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Sistemas de Informação Gerencial

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
GERENCIAL
PROF.A MA. CLAUDIA HEIDEMANN DE SANTANA
Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-Reitoria Acadêmica:
Maria Albertina Ferreira do 
Nascimento
Diretoria EAD:
Prof.a Dra. Gisele Caroline 
Novakowski
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Fernando Sachetti Bomfim
Marta Yumi Ando
Simone Barbosa
Produção Audiovisual:
Adriano Vieira Marques
Márcio Alexandre Júnior Lara
Osmar da Conceição Calisto
Gestão de Produção: 
Cristiane Alves
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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UNIDADE
01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................4
1. CONCEITOS BÁSICOS ...........................................................................................................................................5
1.1 DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO .........................................................................................................5
1.2 SISTEMA ...............................................................................................................................................................7
1.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ............................................................................................................................8
1.4 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS MODERNAS ............................................................................................. 11
1.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS – SIG ......................................................................................... 13
1.6 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES ..................................................................... 14
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 16
FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA 
DA INFORMAÇÃO
PROF.A MA. CLAUDIA HEIDEMANN DE SANTANA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Caro(a) estudante, a disciplina de Sistemas de Informação Gerencial (doravante, abreviada 
por SIG) vai lhe proporcionar conhecimentos acerca dos SIGs e sua importância como base para 
as funções de planejamento, controle e tomada de decisões das organizações. 
Esta disciplina tem como objetivo apresentar como os SIGs têm transformado as 
organizações e os processos, entendendo as mudanças contínuas e dinâmicas no mundo dos 
negócios, possibilitadas pela tecnologia.
A disciplina está dividida em quatro unidades. Nesta primeira unidade, abordaremos 
alguns conceitos e princípios de sistemas de informações. Veremos como a informação tem 
valor para uma organização, seja ela privada, governamental ou � lantrópica, pois, quando a 
informação é analisada e tratada, isso traz sempre benefícios na sua utilização. Veremos sob 
quais circunstâncias a informação passa a ter valor adequado para a organização na gestão, 
especialmente no processo decisório.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
1. CONCEITOS BÁSICOS
É muito importante entendermos os conceitos que envolvem informação e sistemas. Os 
sistemas de informação são de suma importância para os gerentes e outros trabalhadores do 
conhecimento na era da informação. Para tanto, iniciemos entendendo o que é dado, informação 
e conhecimento. 
1.1 Dado, Informação e Conhecimento
Você sabe a diferença entre dado e informação?
Frequentemente, essas palavras são usadas de forma intercambiável, mas elas não são a 
mesma coisa. Inicialmente, o dado é bruto, não foi adaptado, processado ou interpretado. 
Dado é o primeiro elemento, representa a informação em sua forma bruta e di� cilmente 
irá sustentar sozinho uma boa decisão. Os dados precisam ser coletados, tabulados, transformados 
e preparados para se tornarem úteis para a tomada de decisão. Oliveira (1993, p. 51) explica que 
“[...] dado é qualquer elemento identi� cado em sua forma bruta que, por si só, não conduz a uma 
compreensão de determinado fato ou situação”.
Assim, percebemos que os dados precisam ser transformados em informação para que 
sejam úteis à tomada de decisão em uma organização.
Stair e Reynolds (2014) assim de� nem:
[...] os dados são constituídos de fatos crus, como o número de um funcionário, 
total de horas trabalhadas em uma semana. Quando estes fatos são organizados 
de maneira signi� cativa, eles se tornam informação. Informação é um conjunto 
de fatos que organizados de tal maneira possuem valor adicional, além do valor 
dos fatos (STAIR; REYNOLDS, 2014, p. 4).
Os dados armazenados, preparados, organizados e disponíveis podem se transformar em 
informações e se tornar relevantes para as organizações no processo de tomada de decisão.
Figura 1 - Transformação de dados em informações. Fonte: Mancini (2020).
O tipo de informação criada depende da relação de� nida entre os dados existentes. 
Existem duas fontes que o cérebro usa para construir esse conhecimento: as informações e os 
dados. Veja essa relação na Figura 2.
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Figura 2 - Dados e informação gerando conhecimento. Fonte: A autora.
“Conhecimento é a consciência e a compreensão de um conjunto de informações e os 
modos como essas informações podem ser úteis para apoiar a tarefa especí� ca ou para chegar a 
uma decisão”, explanam Stair e Reynolds (2014).
O que � ca claro é que dados precisam ser transformados em informações e que ter 
conhecimento signi� ca entender as relações que existem nas informações. Logo, por meio do 
uso do conhecimento no processo de converter dados em informações, os dados tornam-se úteis 
para a tomada de decisão ou execução de uma tarefa.
Em alguns casos, as pessoas processam os dados mental ou manualmente; em outros 
casos, utilizam o computador. É daí que podemos associar o SIG com informação, como sendo 
uma forma (metodologia, programa de computador, sistema etc.) que reproduz o processo de 
transformação de dados em informações, as quais serão utilizadas no processo decisório de uma 
organização.
Figura 3 - O processo de transformar dados em informação. Fonte: Stair e Reynolds (2014).
Qual a diferença entre dado, informação e conhecimento?
A informação é o dado processado, que adquire algum signifi cado que tenha 
valor para seu usuário. A junção e a aplicação das informações com um objetivo 
específi co produzem o conhecimento. Essastrês variáveis têm signifi cados 
diferentes apesar de serem muito próximas e inerentes uma à outra. As informações 
são criadas a partir da transformação dos dados por meio da aplicação do 
conhecimento humano.
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1.2 Sistema
Outro conceito inicial que precisamos recordar é o de sistema.
A de� nição de Stair e Reynolds (2014) nos diz que sistema é um conjunto de elementos 
que interagem para realizar objetivos. Os próprios elementos e os relacionamentos entre eles 
determinam como o sistema funciona.
A palavra sistema, vinda do grego, signi� ca “combinar”, “ajustar”, “formar um conjunto”, 
e formar esse conjunto é realizar os objetivos. Todo sistema opera por meio de entrada, 
processamento e saída, com um objetivo a ser atingido.
Quando se fala em sistemas, Berthanlan� y, um dos mais importantes cientistas do século 
XX, que elaborou a teoria geral dos sistemas, de� ne que sistema é um conjunto de elementos 
interdependentes em interação, formando uma atividade para atingir um objetivo, que opera 
sobre dados/energia/matéria para fornecer informação/energia/matéria.
 Na Figura 4, temos um diagrama que nos mostra os componentes de um sistema e como 
eles interagem visando a um objetivo. O mecanismo de realimentação é um componente crucial, 
que ajuda a atingir os objetivos (saídas) de� nidos ou desejados para uma operação bem-sucedida 
do sistema. 
Figura 4 - Esquema teórico dos elementos de um sistema e sua interação. Fonte: A autora.
Veremos a seguir como os sistemas podem nos auxiliar nesse processo de transformar 
dados em informações para um melhor desempenho na tomada de decisões, de forma e� ciente 
e e� caz.
Qual a diferença entre efi ciência e efi cácia? É possível um sistema ser efi ciente, 
mas não efi caz?
Efi ciência, segundo dicionários, é virtude ou característica de alguém ou algo 
ser competente, produtivo, de conseguir o melhor rendimento com o mínimo de 
erros e/ou dispêndios. E efi cácia é a qualidade daquilo que cumpre com as metas 
planejadas.
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1.3 Sistemas de Informação
“O so� ware tornou-se o elemento-chave da evolução e 
produtos baseados em computador” 
(PRESSMAN, 2011a, p. 48).
Sistemas de Informação (doravante, SI) é um tipo especializado de sistema, cuja � nalidade 
é processar e armazenar informações. Entender sobre o uso dos SIs nas organizações, para os 
trabalhadores do conhecimento na sociedade de informação global, é essencial. 
O que torna os SIs tão essenciais nas organizações de hoje?
Laudon e Laudon (2010) de� nem SI como um conjunto de elementos relacionados que 
coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações para melhorar a 
tomada de decisões da coordenação e o controle de uma organização. Também auxiliam gerentes 
e colaboradores a analisarem problemas, visualizar assuntos complexos e desenvolver produtos 
novos.
Os SIs evoluíram com o passar do tempo (assim como a tecnologia), passando da 
operacionalização das tarefas rotineiras e da integração entre os diferentes sistemas na empresa 
para a informação como recurso estratégico e seu uso para alcançar vantagens competitivas. 
Com a evolução da tecnologia, os SIs também evoluíram como um auxílio para a vantagem 
competitiva e uma arma estratégica. Foram adicionados novos recursos e deixaram de ter apenas 
o papel de facilitadores das tarefas rotineiras nas organizações.
De acordo com O´Brien (2006), a evolução dos computadores tem sido acompanhada 
pelos SIs. No Quadro 1, são apresentadas algumas características e funcionalidades dos SIs, 
contextualizadas nas respectivas épocas de seu surgimento.
Quadro 1 - Algumas características e funcionalidades dos SIs e a época correspondente. Fonte: O´Brien (2006).
