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Poluição do Ar: Causas e Consequências

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- -1
GESTÃO DA POLUIÇÃO (ATMOSFÉRICA, 
SOLO E SONORA)
PROCESSOS DA ATMOSFERA
- -2
Olá!
A poluição do ar acompanha a humanidade desde tempos muito remotos.
No entanto, essa poluição passou a ser sentida de forma acentuada quando as pessoas começaram a viver em
assentamentos urbanos de grande densidade demográfica, por consequência da Revolução Industrial, a partir do
momento em que o carvão mineral passou a ser utilizado como fonte de energia.
Alguns fatores acentuaram ainda mais essa poluição, tais como: as inovações tecnológicas ocorridas no século
XX, a utilização do petróleo como combustível, os processos industriais e a crescente utilização de automóveis e
outros meios de transporte movidos a combustíveis fósseis, que passaram a predominar no cotidiano como
agentes poluidores de destaque.
Atualmente, a poluição do ar é um problema mundial, com reflexos em todo o planeta, como o efeito estufa e a
redução da camada de ozônio estratosférico. (ASSUNÇÃO, 2009)
No início do século XX, a população do planeta era de, aproximadamente, 1,5 bilhão de pessoas. No final do
mesmo século, esse número saltou para 6 bilhões. De acordo com Assunção (2009), aliada ao aumento do padrão
de vida e do consumismo, essa explosão demográfica colaborou, significativamente, para o aumento de emissões
nocivas na atmosfera.
Diante disso, é importante reconhecermos o referido cenário – confeccionado por nós mesmos – para podermos
continuar sobrevivendo com as condições que impomos a nosso próprio planeta.
Vamos lá?
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Reconhecer as principais características da atmosfera;
2- Identificar a composição química da atmosfera;
3- Compreender os ciclos biogeoquímicos dos principais componentes da atmosfera.
1 Inversão Térmica
Antes de começarmos a falar sobre poluição – Combinacão das palavras inglesas smoke (fumaça) e fog (nevoeiro,
neblina, cerração), é importante sabermos que alguns fenômenos atmosféricos que provocam mudanças de
temperatura são naturais. Como exemplo disso, podemos citar a inversão térmica! Fenômeno natural que ocorre
nas camadas atmosféricas. Trata-se de uma troca de posição entre o ar quente e o ar frio. Em uma situação
normal, nas proximidades do solo, há tendência de o ar quente (menos denso que o ar frio) realizar um
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movimento ascendente, ocupando as camadas atmosféricas mais superiores. Devido a esse movimento, o ar
quente arrasta partículas e gases (emitidos para a atmosfera por fontes naturais e antrópicas) para as camadas
superiores (VAITSMAN; VAITSMAN, 2006).
De acordo com Vaitsman e Vaitsman (2006), em uma situação de inversão térmica, o ar próximo ao solo esfria
rapidamente, permanecendo onde deveria estar o ar quente.
Por ser mais denso, o ar frio forma uma barreira que dificulta a movimentação e, consequentemente, a dispersão
das partículas poluentes.
De modo geral, nos grandes centros urbanos, existem poucas áreas verdes, elevada concentração de edificações
para moradia, variadas indústrias e, ainda, intenso tráfego de veículos que emitem material particulado e gases
para a atmosfera.
Sendo assim, principalmente no inverno, os gases estranhos à atmosfera, juntamente com o material particulado
em presença da umidade, formam o chamado smog (combinação das palavras inglesas smoke (fumaça) e fog
(nevoeiro, neblina, cerração), que fica estacionado nas camadas inferiores, ocasionando baixa visibilidade e
problemas respiratórios à população.
Em função da ocorrência desse fenômeno, as autoridades têm o poder de decretar estado de emergência e
limitar ou proibir o tráfego de veículos, visando proteger a saúde dos habitantes e evitar acidentes.
Isso porque, em razão da combustão incompleta dos combustíveis, o monóxido de carbono (CO) emitido pelos
veículos reduz os reflexos dos motoristas, podendo causar acidentes de trânsito (VAITSMAN; VAITSMAN, 2006).
2 Poluição
Antes de qualquer coisa, é necessário que possamos entender o significado de poluição!
A poluição é qualquer acréscimo ao ar, à água, ao solo ou ao alimento que ameace a saúde, a sobrevivência ou as
atividades dos seres humanos ou de outros organismos vivos.
Os poluentes podem entrar no meio ambiente de forma natural (como, por exemplo, por erupções vulcânicas) ou
com a interferência das atividades humanas (como, por exemplo, com a queima do carvão).
• Poluentes
Substâncias químicas encontradas no meio ambiente em niveis altos o suficiente para fazer mal às
pessoas ou a outros organismos (MILLER JUNIOR, 2007) 
A maior parte da poluição advinda das atividades humanas ocorre em áreas urbanas e industriais ou perto delas,
onde as fontes de poluição se concentram (como em carros e indústrias). A agricultura industrializada também é
•
- -4
uma grande fonte de poluição. Alguns poluentes contaminam a área onde são produzidos; outros são
transportados pelo vento ou pela água corrente para outras áreas (MILLER JUNIOR, 2007).
