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Aula_2_Doencas_infecciosas_bacterianas_em_animais_de_companhia_1

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DOENÇAS INFECCIOSAS 
BACTERIANAS EM ANIMAIS DE 
COMPANHIA
Bárbara Ribeiro Duarte
ERLIQUIOSE CANINA
• Distribuição mundial
• Rhipicephalus sanguíneus
• Ehrlichia canis
• Doença multissitêmica
• Aguda , Subclínica e Crônica
ERLIQUIOSE CANINA - ETIOLOGIA
• Cinco espécies: E. canis; Echoffeensis; E ewingii, 
E. muris, E. ruminantium – diferentes 
manifestações
• Intracelulares obrigatórios de células 
mononucleares
• Não apresentam lipopolissacarídeo na 
membrana – não se coram com o gram
ERLIQUIOSE CANINA - EPIDEMIOLOGIA
• Animais sensíveis – membros da família canidae
• Regiões tropicais e subtropicais
• Distribuição geográfica do R. sanguineus
• Vetor é contaminado durante o repasto 
sanguíneo 
• Multiplicação nas células epiteliais do intestino 
do carrapato e glândula salivar 
• Não há transmissão transovariana
• Carrapato macho a procura da fêmea
ERLIQUIOSE CANINA - EPIDEMIOLOGIA
• Bacteremia – transmissão
• Cão é o principal reservatório – ausência de 
transmissão transovariana
• Alta morbidade
• Prognóstico reservado em infecção crônica
• Coinfecção por agentes transmitidos por 
carrapatos
ERLIQUIOSE CANINA - PATOGENIA
• Período de incubação – 8 a 20 dias
• Fixação do carrapato por 8 horas para 
transmissão
• Resposta imune a picada 
• Mecanismo de evasão 
• Impede a fusão do fagossomo ao lisossomo
• Impede a maturação de CD4+
ERLIQUIOSE CANINA - PATOGENIA
• Fase aguda
• Multiplicação em leucócitos sanguíneos 
• Disseminação para fígado, linfonodos e baço 
• Visualização de mórulas 
• Alterações imunológicas e inflamatórias - trombocitopenia
ERLIQUIOSE CANINA - PATOGENIA
• Fase subclínica
• Assintomática 
• Imunidade, idade, cepa
• Participação epidemiológica – Bacteremia transitória
• Viável no baço e medula
• Não possui lipopolissacarídeos de membrana – complexo de proteínas – rearranjo
• Animais imunocompetentes – eliminação do agente
• Animais imunocomprometidos – fase crônica 
ERLIQUIOSE CANINA - PATOGENIA
• Fase crônica
• Comprometimento imunológico 
• Distúrbios hemostáticos
• Oftalmopatias e nefropatias – vasculite
• Trombocitopenia – sequestro esplênico e imunomediado
• Aderência de plaquetas ao endotélio vascular – vasculites
• TNF-alfa – Supressão da medula 
ERLIQUIOSE CANINA – SINAIS CLÍNICOS
• Sinais clínicos mais graves – fase crônica 
• Parasitismo
• Anemia
• Hemorragias – petéquias e sufusões, epistaxe, 
hematúria 
• Uveíte anterior
• Perda de peso
• Linfadenomegalia
• Pancitopenia
• Hepatomegalia e esplenomegalia 
ERLIQUIOSE CANINA – DIAGNÓSTICO
• Achados Hematológicos e Bioquímicos 
• Pancitopenia
• Hipoalbuminemia e hiperglobulinemia
• Elevação de enzimas hepáticas –ALT e FA
• Diagnóstico direto – baixa sensibilidade 6%
• Pesquisa de anticorpos 
• RIFI – resultado expresso em título de ac
• Sorologia pareada 
• ELISA – Point of care
• PCR
ERLIQUIOSE CANINA – TRATAMENTO
• Antimicrobianos – doxi – Cloranfenicol
• Terapia de suporte – hidratação + nutrição 
• Corticoides – prednisolona – 20 dias
• Imunomoduladores – levamisol
• Estimulante hematopoiéticos
ERLIQUIOSE CANINA – PROFILAXIA 
• Controle do vetor 
LEPTOSPIROSE CANINA
• Leptospira interrogans
• Caráter agudo
• Características:
• Icterícia
• IRA
• Hemorragia pulmonar
• Elevada letalidade
LEPTOSPIROSE CANINA – ETIOLOGIA
• Leptospira interrogans
• Sorogrupos e sorovares – classificação antigênica
• Forma espiralada ou helicoidal (espiroquetas)
• Flageladas
• Gram – não se coram 
Figura: A- Micrografia eletrônica de varredura de células Leptospira
interrogans. B- Leptospiras visto por microscopia de campo escuro. 