Peter Drucker, o “pai” da administração moderna, defi ne que a efi ciência consiste 
em fazer certo as coisas: geralmente está ligada ao nível operacional, como 
realizar as operações com menos recursos – menos tempo, menor orçamento, 
menos pessoas, menos matéria-prima, etc. Já a efi cácia consistiria em fazer as 
coisas certas: geralmente está relacionada ao nível gerencial.
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Os SIs possuem três atividades básicas para gerar conclusões de que as organizações 
precisam para tomar decisões, controlar operações, analisar problemas e até mesmo criar novos 
produtos e serviços. Essas três atividades são entrada, processamento e saída. O feedback também 
é uma atividade importante da qual o SI necessita para saber avaliar ou corrigir a atividade de 
entrada. Observe a Figura 5.
Figura 5 - Funções de um SI. Esse sistema contém informações sobre uma organização e o ambiente que a cerca. 
Fonte: Laudon e Laudon (2014).
Os SIs podem ser de vários tipos: sistemas de informação manuais (com lápis e 
papel); sistemas de informação informais (boca a boca); sistemas de informação formais (com 
procedimentos escritos); e sistemas de informação automatizados, que são aqueles baseados em 
computador, que se utilizam da Tecnologia da Informação (TI) para atingirem seus objetivos.
A denominação TI é utilizada para a tecnologia que envolve o desenvolvimento, 
manutenção e uso dos sistemas de computador, so� ware, hardware e redes para processamento 
e distribuição de dados.
Werner e Werner (2004) expõem que:
A TI dá sustentação a cada passo do processo de informação: identi� cando 
os responsáveis pelas principais decisões e suas necessidades em matéria de 
inteligência, coletando e analisando informação, disseminando os resultados 
da inteligência, avaliando produtos e serviços. A tecnologia organiza o � uxo 
da informação e ajuda a concentrá-lo nas funções principais da inteligência: 
alertar com devida antecipação para o surgimento de oportunidades e ameaças; 
auxiliar o processo da tomada de decisões estratégicas; auxiliar decisões táticas 
e operações de negócios; avaliar e monitorar concorrentes, setores de negócios 
e tendências sociológicas e políticas; subsidiar o planejamento estratégico e 
estratégica do processo (WERNER; WERNER, 2004, p. 206).
Os sistemas de informação automatizados são muito mais do que computadores 
(LAUDON; LAUDON, 2010). Para as organizações, é necessária a integração de vários recursos, 
como hardware, so� ware, pessoas, tecnologia de redes e tecnologia de dados, para coleta, 
organização, seleção, armazenamento e disseminação dos dados em uma organização (O´BRIEN, 
2006).
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Seguem as de� nições:
• Hardware: é o equipamento físico, computadores e periféricos. Juntos, processam dados e 
informações e permitem sua visualização.
• So� ware: consiste nas instruções, conjunto de programas que permitem ao hardware 
processar os dados.
• Pessoas: são os indivíduos que trabalham com o sistema ou utilizam a sua saída. São 
usuários e operadores de hardware e so� ware.
• Tecnologia de redes: sistema de ligação que permite o compartilhamento de recursos 
entre computadores.
• Tecnologia de dados: so� wares e hardwares que comandam a organização dos dados em 
meios físicos de armazenagem.
Figura 6 - Recursos utilizados pelos sistemas de informação em uma organização. Fonte: Adaptado de O´Brien 
(2006).
Um SI envolve muito mais do que apenas computadores, e não podemos esquecer que, 
além das tecnologias, está o ser humano, cujo conhecimento e labor são fundamentais para o 
sucesso de qualquer SI.
Nos diferentes níveis da hierarquia organizacional, os SIs desempenham papéis vitais: 
eles apoiam a organização nas operações e processos da empresa, na tomada de decisão de 
empregados e gerentes e nas estratégias para a vantagem competitiva (LAUDON; LAUDON, 
2010).
Para diferentes problemas e níveisorganizacionais, temos diferentes tipos de SIs. Por 
haver uma variedade muito grande de áreas de negócio, é preciso uma abordagem única para 
cada uma.
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1.4 Estruturas Organizacionais Modernas
Na Figura 7, podemos observar que cada nível da organização utiliza um tipo de SI. 
No nível mais baixo da pirâmide, temos o nível operacional, com as atividades mais rotineiras 
e repetitivas da organização; assim, os SIs são aqueles de controle e conferência. No nível 
gerencial ou tático, os sistemas auxiliam na tomada de decisão por meio da emissão de relatórios 
gerenciais. E no topo da pirâmide, está o nível estratégico. Nele, SIs dão suporte aos problemas 
não repetitivos, chamados de problemas não estruturados, voltados à alta direção da organização 
(BELMIRO, 2015).
Figura 7 - Pirâmide dos sistemas de informação. Fonte: Belmiro (2015).
Vianna (2015) nos propõe uma lista de siglas, nomenclaturas e características de SIs 
que auxiliam o dia a dia dos administradores nas organizações. No Quadro 2, veja as diferentes 
características e nomenclaturas de sistemas, que auxiliam na gestão do conhecimento nas 
organizações em seus diferentes níveis.
SIGLA SIGNIFICADO
OLAP OLAP (On Line Analytical Processing – Processamento On-line Analítico) é uma abordagem 
que visa respostas rápidas para consultas que analisam os dados sob vários aspectos. As apli-
cações mais comuns do OLAP são relatórios de vendas, marketing e informações de planeja-
mento fi nanceiro e orçamentário. Produzem também a geração de relatórios de gerenciamento 
chamados de BPM (Business Process Management – Gerenciamento de Processos Empresa-
riais).
O termo OLAP derivou do termo OLTP (On Line Transaction Processing – Processamento Onli-
ne de Transações), que é tradicional em base de dados e que se refere aos sistemas que regis-
tram todas as transações de uma ou várias operações na empresa. 
O OLAP, juntamente com o ETL (Extract, Transform, Load) e o Data Mining, geralmente são par-
tes constituintes de um BI.
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Metadados São informações (dados) sobre um determinado conteúdo (os dados), indicando a hierarquia 
dos dados. Geralmente utilizados para facilitar o entendimento, o uso e o gerenciamento de 
dados, variam conforme o contexto de uso. Na Websemântica3, este conceito está basicamen-
te ligado à facilidade de recuperação dos dados devido ao seu valor e signifi cado. Um exemplo 
simples de um metadado é a fi cha catalográfi ca de um livro.
BI Business Intelligence (BI) é um termo de gerenciamento de negócios que se refere a aplicações 
e tecnologias empregadas para coletar, fornecer acesso e analisar dados e informações sobre 
as operações das empresas, analisando tendências e comportamentos. Geralmente, permitem 
interação e uma visualização intuitiva e dinâmica.
ETL Extração, Transformação e Carga (Extract, Transform, Load – ETL) é um processo que envolve 
extração, transformação e carga em uma base de dados. Geralmente são programas de com-
putador cuja função é a extração de dados de diversos sistemas, transformá-los em regras de 
negócios e carregá-los em um Data Mart ou Data Warehouse.
Data
Warehouse
Data Warehousing: integração de dados organizacionais para a tomada de decisões. 
Surgidas na década de 1980 e derivadas de conceitos acadêmicos, são aplicações de suporte 
à decisão e cresceram muito visto que os SGBDs (Sistemas Gerenciadores de Bases de Dados) 
possuem técnicas para otimização de consultas e indexação, suporte a consultas complexas, 
recursos para defi nir e usar visões etc. O DW consolida grandes quantidades de dados, sendo 
sumarizados geralmente através de um OLAP e disponibilizados para a consulta.
Data Mart Armazenamentos de dados em menor escala. São chamados de Data Mart e geralmente 
concentram apenas informações essenciais à organização, possuindo um custo menor de 
propriedade. Um Data Mart é um pequeno Data Warehouse, que fornece suporte à decisão, 
limitado a um grupo de pessoas.
Data Mining Mineração de dados ou data mining é o processo de explorar grandes quantidades de dados à 
procura de padrões consistentes. Utilizando técnicas da Estatística, Recuperação da Informa-
ção, Inteligência Artifi cial e reconhecimento de padrões, busca detectar relações sistemáticas 
entre variáveis.
BSC Balanced Scorecard - Em 1992, Robert Kaplan (professor de Contabilidade em Harvard) e David 
Norton (presidente da Nolan, Norton & Company – consultoria em Tecnologia da Informação 
em Massachussets) apresentaram o Balanced Scorecard (BSC) em um artigo da Harvard Bu-
siness Review (HBR). A partir do fi nal dos anos 1990, tornou-se bastante conhecido, tendo seu 
conceito sido apropriado em vários softwares de gestão.
O BSC busca o equilíbrio entre objetivos de curto e longo prazos. Iniciou apenas com medidas 
quantitativas (fi nanceiras) e depois estendeu-se a medidas qualitativas (não fi nanceiras), tra-
tando de aspectos internos e externos da organização, tendo sempre objetivos e metas (medi-
das) a serem alcançados.
