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Grupo VI – Turma 1: Alberto Adélia Manhice Anode Jone Phiri Eneste Juliano Chaia Tema Flávia Lourenço Inguane Inoque Amironi Mumba Lúcia Peter Ngoma Micheque Sambirane Juliasse Reflexão sobre a transformação Curricular Licenciatura em Ensino de Inglês – EaD 1º Ano Universidade Púnguè Extensão de Tete 2022 Grupo VI – Turma 1: Alberto Adélia Manhice Anode Jone Phiri Eneste Juliano Chaia Tema Flávia Lourenço Inguane Inoque Amironi Mumba Lúcia Peter Ngoma Micheque Sambirane Juliasse Reflexão sobre a transformação Curricular Universidade Púnguè Extensão de Tete 2022 Trabalho em grupo da cadeira de Práticas Pedagógicas Geral, a ser apresentado ao curso de Licenciatura em Ensino de Inglês como requisito de avaliação parcial. Docente: Prof.º Doutor Arcénio Olíndo Luís Luabo 3 Índice I. Introdução ........................................................................................................................... 4 II. Objectivos da Pesquisa ....................................................................................................... 4 2.1. Objectivo Geral ............................................................................................................ 4 2.2. Objectivos Específicos ................................................................................................. 4 III. Metodologia da Pesquisa ................................................................................................. 4 IV. Reflexão sobre a transformação Curricular ..................................................................... 5 4.1. Ensino Primário ........................................................................................................... 5 4.1.1. Estratégias de Implementação do Ensino Primário .............................................. 6 4.2. Ensino Secundário ....................................................................................................... 7 4.2.1. Estratégias de Implementação do Ensino Secundário .......................................... 7 4.3. Problemas no âmbito da implementação do novo currículo ........................................ 7 4.4. Propostas para a melhoria da implementação do novo currículo ................................ 8 V. Conclusão ........................................................................................................................... 9 VI. Referências Bibliográficas:............................................................................................ 10 4 I. Introdução Segundo Dias Sobrinho (1995:28 apud DIAS et al,. 2010:45), “No mundo moderno, os conhecimentos, informações e técnicas se multiplicam e se deterioram com uma velocidade crescente”. Com a transformação curricular pretendeu-se que o ensino fosse relevante, que formasse cidadãos capazes de saber, saber ser, estar e conviver com os outros e saber fazer, além disso serem autónomos, criativos e reflexivos. É na lógica acima que se faz o presente trabalho, com intuito de reflectir em torno da transformação curricular que para o caso de Moçambique vem acontecendo desde a independência nacional em 1975, com vista a responder as diferentes transformações do processo de construção e desconstrução do estado moçambicano. II. Objectivos da Pesquisa 2.1. Objectivo Geral • Reflectir sobre a transformação Curricular em Moçambique 2.2. Objectivos Específicos • Explicar as estratégias de implementação do currículo no Ensino Primário e Secundário; • Identificar os problemas durante a implementação do currículo no Ensino Primário e secundário; e • Propor soluções para a melhoria da implementação do novo currículo. III. Metodologia da Pesquisa Para a execução deste trabalho deste trabalho se teve como base a leitura bibliográfica, assim como experiências dos membros do grupo na qualidade de professores e estudantes reflexivos. 