Fonte: (LEVETT; HAAKE, 2009)
A
B
LEPTOSPIROSE CANINA – ETIOLOGIA
• Fatores de patogenicidade das leptospiras:
• Endoflagelos – motilidade, facilita invasão e disseminação
• Fibronectina – aderência as células 
• Esfingomielonase H – formção de poros nas células 
• Pepitidioglicanos – mureina, estrutura da peredeque ativam as células endoteliais
• Lipopolissacarídeos – estimulam secreção de interleucinas e TNF-alfap2
LEPTOSPIROSE CANINA – ETIOLOGIA
• Sensíveis á:
• Dessecação, radiação solar, aquecimento, pH extremo, 
desinfetantes comuns
• Resistentes á:
• Meio aquoso até um ano, frio e congelamento
• Não se multiplica fora do hospedeiro
LEPTOSPIROSE CANINA – EPIDEMIOLOGIA
• Regiões tropicais – variação sazonal – chuvas
• Felinos são resistentes 
• Transmissão direta: urina, sangue, venérea, 
placenta, ingestão de tecidos
• Transmissão indirea: água, solo e alimentos 
contaminados
LEPTOSPIROSE CANINA – EPIDEMIOLOGIA
• Capacidade de atravessar a pele íntegra
• Hospedeiros de diferentes sorovares além do canícola
• Roedores – sorovar icterohaemorrhagiae
• Roedores são resistentes – leptospiúria prolongada – 30 
meses 
LEPTOSPIROSE CANINA – PATOGENIA
• Entrada: pele íntegra, lesionada e mucosa.
• Multiplicação: células endoteliais, sistema linfático e órgãos parenquimatosos 
• Estratégia exitosa de sobrevivência – células dos túbulos renais – barreira 
glomerular – vazio imunológico
• Lesão endotelial – vasculite – CID, trombocitopenia
• Toxinas bacterianas – hepatite
• Curso clínico varia com os níveis de imunoglobulinas 
LEPTOSPIROSE CANINA – DIAGNÓSTICO 
• Sinais Clínicos + histótico
• Hematologia 
• Leucocitose com DNNE
• Anemia
• Trombocitopenia
• ALT, FA e Bilirrubinas 
• Ureia e Creatinina 
• Diagnóstico Sorológico
• SAM 
• PCR
• Diagnóstico Direto
TRAQUEOBRONQUITE 
INFECCIOSA CANINA
• Tosse dos canis
• Altamente transmissível 
• Agudo 
• Laringe traqueia e brônquios 
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
ETIOLOGIA
• Agentes Bacterianos: B. bronchiseptica, Pasteurella spp. , Pseudomonas
• Agentes Virais: Parainfluenza, adenovírus canino tipo2
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
EPIDEMIOLOGIA
• Distribuição mundial 
• Fonte de infecção: cão infectado com sinais ou sem sinais 
• Transmissibilidade: 2 semanas agentes virais até 3 meses agentes bacterianos 
• Contato direto ou aerossóis
• Filhotes – infecção grave 
• Densidade populacional – canis, lojas, hospitais 
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
PATOGENIA
• Parainfluenza e CAV-2
• Multiplicação nas muscosas nasais e brônquicas 
• Destruição do epitélio ciliado
• Titulação sérica de anticorpos 
• B. bronchiseptica
• Porta de entreda pela lesão causado pelo vírus
• Produz enzima adenilato cliase que diminui capacidade fagocitária
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
SINAIS CLÍNICOS
• Manifestação complicada
• Animais não vacinados, imunocomprometidos e filhotes