3 Poluição do Ar
A pode ser definida como a presença de matéria ou energia na atmosfera, de forma a torná-lapoluição do ar 
imprópria, a causar prejuízos aos usos antrópicos, à saúde pública e ao ecossistema natural.
A exposição à poluição atmosférica é tão antiga quanto a exposição do ser humano ao fogo.
Há evidências arqueológicas de que a gerou problemas para ospoluição do ar em ambientes internos 
humanos, que usavam fogo em espaços confinados.
Há, por exemplo, referências à poluição atmosférica e ao controle do uso do carvão em vários períodos ao longo
da história.
Entretanto, foi no período pós-Revolução Industrial que se iniciou o reconhecimento público de episódios
agudos de poluição do ar.
Vamos ver alguns exemplos desse reconhecimento?
4 Episódios de Poluição do Ar
Veja, a seguir, alguns exemplos de episódios de poluição do ar reconhecidos no período pós-Revolução
Industrial:
1930:
Conforme Guimarães (1992), em 1930, no Vale do Meuse (Bélgica), um grande número de pessoas adoeceu com
dores no peito, tosse, dificuldade de respiração, irritação no nariz e nos olhos.
Na ocasião, 60 pessoas morreram, principalmente idosos portadores de doenças do coração e dos pulmões.
O evento durou 5 dias, presumindo-se que uma combinação de poluentes esteve associada ao episódio, entre os
quais se destacou a presença de gotículas de ácido sulfúrico resultante de altas concentrações de dióxido de
enxofre em presença de gotículas de água.
1948:
Em 1948, em Donora (Estados Unidos), outro episódio também resultou em problemas críticos de saúde, com
14.000 habitantes apresentando irritaçã do trato respiratório e dos olhos.
No episódio, 20 pessoas morreram, principalmente aquelas portadoras de doenças cardíacas e do sistema
respiratório.
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O evento durou 5 dias e acreditou-se que esteve associado à presença de dióxido de enxofre e material
particulado em suspensão no ar (GUIMARAES, 1992).
1952:
De acordo com Guimarães (1992), em 1952, em Londres, cerca de 3.500 a 4.000 pessoas morreram além do
esperado para aquele periodo, principalmente idosos e aqueles portadores de bronquite, broncopneumonia e 
doenças do coração.
Acreditou-se, também, que o fato esteve associado à presença de dióxido de enxofre e material particulado em
suspensão no ar.
No mesmo ano, em Bauru (Brasil), foram registrados 150 casos de doença respiratória aguda e 9 óbitos.
Os pacientes apresentaram bronquite e manifestações alérgicas do trato respiratório. Verificou-se que o episódio
ocorreu em razão da emissão na atmosfera de pó de mamona, por uma industria de extracao de óleos vegetais.
(GUIMARAES, 1992)
5 Poluentes Atmosféricos
Os são quaisquer substâncias que, quando lançadas na atmosfera, podem resultar empoluentes atmosféricos
concentrações que causam ou podem causar danos à saúde e ao meio ambiente (WHO, 1999).
Conforme a Organização Mundial da Saúde, os poluentes atmosféricos podem ser classificados de acordo com a
forma de sua emissão e formação.
Nesse sentido, eles podem ser:
a) poluentes emitidosdiretamente pelas fontes;Primários:
São exemplos de poluentes atmosféricos primários: emissões provenientes de veículos movidos à gasolina que
englobam o dióxido de carbono, a água, o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos, etc., conforme a
composição do combustível. Outros poluentes primários são: o dióxido de enxofre, o metano, as mercaptanas,
etc.
b) poluentes não emitidos diretamente por fontes, mas formados a partir de reações ocorridas naSecundários:
troposfera.
São exemplos de poluentes atmosféricos secundários: o ozônio, o dióxido de nitrogênio Peroxiacetil Nitrato
(PAN).
Há vários poluentes encontrados na atmosfera provenientes de reações ocorridas nela mesma.
Em outras palavras: a atmosfera, por vezes, funciona como um recipiente que provê condições satisfatórias para
que ocorram reações entre poluentes emitidos, resultando em outras substâncias que, muitas vezes, sequer sao
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emitidas por qualquer fonte de poluição do ar, formando, dessa forma, os poluentes secundários. (GUIMARÃES,
1992)
Uma das reações que ocorre em uma atmosfera poluída é a reação fotoquímica, pela qual reagem óxidos de
nitrogênio e hidrocarbonetos na presença da luz solar, o que resulta nos oxidantes fotoquímicos (que sao
tóxicos).
No caso da formação do ozônio, por exemplo, o NO2 é transformado fotoquimicamente, sob a ação de raios
ultravioletas, em NO e oxigénio atômico. Este último reage com o O2 para gerar o O3 (ozônio).
