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Tipos de Bloqueio Atrioventricular

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BAV DE 1º GRAU 
BAV de 1o grau: caracteriza-se pelo prolongamento 
do intervalo PR, ou seja, intervalo PR > 0,20 s no 
adulto, mas as ondas P são conduzidas, com 
relação 1:1 (uma onda P para cada QRS). 
• O intervalo PR está aumentado → > 200ms 
• Toda onda P é sucedida de um QRS 
• A onda P não sucedida por QRS não 
configura BAV de 1º grau. 
EXEMPLOS: 
BAV DE 2º GRAU 
No bloqueio atrioventricular de 2º grau a onda P é 
bloqueada, não conseguindo gerar o estímulo em 
algumas descargas. 
São apresentados em 4 tipos: 
BAV 2º GRAU MOBITZ 1 
Nesse ocorre o fenômeno de weckenbach → um 
aumento gradual do intervalo PR até que haja o 
bloqueio. 
O intervalo PR aumenta até que a onda P não 
conduza o QRS, então o intervalo PR encurta 
novamente. 
EXEMPLOS: 
 
 
BAV 2º GRAU MOBITZ 2 
Nesse caso o intervalo PR é constante, não 
aumentando até que ocorra a onda P sem QRS. 
A onda P não conduz o QRS por 1 batimento e 
reinicia a conduzir. 
EXEMPLOS: 
 
 
BRADIARRITMIAS 
 
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BAV 2º GRAU 2:1 
Aqui não temos 2 ondas P conduzidas por QRS → 
2:1. 
Nesta situação, alguns estímulos provenientes dos 
átrios não chegarão aos ventrículos. Por conta disso, 
veremos intervalo PR maior que 200 ms e algumas 
ondas P bloqueadas, como, por exemplo, presença 
de 2 ondas Ps antes de cada complexo QRS. O 2:1 
refere-se à presença de 2 ondas Ps para 1 complexo 
QRS. 
EXEMPLOS: 
BAV AVANÇADO / ALTO GRAU 
Nesse caso 2 ou mais ondas P não sucedem o 
complexo QRS. 
EXEMPLOS: 
BAV DE 3º GRAU – BAVT 
Nesse há ausência de condução entre átrios e 
ventrículo. 
Todas as ondas P são bloqueadas, então P e QRS 
são independentes. 
Aqui tanto o intervalo PP quanto o RR são regulares. 
Deve ter onda P. 
O tratamento do BAVT é a utilização de atropina EV 
e passagem de marca-passo transcutâneo ou 
transvenoso. 
EXEMPLOS: 
DOENÇA do NÓ SINUSAL 
É uma doença de condução, podendo gerar ritmos 
de escape, ou seja, o nó sinusal falha e outras partes 
tentam gerar o estimulo para assumir. 
Ritmo de escape juncional: 
Ritmo de escape atrial: 
Onda P de morfologia alterada, mas presente. 
SINTOMAS E TRATAMENTO DAS DOENÇAS DO 
NÓ SINUSAL 
 
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Os principais sintomas são: 
• Síncope 
• Tontura 
• Astenia 
• Intolerância ao exercício 
A investigação irá buscar relacionar os sintomas e 
achados do ECG. 
• Ecg 
• Holter 24h é utilizado para investigar 
sintomas diários 
• Loop recorder é utilizado para pesquisar 
sintomas semanais, pois monitoriza por +10d. 
• Monitor de eventos implantável é utilizado 
para investigar sintomas mensais 
• Estudo eletrofisiológico 
É necessário avaliar também os eletrólitos, função 
renal, gasometria atrial e função tireoidiana do 
paciente. 
Excluir causas possivelmente reversíveis. 
QUANDO INDICAR MARCA-PASSO: 
Classe 1 → paciente com doença no Nó sinusal 
espontânea, irreversível ou induzida por 
medicamentos que são necessários/insubstituíveis. 
Deve ter também manifestações documentadas 
de síncope, ou IC relacionada a bradicardia. 
Ou 
Classe 1 → paciente com intolerância aos esforços 
relacionada a incompetência cronotrópica → o 
coração falha ao acelerar quando necessário. 
QUANDO NÃO INDICAR: 
Classe 2a → paciente com doença no Nó sinusal 
assintomática ou com sintomas não relacionados a 
bradicardia. 
Ou 
Classe 2a → bradicardia sintomática por uso de 
fármacos não essenciais/substituíveis. 
CLINICA E TRATAMENTO DAS DOENÇAS DE 
CONDUÇÃO DO ESTÍMULO 
Os principais sintomas são: 
• Síncope 
• Tontura 
• Astenia 
• Intolerância ao exercício 
A investigação é a mesma das doenças do nó 
sinusal. 
QUANDO INDICAR MARCA-PASSO: 
Classe 1 → 
• Permanente ou intermitente, irreversível, de 
qualquer etiologia ou local, com sintomas 
de hipofluxo cerebral ou IC consequente a 
bradicardia. 
• Assintomático, consequente a IAM 
persistente por mais de 15 dias. 
• Assintomático com QRS largo pós cirurgia 
cardíaca, persistindo por mais de 15 dias. 
• Assintomático irreversível, com QRS largo ou 
infra/intra-His, ou ritmo de escape infra-His. 
• Assintomático irreversível de QRS estreito, 
com indicação de antiarrítmicos 
depressores do ritmo de escape. 
• Adquirido irreversível, assintomático, com FC 
média abaixo de 40bpm em vigília, com 
pausas acima de 3s e sem resposta 
adequada ao exercício. 
• Irreversível assintomático, com assistolia 
durando mais de 3 segundos em vigília. 
• Irreversível assintomático com 
cardiomegalia progressiva. 
QUANDO NÃO INDICAR: 
Classe 3 → paciente com BAV congênito 
assintomático de QRS estreito e FC apropriada para 
a idade e aceleração adequada ao exercício, sem 
cardiomegalia, arritmia ventricular e QT longo. 
Ou 
Transitório, por uso de medicação, processo 
inflamatório agudo, cirurgia cardíaca, ablação ou 
outra causa reversível. 
Ex. BAV 2º grau assintomático, com normalização 
da condução AV com exercício ou atropina EV.

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