projeto que nasce do encontro de um homem e de uma mulher, podendo ser consciente ou não, e sofrer diferentes configurações, que já farão parte da história da criança. DIFICULDADES NA FORMAÇÃO DO VÍNCULO AFETIVO FUSÃO PATOLÓGICA Um exemplo de fusão patológica é a amamentação prolongada, por exemplo, aquela criança de 4-5 anos que ainda mama no peito e a mãe não quer deixar largar, ela não liberta a criança, não reconhece que o filho possui autoridade, ou seja, que ele é outra pessoa diferente dela. Essa fusão patológica também dificulta o desenvolvimento e crescimento sadio daquela criança. É muito comum entre mães de crianças especiais. As vezes a mãe tem três filhos e um deles é autista e acaba essa mãe dando atenção, cuidado e vivendo agarrada ao filho autista e se esquecendo de dar mais atenção aos demais filhos. PERDA DE INTERESSE É o extremo oposto dessa fusão, são aquelas mães que mesmo não abandonando a criança, não tem interesse por ela. Muitas vezes, esse desinteresse está relacionado as questões psíquicas do pós parto como a ansiedade, depressão. Ou seja, quando a mãe não está bem consigo mesmo e não consegue cuidar direito daquela criança gerando uma desintegração nessa relação. A perda de interesse da mãe pela criança prejudicasua saúde emocional, aumentando o risco de doenças, desnutrição ou retardo no desenvolvimento. VÍNCULO COM A MÃE Cada bebê é desde o começo uma pessoa, necessitando ser conhecida por alguém, e que ninguém pode conhecer melhor um bebê que a própria mãe. O bebê aprende logo a interpretar a mãe, por isso é considerado ativo no processo de vinculação, à medida que suas capacidades comportamentais de ver, ouvir e se mover, provocam respostas na mãe, iniciando interações recíprocas. Essa relação inicial começa com a mãe para com o bebê, mas este, é um ser ativo nessa relação. Quando a mãe brinca com a criança ela se mexe, interage. Isso não acontece nas crianças portadoras de autismo, elas não conseguem estabelecer esse processo de vinculação. Quando a mãe brinca elas não sorriem, não mexem dificultando esse processo pois, até os pais começam a se afastar. É dito que toda mãe traz uma “Preocupação materna primária”, descrita como uma sensibilidade que faz a mãe perceber e suprir as necessidades de seu filho. É a ideia de que a mãe sabe o que o filho precisa, como o choro da fome, o choro do colo e o choro da dor. VÍNCULO PRIMÁRIO E ABANDONO Alguns estudos mostram que durante a formação do vínculo e do apego, não basta que a criança seja alimentada e vestida, é necessário que tenha afeto. O fenômeno do hospitalismo representa a situação em que os bebês são alimentados e vestidos, mas não recebem afeto. Esses bebês têm dificuldade no seu desenvolvimento físico, falta de apetite, não ganham peso e, com o tempo, perdem o interesse por se relacionar, o que leva alguns desses ao óbito. O comportamento do principal provedor de cuidados comumente, a mãe é fundamental ao estabelecimento, pela criança, de um senso de confiança básica. Como já dito, o seio não apenas alimenta, mas também nutre, ajuda na formação da confiança básica e alimenta a maturidade do casal, porque a mãe está ali dando seio mas o pai está ali ajudando e participando é o que se deseja. Aqueles bebês cujos cuidados iniciais foram erráticos ou severos podem desenvolver desconfiança (crianças que foram maltratadas, abusadas, abandonadas, choraram e não receberam o alimento). Seja qual for o caso, a criança carrega esse aspecto de identidade básica ao longo de seu desenvolvimento, influenciando a solução das dificuldades. Para que uma pessoa se torne o humano que é, é necessário que se desenvolva a cognição, como a maneira de aprender e inteligência, a linguagem, onde o ser humano possui a linguagem tanto verbal como não verbal, o pensamento simbólico/representação mental, que é a capacidade de pensar, imaginar, simular uma ação real com brinquedos, o afeto e a intencionalidade. Todos esses fatores são adquiridos quando se tem uma vinculação com pessoas, como família de preferência, e depois a sociedade. Após o nascimento, na formação do neocórtex, os bilhões de conexões serão fortalecidos e mantidos pela estimulação adequada, ou enfraquecidos pela não utilização. É o afeto, conversas e carinho que irão dar início ao desenvolvimento das sinapses e da inteligência. Ao nascer, a criança tem ações reflexas e seu comportamento é motor e sensório, descobrindo o mundo através dos sentidos e movimentos e a partir do afeto e dos cuidados ela irá se desenvolver como ser inteligente, cognitivamente e afetivamente. Então, será importante para a criança no primeiro ano de vida: tocar, cheirar, brincar, escutar histórias e músicas cantadas pelos pais. A criança apresenta uma grande plasticidade neuronal. O primeiro ano de vida é quando a criança forma mais sinapses, por isso o estímulo é importante nesse momento. E depois, de 2-3 anos é outra fase de muita importância. O cérebro se desenvolve a partir da riqueza de vivências, experiências de aprendizagem e estimulo que ele recebe. “A criança é o pai do homem”, isto é, o homem de amanhã é fruto da criança que ele foi. Somos em grande parte fruto da infância que tivemos. Somos fruto do que recebemos da infância, daquilo que aprendemos, das oportunidades que nós tivemos, se não fomos amados ou não. Não que isso seja determinante, É importante trabalhar com a criança sempre estimulando o tato, a audição, a visão para que ela se desenvolva → usar objetos coloridos, sonoros, texturas diferentes, porque até os 2 anos a criança não pensa conceitualmente, mas ela cria esquemas mentais. Não há um pensamento prévio, antecipado das ações, isso