Baseia-se em medidas sob quatro pontos de vista:
Do cliente: Como os clientes nos veem?
Interna: Em quê nos destacamos (temos excelência)?
Inovação e aprendizagem: Podemos continuar a melhorar e a criar valor?
Financeiras: Como é que vamos olhar para os acionistas?
Principais passos que permitem a implantação de Balanced Scorecards, capazes de construir a 
organização focada na estratégia (SFO Strategy-Focused Organization):
1. Mobilizar a mudança por meio da liderança executiva.
2. Traduzir a estratégia (em ações / operações).
3. Alinhar a organização à estratégia.
4. Motivar os funcionários a fazerem da estratégia o seu trabalho do dia a dia.
5. Cuidar para fazer da estratégia um processo contínuo.
DBM Database Marketing é um método de longo prazo, voltado para o cliente e profundamente ba-
seado em informações. Visa a orientar e unifi car os esforços de marketing, sendo formado por 
um conjunto de habilidades: Marketing, Tecnologia, Estatística e Gerenciamento de dados
SIGLA SIGNIFICADO
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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ERP Enterprise Resource Planning - Geralmente os ERP focam nas áreas operacionais de uma em-
presa, como a Contabilidade, Finanças, RH, Produção etc., buscando padronizar os processos, 
os procedimentos e as informações, quase sempre gerando maior produtividade.
Até os anos 1960, os problemas de gestão eram basicamente de suprir estoques. Surge com 
isso, na década de 1970, o Planejamento das Necessidades de Materiais - Material Requeri-
ment Planning (MRP), que implementava o planejamento futuro de uso de matérias-primas e 
das etapas produtivas.
Os sistemas ERP têm origem a partir de uma série de evoluções tecnológicas e conceitos de 
gestão.
Nos anos 1980, com as evoluções tecnológicas e com a própria ciência da Administração 
propondo novos conceitos de gestão, o MRP evoluiu para o Planejamento dos Recursos de 
Manufatura – Manufacturing Resource Planning (MRP II), que incorporou ao anterior as neces-
sidades dos demais recursos de produção, como mão-de-obra, máquinas e centros de trabalho 
ou células de produção.
A pressão competitiva forçou as empresas a uma incessante busca da redução de custos e 
aumento da efi ciência. Em meados da década de 1990, surgiram os primeiros sistemas deno-
minados Sistemas Integrados de Gestão - Enterprise Resource Planning (ERP). A proposta des-
ses sistemas é a gestão da empresa como um todo, oferecendo informações mais precisas, 
baseadas em dado único, sem as redundâncias e inconsistências encontradas nas aplicações 
anteriores, que não eram integradas entre si.
Os ERPs geralmente são “pacotes” padronizados e muitos são provenientes de empresas 
estrangeiras, com elevado custo de implantação. Alguns nomes comerciais de sistemasde 
informações mais conhecidos são: SAP/R-3, BAAN4, Oracle Applications, BPCS, Peoplesoft, 
JDEdwards e MFG/Pro. Além do custo de implementação e do próprio “pacote” em si, a forma 
como se apresenta muitas vezes não atende à real necessidade da empresa, gerando o que o 
queser chama de customização ou personalização, o que encarece ainda mais o sistema.
CRM Customer Relationship Management, ou CRM, é um termo da indústria de Tecnologia de Infor-
mação (TI) para metodologias, estratégias, software e outros recursos baseados na web, que 
ajudam uma empresa a organizar e gerenciar os relacionamentos com os clientes.
Ultrapassada a fase da qualidade dos produtos, com as várias técnicas de qualidade total etc., 
o cliente veio a ser o centro das atenções. A concorrência acirrada percebe o novo cliente, que 
valoriza cada vez mais a velocidade, qualidade, variedade, assistência e preço. Sendo assim, a 
principal meta do CRM é desenvolver clientes lucrativos e fi éis.
MRP Manufacturing Resource Planning - Popularizado nos anos 1970, o planejamento dos recursos 
de manufatura foi introduzido inicialmente como Material Resource Planning. O MRP cuidava 
apenas dos materiais de produção. 
Mais tarde, foi chamado MRP II, cuidando das fi nanças, compras e marketing. Mais adiante, 
passou a ser o chamado ERP, envolvendo todos os aspectos empresariais.
SCM Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é uma ferramenta 
que, usando a Tecnologia da Informação (TI), possibilita à empresa gerenciar com efi cácia e 
efi ciência a cadeia de suprimentos. Na atualidade em que a exigência de consumo atingiu o 
limite extremo, o Supply Chain Management permite às empresas alcançar melhores padrões 
de competitividade.
O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de 
Logística. Enquanto a Logística representa uma integração interna de atividades, o Supply 
Chain Management representa sua integração externa, pois estende a coordenação dos fl uxos 
de materiais e informações aos fornecedores e ao cliente fi nal.
Segue a defi nição de Logística do CLM (Council of Logistic Management): Logística é o proces-
so da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fl uxo de bens e serviços 
e as informações relativas, do ponto de origem ao ponto de consumo, de maneira efi ciente e 
efi caz, buscando a satisfação das necessidades do cliente.
Quadro 2 - Sistemas: siglas e características. Fonte: Vianna (2015).
1.5 Sistemas de Informações Gerenciais – SIG
Os SIGs auxiliam no processo de gerenciamento das informações. Numa organização 
hierárquica no nível de gerência (ou também chamado nível médio, que se trata de uma instância 
de controle e coordenação, que busca primazia nas operações da organização), os SIGs auxiliam os 
gerentes com informações quali� cadas, signi� cativas e precisas, ajudando a identi� car situações 
de exceção e a tomar decisões (ELEUTERIO, 2015).
SIGLA SIGNIFICADO
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De acordo com Oliveira apud Eleuterio (2015), um SIG “[...] transforma dados em 
informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando ainda a 
sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados”.
Os SIGs produzem as informações de forma clara e objetiva, apresentadas por meio de 
relatórios e grá� cos, mostrando ao gestor como seu setor está se saindo. Laudon e Laudon (2010, 
p. 43) nos explicam que “[...] os SIGs proporcionam relatórios sobre o desempenho atual da 
organização que possibilitam monitorar e controlar a empresa, além de prever o seu desempenho 
futuro”.
Os SIGs são, na maioria das vezes, computacionais e dependem da tecnologia da 
informação. 
A Figura 8 nos ajuda a compreender como é a estrutura de um SIG, onde os usuários 
do nível gerencial visualizam no SIG os relatórios gerenciais, gerados a partir da recuperação e 
análise dos dados vindos do nível operacional e armazenados no banco de dados pelo Sistema de 
Processamento de Transações (SPT).
Figura 8 - Estrutura genérica de um SIG. Fonte: Eleuterio (2015).
Um exemplo clássico desse tipo de sistema é o de controle de um supermercado, no qual 
os operadores de caixa coletam dados da operação de venda, utilizando um SPT, e os gerentes 
acompanham e visualizam as informações por meio dos relatórios gerados no SIG.
1.6 Sistemas de Informação: Desafios e Oportunidades
Stair e Reynolds (2014) nos apresentam uma gama de questões associadas a sistemas de 
informações no que tange aos desa� os e ameaças às organizações nos tempos atuais de Internet.
De acordo com Laudon e Laudon (2014), as empresas investem em SIs para:
• Atingir excelência operacional (produtividade, e� ciência e e� cácia).
• Desenvolver novos produtos e serviços.
• Estreitar relacionamento com o cliente e melhor atendê-lo.
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• Melhorar a tomada de decisão (precisão e rapidez).
• Promover vantagem competitiva.
• Assegurar sobrevivência.
De acordo com Varajão (2002), pode-se a� rmar que informação é tudo aquilo que 
minimiza a imprecisão sobre certo acontecimento, lugar ou feito. Ela é considerada como 
o principal ativo ou diferencial competitivo de uma organização. As organizações passam a 
valorizar informações, recursos de difícil mensuração, sendo que o grande diferencial para o 
sucesso de uma empresa está no tratamento de seus dados e informações, observado a partir do 
conhecimento de seus colaboradores. 
Outra relevância quanto ao uso da informação como meio organizacional se relaciona 
a seu uso estratégico, o que permite que a organização ganhe vantagem competitiva perante a 
concorrência, além da oportunidade de gerar novos negócios. 
É importante que uma organização identi� que todas as informações (internas ou 
externas) acerca de seus negócios. Quando ela desenvolve seu plano estratégico, vale-se do uso 
dessas informações para obter sucesso em suas iniciativas.
Michael Porter, professor na nas áreas de Administração 
e Economia, é autor de diversos livros sobre estratégia e competitividade. 
Atualmente, é considerado um dos maiores especialistas sobre competitividade 
estratégica e planejamento empresarial. Possui papel importante na economia 
mundial, tendo auxiliado diversas empresas americanas e internacionais como 
consultor.
