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Anatomia e Tratamento da Laminite Equina

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Anatomia 
 
Laminite equina 
Também chamada de pododermatite Asséptica Difusa, 
“Aguamento” ou Sindrome Digital aguda. É uma inflamação das lâminas 
do casco, que é a parte que mantém a 3ª falange estável, agindo 
como um velcro. 
O prognóstico é desfavorável. Os primeiros sinais são o casco 
quente e o aumento do pulso. Os membros comumente afetados é o 
torácico, por conta do peso. Em pôneis, a ocorrência é 4 vezes maior 
por conta da quantidade de sindromes metabólicas e endócrinas. 
A faixa etária que normalmente ocorre é de 4 a 10 anos e 
raramente ocorre em cavalos castrados, por serem mais tranquilos 
e ter uma dieta balanceada. 
A doença inicia-se por uma doença vascular periférica que 
gera uma isquemia no interior do casco e então as lâminas entram 
em falência. 
 
Patogenia 
A perda da integridade do tecido laminar ocorre por alguns 
mecanismos: 
• Enzimático/Metabólico: Sobrecarga de carboidratos, pós-
cólica, pneumonia, etc; 
• Endócrino: PPID, disfunção da Pars intermedia, etc; 
• Infeccioso e/ou inflamatório: Perfuração de sola, broca, etc; 
• Mecânico/traumático: Trauma, exercício intenso, chão 
inadequado, peso excessivo, etc. 
A laminite pode ser por rotação (mais fácil), afundamento (pior 
caso) ou os dois juntos (muito complicado) da 3ª falange. 
Cascos com linhas de crescimento indicam que estão sobre 
constante estresse. 
 
Laminite 
Estágios 
Os tres estágios são: subclínica, aguda e crônica. A laminite 
pode evoluir rapidamente, dentro de 48 horas, sendo muito rápido. 
Na subclínica e aguda não é visto a rotação ou afundamento, não 
tendo alterações vascularers. Na crônica, já aparece a 
rotação/afundamento com a lesão vascular. O tratamento é 
dependente do estágio. Na laminite crônica ocorre também uma 
deformação do casco. 
 
Sinais clínicos e graus de claudicação 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico se baseia em um excelente exame clínico (fisico 
completo e o específico (sistema locomotor – pinçamento do casco)) 
e com exames complementares: radiografia e venografia. Na 
radiografia, inspeciona-se a distância entre a muralha e as falanges, 
que precisam estar com a mesma distância. 
O termógrafo não é o mais utilizado, pois não é preciso. 
Quando o animal está no sol ou acabou de andar, a temperatura do 
casco sempre aumenta. 
 
Diagnóstico diferencial 
Os possíveis diagnósticos diferenciais são: osteíte 
podal/fraturas da 3ª falange, abscessos, síndrome do navicular, 
rabdomiólise e tétano. 
 
Tratamentos 
Na fase aguda, os tratamentos utilizados são: repouso, 
AINES/DMSO, botas macias/suporte, emplasto (não eficiente), 
heparina (alguns casos), vasodilatadores, tratamento com células 
tronco, hormonioterapia (em casos de disfunções metabólicas e 
endócrinas), opióides (em casos de dor extrema), PRP e Crioterapia 
(sempre). Na crioterapia, por mais que ocorra vasoconstrição nos 
primeiros 20 minutos, após isso, começa a vasodilatação por conta 
de uma ação do corpo para proteger a area. A crioterapia diminui a 
ação da metaloproteinase, responsável por degradar células e no 
casco, degrada a lâmina. 
Na fase crônica, já não a muito o que fazer, porém, pode-se 
utilizar: controle da dor neurológica, estabilização da P3, 
casqueamento/ferrageamento adequados, suplemento para 
estimular crescimento do casco, resecção de parede/tenotomia, 
PRP, tratamentos com células tronco, crioterapia (analgesia) e 
também o uso de botas macias e ferraduras especializadas. 
 
Complicações e prognóstico 
As complicações dos casos de laminite são: suporte sanguíneo 
deficiente, infecção bacteriana crônica, perfuração de sola, 
deformação da P3, alterações da biomecânica, escaras e síndrome 
cólica. O prognóstico para o animal é desfavorável.

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