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© UNIP 2020 all rights reserved Universidade Paulista Química Aplicada Aula 01 – Lubrificação Cursos de Engenharia (Mecânica, Mecatrônica, Produção, Elétrica e Computação) © UNIP 2020 all rights reserved © UNIP 2020 all rights reserved - Sólido: Ocorre entre corpos rígidos sem elementos entre eles. O atrito sólido pode ser de deslizamento ou de rolamento. - Fluido: Ocorre quando houver um fluido entre as superfícies. Atrito © UNIP 2020 all rights reserved Atrito Fluido - Ocorre no movimento de um corpo em um fluido ou entre duas superfícies em movimento relativo, separadas por uma fina película contínua de fluido. Há o deslizamento entre as moléculas do fluido e a resistência a esse deslizamento é o atrito fluido ou viscoso. O Atrito Fluido consiste em um mínimo percentual do valor do atrito sólido e praticamente não causa desgaste. Esta é a base do princípio da lubrificação. O ato de lubrificar está associado à aplicação da película do fluido que constitui o lubrificante. Atrito © UNIP 2020 all rights reserved Aplicação de uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento, com formação de uma película que evita o contato direto entre as superfícies, diminuindo o atrito e conseqüentemente, o desgaste. Os lubrificantes podem ser sólidos, pastosos, líquidos ou gasosos. Aplicação de lubrificante em engrenagens Lubrificação © UNIP 2020 all rights reserved Lubrificação Limite ou Restrita - A espessura da película é igual a soma das alturas das rugosidades. Nos casos de cargas elevadas e/ou baixas velocidades é necessária a aplicação de aditivos específicos (oleosidade e anti-desgaste) devida à não formação de película; Lubrificação Hidrodinâmica, Total ou Plena - A espessura da camada lubrificante é superior à soma das alturas das rugosidades. Separa totalmente as superfícies, não havendo contato entre elas. O desgaste é insignificante. Lubrificação Mista - As duas situações anteriores podem ocorrer. Máquina parada (Limite); Máquina em Movimento (Hidrodinâmica). Lubrificação © UNIP 2020 all rights reserved A eficiência do lubrificante às seguintes propriedades: Adesividade – Propriedade que permite que o lubrificante seja arrastado durante o movimento; Coesividade – Propriedade que inibe o rompimento da película do lubrificante durante o movimento; Oleosidade - Propriedade que reúne adesividade e coesividade. Lubrificação © UNIP 2020 all rights reserved O emprego de lubrificante sólido tem a finalidade de substituir a película fluída por uma película sólida, principalmente em casos de lubrificação limite. Grande resistência a pressão e a temperaturas elevadas por conta de seu baixo coeficiente de fricção (Ligações de van der Waals). São utilizados em equipamentos que trabalham em altas temperaturas. Em certos casos são misturados com lubrificantes líquidos ou pastosos (graxas) para melhorar sua resistência ao calor gerado pelo atrito entre superfícies Grafite: Pistão de instrumento de sopro, martelo de piano, fechaduras, junta de trilho de trem, partes internas de armamento, projéteis. Bissulfeto de Molibdênio (Age no vácuo): Homocinéticas, juntas universais, veículos espaciais. Lubrificantes Sólidos © UNIP 2020 all rights reserved © UNIP 2020 all rights reserved Lubrificação com Graxa Lubrificantes Pastosos (Graxas) O óleo fica preso numa trama de fibras de sabão que se assemelha aos pelos de uma escova pela ação de forças de atração. Se a graxa é submetida a tensões, as forças são vencidas; o arranjo é desfeito, o lubrificante flui. Se a força cessa as fibras de sabão tendem a se agrupar novamente devolvendo à graxa a consistência inicial. © UNIP 2020 all rights reserved Penetrômetro Consistência é uma medida de qualidade de graxas lubrificantes. O aparelho de ensaio para medir a consistência de uma graxa é o penetrômetro. Para medir a consistência usa-se um cone, um copo com o material a ser analisada e uma escala em décimos de milímetro. O ensaio (ASTM D- 217) é feito a 25°C e mede-se quantos décimos de milímetros o cone penetra na massa. Lubrificantes Pastosos (Graxas) © UNIP 2020 all rights reserved Fonte: Revista A Granja © UNIP 2020 all rights reserved São de uso restrito geralmente em locais de difícil penetração ou em lugares onde não é possível a aplicação dos lubrificantes líquidos convencionais. Alguns dos lubrificantes gasosos utilizados são ar seco , nitrogênio e gases halogenados (Freón). Este tipo de lubrificação apresenta problemas devido às elevadas pressões requeridas para manter o lubrificante entre as superfícies além de problemas de vedação. Lubrificantes Gasosos © UNIP 2020 all rights reserved São em geral preferidos como lubrificantes porque eles penetram entre partes móveis pela ação hidráulica, e além de manterem as superfícies separadas, atuam também como agentes removedores de calor. Os lubrificantes líquidos podem