No vídeo The Next Web of Open, Linked Data (ou, em português, 
Tim Berners-Lee e a Próxima Web), Tim Berners-Lee, criador da 
World Wide Web, nos mostra a importância de os diferentes tipos 
e formatos de dados estarem acessíveis na Web. É o conceito de 
linked data – dados ligados entre si.
O vídeo está disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=OM6XIICm_qo>. 
O vídeo está em Inglês, mas você pode ativar as legendas (no canto inferior direito 
do vídeo, no ícone Detalhes) e selecionar o idioma Português.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nesta unidade, vimos os fundamentos da tecnologia da informação envolvidos nos SIGs. 
Estudamos a diferença entre dado, informação e conhecimento e sua importância e necessidade 
nas organizações com o uso dos SIs. Um dado isolado não tem valor, mas combinado ou 
relacionado a alguma situação anterior, gera informação útil.
Em seguida, abordamos o conceito de sistemas de uma forma mais abrangente para, 
depois, chegarmos aos SIGs e sua importância nos setores estratégicos das organizações como 
auxílio à tomada de decisões.
Lembre-se de que a forma como as organizações usam os SIGs é o que dará diferencial 
competitivo em um mercado em constante mudança, no qual as decisões devem ser tomadas de 
forma cada vez mais rápida.
Na próxima unidade, veremos como identi� car o papel dos sistemas de informação no 
ambiente de negócios por meio da informação e da estratégiada organização.
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UNIDADE
02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 18
1. SISTEMAS DE SUPORTE GERENCIAL ............................................................................................................... 19
1.1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO .......................................................... 21
1.2 MRP – MATERIALS REQUIREMENT PLANNING ............................................................................................. 21
1.3 MRP II ..................................................................................................................................................................22
1.4 ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING ...................................................................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................25
A INFORMAÇÃO E A ESTRATÉGIA DA 
ORGANIZAÇÃO
PROF.A MA. CLAUDIA HEIDEMANN DE SANTANA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
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INTRODUÇÃO
A informação nos dias atuais tem uma importância crescente para as organizações na 
chamada era da informação e do conhecimento. A informação torna-se fundamental em toda 
estrutura organizacional para a descoberta de novas estratégias, na busca de oportunidades de 
investimento e também no planejamento gerencial de forma e� caz e e� ciente, proporcionando 
decisões ágeis e seguras para as atividades e processos nos diferentes níveis organizacionais.
Como já vimos, a informação são os dados dotados de signi� cado e relevância. Podemos, 
então, deduzir que a função principal de um sistema de informação é transformar os dados 
em informações bené� cas para o processo de tomada de decisões, podendo oferecer desde 
planejamentos orientados nos processos de compra, produção e venda até recursos para que o 
tomador de decisão tenha subsídios informacionais e técnicos importantes no momento da ação 
(BERTOLINI et al., 2015).
Nesta Unidade 2, veremos como a gestão dos SIs e sua inserção na estratégia da organização 
se tornam fundamentais na criação de valor e no acréscimo de vantagens competitivas para a 
organização, ajudando a detectar novas oportunidades e auxiliando no estabelecimento dos 
fatores críticos de sucesso. 
Se forem pensados e utilizados corretamente, os SIs podem abrir caminho a novas 
oportunidades, auxiliando não só na racionalização dos procedimentos e � uxos de informação, 
mas também reorganizando o negócio ou alterando a sua própria natureza (LAUDON; LAUDON, 
2014).
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1. SISTEMAS DE SUPORTE GERENCIAL 
De acordo com Tait (2006), os SIs evoluíram ao longo do tempo, procurando adotar as 
tecnologias que possibilitam o desenvolvimento de novas aplicações e as diferentes maneiras de 
tratar a informação nas organizações.
Os SIs passaram por evoluções, da operacionalização de tarefas rotineiras à integração 
entre os vários sistemas de informação na empresa como suporte ao gerenciamento, sendo a 
informação um recurso estratégico para alcançar vantagem competitiva. Em cada evolução, 
aspectos importantes foram sendo acrescentados. 
Os SIs evoluíram, impulsionados pelos avanços da tecnologia digital. Seu processo 
evolutivo pode ser dividido em quatro gerações, marcadas pelas invenções tecnológicas 
(mainframes, computadores pessoais, rede de dados e telecomunicações, Internet) e pela forma 
como as organizações conduziram seus negócios imersas nessas tecnologias (ELEUTERIO, 2015).
 Como vimos na unidade anterior, temos diferentes tipos de SIs, que auxiliam diferentes 
níveis organizacionais. À medida que se sobe ou desce em uma estrutura organizacional, 
modi� cam-se as demandas das informações, assim como as tipologias das associações a serem 
feitas entre os dados disponíveis nos sistemas, à disposição dos vários níveis. 
Isso explica o fato de os SIs serem descritos por meio de uma estrutura piramidal, 
formada por três seções hierárquicas, quais sejam: a seção inferior, abrangendo os dados 
relativos às transações operacionais da empresa (decisões relativas ao dia a dia); a seção do meio, 
formada pelos sistemas de apoio ao planejamento e às decisões de caráter tático; e a última seção 
(superior), composta pelos sistemas gerenciais de apoio à formulação de planos e decisões de 
caráter estratégico (LAUDON; LAUDON, 2014).
Segundo Laudon e Laudon (2014, p. 38), toda empresa tem quatro funções básicas para 
ter sucesso, independentemente de seu tamanho: precisa produzir o produto ou o serviço; fazer o 
marketing desse produto e vendê-lo; monitorar as transações � nanceiras e contábeis; e executar 
tarefas básicas de recursos humanos, como contratar e manter funcionários.
Figura 1 - As quatro funções básicas de uma empresa. Fonte: Laudon e Laudon (2014).
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Assim, podemos compreender como os SIs auxiliam nos processos dos negócios de 
uma organização nas quatro funções básicas e nos diferentes níveis hierárquicos da empresa, 
compostos pelos diferentes sistemas gerenciais de apoio à formulação, planos e decisões de 
caráter estratégico.
Figura 2 - Diferentes níveis organizacionais x planejamento e ações x sistemas. Fonte: A autora.
Veremos a seguir os sistemas de informações gerenciais ERP, do inglês Enterprise Resource 
Planning, Sistema de Gestão Empresarial e suas aplicações. 
Um sistema de informação é parte integrante da empresa e é um 
produto de três componentes: tecnologia, organização e pessoas. 
Não se pode entender ou usar um sistema de informação em 
empresas de forma efi ciente sem o conhecimento de suas 
dimensões em termos de organização e de pessoas, assim como 
de suas dimensões tecnológicas (LAUDON; LAUDON, 2014, p. 5, 
grifo da autora).
Para um melhor entendimento e mais informações a respeito 
das tecnologias infl uenciando nos diferentes tipos de sistemas 
de informação, leia Tecnologias disruptivas: driblando a onda, 
nas páginas 83, 84 e 85 do livro:
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação 
Gerenciais. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014. 
Você o encontra em nossa biblioteca virtual.
Fonte: Amazon (2011).
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1.1 Histórico e Evolução dos Sistemas Integrados de Gestão
Caiçara Junior (2015) esclarece que os sistemas ERP começaram a ser utilizados 
mundialmente no início da década de 1990. No Brasil, as primeiras implementações ocorreram 
por volta dos anos de 1997 e 1998, quando, em função do alto valor, eram viáveis apenas para as 
grandes corporações. 
Figura 3 - Linha do tempo dos sistemas ERP. Fonte: A autora.
O uso e a aplicação e� caz de um sistema de suporte gerencial, como MRP (do inglês 
Materials Requirement Planning, ou Planejamento de Requisição de Materiais), MRP II ou ERP, 
são essenciais para aumentar a produtividade da empresa, melhorar o serviço ao consumidor e 
permitir melhores tomadas de decisões. Entendamos como esses sistemas funcionam e quais as 
suas capacidades e limitações.
1.2 MRP – Materials Requirement Planning
MRP (Planejamento de Requisição de Materiais) é um sistema de cálculo para 
automatização do planejamento de materiais (quantidade de produtos vendidos; saldo em 
estoque de produtos acabados e matéria-prima necessária; e lista de materiais necessários para 
fabricar o produto) e programação de produção.
Segundo Caiçara Junior (2015), o sistema de MPR implica o seguinteprocesso: busca 
dos tipos de produtos com suas respectivas quantidades de pedidos ou previsão de vendas, 
identi� cação das listas de materiais de cada produto, cálculo das necessidades brutas e subtração 
dos materiais constantes no estoque. A partir desse cálculo, é possível programar:
Uma organização deve adquirir SIs que apoiem a sua rotina nas atividades do dia 
a dia apenas para ter mais efi cácia?
Esse questionamento é importante para refl etirmos sobre a importância dos SIs 
no auxílio às tarefas da empresa, mas também (e principalmente!) para agregar 
valor aos seus produtos e serviços. Todos os envolvidos no processo devem ter 
esse entendimento e estar comprometidos. 
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- Ordens de compra.
- Plano de materiais.
- Ordens de trabalho/produção.