se adquire depois. Até os 2 anos a criança age e depois que ela vai pensar sobre. Além da alimentação e higiene, é necessário contato afetivo contínuo, advindo de uma figura constante (mãe ou cuidador substituto), para que haja desenvolvimento psicoafetivo, criando um “clima emocional favorável” (formar laços, relação calorosa, formação e manutenção dos laços emocionais entre indivíduos), sendo esses fatores a base da saúde mental. A privação do afeto gera angústia, necessidade exagerada de amor, sentimento de vingança, culpa e depressão. Existe uma forte relação entre carência de vínculo afetuoso saudável na infância e delinquência juvenil. Em relação a comunicação do cuidador com o bebê, esta será feita através da palavra, valorizando o tom de voz e ritmo, gestos e disponibilidade. Tudo isso representa um investimento afetivo. Assim, quando o recém-nascido sobrevive bem, ele metaboliza suas emoções, se humaniza e se matura. O afastamento dos pais resulta em transtornos alimentares, do sono, da linguagem e outros. ORIENTAÇÕES Ë Buscar interação responsável e sensível com a criança. Ter sensibilidade para entender o que aquela criança está precisando, em quais situações em que ela chora mais, ou se sente mais desconfortavel. Ë Bebês reconhecem músicas cantadas ou histórias contadas quando estavam no útero. Ë Falta de interesse ou descaso para alguma atividade da crianca é ruim para a mesma, faz com que se sinto um peso para os pais e como se nao ligassem para sua existencia por nao receber 100% de sua atencao. → Ex: O filho faz um desenho e vai mostrar para os pais. Os pais nem olham para o desenho direito, não valorizaram, que não interagem.. Ë Ler, cantar, mostrar-se interessado pela criança ajuda na formação do vínculo e desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor. Ë Aos 4 meses a criança já é capaz de alcançar objetos intencionalmente. Não dar tudo na mão o tempo todo, para estimular ela pegar os objetos sozinha. Ë Os pais devem ajudar os pequenos a aumentar sua capacidade de brincar por conta própria, estimular a autonomia. Gestação de Risco Um parâmetro simples de verificar se determinada população está bem assistida é analisar o peso da criança ao nascer. Se esse peso estiver muito abaixo da média local, é uma população que está mal assistida seja pelo lado economico, social e assistência a saúde. A gestação é um fenômeno fisiológico e por isso mesmo, sua evolução se dá na maior parte dos casos sem intercorrências. Apesar desse fato, há uma pequena parcela de gestantes que, por terem características específicas, ou por sofrerem algum agravo (antes da gestação ou durante a gestação) apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe. Essa parcela constitui o grupo chamado de “gestantes de alto risco”. As necessidades de saúde do grupo de baixo risco são resolvidas de maneira geral com procedimentos simples no nível primário de assistência. As do grupo de alto risco geralmente requerem técnicas mais especializadas e equipe médica treinada. è Quais são os fatores que aumentam o risco? I) Baixa condição social e econômica II) Ingresso tardio no pré-natal e < Nº de consultas III) Diagnóstico tardio da gravidez 1- atraso na procura da assistência 2- irregularidade menstrual Obs: Gravidez na Adolescencia (entre 12 e 19 anos) ocupa 20%do SUS. Dos recém nascidos prematuros quase metade é mãe adolescente com no máximo 2-3 consultas no pré natal. è Conceito de Gestação de Risco “... aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém- nascido, têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada.” Gestação de alto risco: mãe, feto e neonato tem maior probabilidade de morbidade e mortalidade. è Fatores de Risco Mortalidade Perinatal: 22 semanas até 7 dias após o nascimento. Aborto: < 500g ou < 25cm ou < 20s. Respirou ou bateu o coração ® nascido vivo + DNV (declaração de nascido vivo) Nasceu morto: <20s. = aborto; de 20 a 28s. = óbito fetal; > 28s. =natimorto. Na lei, se < 20s. e a família solicitar = DO (mesmo se for aborto, se a família pedir tem que fazer uma DO è Fatores de Risco Gestacional Os fatores geradores de risco podem ser agrupados em quatro grandes grupos, que são: 1) Características individuais e condições sócio-demográficas desfavoráveis o Idade menor que 17 e maior que 35 anos ( baixa/alta idade) o Nuliparidade e Multiparidade o Ocupação: esforço físico, carga horária rotatividade de horário exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse o Situação conjugal insegura o Baixa escolaridade o Condições ambientais desfavoráveis o Altura menor que 1,45 m (baixa altura dificulta o parto normal) o Peso menor que 45 kg e maior que 75 kg o Dependência de drogas lícitas ou ilícitas (além dos riscos de desenvolvimento do feto, a criança já nasce com uma Sindrome de Abstinencia) 2) História reprodutiva anterior à gestação atual, se gestacao anterior nasceu um prematuro a 2 gestação tem uma chance > de nascer prematuro o Morte perinatal explicada e inexplicada o Recém-nascido com crescimento retardado, pré- termo ou malformado o Abortamento habitual o Esterilidade/infertilidade o Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior que 5 anos E gestantes com mais idade tem maiores chances de terem filhos com mal formações”) o Nuliparidade e Multiparidade o Síndrome hemorrágica ou hipertensiva o Cirurgia uterina anterior 3) Doenças Obstétricas na Gestação Atual o Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico o Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada o Ganho ponderal inadequado • Ácido Fólico: usado como suplemento no pré natal, previne abertura do tubo neural. • Corticoide: RN < 34sem ® prevenir SAR (DMH-Doença da Membrana Hialina), reduzir incidência de hemorragia cerebral e potencializa efeito do surfactante exógeno. Recém Nascido, principalmente prematuro, têm mais incidencia de acidente vascular cerebral do que o adulto com aumento de PA, pois tudo o que acontece com o RN vai para o cérebro (circuito final). • Estreptococos do grupo B: cultura vaginal e retal entre 35 e 37sem ® prevenir PNM e sepse por estreptococos no RN. Estreptococos Beta hemolítico coloniza a cavidade vaginal principalmente das mãe que usam ACO. è Acompanhamento Clínico 1) Avaliação Clínica O obstetra tem que conhecer a fisiologia da gravidez, suas repercussões, as doenças que podem ocorrer e suas fisiopatologias. Este conhecimento permite ao obstetra o adequado estabelecimento das condições clínicas maternas e a correia valorização da evolução da doença pela avaliação de parâmetros clínicos e laboratoriais. É evidente que para o fornecimento do melhor acompanhamento da gestante de alto risco, há necessidade de equipe multidisciplinar, constituída por especialistas de outra áreas, enfermagem, psicologia e serviço social. 2) Avaliação Obstétrica O estabelecimento da idade gestacional é o passo básico, como também o correto acompanhamento da evolução da gravidez, mediante análise e adequada interpretação dos parâmetros obstétricos (ganho ponderal, pressão arterial e crescimento uterino). O feto também é obrigatoriamente, avaliado, considerando-se o seu crescimento e as suas condições de vitalidade e maturidade. à Como classificar essas gestantes e como orientar cada grupo? I) Gestante de baixo risco Tratamento REFERIR PARA CONSULTA COM ESPECIALISTA § Ensinar sinais de perigo § Organizar com a família o parto e o estabelecimento de saúde § Acompanhamento até o final da gestação § Orientar nutrição, cuidados com a gestação, puerpério, aleitamento materno e vacinas da criança § Orientação para HIV, DST § Recomendar a mãe que continue com o tratamento instituído § Administrar ferro, ácido fólico e polivitaminas § Administrar toxóide tetânico II) Gestante de Alto risco Avaliar § < 17 anos ou > 35 anos § Primigesta ou grande multípara § Sem pré-natal § Intervalo entre partos < 2 anos ou >5 anos § Altura uterina sem correlação IG § Cesaria anterior § Antecedentes de PMT, BPN ou malformados § Antecedentes de abortos, morte fetal ou neonatal precoce § Doença sistêmica controlada § Infecção urinária sem febre § Diabetes controlada § Palidez palmar e/ou Hb entre 8- 10mg/dL § Secreção vaginal § Drogas teratogênicas § Alcoolismo, tabagismo ou drogas § Hipertensão controlada § Ganho inadequado de peso § Apresentação anormal § Gravidez múltipla § Mãe Rh negativa § VDRL, HIV ou hepatite B positivos. Tratamento REFERIR PARA CONSULTA COM ESPECIALISTA § Gestação múltipla referir < 30 sem. § VDRL + iniciar tratamento com penicilina benzatina § Recomendar a mãe que continue com o tratamento instituído § Administrar ferro, ácido fólico e polivitaminas § Administrar toxóide tetânico § Orientação para HIV, DST § Marcar o retorno § Orientar nutrição, cuidados com a gestação e aleitamento materno § Ensinar sinais de perigo § Organizar com a família referência antes do parto de acordo com os fatores de risco e capacidade resolutiva III) Gestante de médio risco ou com risco iminente Avaliar § TP < 37 sem § Gestação > 41 sem § Diminuição ou ausência de movimentos fetais § Doença sistêmica grave § Infecção urinária com febre § Diabetes não controlada § Hemorragia vaginal § RPM > 12 horas § Hipertensão não controlada e/ou presença de convulsões, visão turva, perda de consciência ou cefaléia intensa § Alteração do BCF § Apresentação anormal com TP § Palidez palmar severa e/ou Hb < 7mg/dl § Edema de face, mãos e pernas Tratamento REFERIR URGENTEMENTE PARA HOSPITAL DE MAIOR COMPLEXIDADE, DEITADA DO LADO ESQUERDO § Prevenir hipotensão § Tratar hipertensão § Se TPP : inibir contrações e administrar corticóide § Se RPM e febre administrar a primeira dose de antibiótico apropriado § Se existir possibilidade, administrar oxigênio à Doenças I) Hipertensão Gestacional A expressão refere-se ao aparecimento da hipertensão em consequência da gravidez, e que acontece após 20 semanas de gestação. É caracterizada por: v Presença de pressão arterial diastólica > 90 mmHg v Aumento da pressão diastólica acima de 15 mmHg do valor conhecido previamente v Ausência de proteinúria v Mulheres previamente normotensas e sem proteinúria v Normalização no puerpério remoto após seis semanas ( ou seja, se 6 semanas após o parto a mulher continua com HAS essa, não era decorrente da gestação). Sua fisiopatologia básica é a vasoconstrição por isso, crianças nascidas de mães que desenvolveram doença hipertensiva específica da gravidez possuem um peso mais baixo do que as crianças de mesma idade de mães sem doença HAS gestacional. Possibilidade de evolução clínica: • Pré-eclâmpsia quando a hipertensão associa-se à proteinúria (diagnostico diferencial) • Hipertensão arterial latente ou transitória (principalmente em multíparas) OBS: Proteinuria se avalia através do EAS. Se o valor de proteinas nesse exame for > 300mg já é uma proteinuria. Classificação das SíndromesHipertensivas da Gravidez A. HIPERTENSÃO E/OU PROTEINÚRIA GESTACIONAL 1. Hipertensão gestacional (sem proteinúria) 2. Proteinúria gestacional (sem hipertensão) 3. Hipertensão e proteinúria (pré- eclâmpsia) B. HIPERTENSÃO CRÔNICA E DOENÇA RENAL CRÔNICA 1. Hipertensão arterial crônica (sem proteinúria) 2. Doença renal crônica (proteinúria e hipertensão) 3. Hipertensão crônica com pré- eclâmpsia superajuntada C. HIPERTENSÃO E/OU PROTEINÚRIA NÃO CLASSIFICADAS D. ECLÂMPSIA • Proteinuria Gestacional § Proteinúria sem hipertensão § Mulheres previamente normotensas e sem proteinúria, com diagnóstico após a 20ª semana de gestação § Normalização no puerpério remoto § Possibilidades de evolução clínica: o Proteinúria postural (ortostática) o Infecção urinária o Pré-eclâmpsia (proteinúria que precede a hipertensão) o Doença renal crônica não diagnosticada previamente o Doença renal aguda • Hipertensão Arterial Crônica Causas: § Essencial (primária) – mais comum § Vascular: vasculite, coarctação de aorta § Endócrina: supra-renal (feocromocitoma) § Induzida por droga (uso de muito corticoide na gestante asmática, retém liquido e pode dar hipertensão na criança) § De origem renal Diagnóstico clínico: v Hipertensão antes de 20 semanas de gravidez v Hipertensão crônica comprovada em qualquer idade gestacional v Hipertensão que persiste após seis semanas de puerpério • Doença Renal Crônica § Glomerulonefrite (secundária ou idiopática) § Túbulo intersticial (infecciosa – pielonefrite, tóxica ou metabólica) Achados clínicos: v Proteinúria prévia à 20ª semana de gravidez v Proteinúria na presença de doença renal previamente conhecida em qualquer idade gestacional v Proteinúria persistente no puerpério remoto • Hipertensão e/ou Proteinúria Não Classificadas v Primeira consulta de pré-natal após 20 semanas Obs: Para saber se a mulher tem HAS da gestação (após 20 semanas) ou se tinha antes da gravidez, avaliar a proteinúria. Essa, se presente, considera-se HAS gestacional. v Idade gestacional duvidosa ou ignorada, mas clinicamente superior a 20 semanas v História clínica com informações inconclusivas para o diagnóstico de hipertensão arterial crônica Reclassificação no puerpério, após seis semanas: v Hipertensão e/ou proteinúria gestacional: desaparecem a hipertensão e/ou a proteinúria v Hipertensão crônica ou doença renal crônica: persistem a hipertensão ou a proteinúria, ou ambas v Hipertensão arterial crônica com pré-eclâmpsia superajuntada: persiste a hipertensão e desaparece a proteinúria II) Pré – Eclampsia Pré Eclampsia (hipertensão e proteinúria), nas formas leve ou grave: • Após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas e sem proteinúria • Normalização no puerpério remoto • Aumento da pressão arterial diastólica a 90 mmHg ou mais • Aumento da pressão diastólica acima de 15 mmHg do valor conhecido previamente • Presença de 300 mg ou mais de proteínas em urina de 24 horas ou labstix (1+) ou mais • Evolui para Eclâmpsia Obs: Tríade Clássica= HAS + Proteinuria + Edema (pode ser aquele edema oculto; é aquela paciente que diz que de um dia para o outro engordou 1,5-2kg; primeiro sinal que diz que vai complicar a gestação) • Hipertensão Crônica com Pré- Eclampsia Diagnóstico Clínico Piora da hipertensão arterial com aumento de pelo menos 15mmHg da pressão arterial diastólica sobre os níveis prévios desenvolvimento de proteinúria Fundo de olho com exsudato, edema e/ou hemorragia retiniana Diagnóstico Específica Biópsia renal com simultaneidade de lesões renais e de endoteliose capilar glomerular. III) Eclâmpsia É a presença de convulsões tônico- clônicas generalizadas em mulher com quaisquer dos quadros hipertensivos descritos, não causadas por epilepsia ou qualquer outra patologia convulsiva, e que pode ocorrer na gravidez, parto ou até dez dias de puerpério. Devido a essas convulsões, aumenta o risco de lesão neurologica. “Eclampsia é uma evolução da pré eclampsia que é uma evolução da HAS da gravidez”. Fatores de Risco § Primigestas § Antecedentes familiares de pré- eclâmpsia/eclâmpsia § Antecedente pessoal de pré- eclâmpsia/eclâmpsia § Gestação gemelar § Hipertensão arterial crônica, nefropatia, lupus, diabetes § Mudança de parceiro OBS: Essa diabetes pode ser pouco tempo de evolução ou de muito tempo. A de pouco tempo de evolução é aquela gestante que tem 5-10 anos de evolução da Diabetes não tendo, provavelmente, as vasculopatias; Já naquelas gestantes com Diabetes InfantoJuvenil, com mais de 10 anos de duração ela já tem vasculopatia. Então, os vasos placentários serão alterados e isso vai causar uma má nutrição no feto. Conclui-se então, que os fetos de mães com Diabetes de evolução “recente” serão macrossomicos e aqueles fetos de mães com Diabetes de logo tempo de evolução normalmente, são pequenos para idade gestacional (PIG). Características Clínicas Assim, considera-se hipertensão o aumento dos níveis tensionais de 140 x 90 mmHg, confirmado após período de repouso. Como proteinúria significativa, consideram-se os valores maiores ou iguais a 300 mg em 24 horas ou Labstix de (+) ou mais em amostra casual. O edema, quando existente, pode ser localizado ou generalizado. Deve ser realçado o chamado "edema oculto", explicitado pelo ganho ponderal excessivo e que somente é creditado quando associado a quadro hipertensivo. Classificação da Pré Eclampsia A pré-eclampsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de comprometimento. Considera-se grave quando presente um ou mais dos seguintes critérios: v Pressão arterial diastólica igual/maior que 110 mmHg; v Proteinúria igual/maior que 2,0 g/l em 24 horas; v Oligúria (menor que 500 ml/dia, ou 15 ml/hora); v Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2 mg/dl; v Sinais de encefalopatia hipertensiva; v Sinais de insuficiência cardíaca; v Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito; v Plaquetopenia (< 100.000); v Aumento de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL desidrogenase láctica) e de bilirrubinas; v Presença de RCIU e/ou oligoâmnio; v evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia Prevenção de Pré Eclampsia Sinais de Risco: • Dor de cabeça intensa • Visão turva, perda da consciência e/ou convulsões • PA sistólica > 140mmHg e /ou diatólica> 90mmHg • Consumo < que 3 porções de derivados lácteos/dia • IMC<20 e >26 no terceiro trimestre (ganho de peso para cima ou para baixo é fator de risco) Conduta Deve levar em conta: v Gravidade dos sintomas v Idade gestacional Desta forma, três eventualidades devem ser analisadas: a) Pré-eclâmpsia leve no pré-termo b) Pré-eclâmpsia leve no termo c) Pré-eclâmpsia grave no pré- termo e termo v Iminência de eclampsia corresponde ao quadro de pré- eclampsia grave, caracterizado clinicamente por sinais de encefalopatia hipertensiva (visão turva, sinais de confusão mental), dor no epigástrio e hipocôndrio direito. v Eclampsia é o aparecimento de convulsões seguidas ou não de coma, não atribuíveis a outras causas, em paciente com pré- eclampsia. v Assim, fica claro que não existe eclampsia sem pré-eclampsia; ela é fase mais grave da mesma doença. Conduta na Eclampsia v A conduta clínica na eclampsia visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão/ dos distúrbios metabólicos e cuidados e controles gerais. v O farmaco utilizado na gravidez para controlar a convulsão é Sulfato de Magnésio. No nascimento, devido a isso, o feto nasce com aumento do magnésio que gera arritmia. Então, o pediatra tem que saber quais foram os medicamentos que a mae usou na gestação, para saber ospossíveis riscos no feto e tomar as devidas prevenções. IV) Síndrome HELLP É quadro clinico caracterizado por hemólise (H = "hemolysis") elevação de enzimas hepáticas (EL = "elevated liver functions tests") e plaquetopenia (LP = low platelets count"). Ou seja, é aquela mulher que está embolizando, em plaquetopenia e com alterações das enzimas hepáticas. Embora acompanhe outras doenças, em obstetrícia é considerada como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia. A tríade conceitual quando completa é dita HELLP completa; no entanto, quando isolados os indicadores, necessitam o mesmo tipo de atenção e cuidados e a condição é, então, chamada de HELLP parcial. O diagnóstico é feito pelo aparecimento da tríade em grávida com pré-eclampsia, ou seja, a Síndrome HELLP acompanha a pré eclampsia. A hemólise é caracterizada pela elevação de bilirrubinas e da desidrogenase lática, e facilmente detectada no esfregaço de sangue periférico, pelo encontro de esquizócitos. As transaminases hepáticas séricas encontram-se com valores maiores que 70 Ul/litro e a trombocitopenia é grave e em níveis menores que 100.000 plaquetas/mm3. A síndrome HELLP associa-se frequentemente com outras complicações, como insuficiência renal aguda, edema agudo de pulmão, coagulação intravascular disseminada (CIVD; se a mãe tem isso ela diminui os glóbulos vermelhos, diminui o teor de O2 para o feto e este, nasce com asfixia perinatal), rotura hepática e morte materna. V) Hemorragias Entre 10% a 15% das gestações apresentam hemorragias. Pode representar complicação gestacional ou agravos ginecológicos concomitantes com o período gravídico. As mais importantes situações hemorrágicas gestacionais são: Primeira metade : Ë Abortamento Ë Abortamento Habitual Ë Gravidez ectopica Ë Neoplasia trofoblastica gestacional benigna Ë Descolamento corio-amniotico Segunda metade : Ë Placenta previa Ë Descolamento da placenta Ë Rotura uterina VI) Infecção Urinária Este é o problema urinário mais comum durante a gestação. O quadro clínico varia de bacteriúria assintomática (mais de 100.000 colônias/ml de urina). A Escherichia coli é o agente etiologico mais identificado. A IU é de grande importancia, pois ela é risco para prematuridade. Os casos mais leves caracterizam-se por disúria, polaciúria e urgência miccional. Nas infecções mais graves aparecem sintomas de queda do estado geral, como: febre, calafrios, cafaléia, náuseas, vômitos e hipersensibilidade do ângulo costo- vertebral, sugestivos de pielonefrite aguda. O diagnóstico laboratorial é dado pelo exame do sedimento urinário e pela cultura. CONDUTA Nos casos leves, o tratamento é ambulatórial e a antibioticoterapia é feita por via oral durante 7 a 10 dias, Os antibióticos mais utilizados são a ampicilina, a cefalosporina de 1a geração e a nitrofurantoíana, esta última indicada para os germes gram negativos (E. coli), mesmo tratamento dos casos leves. Os casos graves requerem internação com controle dos sinais vitais, hidratação e antibioticoterapia. O antibiótico mais usado é a cefalosporina de 1ª geração. RISCO • Prematuridade • Sepse VII) Toxoplasmose A toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma gondii (TG) e adquire especial relevância quando atinge a gestante, visto o elevado risco de acometimento fetal. Entre os agravos anatômicos e funcionais decorrentes dessa afecção podem ser observados retardo de crescimento Intra-uterino, morte fetal, prematuridade e/ou toxoplasmose congênita (microftalmia, microcefalia, com ou sem hidrocefalia, retardo mental, pneumonite, hepatoesptenomegalia, erupção cutânea e calcificações cerebrais). Se a mãe teve Toxoplasmose antes de engravidar, ou seja, tem apenas IgG + não apresenta risco para o feto. Mas se for uma doença aguda durante a gestação ou uma reagudização deve- se tomar as medidas necessárias iniciando o tratamento com fármacos utiliza-se um medicamento que atravessa a BHE mas não causa prejuízos para o feto – ESPIRAMICINA DIAGNÓSTICO: • CIínico: A anamnese é pouco fidedigna em determinar o passado de toxoplasmose. O exame físico pode confirmar dados da anamnese, mas, pela baixa especificidade desses dados, o exame sorológico é necessário para fechar o diagnóstico. • Laboratorial: A imunofluorescência (Elisa) e hemoglutinação são os testes utilizados para diagnóstico. VIII) Sífilis A sífilis congênita é considerada verdadeiro evento marcador da qualidade de assistência à saúde materno-fetal (igual o peso), pela simplicidade diagnostica e fácil manejo clínico/terapêutico. Classifica-se em: • Sífilis adquirida recente (com menos de um ano de evolução): primária, secundária e latente recente; • Sífilis adquirida tardia (com mais de um ano de evolução): latente tardia e terciária; OBS: Na Sífilis Primária, aplica-se uma dose de Bezetacil; Na secundária, duas doses; Na terciária, três doses. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico na fase primária é clínico e dado pela identificação do cancro duro. Esse sinal, quando localizado internamente (vagina, colo do útero), pode passar desapercebido na mulher. Na fase secundária, o diagnóstico clínico é dado por erupções cutâneas generalizadas (roséolas sifilíticas) e pelo condiloma plano (lesões elevadas, papulosas e circulares altamente contagiosas, localizadas nos genitais e região perianal). Na fase terciária, a lesão é a goma sifilítica. Na gestação, alguns dados clínicos sugerem a possibilidade de sífilis: abortamento tardio (a partir do 4° mês), natimortos, hidropsia fetal e parto prematuro.O diagnóstico laboratorial é realizado pelo VDRL e o FTA-Abs. Obs:Qualquer situação ou patologia que altere o metabolismo lipídico, altera o VDRL (Ex: Lupus, amiloidose). A própria gestação altera as cardiolipinas dando um falso positivo de VDRL mas, nesses casos, o VDRL se apresenta em valores baixos como, ½ e 1/4; Na sífilis, o parceiro deve ser sempre testado e tratado. Recomendações v O parceiro deve sempre ser testado e tratado. v As gestantes tratadas requerem seguimento sorológico quantitativo mensal durante a gestação. v As gestantes com história comprovada de alergia à penicilina (evento raro no caso da penicilina benzatina) devem ser tratadas com eritromicina e o feto não deve ser considerado tratado (só é considerado tratado quando recebe penicilina) v Para fins operacionais, recomenda- se que os casos de sífilis latente, com período de evolução desconhecido, e as portadoras do HIV sejam tratados como sífilis latente tardia. v Portadoras do HIV podem ter a história natural da sífilis modificada, desenvolvendo neurossífilis mais precoce e facilmente. v As pacientes com manifestações neurológicas e cardiovasculares devem ser hospitalizadas e receber esquemas especiais de penicilinoterapia. v Notificação da sífilis materna pelo SINAN. Considerar a associação entre as DST e a infecção pelo HIV. Fazer o aconselhamento pré-teste e oferecer a realização de sorologia anti-HIV. IX) HIV § Estima-se que sem qualquer intervenção 15% a 30% das crianças nascidas de mães soropositivas para o HIV adquirem o vírus na gestação ou durante o trabalho de parto ou parto, ou através da amamentação. § Há evidências de que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV ocorre mais tardiamente na gestação/ durante o trabalho de parto e no parto. DIAGNÓSTICO: A identificação de gestantes soropositivas para o HIV é fundamental para um acompanhamento adequado no ciclo gravídico-puerperal e no período neonatal. Oferecer o teste anti-HIV a toda gestante, com aconselhamento pré e pós-teste/ independentemente da situação de risco da mulher para a infecção pelo HIV. O teste deve ser sempre voluntário e confidencial. Recomendações Clínicas Mesmo as mulheres que não receberam AZT oraldurante a gestação devem receber AZT injetável durante o trabalho de parto e parto, até o clampeamento precoce do cordão. Oferecer AZT solução oral ao RN. Essa terapia deve iniciar-se o mais precoce possível nas primeiras 24 horas após o parto, se possível nas primeiras 12 horas E se possível nas primeias 6 horas; e ser mantida até a 6ª semana de vida, mesmo que as mães não tenham recebido AZT durante a gestação e parto. Oferecer também Nevirapina se indicado. As mulheres infectadas devem ser informadas e aconselhadas sobre o risco de transmissão do HIV durante a amamentação e orientadas quanto ao uso de substitutos do leite materno, ou, quando disponível, o uso de leite de bancos de leite credenciados pelo Ministério da Saúde. Nenhuma criança deve receber aleitamento cruzado (leite de outra mulher). Evidências sugerem que a maioria dos casos de transmissão vertical ocorre tardiamente na gravidez, em torno do momento do parto, sugerindo que o período mais apropriado para intervir, reduzindo o risco da infecção vertical, seja o final da gestação. Estudos recentes mostram que o parto cesáreo, quando realizado de forma eletiva, contribui para a redução da transmissão vertical do HIV. Sendo o parto cesáreo, uma indicação de eleição. Recomenda-se que os serviços tenham por regra, inicialmente, avaliar conjuntamente com a paciente quanto aos riscos/benefícios do parto cirúrgico. Uma vez decidido pela cesárea eletiva, as seguintes considerações devem ser observadas: • A confirmação da idade gestacional é obrigatória, para prevenir a prematuridade iatrogênica, cesáreas eletivas devem sempre ser planejadas e executadas em condições adequadas para reduzir os riscos de morbidade materna e perinatal. • Considerar a utilização de antibiótico profilaxia, com cefalosporina de segunda geração, administrada em dose única no momento do clampeamento do cordão umbilical. Recomendações Obstétricas v Não há necessidade em isolar a paciente portadora do HIV. v Evitar que as gestantes portadoras de HIV permaneçam com bolsa rota por mais de 4 horas, ou em trabalho de parto prolongado. Pois se a bolsa está rota eu aumento a colonização da cavidade uterina e maior chance