5 IV. Reflexão sobre a transformação Curricular A transformação curricular acontece com o objectivo de trazer mudanças legítimas, todavia isso acontece com base em princípios. De acordo com PEREIRA (2011), a inovação curricular é entendida como sendo “introdução de mudanças de forma planificada visando produzir uma melhoria da acção educacional” (apud ASSANE, 2014:4). Tendo em conta o contexto educacional actual, na acepção acima, se está perante a criação de respostas para os desafios educacionais tendo como base a análise e reflexão. Dessa forma, se tornou necessário construir um currículo direccionado, para a satisfação das necessidades básicas de aprendizagem dos alunos e adequado à realidade sociocultural do país. A transformação curricular deve visar uma prática educativa libertadora na formação de cidadãos activos e aptos a aprender a aprender com o uso de métodos activos, numa situação que a educação contemporânea pressupõe alunos capazes de autogovernar seus estudos. Nesta perspectiva, as inovações implementadas em 2004, compreendiam que a formação fosse por competências com uma base reflexiva e crítica. O currículo vigente sucede a luz da nova Lei do Sistema Nacional de Educação aprovada, consensualmente, pela Assembleia da República, a 01 de Novembro de 2018 em substituição da Lei n.º 6/92, de 6 de Maio. 4.1. Ensino Primário Tendo como principal desafio curricular tornar o ensino mais significativo, que segundo INDE (2003) se assentava “no sentido de formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua família, da sua comunidade e do país”, em 2004 iniciou-se a implementação do novo currículo do Ensino Básico, com a entrada da 1ª, 3ª e 6ª classes. O currículo implementado, introduziu inovações no Ensino Básico, nomeadamente: ciclo de aprendizagem, ensino básico integrado, currículo local, distribuição de professores, progressão por ciclos de aprendizagem, línguas moçambicanas, língua inglesa, ofícios, educação moral e cívica e educação musical. O novo currículo vigente está progressivamente sendo implementado a nível do ensino primário. Neste contexto, em 2017 iniciou na 1ª classe, estando actualmente na 6ª classe, que constitui o fim do Ensino Primário e as aulas administradas num regime de um professor por turma. Isto parte do pressuposto que havia uma penalização dos alunos da 1ª a 5ª classes, visto que nem todas as escolas primárias tinham o 2º grau (6ª e 7ª classes), o que levava muitos alunos 6 a não concluírem o ensino primário. De realçar que a estruturação do 2º grau funcionava quase a modelo do Ensino Secundário. Esta implementação sucede a luz da nova Lei do Sistema Nacional de Educação em da anterior, que estabelecia a escolaridade obrigatória da 1ª. à 7ª. Classe, ciclo conhecido como Ensino Primário Completo (EPC), que era ministrado num regime de um docente para turmas da 1ª à 5ª classe, e um docente por cada disciplina na 6ª e 7ª Classes. 4.1.1. Estratégias de Implementação do Ensino Primário Para PCEP (2020:27), “a implementação deste currículo, baseado em competências, assenta na existência de professores e gestores preparados e criativos, comprometidos com os princípios estabelecidos pelo ministério que superintende a área da Educação e uma cultura de ensino centrada no aluno e nas aprendizagens. Pressupõe, ainda, a melhoria de condições de aprendizagem, estrutura e cultura organizacional da escola, numa era dominada pelas tecnologias.” Neste contexto, para a implementação do presente currículo do Ensino Primário, apresentam- se as seguintes estratégias: Ordem Estratégia Actividades/características 1 Expansão de Escolas Primárias Construção e ampliação de escolas deste nível, nas zonas urbanas e rurais de todo o país, de modo a reduzir a distância da casa à escola, o rácio aluno/professor e eliminar as turmas ao relento;Ampliação das escolas que leccionam da 1ª a 6ª classes para albergar o Ensino Básico de nove classes no futuro. 2 Ensino Baseado em Competências Para permite que o aluno aprenda no seu ritmo e mobilize conhecimentos, habilidades e atitudes para a realização de uma actividade ou tarefa. 3 Aprendizagem Centrada no Aluno O professor funciona como um facilitador cabendo-lhe criar oportunidades educativas diversificadas que permitam ao aluno desenvolver as suas potencialidades através do uso metodologias activas. 4 Educação Inclusiva Enraizar esta prática educativa, na vida da escola e da comunidade. Ajustadas as infra-estruturas para o atendimento de alunos com dificuldades de mobilidade. 7 5 Formação Inicial e em Exercício de Professores A introdução deste currículo começa com a formação dos professores a todos os níveis, para que se concorra para o sucesso da sua implementação. 