• Tosse produtiva, descarga nasal e ocular mucopurulenta 
• Broncopneumonia 
• Dispneia, perda de peso, febre, letargia 
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
SINAIS CLÍNICOS
• Manifestação não complicada
• Manifestação mais comum
• Tosse seca seguida de ância
• Laringite e edema das cordas vocais – ronco
• Secreção mucosa
• Rinite e conjuntivite leve
• Autolimitante
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
DIAGNÓSTICO
• Sinais Clínico e histórico 
• Exames laboratoriais em geral sem alterações 
• Avaliar infeções intercorrentes – Cinomose, 
Ehrlichiose
• Lavado broncoalveolar
• Radiografia de tórax 
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
TRATAMENTO
• Antimicrobianos
• Sulfa e Trimetropim
• Ampicilina e cefalosporinas – alta resistência 
microbiana 
• Antiinflamatórios
• Reduzir edema das vias respiratórias
• AINES
• Brocodilatadores
• Dispneia grave 
• Expectorantes e mucolíticos
• Nebulização 
• Antitussígenos
• Interromper ciclo de estímulo a tosse
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA
PROFILAXIA E CONTROLE
• Vacinas
• CAV-2, B. bronchiseptica e Parainfluenza
• Redução de densidade 
• Manejo sanitário 
• Vacina não impede infecção 
MICOBACTERIOSES E 
TUBERCULOSE EM CÃES E 
GATOS
• Doenças piogranulomatosas
• Micobactérias tuberculosas
• Micobactérias não tuberculosas 
• Pneumonia Tuberculosa
• Micobacteriose cutânea atípica 
MICOBACTERIOSESE TUBERCULOSE - ETIOLOGIA
• Gênero: Mycobacterium 
• Mais de 130 espécies reconhecidas
• Bacilos imóveis aeróbios
• Complexo Mycobacterium tuberculosis – patógenos obrigatórios – dependem de 
hospedeiro. (M. bovis, M.tuberculosis, M.caprae, M. africanum)
• Comlexo Mycobacterium avium (MAC) - Micobactérias não tuberculosas –
ubiquitárias – solo e aerossóis 
MICOBACTERIOSES E TUBERCULOSE - EPIDEMIOLOGIA
• Humanos – HIV e Drogas ilícitas 
• Aumento do resistência bacteriana 
• M. bovis – cães e gatos – leite e carne contaminados 
• Envolvidos na manutenção da tuberculose bovina 
• Felinos e Cães eliminam bacilos pelas fezes 
• MAC – solo contaminado – soluções de continuidade 
da pele
MICOBACTERIOSES E TUBERCULOSE - PATOGENIA
• Porta de entrada: trato digestório, 
respiratório e pele 
• Multiplicação na porta de entrada e 
linfonodos regionais 
• Lesões granulomatosas
• Disseminação hematógena e linfática 
• MAC – Normalmente autolimitantes
MICOBACTERIOSES E TUBERCULOSE – SINAIS CLÍNICOS
MICOBACTERIOSES E TUBERCULOSE - DIAGNÓSTICO
• Cultura bacteriológica – padrão ouro 
• Tuberculinização
• Achados hematológicos inespecíficos 
MICOBACTERIOSES E TUBERCULOSE - TRATAMENTO
• Risco de eliminação do bacilo no ambiente domiciliar 
• Isolamento
• Micobactérias tuberculosas – período mínimo de 6 meses – associação de 
antibiótico – rifampicina
• Antibióticos específicos – limitados pelo ministério da saúde 
• Excisão cirúrgica

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