de contaminação do HIV para o feto. v Contra indicam-se os procedimentos invasivos durante a gestação, trabalho de parto e parto (amniocentese, amniotomia). v No parto vaginal, evitar a episiotomia. v Realizar o clampeamento imediato do cordão umbilical. v Aspirar delicadamente as vias aéreas do recém-nascido, evitando traumatismos em mucosas. Imediatamente após o parto, lavar o recém-nascido com água e sabão. v Orientar a gestante quanto ao preparo dos substitutos do leite materno. v Ao receber alta no puerpério, a mulher deve ser orientada quanto à importância do acompanhamento clínico dela e da criança. v Orientar gestante/puérpera quanto ao uso de preservativo em todas as relações sexuais. v O parceiro deve sempre ser aconselhado e testado. X) Arboviroses Hoje em dia, temos como problema a dengue, zica e Chichunygia. A zica é a responsável por causar mal formações no feto como a, microcefalia. Considera-se microcefalia aquelas crianças com perímetro cefálico menor que 31,9 cm. XI) Diabetes Mellitus O diabetes mellitus é doença metabólica crônica, caracterizada por hiperglicemia. É responsável por índices elevados de morbimortalidade perinatal, especialmente macrossomia fetal e malformações fetais. O diabetes mellitus associado à gravidez; pode ser classificado como: • Diabetes pré-gestacional (inclui o diabetes prévio à gravidez: tipo l, tipo 2 ou outros). • Diabetes gestacional (diagnosticado durante a gravidez; aquela mãe que faz o exame em jejum e da maior do que 100 a insulina e no exame pós prandial da maior que 125). O diabetes pré-gestacional requer tratamento especializado por equipe muItiprofissional, visando prevenir as malformações fetais associadas à hiperglicemia periconcepcional e as demais complicações maternas e fetais associadas à gravidez. Se ela não fizer um tratamento controlado, ela vai precisar tomar insulina na hora do parto e o feto nasce hipoglicemico, lesando o cérebro. Assim, mulheres com diabetes que planejam engravidar devem ser encaminhadas para centros de atenção secundária ou terciária, visando: compensação metabólica pré-concepção; avaliação da presença de complicações crônicas da doença; e orientação especializada para a prevenção de malformações fetais, incluindo o uso rotineiro de ácido fólico, Mulheres com diabetes que engravidaram sem esse planejamento também devem ser encaminhadas a serviço especializado prontamente. A Diabetes leva riscos maiores de mal formações, infecções, desenvolvimento atrasado aumentando a incidencia de doenças respiratórias. ANAMNESE: v Idade superior a 25 anos v História pessoal v Antecedentes familiares (diabetes em parentes de 1º grau) v Antecedentes obstétricos: (Macrossomia, Polidrâmnio, Morte fetal (inexplicada principalmente) ou Neonatal, Malformações, Retardo do crescimento fetal) v Exame obstétrico atual: v Ganho de peso excessivo, Altura uterina > que a esperada, Crescimento fetal excessivo, Polidrâmnio. v Exame físico: v Baixa estatura, Hipertensão arterial, Disposição central excessiva de gordura corporal Gestantes que não apresentam quaisquer dos fatores de risco enumerados, são consideradas de baixo risco, não requerendo procedimentos de rastreamento do diabetes gestacional. XII) Isoimunização A isomunização materna é uma doença fetal grave, caracterizada pela passagem transplacentária de hemácias fetais Rh (+) para a circulação materna,desencadeando na gestante uma produção de anticorpos que posteriormente causarão hemólise fetal. A imunização ocorre devido á sensibilização pelo fator Rh 98% das vezes, mas outros antígenos também podem levar a isomunização, entre os principais citamos : antígenos (Ag) C, c, Du, Kell e Duffy. O sangue materno e fetal não se misturam devido a placenta mas, qualquer fato que ocorra na gestação como, descolamento de placenta há possibilidade das hemácias Rh + passar para o sangue materno e desencadear a reação do anticorpo produzindo Ac Anti-Fator Rh. Incidência: Cerca de 1/200 ou 300 partos, em casais incompatíveis para o grupo sangüíneo Rh ; outros centros estimam essa incidência em 21/10.000 nascidos vivos. Patogenia: A sensibilização materna , ocorre através de duas maneiras principais : • Após uma hemotransfusão incompatível • Pela passagem de Ag Rh do feto para a mãe, durante a prenhez ( hemorragia feto-materna ) Diagnóstico : Determinação do grupo sangüíneo e fator Rh. É necessário conhecer o grupo sangüíneo da gestante e do pai da criança, para que seja confirmada a incompatibilidade no grupo Rh. • Coombs Indireto: Sendo a gestante Rh (-) deve-se realizar o teste de Coombs indireto para certificar se a mesma está ou não sensibilizada. Obs: Diferença entre Coombs Direto e Coombs Indireto. Esse último, pesquisa Ac circulante já o Coombs Direto pesquisa Ac presos as hemácias. Por isso, pede-se o Coombs Indireto na mãe e o Coombs Direto no bebê por que vai imunizar. Profilaxia: Através do emprego da imunoglobulina anti-Rh (imunoglobulina anti-D) até 72 horas após o parto, está indicada nas seguintes situações • Pós-parto imediato • Pós aborto (até 12 semanas de gestação, recomenda-se 50mg) • Mola hidatiforme • Gravidez ectópica • Placenta prévia • Amniocentese • Salpingotripsia • Hemotransfusão incompatível (10µg/cada ml transfundido). è Gravidez na Adolescência v Aumento da taxa de fecundação entre 15 e 19 anos e mais expressivo entre: 1- menos escolarizadas 2- mais pobres 3- residentes em área urbanav Partos atendidos no SUS- 15 a 19 anos = 20 - 25% Risco Gestacional Agressão: 1. Nas primeiras 2 semanas = abortamento (nesse período, principal causa de abortamento é mal formação congênita) 2. No período organogênico (até 8 semanas)= lesões graves 3. No período fetal = anormalidades morfológicas e funcionais Fatores de Risco para o Recém Nascido Fatores Genéticas: não podemos interferir Fatores Ambientais: podemos interferir Etiologias para Microcefalia Fatores Genéticos que geram Anomalias Congênitas 1. Responsável por 1/3 das malformações congênitas. 