A presença de radicais de peróxidos, resultantes de reações dos HC e outros compostos orgânicos, favorece a
retransformação de NO em NO2, sem destruir, no entanto, o ozônio formado.
Sendo assim, estabelece-se um processo de formação em série de ozônio, com pico de concentração do poluente
por volta do meio-dia. Conforme a radiação solar diminui, a taxa de formação do O3 também diminui, uma vez
que se trata de reação fotoquímica (WHO, 1999).
6 Forma de Classificação dos Poluentes Atmosféricos
Uma das formas de classificação dos poluentes atmosféricos que considera seu estado físico separa os poluentes
em material particulado e gases e vapores.
Veja abaixo como seria feita essa classificação.
De acordo com Who (1999), o material particulado inclui:
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Partículas Totais em Suspensão (PTS):
As Partículas Totais em Suspensão provocam doenças respiratórias que podem causar câncer, corrosão de
materiais e destruição da flora. Além disso, tais partículas podem causar incômodo como, por exemplo, acúmulo
de sujeira e interferência na luz solar e também funcionar como superficie catalitica para reação de produtos
quimicos adsorvidos (WHO, 1999 apud PHILIPPI JUNIOR; MALHEIROS, 2009).
Partículas inaláveis (exaustão de diesel, poeira de carvão e poeiras minerais como calcário e cimento, poeiras
metálicas e fumos como zinco, cobre, ferro e chumbo, névoas ácidas como pesticidas, pintura e fumaça de óleo):
As partículas inaláveis finas (com diâmetro aerodinâmico médio menor que 2,5 um) têm comportamento físico-
quimico diferenciado das partículas inaláveis grossas (com diâmetro aerodinâmico médio menor que 10 um e
maior que 2,5 um), o que resulta em riscos e impactos diferenciados na saúde pública e no meio ambiente.
Essas particulas geralmente são emitidas por atividades, tais como: combustão industrial e residencial, exaustão
de veiculos automotores, etc. Tais particulas também se formam na atmosfera a partir de gases como dióxido de
enxofre e os óxidos de nitrogênio, bem como por compostos orgânicos voláteis (emitidos em atividades de
combustão), transformando-se em partículas como resultado de reações quimicas no ar.
As partículas inaláveis finas penetram mais profundamente no trato respiratório, enquanto as partículas
menores do que 0,5 um podem depositar-se nos alvéolos (CETESB, 2002; WHO, 1999).
7 Concentrações de Poluentes na Atmosfera
As quantidades de poluentes na atmosfera podem resultar em concentrações de dezenas a milhares de
microgramas por metro cúbico de ar (µg/m3). Essa é apenas uma das formas de expressarmos concentrações de
poluentes na atmosfera!
Outra unidade utilizada para gases e vapores são partes de poluentes por milhão de partes de ar em volume
(ppm) ou, ainda, partes por bilhão (ppb). (GUIMARÃES, 1992).
As concentrações de poluentes podem ser expressas como valores instantâneos ou valores ponderados em um
período de tempo.
Tudo depende da base estatística utilizada na apresentação dos dados e das características referentes aos
impactos potenciais que o poluente pode causar na saúde pública e no meio ambiente. (GUIMARÃES, 1992)
Também são considerados importantes aqueles poluentes que apresentam grande impacto agravante à saúde
pública e ocupacional, como: o cloro e seus compostos, o gás sulfídrico, os sulfatos, o flúor e seus compostos, as
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névoas ácidas em geral, os odores em geral, as fumaças em geral, o mercúrio, as partículas de chumbo, o amianto,
as partículas radioativas, o alfa benzopireno e similares, o ruído, o pólen, etc. (PHILIPPI JUNIOR; MALHEIROS,
2009).
8 Capacidade de Autodepuração da Atmosfera
A atmosfera possui uma capacidade finita de assimilação (capacidade de autodepuração) que já foi ultrapassada,
conforme mostra o aumento de concentração de diversos gases – em especial o gás carbônico, o metano, o óxido
nitroso e os clorofluorcarbonos.
Sendo assim, para que tenhamos uma boa qualidade do ar, precisamos agir a fim de:
• Minimizar a geração de resíduos;
• Definir e aplicar formas corretas de tratamento e de disposição de resíduos gerados;
• Desconcentrar grupos humanos e suas atividades econômico-poluidoras, ganhando tempo e espaço para 
sua autodepuração.
Em última análise, isso acarretará mudanças no estilo de vida da sociedade e de sua relação com a natureza
(ASSUNÇÃO, 2009).
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Fontes de emissão de poluentes atmosféricos;
• Principais problemas globais e locais referentes à poluição do ar;
• Processo de dispersão de poluentes na atmosfera.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conheceu a inversão térmica;
• Compreendeu a poluição atmosférica;
• Identificou os principais poluentes atmosféricos
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