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MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE MODELO DE ATENÇÃO É um conjunto de procedimentos, atividades e tarefas, praticados pelos serviços de saúde de forma sistemática e extensiva, constituindo uma forma dominante de prática social. É a interface do setor da saúde com a população CONCEITOS DE SAÚDE Saúde não é um produto, mas um “estado” Dinâmica entre estar e não estar: processo Processo saúde-doença: conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população Modifica-se ao longo da história Modifica-se com os conhecimentos científicos O que é saúde? Se eu perco uma parte do meu corpo, ainda tenho saúde? Se meu corpo é saudável, mas a mente não, ainda tenho saúde? O sofrimento é doença? A pobreza é doença? A exclusão social, mesmo que com boas condições materiais de existência, é doença? Posso ser saudável e estar doente? HISTÓRIA Concepções de saúde-doença: Sobrenatural – doença externa ao corpo; caráter mítico;associada as fases iniciais de civilização Natural – doença está no corpo; equilíbrio de 4 elementos naturais Subnatural – doença causada por elementos da natureza menores que os sentidos; teoria unicausal Supranatural – doença está no corpo, mas os elementos externos influenciam; teoria multicausal Artificial – determinação social da doença; a forma de viver e a relação com o ambiente externo define o processo, e é socialmente dado. DAHLGREN & WHITEHEAD, 1992 Condições sócio- econômicas, culturais e ambientais Agricult. e produção alimentos Desemprego Água e saneamento Serviços de Saúde Habitação Ambiente e trabalho Condições de vida e trabalho Educação Suporte social e comunitário Estilo de vida Idade Sexo Hereditariedade Doente e saudável Os indivíduos têm: diferentes percepções sobre ser ou estar doente ou saudável diferentes fatores de risco para adoecer mais ou menos, com maior ou menor gravidade acesso diferenciado aos fatores de proteção à saúde e aos cuidados da doença Então, existem diferentes grupos populacionais, que exigem ações e serviços diferenciados Modelo de atenção à saúde A atenção à saúde tem dimensões: Políticas: atender aos diferentes anseios e valores da população e dos profissionais Técnico-científicas: as ações devem ter orientação fundamentada e instrumentalizada pela ciência e pela tecnologia A atenção à saúde depende: Do modelo organizacional do sistema de saúde Dos profissionais de saúde envolvidos Da estrutura física e do ambiente Modelo de atenção à saúde Pode apresentar aspectos básicos que o caracterizem, mas não será o mesmo em diferentes locais e com diferentes atores É geral e singular ao mesmo tempo A teoria não caracteriza o modelo de atenção. As práticas de saúde são sua melhor definição Modelo de atenção à saúde MODELO CARTESIANO Modelo da Razão: separação entre mente e corpo Paciente: objeto da ação do médico, espectador, é cuidado e curado por outros Médico separado do paciente Valorização dos recursos tecnológicos Desconsideração aos fatores emocionais envolvidos Posturas autoritárias dos profissionais Ações setoriais e atuação fragmentada “Você viu aquela fratura da enfermaria 3?” Modelo de atenção à saúde MODELO PARA O SUS: Enfoque por problemas Vigilância à Saúde: Identificação, análise, intervenção e monitoramento, contínuos e permanentes, do processo saúde-doença e dos problemas de saúde locais Busca ativa de informação e clientela Atuação integral em micro-áreas Atenção individual como um dos níveis de prevenção na atenção coletiva, sistematizada e resolutiva Modos adequados de tecnologia, organização e divisão do trabalho Modelo de atenção à saúde MODELO PARA O SUS: Perfil de Recursos Humanos Perfil das Unidades de Saúde Estrutura da rede de serviços Regionalizada Hierarquizada Níveis crescentes de complexidade Sistema de informação Sistema de referência e contra-referência Conceitos básicos Descentralização Transferir responsabilidade e poder para os locais que executam as ações de saúde O diagnóstico e planejamento das ações será desenvolvido localmente, com participação dos profissionais e usuários O financiamento do sistema não deve ser feito a partir dos procedimentos realizados, mas a partir de critérios populacionais e epidemiológicos, respeitando necessidades e não demandas Conceitos básicos Hierarquização: Os problemas Podem sermenos graves ou mais graves Atingemmenos pessoas ou mais pessoas Exigem menos tecnologia ou mais tecnologia Estabelecemcustos menores ou custos maiores Os serviços Devem ser mais simples ou mais complexos Destinam-se para muitas pessoas ou poucas pessoas Exigem equipamentos simples ou equipamentos complexos Estabelecem custos menores ou custos maiores Conceitos básicos Regionalização Problemas simples: atingem muitas pessoas, mais frequentemente serviços locais, próximos às pessoas, com pouca tecnologia, mais baratos Problemas mais graves: atingem menos pessoas, menos frequentemente serviços regionais, mais centralizados, com mais tecnologia, mais caros Referência e Contra-referência O MODELO DEVE GARANTIR A equidade em contraposição à oferta de mercado O atendimento das necessidades reais da população A resolubilidade das unidades de saúde A disponibilidade de recursos A incorporação tecnológica
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