2. Decorrem de alterações (várias) cromossômicas • Estruturais (alteração na estrutura do cromossomo) • Numéricas (mais ou menos cromossomos) 3. Maioria das síndromes genéticas, cursam com graus de retardo mental Algumas Anomalidades Congênitas: 1. Síndrome do X Frágil - 1/500 2. Sínd. de Down (trissomia 21 )- 1/800 3. Sínd. de Edwards (idem 18) - 1/8000 4. Sínd. de Patau (idem 13 ) - 1/20000 5. Sínd. de Turner ( XO ) - 1/10000 6. Sínd. de Klinefelter (XXY) - 1/1000 Fatores Ambientais que geram Anomalias Congênitas • Responsáveis por 7 a 10% das malformações congênitas • Mecanismos de ação ainda obscuros 1. Fatores Químicos § Mercúrio - lesões neurológicas (até anencefalia). § Chumbo - abortamentos, RCIU, anomalias fetais e deficiências funcionais § Aditivos alimentares 2. Drogas e Teratogenos § Talidomida – focomelias (falta de membros). Usada hoje em dia, para tratamento de Hanseníase mas a mulher em seu uso não pode engravidar . § Maconha - baixo peso ao nascer (cérebro também tem baixo peso e menor número de conexões neuronais) § Tabaco - RCIU, prematuro,distúrbios de comportamento, crescimento físico reduzido, síndrome de abstinência ao nascer § Álcool - retardo mental, dismorfismo facial, dificuldades de aprendizado e comportamento § Benzodiazepínicos – deformidades crânio-faciais, síndrome de abstinência. 3. Agentes Infecciosos (vários) Podem provocar: aborto, PMT, natimorto e malformações graves a. Rubéola - defeitos graves (auditivos, neurológicos, cardíacos e oculares) b. Citomegalovírus - aborto no 1° trim., distúrbios auditivos e neurológicos. c. Toxoplasma - infecção ativa, catarata, hidrocefalia, microcefalia, coriorretinite, microftalmia. d. Sífilis - embrião/feto infectado em qualquer fase da doença e da gravidez, levando a sífilis congênita precoce (< 2a.) e tardia (>2a.) e. Zica – microcefalia (só 1% das mães que tiveram zica que nascem seus fetos com microcefalia); Guillain- Barré 4. Radiação § Pode provocar morte celular, lesões cromossômicas e retardo físico e mental. § Período mais suscetível para lesão cerebral - entre a 8ª e 16ª semana. Erros Inatos do Metabolismo § Doenças hereditárias. Ligado à erros da síntese protéica com mais frequência, devido à mutações capazes de alterar a constituição genética do indivíduo. § Clínica variável, sendo a deficiência mental a manifestação mais frequente quando diagnosticada tardiamente. § Detecção pré-natal - amniocentese § Detecção pós natal - pesquisa na urina e/ou sangue (teste do pezinho). § Se a criança nasceu coom algum erro inato deve-se orientar a mãe que as próximas gestações possuem mais riscos para esses erros Aconselhamento Genético Estabelecer o Diagnóstico da doença o Estudo genealógico o Prognóstico/tratamento Pediatra o 1° contato com a criança (pediatras que fazem a triagem) o Explicação aos pais sobre a doença o Apoio emocional para aceitação do filho o Orientação aos pais sobre futuras gestações Gestações o Encaminhamento ao geneticista Crescimento e Desenvolvimento Embrionário o Período embrionário ou organogênico o Período entre a 3ª e 8ª semana após a fertilização o Os principais órgãos e sistemas se formam, com mínimo funcionamento o Exposição a teratogenos poderão causar grandes malformações congênitas 4ª SEMANA v Fechamento do tubo neural (se a mãe na 4 semana tiver deficiencia de acido folico, esse fechamento não ocorre) v Coração se forma v Surgimento dos brotos do ouvido interno e cristalinos 5ª SEMANA v Crescimento do encéfalo v Membros superiores se diferenciam até as mãos 6ª SEMANA v Formação do ouvido externo v Formação dos dedos das mãos 7ª SEMANA v Ocorre herniação umbilical v Término da formação dos dedos 8ª SEMANA v Membros inferiores se desenvolvem v Cauda desaparece v Pescoço e ouvido externo formados Período Fetal § Da 9ª semana até o nascimento § Período marcado pela diferenciação dos órgãos e sistemas § Crescimento corporal importante a partir da 16ª semana § Diferenciação da genitália externa § Formação do vernix caseoso, lanugo e cabelos § Pálpebras reabrem a partir da 26ª semana § Ganho de peso é grande nas últimas semanas Avaliação Fetal § Padrão biofísico fetal § Avalia bem estar fetal e integridade do SNC fetal, através avaliação ultrassonográfica e o cardiotocografia (CTG). Ultrassonografia § Alteração do líquido amniótico § Oligohidramnia § Malformação renal § Rotura de membranas (amniorrexe) § Na ausência das anteriores: redistribuição do débito cardíaco em resposta a hipoxemia fetal. § Polihidramnia § Malformação digestiva § Diabetes Translucência Nucal § Principalmente entre a 11-14 semanas de gestação. § Consiste na medida de uma "prega" situada na região da nuca do feto. § Quando acima do valor esperado - > risco de + 30% de anomalia cromossômica. OBS.: 0,5 -1 % dos fetos normais podem ter translucência nucal > normal. Cardiotocografia v Variáveis Agudas § Movimento fetal § Tônus fetal § Movimentos respiratórios § Não reatividade a CTG § Frequência cardíaca fetal v Variáveis Crônicas § Alteração do volume amniótico Dopplerfluxometria Obstétrica § Avalia a velocidade do fluxo de sangue § Circulação materna → artérias uterinas (avalia risco de pré- eclampsia). § Circulação fetal → artéria umbilical e cerebral média (avalia de vitalidade fetal → hipoxemia “ feto está centralizado”).
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