Porém, o MRP apresenta um modelo simpli� cado por ser basicamente voltado para o 
planejamento e controle de produção e estoque, sem levar em consideração a capacidade de 
produção da empresa. Ou seja, ele não informa se a quantidade que é necessário produzir é 
realmente possível de ser produzida.
1.3 MRP II
A partir dos anos 1980, surge o MRP II, que é um sistema que reúne todas as informações 
referentes a diversas atividades de produção em uma única base de dados. Ele permite que as 
empresas analisem as implicações de necessidade futura nas áreas � nanceira e de engenharia, 
assim como as demandas de materiais.
O MRP II tem como diferença básica o fato de fornecer a informação de como produzir, 
utilizando os recursos necessários e levando em conta a capacidade de produção da empresa.
Oliver Wight apud Caiçara Junior (2015) de� ne MRP II como:
[...] um plano global de planejamento e monitoramento de todos os recursos 
de uma empresa de manufatura: manufatura, marketing, � nanças e engenharia. 
Tecnicamente, ele envolve a utilização do sistema MRP de ciclo fechado para 
gerar números � nanceiros (WIGHT apud CAIÇARA JUNIOR, 2015, p. 140).
Por mais que sejam excelentes, esses sistemas não devem ser usados de maneira isolada 
dos demais processos na organização. Por isso, existem soluções que integram o MRP e o MRP II 
a todos os processos da gestão de indústria — em especial os ERPs, que veremos a seguir.
Figura 4 - MRP e MRP II são partes integrantes do sistema integrado ERP. Fonte: A autora.
1.4 ERP – Enterprise Resource Planning
Os sistemas ERP evoluíram dos sistemas de planejamento de requisição de materiais 
(MRP). No � nal dos anos 1980 e início dos anos 1990, muitas instituições reconheceram que os 
sistemas de processamento de transações não possuíam a integração necessária para coordenar as 
atividades e compartilhar as informações importantes por meio de todas as funções de negócios 
da empresa (STAIR; REYNOLDS, 2014). 
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Assim surge o ERP (Sistema de Gestão Empresarial), um sistema de gestão integrada, 
responsável por cuidar de todas as operações diárias da empresa, do administrativo ao operacional. 
São sistemas especializados em apoiar as empresas no controle total de suas informações, 
integrando e gerenciando dados, recursos e processos para que os gerentes tenham maior 
assertividade ao tomarem decisões e proporem soluções para o sucesso dos negócios (CAIÇARA 
JUNIOR, 2015).
Para Laudon e Laudon (2010, p. 48), “[...] os sistemas ERP são utilizados para integrar 
processos de negócios nas áreas de manufatura e produção, � nanças e contabilidade, vendas e 
marketing e recursos humanos em um único sistema de so� ware”.
Com o aumento da competição global e as novas necessidades de os gerentes controlarem 
e terem acesso às informações de forma integrada com toda a empresa em tempo real, surgem os 
ERPs com o benefício de auxiliarem na tomada de decisão operacional.
Figura 5 - Funcionamento dos Sistemas Integrados. Fonte: Laudon e Laudon (2010).
Conforme se observa na Figura 5, os sistemas integrados, também conhecidos como ERP, 
se fundamentam em um conjunto de módulos de so� ware integrados e um banco de dados 
central comum. O banco de dados coleta os dados dos diferentes departamentos e processos da 
empresa e torna-os disponíveis imediatamente para aplicações utilizadas em praticamente todas 
as atividades internas da organização (LAUDON; LAUDON, 2014).
O ERP controla a empresa, manuseando e processando suas informações. Todos 
os processos são documentados e contabilizados, gerando regras de negócio 
bem de� nidas e permitindo maior controle sobre alguns pontos vulneráveis do 
negócio, como a administração de custos, controle � scal e estoques. A adoção 
desses sistemas põe � m aos vários sistemas que funcionavam de forma isolada 
na empresa, com informações redundantes e não con� áveis (MILTELLO, 1999 
apud MARQUEZ, 2017).
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Segundo Stair e Reynolds (2014), há alguns benefícios e vantagens que os sistemas ERP 
trazem às empresas:
a) segurança da informação.
b) facilitar análises e decisões por meio do acesso aperfeiçoado aos dados.
c) automatização dos processos.
d) melhoria da comunicação entre departamentos.
e) aumento da produtividade por meio das melhorias nos processos de trabalho.
f) eliminação de controles paralelos e planilhas eletrônicas.
g) aumento da competição global.
De acordo com Sispro (2020), a cada ano aumenta o número de empresas que adotam 
sistemas de ERP em seus modelos de gestão empresarial, como retrato da necessidade de 
modernização e acompanhamento das mudanças do mercado e concorrência cada vez mais 
competitiva.
Banco de dados é uma coleção organizada de dados. Esses dados são organizados 
de modo a modelarem aspectos do mundo real para que seja possível efetuar 
processamento que gere informações relevantes para os usuários a partir desses 
dados.
Um banco de dados é uma coleção de dados persistentes, usada pelos sistemas 
de aplicação de uma determinada empresa. Um banco de dados é um conjunto 
de dados armazenados, cujo conteúdo informativo representa, a cada instante, o 
estado atual de uma determinada aplicação.
O fi lme é O Jogo da Imitação, de 2014.
A história é uma adaptação do livro “Alan Turing: The Enigma”, 
escrito por Andrew Hodges, que mostra o período da Segunda 
Guerra Mundial, quando, como nos dias de hoje, a informação 
era primordial.
Fonte: Cem Assuntos 
(2017).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, vimos a importância da informação sendo trabalhada nos diferentes 
níveis organizacionais e a evolução dos SIs para tratar, organizar e discriminar essas informações 
disponíveis apesar de, muitas vezes, não relacionadas.
Com a crescente abundância, uso e disseminação da informação, teve-se o surgimento de 
uma sociedade pautada no conhecimento. As organizações vêm buscando rever seus processos 
e métodos para melhor se adequarem a esse novo cenário, cuja principal característica seria a 
quantidade de informações a serem processadas por uma organização. 
Veremos na próxima unidade a importância da gestão da informação para a otimização 
dos processos gerenciais e decisórios para a atual demanda organizacional.
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UNIDADE
03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................27
1. SISTEMAS EMPRESARIAIS BÁSICOS E A ESTRATÉGIA EMPRESARIAL .......................................................28
1.1 TRABALHO DO CONHECIMENTO: SISTEMAS PARA ESCRITÓRIOS E PROFISSIONAIS .............................33
1.2 SISTEMAS DE SUPORTE GERENCIAL ..............................................................................................................35
1.3 VISÃOGERAL DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL .................................................................................................36
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................39
A INFORMAÇÃO NO PROCESSO DECISÓRIO
PROF.A MA. CLAUDIA HEIDEMANN DE SANTANA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
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INTRODUÇÃO
Já vimos nas unidades anteriores que os SIs auxiliam no processo de tomada de decisão 
em todos os níveis da pirâmide organizacional, minimizando riscos e potencializando as 
melhores alternativas, sejam de investimento, recrutamento de pessoal, contratação de terceiros, 
formalização de convênios e contratos, redução de custos e até mesmo na implantação de novos 
produtos ou negócios.
De acordo com Laudon e Laudon (2010), o que faz com que a área de SIG seja muito 
animadora é a mudança contínua em tecnologia, gestão e processos de negócios. As inovações na 
tecnologia da informação transformam o mundo tradicional dos negócios.
Vianna (2015) nos explica que “[...] as Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, 
produzem muitas inovações no mundo dos negócios, bene� ciando os processos de con� abilidade, 
e� ciência e e� cácia e democratizando as informações”.
Nesta unidade, vamos compreender a importância da gestão da informação, percebendo 
que a informação é o capital intelectual e a memória da organização. Veremos que a gestão 
da informação é muito importante para a otimização dos processos gerenciais e decisórios, 
independentemente do tamanho da organização ou da complexidade dos seus processos. Rever 
constantemente seus procedimentos e modelos de decisão é primordial em tempos de tecnologia 
em expansão e de uma sociedade pautada pelo conhecimento.
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1. SISTEMAS EMPRESARIAIS BÁSICOS E A ESTRATÉGIA 
EMPRESARIAL
Quando se fala em administração e planejamento, surgem as três formas clássicas de 
planejamento: 
- planejamento estratégico.
- planejamento tático.
- planejamento operacional.
Elas recebem esses nomes por estarem ligadas aos processos decisórios referentes às ações 
do nível organizacional (STAIR; REYNOLDS, 2014).
Os SIs podem ser classi� cados conforme a � nalidade dos seus resultados: sistemas que 
são operacionais e que servem para registros da informação (por exemplo: registro de notas 
de entrada e saída); no nível mais acima, os SIs servem para controle (por exemplo: indicam 
falta de matéria-prima); e há ainda os sistemas que registram e controlam, que são os sistemas 
que permitem a gestão (por exemplo: indicam a rentabilidade de um produto ou serviço). Ou 
seja, para cada nível de planejamento na pirâmide organizacional, temos um tipo de sistema 
correspondente.