ser divididos em: a. Óleos minerais b. Óleos graxos (vegetais ou animais) c. Óleos sintéticos Óleo Mineral Lubrificantes Líquidos © UNIP 2020 all rights reserved São os mais importantes para emprego em lubrificação Obtidos a partir da destilação do petróleo, suas propriedades dependem da natureza do óleo cru que lhes deu origem e do processo de refinação empregado Óleos minerais aditivados são encontrados normalmente nos postos de serviço. Com especificação correta, eles atendem às necessidades da grande maioria dos motores dos carros nacionais. Óleos Minerais © UNIP 2020 all rights reserved Os óleos lubrificantes minerais são constituídos por hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos. Os óleos aromáticos não são adequados para fins de lubrificação. Características Óleos Parafínicos Óleos Naftênicos Ponto de Fluidez Alto Baixo Índice de Viscosidade Alto Baixo Resistência à Oxidação Grande Pequena Oleosidade Pequena Grande Resíduo de Carbono Grande Pequeno Emulsibilidade Pequena Grande Óleos Minerais © UNIP 2020 all rights reserved Foram os primeiros lubrificantes a serem utilizados pelo homem. A pequena resistência a oxidação apresentada pelos óleos graxos faz com que os mesmos se decomponham facilmente formando gomas. Foram substituídos pelos óleos minerais devido a evolução das máquinas e das exigências de desempenho. Os vegetais normalmente usados são: de rícino, de coco, de oliva, de semente de algodão, de mamona dentre outros. Animal: de baleia, de peixe, de foca, de espermacete, de mocotó, de banha (banha de porco). São poucos, pois oxidam facilmente. Óleos Graxos © UNIP 2020 all rights reserved São feitos a partir da mistura de complexos elementos químicos que geram óleos que suportam altas condições de cargas e temperaturas, mantendo estáveis suas características ; Os óleos sintéticos podem apresentar as mais variadas características, dependendo de sua utilização (solubilidade em água, faixa de temperatura de operação, resistência contra envelhecimento, etc.). Óleos Sintéticos © UNIP 2020 all rights reserved Densidade - Relação entre a massa de uma substância e o volume que esta mesma substância ocupa; Graus API - Forma de expressar a densidade relativa de um óleo ou derivado. A escala API, medida em graus, varia inversamente à densidade relativa. O grau API é maior quando o petróleo é mais leve. Petróleos com grau API maior que 30 são considerados leves (base Parafínica); entre 22 e 30 graus API, são médios (base Naftênica); abaixo de 22 graus API, são pesados (base aromática). A água tem grau API de 10. Ponto deFulgor (Flash Point) e Ponto de Inflamação (Fire Point) - O ponto de inflamação de um determinado combustível é a mínima temperatura em que uma determinada substância, após a formação de vapor, perpetua sua queima por pelo menos 5 segundos após sua ignição. Em seu ponto de fulgor (que se dá em uma temperatura menor do que o ponto de inflamação) esta mesma substância também produzirá vapor, porém a combustão não ocorrerá. Ponto de Névoa e Ponto de Fluidez - Ponto de névoa de um óleo a temperatura em que a parafina ou outras substâncias semelhantes, normalmente dissolvidas no óleo, começam a se separar formando minúsculos cristais tornando o óleo turvo. Ponto de fluidez é a menor temperatura na qual o óleo ainda pode escoar nas condições do teste. Características Físicas © UNIP 2020 all rights reserved Resíduos de Carbono – Quando aquecidos em ambiente fechados, os óleos podem deixar resíduos de carbono não volátil. Esses resíduos dependendo de sua dureza podem danificar as superfícies dos metais em movimento. Geralmente quanto maior a viscosidade, mais chances de formação de resíduos de carbono. Número de Desemulsão (Desemulsibilidade) – É a capacidade que o óleo tem de se separar da água quando entra em contato com a mesma, geralmente em sistemas de circulação (ex. turbinas de aviões) Perdas por Evaporação – Surgem quando os óleos são submetidos a altas temperaturas. Quanto maiores as perdas maior a viscosidade, impedindo assim sua atuação Extrema Pressão - Propriedade do óleo de evitar que as superfícies em movimento entrem em contato, mesmo quando as pressões são muito elevadas a tal ponto que possam provocar o rompimento da película lubrificante Características Físicas © UNIP 2020 all rights reserved É a característica mais importante de um óleo lubrificante. De modo geral, a viscosidade pode ser definida como a resistência oposta ao escoamento de óleo. Quanto mais espesso o óleo, maior a sua viscosidade e maior a sua resistência para escoar No sistema CGS, a unidade é dada em: dina.segundo/cm2 é denominada Poise (P) e a unidade normalmente utilizada é o “centipoise “ (cP) Para a medida de viscosidade de óleos lubrificantes utilizam-se geralmente as escalas de viscosidade: Cinemática (mais utilizada), Saybolt, Engler e Redwood Viscosidade © UNIP 2020 all rights reserved