4.2. Ensino Secundário 4.2.1. Estratégias de Implementação do Ensino Secundário Para este ensino, a revisão se baseia na reversão dos três princípios abaixo arrolados: • Dispersão da matéria no 1ºciclo; • Programas bastantes longos; e • Acesso ao Ensino Secundário em função do crescimento que se regista. Portanto, os programas serão reorganizados, abertura de mais escolas para este nível e com vista a acolher os graduados do Ensino Primário. Referenciar que o novo currículo apresenta a introdução da obrigatoriedade do ensino, no 1º ciclo do ensino secundário, colocando de certa forma muita responsabilidade por parte do Governo, no sentido de que terá de providenciar mais infra-estruturas, recursos humanos e materiais para as zonas recônditas, onde praticamente não existem escolas secundárias. Uma das vantagens será a redução das distâncias feitas, visto que em algumas regiões do país, os alunos eram obrigados a interromper os estudos, devido à distância que separa os seus locais de residência dos estabelecimentos de ensino secundário. Noutros pontos, os alunos das escolas primárias estavam entregues à sua sorte, devido à constante ausência dos professores, que clamam por falta de condições de trabalho. Salientar que o novo currículo retira a dispensa nas classes de exame e aumenta o número de disciplinas a serem examinadas na 10ª e 12ª Classes. 4.3. Problemas no âmbito da implementação do novo currículo Para MOREIRA (1999:10) “entender como a escola recebe, legitima ou rejeita as experiências e os saberes dos alunos/as e como estes/as se submetem ou resistem às determinações e normas escolares” (apud PACHECO, 2016:71). Portanto, numa análise mais profunda da implementação do currículo em vigor, constam entre outros os seguintes prolemas: • Falta de contextualização precisa sobre o novo currículo aliada à sua aplicação, que levou os intervenientes do processo educativo a designarem a passagem semi- automática preconizada no currículo, a passagem automática; e 8 • Professores sem capacitação durante a implementação do currículo, que culminou na baixa qualidade do ensino porque alunos progrediam sem atingir as competências básicas recomendadas no currículo, nomeadamente: ler, escrever, calcular e contar. 4.4. Propostas para a melhoria da implementação do novo currículo Para o PEE (2020:35), o Governo tem como visão “Cidadãos com conhecimentos, habilidades, valores culturais, morais e cívicos capazes de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade coesa e adaptada ao mundo em constante transformação”. Praticamente a actividade desenvolvida com o propósito de ensinar deve ser apreciada por todos aqueles que dela participam. Neste contexto, é a luz das situações verificadas baseadas numa visão do Governo propõe-se observância das seguintes etapas com vista a lograr êxito na sua implementação: • Participação de todos os estratos sociais na elaboração do currículo; • Divulgação intensiva e extensiva do currículo e respectivas inovações; e • Preparação psicopedagógica dos professores antes e durante a implementação das inovações. 9 V. Conclusão Demonstrou-se no presente trabalho os contornos da transformação curricular em Moçambique. Pretendeu-se mostrar que a transformação curricular foi justificada por factores socioeconómicos e políticos aliados a conjuntura educacional a nível mundial. Verificou-se má interpretação do currículo durante a sua aplicação. De igual forma, para reduzir o índice da baixa qualidade do ensino, deve-se antes formar e capacitar os professores. Na mesma senda, conclui-se ainda que a actividade com objectivo de ensinar deve ser apreciada por todos aqueles que dela participam. Ademais, o currículo introduzido em 2017, traz consigo inovações que possibilitam garantir uma formação de um cidadão capaz de enfrentar as adversidades da sociedade. 10 VI. Referências Bibliográficas: ASSANE, A. I. Reforma Curricular no Ensino Básico em Moçambique: Refletindo sobre as inovações. 2014 DIAS. H. et al.. Manual de Práticas e Estágio Pedagógico. 2. ed. Maputo, UP, 2010. INDE. XXVIII Conselho Coordenador: Introdução do Novo Currículo do Ensino Básico. Maputo, 2003 MINEDH. Plano Curricular do Ensino Primário: Objectivos, Política, Estrutura, Plano de Estudos e Estratégias de Implementação. Moçambique, 2020. MINEDH. Plano Estratégico da Educação 2020-2029. Maputo, 2020 PACHECO, J. A. Para a noção de transformação curricular. Cadernos de Pesquisa. Vol. 46 n.159. 64-77. 2016. UACHISSO, B. A. & FARIA C. F. Transformações Curriculares do Ensino Básico Em Moçambique: Inovações, Implementação e Desafios do Seculo XXI. REH- Revista Educação e Humanidades. Vol. I, n. 2. 436-456. 2020
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