Para essas diferentes � nalidades dentro dos diferentes níveis de uma organização, existem 
também diferentes tipos de SIs. De acordo com Laudon e Laudon (2014), nenhum sistema 
isolado consegue fornecer todas as informações de que uma organização necessita.
E, para cada nível organizacional, temos diferentes classes de trabalhadores, que Belmiro 
(2015) classi� ca como: 
- Trabalhadores do conhecimento: projetos, produtos ou serviços. Normalmente, 
trabalham com a gerência estratégica. Exemplo: engenheiros, cientistas, arquitetos.
- Trabalhadores de dados: cuidam dos documentos e registros. Em geral, trabalham com 
a gerência operacional. Exemplo: secretárias, arquivistas.
- Trabalhadores dos serviços ou da produção: são os que realmente fabricam os produtos 
e prestam o serviço.
Pense no sistema da empresa onde você trabalha ou até mesmo no sistema da 
sua faculdade. Que tipos de decisões seriam estratégicas? Quais decisões seriam 
táticas? E quais seriam as decisões operacionais?
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O Quadro 1 apresenta um resumo dos tipos de sistemas relacionados a cada nível 
organizacional.
Quadro 1 - Tipo de sistema correspondente ao nível organizacional. Fonte: A autora.
Uma empresa típica trabalha com vários sistemas que apoiam os processos de cada uma 
das funções dos negócios. Esses sistemas precisam ser cada vez mais multifuncionais e integrar as 
atividades de processos de negócios e unidades organizacionais relacionadas (BELMIRO, 2015).
Os Sistemas de Processamento de Transação (doravante, SPT) são sistemas que 
monitoram as atividades diárias da organização. 
De acordo com Stair e Reynolds (2014), toda organização possui muitos sistemas de 
processamento de transação, que captam e processam dados detalhados, necessários para a 
atualização dos registros das operações fundamentais do negócio da organização. 
Para cada um dos setores da organização (como vendas e marketing, produção, � nanças, 
contabilidade e recursos humanos), há um sistema de processamento de transação. Porém, 
atualmente muitas organizações optam por implantar um conjunto integrado de sistemas de 
processamento de transações de um único fabricante de so� ware (STAIR; REYNOLDS, 2014). E 
os dados desses sistemas servem como fundamento para outros sistemas da organização, como 
para os sistemas de informações gerenciais.
A Figura 1 traz um exemplo de SPT de folha de pagamento, em que a captura/entrada dos 
dados sobre a transação de pagamento do empregado é realizada por meio de um cartão-ponto. 
As saídas do sistema incluem relatórios gerenciais on-line e impressos e os cheques de pagamento 
dos empregados (LAUDON; LAUDON, 2014, p. 43).
Transação é o registro de um evento que a empresa deve responder. Por exemplo: 
dados de compras feitas no cartão de crédito, que acabam de ser registrados.
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Figura 1 - Exemplo de um SPT de folha de pagamento. Fonte: Laudon e Laudon (2014).
Os SPT são de suma importância para a organização e, segundo Stair e Reynolds (2014), 
as organizações esperam que se cumpram os seguintes objetivos:
• captar, processar e atualizar o banco de dados de negócio, necessário para apoiar as 
atividades rotineiras do negócio.
• garantir que os dados sejam processados com precisão e completude.
• evitar processar transações fraudulentas.
• fornecer respostas e relatórios ao usuário imediatamente.
• reduzir reinvindicações dos funcionários e outras exigências dos trabalhadores.
• auxiliar e melhorar o serviço ao consumidor.
• alcançar vantagem competitiva.
Os tipos de aplicação de um SPT são:
• Processamento de pedidos.
• Fatura.
• Controle de estoque.
• Contas a pagar e a receber.
• Compras.
• Recebimento e expedição.
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• Folha de pagamento.
• Contabilidade geral.
Os Sistemas de Informações Gerenciais (doravante, SIG) auxiliam a gerência média. 
Esse nível precisa de sistemas que acompanhem a monitoração, o controle, a tomada de decisão 
e as atividades administrativas (BELMIRO, 2015).
Neste tópico todo, estamos tratando de SIGs de uma forma genérica a � m de estudar seu 
papel nas empresas. Porém, esse mesmo termo é utilizado para indicar um tipo especí� co de 
sistemas de informação, voltado para a gerência de nível médio. 
Esses sistemas devem auxiliar os gerentes a responderem à seguinte pergunta: as coisas 
estão funcionando direito? Normalmente, geram relatórios sobre o desempenho da organização, 
permitindo monitorar e controlar a empresa.
Segundo Laudon e Laudon (2014), os SIGs resumem e relatam as operações básicas da 
empresa, usando dados fornecidos pelos sistemas de processamento de transações. A maioria 
dos SIGs usa rotinas simples, como resumos e comparações, e não faz cálculoscom modelos 
matemáticos ou técnicas estatísticas avançadas.
As principais características dos SIGs são:
• Disponibilizam aos gerentes relatórios e consultas sobre o desempenho atual e registros 
históricos da empresa de maneira a apoiar as atividades de planejamento, controle e 
tomada de decisão.
• Geram resumos sobre as operações básicas (transações operacionais) da empresa. Os 
dados de transações básicas, arquivados pelos SPT, são sintetizados e apresentados num 
formato pre� xado.
• Dão suporte computacional interativo durante o processo de tomada de decisão. 
Os usuários podem trocar suposições, fazer novas perguntas e incluir novos dados, 
permitindo observar como as mudanças de variáveis selecionadas afetam outras variáveis. 
Por exemplo: se diminuíssemos os gastos com a propaganda em 10%, o que aconteceria 
com as vendas?
Os Sistemas de Informação Estratégicos (doravante, SIE) auxiliam a gerência sênior 
a tomar decisões sobre questões que não são rotineiras, que vão exigir bom senso e capacidade 
de avaliação, pois não existe um procedimento previamente estabelecido para se chegar a uma 
solução (BELMIRO, 2015).
Imagine as consequências se um sistema de reservas (SPT) de uma empresa 
parar de funcionar?
Os SPT são geralmente tão essenciais para a empresa, que, se deixarem de 
funcionar por algumas horas, podem causar sérios prejuízos e danos.
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Os SIEs geralmente apresentam grá� cos e dados de diversas fontes, incorporando dados 
de eventos externos, como: novos concorrentes, valor corrente das ações e preços dos produtos 
dos concorrentes. “Estes sistemas são usados pelos gerentes ‘superusuários’ e analistas de negócios 
que querem usar técnicas analíticas e modelos so� sticados para analisar os dados” (LAUDON; 
LAUDON, 2014, p. 45).
As principais características dos SIEs são:
• Auxiliam a gerência sênior a tomar decisões sobre questões estratégicas e tendências de 
longo prazo.
• Tratam de decisões não rotineiras, que exigem bom senso, capacidade de avaliação e 
percepção.
• Integram dados sobre eventos externos e informações resumidas do SIG e SAD internos.
• Sintetizam grá� cos e dados de várias fontes e apresentam interface de fácil utilização.
Como já vimos anteriormente, a principal contribuição de um sistema de informação 
é que ele traz a possibilidade de melhores tomadas de decisões. A tomada de decisão até há 
pouco tempo se limitava apenas à diretoria; hoje em dia, todos os funcionários são responsáveis 
por decidir, mesmo para as pessoas que ocupam níveis hierárquicos mais baixos da pirâmide 
organizacional (BELMIRO, 2015). Essas decisões podem ser classi� cadas como estruturadas, 
semiestruturadas e não estruturadas (LAUDON; LAUDON, 2010).
Observe, na Figura 2, que os diferentes níveis em uma organização têm necessidade de 
diferentes informações para apoio nos diferentes tipos de tomada de decisão. 
Figura 2 - Necessidade de informação de grupos-chave, responsáveis pela tomada de decisão em uma empresa. 
Fonte: Laudon e Laudon (2010).
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Segundo Laudon e Laudon (2010), qualquer empresa, independentemente do seu 
tamanho, ramo de atividade ou enquadramento � scal, no que tange às funções é dividida nestes 
principais departamentos:
– Produção: produzir algo, produto ou serviço.
– Marketing e venda: vender ou promover o produto ou serviço.
– Finanças e contabilidade: obter crédito e fazer a manutenção das transações � nanceiras, 
como compras, pedidos, pagamentos e outros.
– Recursos humanos: selecionar, contratar e treinar o pessoal responsável pelas atividades 
na empresa.
Veremos a seguir alguns exemplos de SIs que auxiliam os diferentes níveis organizacionais 
de acordo as áreas funcionais da organização. 
1.1 Trabalho do Conhecimento: Sistemas para Escritórios e Profissionais
Na atualidade, considerando que estamos na sociedade do conhecimento, alicerçada no 
poder da informação, temos como produção não mais somente o produto palpável, mas muitas 
vezes o conhecimento tácito e, na maioria das vezes, o conhecimento explícito. Isso nos evidencia 
a importância da informação nas organizações.
