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Mecânica dos Fluidos Aplicada Aula 1 – Fluidodinâmica Capítulo 9 - Brunetti Prof. Dr. Fábio Sevegnani Objetivos - Estudar o escoamento de fluidos viscosos no exterior de formas geométricas conhecidas. - Determinar a força de arrasto e sustentação em corpos imersos em fluidos sob escoamento. Conceitos fundamentais - Em cada ponto, a ação de um fluido numa superfície sólida pode-se decompor numa ação normal (pressão) e numa ação tangencial (tensão de cisalhamento). Escoamento Externo - As forças que atuam sob o corpo submerso em um escoamento são oriundas da interação do fluido com a superfície do corpo, ou seja, da tensão de cisalhamento (τ) produzida pela viscosidade do fluido e da tensão normal à superfície produzida pela pressão do escoamento sobre o corpo. - As forças produzidas por essas tensões produzem forças resultantes chamadas de: - Força de arrasto, na direção do fluxo - Força de sustentação, na direção perpendicular ao fluxo. Escoamento Externo - As forças que atuam sob o corpo submerso em um escoamento são oriundas da interação do fluido com a superfície do corpo, ou seja, da tensão de cisalhamento (τ) produzida pela viscosidade do fluido e da tensão normal à superfície produzida pela pressão do escoamento sobre o corpo. - As forças produzidas por essas tensões produzem forças resultantes chamadas de: - Força de arrasto, na direção do fluxo - Força de sustentação, na direção perpendicular ao fluxo. Escoamento Externo Força de Arrasto - Força de arrasto é uma força que gera resistência ao movimento de um objeto para diante. A forma ou posição do objeto em relação ao escoamento aumenta ou diminui a força de arrasto. - Por exemplo, os projetistas da indústria aeronáutica desenham os aviões de modo a reduzir ao mínimo o arrasto. Os aviões construídos segundo esses princípios precisam de motores menos potentes para voar, e a redução do arrasto também melhora o desempenho do avião. Os automóveis, trens, caminhões e outros veículos estão sujeitos ao arrasto. Força de Arrasto - Onde: Fa = força de arrasto ou arraste (N) Ca = coeficiente de arrasto ou arraste (adimensional) ρ = massa específica do fluido que escoa (kg/m3) v0 = velocidade relativa do fluido na seção ao longe (m/s) AS = área de referência (m 2) 2 a a 0 S a 2 a 0 S 1 1 F = . C . ρ . v . A ou C = 12 F . . ρ . v . A 2 Força de Arrasto - Para efeito didático, podemos desmembrar a força de arrasto em duas parcelas: - A força de arrasto de superfície (Fas), que é gerada pelas tensões de cisalhamento na superfície do sólido em questão. - A força de arrasto de forma ou de pressão (Fap), que é gerada pela pressão atuante na área de contato entre o escoamento e o sólido em questão. Força de Arrasto - Assim, podemos estudar dois casos limites relacionados à força de arrasto: - O caso da placa plana e pouco espessa onde existirá apenas a força de arrasto de superfície (Fas) - O caso do cilindro liso onde existirá apenas a força de arrasto de forma ou de pressão (Fap) Força de arrasto de superfície (Fas) Camada Limite em escoamentos externos – caso limite da placa plana - A camada limite (C.L.) é a região próxima a superfície por onde o fluido escoa e onde se manifestam os efeitos das forças viscosas do escoamento. - Assim, nessa região, um perfil de velocidade pode ser percebido pelo fato de que uma camada do fluido adere a superfície com velocidade nula (condição de não deslizamento), e a velocidade nas camadas adjacentes vai crescendo ate se igualar a velocidade a montante do escoamento. - Fora dessa região de influencia das forças viscosas, o fluido comporta-se como se não houvesse a superfície, e a sua velocidade e igual a velocidade a montante V0. Camada Limite em escoamentos externos – caso limite da placa plana - Exemplo do caso limite da placa plana Camada Limite em escoamentos externos – caso limite da placa plana - Exemplo do caso limite da placa plana Camada limite laminar e turbulenta - A CL será Laminar até a abscissa (comprimento horizontal) xcrítico a partir da qual, ocorre a formação da CL Turbulenta. Camada limite laminar e turbulenta - A “extensão” da camada limite laminar é definida pelo valor de xcrítico, que por sua vez é definido pelo Recrítico de 5.10 5 Camada limite laminar e turbulenta - Assim, só haverá formação de camada limite turbulenta, se o comprimento da placa (x) for maior do que xcrítico. - Então podemos ter as seguintes situações: - Se x < xcrítico→ só existirá CL Laminar e Cas será calculado como: - Onde: as L 1,328 C = Re 0 L v . L Re = Camada limite laminar e turbulenta - Se x > xcrítico→ existirá CL Laminar e CL Turbulenta a partir da abscissa xcrítico. - Numa situação hipotética de a CL ser totalmente Turbulenta, o Cas será calculado como: as L 0,074 C = Re5 Camada limite laminar e turbulenta - Porém, numa situação real, sempre existirá um trecho de CL Laminar por menor que seja, para depois haver a formação da CL Turbulenta. Assim, o Cas será calculado como: - Onde k é função do Recr as LL 0,074 k C = ReRe − 5 Exemplo pág 230 Exemplo pág 230 Exemplo pág 230 Exemplo pág 230 Força de arrasto de forma ou pressão (Fap) – Caso limite do cilindro liso ou esfera lisa Força de arrasto de forma ou pressão (Fap) – Caso limite do cilindro liso ou esfera lisa - A figura (a) mostra a formação da esteira no descolamento com CL Laminar e a figura (b) mostra a esteira no descolamento com a CL Turbulenta. Assim, na passagem de laminar para turbulento, há uma queda brusca da força de arrasto. Força de arrasto total - Juntando os efeitos das duas parcelas de força de arrasto, temos a força de arrasto total. - Esta é calculada como já apresentado: 2 a a 0 S 1 F = . C . ρ . v . A 2 Força de arrasto atuando em uma esfera lisa 2 a a 0 S 1 F = . C . ρ . v . A 2 Força de arrasto atuando em uma esfera lisa - Se Re <<<1→ escoamento laminar (muito lento) a 24 C = Re Força de arrasto atuando em uma esfera lisa - Para 103 < Re < 3,5.105 → escoamento turbulento aC = 0,45 Força de arrasto atuando em uma esfera lisa Força de arrasto em corpos abruptos - Os corpos abruptos oferecem grande resistência ao avanço. O caso da figura (a) apresenta uma placa plana perpendicular ao escoamento. Nesta situação para Re>100 o Ca é praticamente constante e pode ser adotado aproximadamente 1,2. Exemplo pág 236 Exemplo pág 236 Exercício 9.1 pág 239 Exercício 9.1 pág 239 Exercício 9.1 pág 239 Exercício 9.1 pág 239 Exercício 9.1 pág 239 Exercício 9.1 pág 239
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