A viscosidade é a propriedade mais importante de um óleo e a temperatura é o fator mais importante que afeta a viscosidade A viscosidade decresce com o aumento da temperatura, mas essa diminuição depende da natureza química do óleo e da variação de temperatura O Índice de Viscosidade (IV) mede a variação da viscosidade com a temperatura. Quanto maior o valor do IV de um óleo, menor será a variação da viscosidade desse óleo com a variação da temperatura (menor será o efeito da temperatura sobre a viscosidade do produto). Índice de Viscosidade © UNIP 2020 all rights reserved A figura ilustra a variação e a determinação do Índice de Viscosidade (IV) calculado pela expressão: IV = L - U x 100 L - H L = valor da viscosidade cinemática a 40°C do óleo de IV = 0 (naftênicos) tendo a mesma viscosidade a 100°C que a amostra de IV a calcular H = valor da viscosidade cinemática a 40°C do óleo de IV = 100 (parafínicos) tendo a mesma viscosidade a 100°C que a amostra de IV a calcular U = valor da viscosidade cinemática a 40°C do óleo cujo IV se deseja determinar Índice de Viscosidade © UNIP 2020 all rights reserved Valores de L e H para Viscosidade Cinemática a 100°C © UNIP 2020 all rights reserved Valores de L e H para Viscosidade Cinemática a 100°C © UNIP 2020 all rights reserved Estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (EUA), classifica os óleos lubrificantes de carter somente com base na viscosidade. As demais características de um óleo não são consideradas A classificação SAE é indicada por um número e quanto maior esse número mais viscoso é o lubrificante Os óleos menos viscosos (mais finos) são classificados a baixas temperaturas de acordo com normas específicas para classificação de óleos para climas frios. Para estes óleos o grau SAE é acompanhado da letra W (Winter = Inverno). Ex.: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W Os de maior viscosidade (mais grossos) são classificados a 100°C. Ex.: SAE 20, 30, 40, 50, 60 Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE 10W-30, 20W-40, 20W-50, 15W- 50 Classificação SAE © UNIP 2020 all rights reserved ASTM - American Society for Testing and Materials Classificação SAE © UNIP 2020 all rights reserved Desenvolvida pelo Instituto Americano do Petróleo (EUA), baseia-se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, isto é, define o nível de aditivação Os principais tipos de aditivos são: anti-oxidantes, anti-corrosivos, anti-espumantes, detergente- dispersante, etc. Essa classificação é simbolizada pela letra "S" (SERVICE/SPARK - para motores a gasolina ou álcool) e "C" (COMMERCIAL/COMPRESSION - para motores a Diesel), acompanhada pela sequência crescente das letras do alfabeto, conforme evolução do desempenho dos óleos dos motores, cada vez mais exigentes. No caso dos motores à Diesel a classificação pode vir acompanhada de um número (2 ou 4). Este número especifica o número de tempos do motor. Classificações API atuais: API-SN (2010) e API-CJ-4 (2006) Classificação API © UNIP 2020 all rights reserved Fonte: Site MP LUB © UNIP 2020 all rights reserved • ILSAC (Comissão Internacional de Padronização e Aprovação de Lubrificantes) • A especificação Dexos® é projetada exclusivamente para complementar os requisitos exigentes da avançada tecnologia de motores da GM Fonte: Site MP LUB © UNIP 2020 all rights reserved Fonte: Site MP LUB © UNIP 2020 all rights reserved Grau de viscosidade ISO Viscosidade cinemática no ponto médio cS a 40°C Limites de viscosidade Cinemática (cS a 40°C) Min. Máx. ISO VG 2 2.2 1.98 2.42 ISO VG 3 3.2 2.88 3.52 ISO VG 5 4.6 4.14 5.06 ISO VG 7 6.8 6.12 7.48 ISO VG 10 10 9.00 11.00 ISO VG 15 15 13.5 16.5 ISO VG 22 22 19.8 24.2 ISO VG 32 32 28.8 35.2 ISO VG 46 46 41.4 50.6 ISO VG 68 68 61.2 74.8 ISO VG 100 100 90 110 ISO VG 150 150 135 165 ISO VG 220 220 198 242 ISO VG 320 320 288 352 ISO VG 460 460 414 506 ISO VG 680 680 612 748 ISO VG 1000 1000 90 1100 ISO VG 1500 1500 1350 1650 Classificação ISO VG Sistema de classificação de viscosidade para lubrificantes e outros fluidos industriais. Não implica em avaliação da qualidade, baseia-se apenas no valor da viscosidade na temperatura padrão de 40°C (em centistokes) Exemplo: Um óleo de classificação ISO VG 150 é um óleo que 40°C apresenta um valor de viscosidade compreendido entre 135 e 165 cS © UNIP 2020 all rights reserved O gráfico mostra a variação da viscosidade cinemática em centistokes com a temperatura em °C de um óleo lubrificante. Determine o índice de viscosidade (IV) e a classificação SAE desse óleo. IV = L - U x 100 L - H L = 273 cS (tabela) H = 139,6 cS (tabela) U= 168 cS (gráfico – viscosidade a 40°C) IV = 273 - 168 x 100 273 – 139,6 IV = 78,7 Classificação SAE Viscosidade a 100°C = 14,3 cS Tabela (entre 12,5 e 16,3) = Óleo SAE 40 Exercício Proposto © UNIP 2020 all rights reserved FIM !FIM !
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