Em todos os níveis da pirâmide organizacional, temos os sistemas de informações que 
auxiliam os trabalhadores na tomada de decisão, os sistemas de trabalhadores do conhecimento 
e os sistemas de automação de escritório, os quais atendem as necessidades de informação do 
nível operacional.
Laudon e Laudon (2010) esclarecem que os sistemas de trabalhadores do conhecimento 
(STC) são sistemas que auxiliam nas tarefas de criação da informação. Suas tarefas mantêm um 
baixo nível de estruturação e consistem na criação de informações e conhecimentos exatos e 
adequados para serem integrados à empresa. Normalmente, são utilizados por engenheiros, 
advogados, contadores, administradores, médicos, dentre outros. 
Como exemplo, podemos citar:
Para que serve o Sistema de Informação Gerencial (SIG)?
O SIG é uma combinação de pessoas, equipamentos, procedimentos, documentos 
e comunicações que coleta, valida, executa operações, transforma, armazena, 
recupera e fornece informações.
O SIG, a partir da geração de informações para fi ns de decisão, contribui para 
a efi cácia do gerente no exercício das funções de organização, planejamento, 
direção e controle na gestão da empresa.
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- CAD (computer aided design) – projeto auxiliado por computador: auxilia o projeto e 
o desenho técnico, usado principalmente na elaboração de desenho técnico de projeto 
de peças e máquinas. Criado em 1982, é geralmente utilizado nas áreas de arquitetura, 
engenharia e em outras áreas da indústria.
- CAE (computer aided engineering) – engenharia auxiliada por computador: sistema 
para cálculo de engenharia em projetos elaborados via CAD.
- CAM (computer aided manufacturing) – fabricação auxiliada por computador: permite 
transmitir as informações do CAD para uma máquina CNC e/ou para as impressoras 3D.
- CASE (computer aided so� ware engineering) – engenharia de so� ware auxiliada 
por computador: são so� wares cuja função é auxiliar os indivíduos envolvidos no 
desenvolvimento de novos sistemas. Geralmente, são compostos de diversos módulos, 
cada qual com uma determinada funcionalidade, por exemplo: gerenciadores de projetos, 
editores, compiladores, controle de versão.
- Sistemas de Automação de Escritórios (SAE): são sistemas também auxiliares 
chamados colaborativos, pois buscam aumentar a comunicação e a produtividade das 
equipes de trabalho. Alguns exemplos seriam: os pacotes de aplicativos com editores 
de textos, planilhas, gerenciadores de banco de dados e de apresentações; os programas 
de comunicação, como gerenciadores de e-mail; os programas de gerenciamento de 
cronogramas, com agendas individuais e em grupo.
Figura 3 - Exemplos de Sistemas de Automação de Escritórios – SAE. Fonte: A autora.
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1.2 Sistemas de Suporte Gerencial
A necessidade dos SIs nas organizações é cada vez maior devido ao crescente volume de 
informações que a organização possui e aos diferentes tipos de decisões que os gerentes precisam 
tomar. 
Existem diferentes tipos de sistemas que apoiam os diferentes níveis e tipos de decisão. 
Os sistemas de suporte gerencial auxiliam na tomada de decisões. Segundo Simon 
(1960 apud LAUDON; LAUDON, 2010), tomar decisões consiste em diferentes atividades ou 
diferentes estágios, sendo eles: inteligência, concepção, seleção e implementação. Esses estágios 
correspondem a quatro passos do processo de resolução de problemas.
• Inteligência: consiste em descobrir, identi� car e entender o problema.
• Concepção:compreende a identi� cação e a investigação das várias soluções possíveis.
• Seleção: escolher uma das alternativas da solução.
• Implementação da solução: signi� ca fazer funcionar a alternativa escolhida.
A seguir, veremos como os sistemas de suporte gerencial ajudam e melhoram as 
decisões e/ou o processo de tomada de decisões. De acordo com Munhoz (2017), na atualidade 
não se admitem mais decisões corporativas tomadas como antigamente, sem um processo de 
planejamento, pois os SIs estão providos de motores potentes de busca e de grandes capacidades 
de armazenamento de dados.
Segundo Laudon e Laudon (2010), os SIGs fornecem resumos e relatórios de rotina, com 
dados no nível de transação, para a gerência de nível operacional e médio, oferendo respostas 
a problemas de decisão estruturada ou semiestruturada. Os sistemas de apoio à decisão (SAD) 
fornecem ferramentas ou modelos analíticos para analisar grandes quantidades de dados, além de 
consultas interativas de apoio para gerentes de nível médio, que enfrentam situações de decisão 
semiestruturada. 
Temos ainda o Sistema de Informação Estratégico (SIE), que são sistemas que fornecem 
à gerência sênior informações externas (como notícias, análise de mercado) e resumos quanto ao 
desempenho da empresa.
Esses sistemas permitem a criação de cenários muito próximos da realidade, do dia a dia 
dos negócios. Restrições, premissas, inferências e várias outras atividades internas de sistemas 
são desenvolvidas sobre os dados armazenados e podem trazer as informações necessárias para 
que as decisões sejam mais acertadas (MUNHOZ, 2017).
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Segundo Munhoz (2017), seguem algumas razões para a utilização de um SAD:
• Informações novas e mais precisas sobre o que ocorre na empresa.
• Rapidez na recuperação das informações de apoio às decisões.
• Visão global da interação entre os diversos departamentos e as in� uências entre eles.
• Superação de situações de economia instável e da alta concorrência no mercado.
• Renovação de comportamentos administrativos.
1.3 Visão Geral da Inteligência Artificial
“A tomada de decisão pode ser melhorada por meio de técnicas inteligentes e sistemas 
de gestão de conhecimento” (LAUDON; LAUDON, 2010, p. 307).
Sob a ótica de Laudon e Laudon (2010), as empresas estão cada vez mais dependentes da 
tecnologia digital para habilitar processos de negócios. Na economia da informação, competências 
baseadas em conhecimento são patrimônios-chave da organização. 
Fonte: Zanetti Coaching 
(2017).
O fi lme O Homem que Mudou o Jogo (em tradução para o 
português) trata de análise de dados. Ele retrata como o uso 
da análise de dados transformou a maneira como os gerentes 
gerais dos times de beisebol montam e escalam suas equipes.
No fi lme, Billy é responsável por programar técnicas de análise 
de dados ao jogo de beisebol com o objetivo de potencializar 
o desempenho de seu time. Com essa estratégia, ele foi capaz 
de obter um excelente resultado na temporada mesmo tendo 
à sua disposição um time com jogadores de desempenho 
questionável.
No link <https://www.youtube.com/watch?v=ASEe4DjSWEE>, 
assista a um vídeo que explica as diferenças entre os sistemas SIG 
e SAD.
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Podemos então nos questionar: como as empresas obtêm conhecimento? Ora, do mesmo 
modo como as pessoas obtêm, ou seja, por meio de tentativa e erro, criando e reunindo informações, 
procedimentos operacionais, processos de negócios e uma variedade de mecanismos, chamada 
por Laudon e Laudon (2010) de aprendizagem organizacional.
A Inteligência Arti� cial (doravante, IA) consiste em técnicas computacionais inteligentes, 
dentre as quais podemos citar: sistemas especialistas, raciocínio baseado em casos, algoritmos 
genéticos, redes neurais, lógica difusa, agentes inteligentes, processamento de linguagem 
natural e sistemas de aprendizagem. Elas tentam simular o cérebro humano para reconhecer 
padrões complexos, fornecem ferramentas para a descoberta do conhecimento, comunicação 
e colaboração, tornando as informações e o conhecimento mais facilmente disponíveis para os 
pro� ssionais tomarem decisões e integrá-las aos processos organizacionais.
As empresas também têm sistema de inteligência empresarial que se concentra 
em fornecer informações que apoiam a tomada de decisão gerencial. A 
inteligência empresarial é um termo contemporâneo para dados e ferramentas 
de so� ware que organizam, analisam e disponibilizam os dados para ajudar 
gerentes e outros usuários corporativos a tomarem decisões mais embasadas nas 
informações (LAUDON; LAUDON, 2014, p. 47).
 
Essas técnicas inteligentes da IA presentes nos sistemas de informação ajudam os 
pro� ssionais que tomam decisões, capturando informações e conhecimento (individual e 
coletivo), descobrindo novos padrões de comportamento em uma grande quantidade de dados 
(geralmente baseando-se no histórico da empresa) e criando soluções para que problemas 
complexos sejam resolvidos por seres humanos (LAUDON; LAUDON, 2014).
As empresas precisam estar preparadas para solucionar os problemas internos e externos 
do ambiente em que estão inseridas; para isso, procuram nos SIs apoio para a resolução de tais 
problemas.
Laudon e Laudon (2014) a� rmam que “[...] a razão mais forte pelas quais as empresas 
constroem os sistemas é para resolver problemas organizacionais e para reagir a uma mudança 
no ambiente”.
O fenômeno big data, o surgimento e evolução da chamada internet das coisas 
(IoT) e a efetivação da caminhada célere em direção a implantação da web 
4.0, levam a uma captação e elevados volumes de dados (data mining). Estes 
são transformados em informações estratégicas (que direcionam as ações), 
armazenados em séries históricas e em grandes repositórios de informações (data 
warehouse). Esta conjuntura provoca mudanças extensivas, no comportamento, 
tanto das pessoas como das empresas (KOLBE, 2017, p. 6).
Os sistemas de inteligência artifi cial incluem pessoas, 
procedimentos, hardware, softwares, dados e conhecimentos 
necessários para desenvolver sistemas computacionais e 
máquinas que demonstram caraterísticas de inteligência (STAIR; 
REYNOLDS, 2010, p. 417).
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 O objetivo principal da descoberta do conhecimento em grande volume de dados, 
como num data warehouse, não é simplesmente encontrar padrões e relações em meio à vasta 
quantidade de informação disponível, mas sim extrair conhecimento coerente e imediatamente 
utilizável para o apoio às decisões.
A técnica de clustering, ou análise de agrupamento de dados, é o conjunto de mecanismos 
de prospecção de dados, que visa a fazer agrupamentos automáticos de dados segundo o seu 
grau de semelhança. O critério de semelhança faz parte da de� nição do problema e também do 
algoritmo. A cada conjunto de dados resultante do processo, dá-se o nome de grupo (cluster).
Os sistemas de inteligência arti� cial incluem pessoas, procedimentos, hardwares, 
so� wares, dados e conhecimento necessários para desenvolver sistemas 
computacionais e máquinas que demonstram características de inteligência 
(STAIR; REYNOLDS, 2014, p. 417).
A técnica é utilizada nas empresas, nos seus SIs, por meio de algoritmos inteligentes para 
encontrar padrões inesperados de dados referentes a um problema não de� nido claramente. Um 
exemplo de clustering aplicado à área de marketing ocorre quando se é necessário descobrir um 
grupo de clientes com uma dada característica com o objetivo de se desenvolverem campanhas 
de venda com marketing direcionado.
Segundo Stair e Raynolds (2014), os sistemas de IA formam um conjunto amplo de 
sistemas, que podem replicar a tomada de decisão humana para certos tipos de problemas bem 
de� nidos, e seuobjetivo não é substituir completamente a tomada de decisão humana.
A inteligência empresarial confere às empresas a capacidade de acumular 
informações, adquirindo, assim, conhecimentos sobre seus clientes, concorrentes 
e operações internas e auxiliando na tomada de decisões. Um exemplo disso 
você encontra no texto A Receita Federal descobre fraude nos impostos com data 
warehouse, trazido nas páginas 156 e 157 do livro:
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. 11. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A informação desempenha papel importante e imprescindível nas organizações nos dias 
atuais, exigindo gerenciamento e� caz e empenho conjunto dos colaboradores.
O advento das tecnologias de informação e a eclosão das ferramentas de gestão 
ocasionaram mudanças na forma de administrar e de competir das empresas, possibilitando a 
oferta de uma grande quantidade de dados e informações para uso dos tomadores de decisão. 
No entanto, percebemos, nesta unidade, que o uso e� ciente da informação envolve uma série 
de aspectos que não dependem apenas da quantidade e da tecnologia, mas de condições que 
permitam capitalizar o seu valor, melhorando a qualidade das decisões nas organizações.
Quanto mais signi� cativa é uma decisão para a organização, maior é o número de fatores 
que contribuem para o cenário da organização no momento em que a decisão deve ser tomada, 
e maior é o alcance dos efeitos da decisão.
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UNIDADE
04
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................41
1. E-BUSINESS E E-COMMERCE ............................................................................................................................42
1.1 SISTEMAS DE E-BUSINESS FUNCIONAIS .......................................................................................................44
1.2 SISTEMAS DE E-BUSINESS INTERFUNCIONAIS ............................................................................................45
1.3 INTEGRAÇÃO DAS APLICAÇÕES .......................................................................................................................48
1.4 APOIO ÀS DECISÕES DO E-BUSINESS – SAD .................................................................................................48
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................52
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS E 
E-BUSINESS
PROF.A MA. CLAUDIA HEIDEMANN DE SANTANA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
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INTRODUÇÃO
A Internet mudou a forma como as pessoas se comunicam, fazem negócios e administram 
o seu dia a dia (DEITEL, 2004).
Nesta unidade, vamos abordar como as plataformas tecnológicas, a intranet e a extranet 
integram e aceleram o � uxo de informações nas organizações.
Intranets são redes internas, construídas com as mesmas ferramentas e padrões de 
comunicação da Internet. São usadas para a distribuição interna de informações e funcionários 
e como repositórios de programas e dados corporativos. Extranets são intranets estendidas para 
que usuários autorizados utilizem fora da empresa.
Com essas tecnologias, as relações das empresas com seus clientes, fornecedores e 
parceiros estão mais digitais. Logo, o conceito de negócios eletrônicos e comércio eletrônico será 
nesta unidade usado com frequência.
A globalização criou novas oportunidades para usar os sistemas de informação a � m de 
coordenar o trabalho de diferentes partes da empresa e possibilitar a comunicação com clientes e 
fornecedores (LAUDON; LAUDON, 2010).
Vamos explorar as rápidas mudanças das aplicações de tecnologia da informação 
de e-business (negócios eletrônicos) e de e-commerce (comércio eletrônico) no âmbito das 
organizações.
Veremos também como a Internet e outras tecnologias da informação auxiliam nos 
processos de negócios e nas funções organizacionais de todos os setores da empresa, como 
contabilidade, � nanças, administração de RH e marketing.
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1. E-BUSINESS E E-COMMERCE
Você já deve ter ouvido falar nessas duas palavras, tão comuns e usuais em tempos de 
tecnologia digital. Vamos apenas relembrar esses conceitos para podermos avançar em nossos 
estudos.
A Internet tem se tornado cada vez mais essencial para a sociedade e, consequentemente, 
para as organizações. Algumas delas, por exemplo, utilizam-na como um meio para vendas ou 
para a relação com seus clientes e fornecedores.
Alguma vez você já comprou pela Internet? Ou você já fez alguma pesquisa sobre algum 
produto com um celular, por exemplo? Caso você tenha respondido a� rmativamente, então 
você já participou do e-commerce (comércio eletrônico). Muitos usuários da Internet também 
já participaram do comércio eletrônico, que cresce rapidamente e tem transformado a maneira 
como as empresas fazem negócios.
Comércio eletrônico, ou e-commerce, diz respeito às transações comerciais realizadas 
digitalmente entre organizações e indivíduos ou entre duas ou mais organizações (LAUDON; 
LAUDON, 2010).
O comércio eletrônico é mais do que uma compra e venda de produtos on-line. Ele 
engloba todo o processo on-line, com as funções de: marketing, venda, entrega, atendimento e 
pagamento dos produtos e serviços transacionados virtualmente por empresas virtuais com o 
apoio da Internet.
Há diferentes maneiras de classi� car as transações de comércio eletrônico. Uma delas é a 
que leva em conta a natureza dos participantes da transação. Vejamos as diferentes categorias do 
e-commerce de acordo com Laudon e Laudon (2010).
• E-commerce B2C (comércio eletrônico empresa-consumidor) – venda de produtos e 
serviços no varejo, diretamente a compradores individuais. 
• E-commerce B2B (comércio eletrônico empresa-empresa) – venda de bens e serviços 
entre empresas.
• E-commerce C2C (comércio eletrônico consumidor-consumidor – venda eletrônica de 
bens e serviços por consumidores, diretamente a outros consumidores.
Existe uma ampli� cação de conceitos que, por vezes, gera dúvida entre a de� nição de 
e-business e e-commerce. O e-business vai além do e-commerce: é todo o conjunto dos principais 
processos de uma empresa que trabalham juntos. 
Transações digitais abarcam todas as transações mediadas pela tecnologia 
digital, que ocorrem geralmente pela Internet e pela Web. Transações comerciais 
envolvem saída de valores (dinheiro) do indivíduo ou organização em troca de 
produtos e/ou serviços.
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O e-business refere-se ao uso de tecnologia digital e da Internet para executar os principais 
processos de negócios em uma empresa. Inclui atividades para a gestão interna da empresa e 
para a coordenação com fornecedores e outros parceiros de negócios (LAUDON; LAUDON, 
2010).
O e-business possui uma grande amplitude, estendendo-se a vários modelos de negócios e 
identi� cando forte dinamismo. O e-business pode ocorrer entre vários agentes econômicos, que, 
por sua vez, criam vínculos e relações por meio de transações através da Internet.
Costa (2007) de� ne que a classi� cação dos tipos de negócios eletrônicos se dá por uma 
análise do relacionamento entre os negociadores dessa rede. E esse relacionamento decorre do 
envolvimento entre si por meio de transações comerciais, administrativas e contábeis conforme 
a Figura 1.
Figura 1 - Classi� cação dos tipos de e-business. Fonte: Costa (2007).
Na Figura

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