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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX.
FULANA DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade nº XXX e inscrita no CPF/MF sob o nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, tel.: XXX, não possuindo endereço de e-mail, por meio de seu advogado subscrito com procuração em anexo, com fulcro no artigo 319 do Código de Processo Civil de 2015, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente:
 AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS
       E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face da FULANA DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade nº XXX e inscrita no CPF/MF sob o nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, tel.: XXX, não possuindo endereço de e-mail, pelos motivos abaixo expostos:
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:
Inicialmente, afirma, sob as penas da lei, que não possui condições financeiras para arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, sendo, portanto, beneficiária da ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, o que ora se requer, nos termos dos artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil e da Lei n.º 1.060/50.
DOS FATOS:
A requerente é possuidora do imóvel localizado em Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, CEP XXX e residia no local com sua família há cerca de 03 (três) anos, como comprovam os documentos referentes ao bem.
Entretanto, em meados de XXX/2018, teve que desocupar o imóvel às pressas por ordem da Defesa Civil deste município em razão de um risco eminente de desabamento de sua residência devido a escavações irregulares realizadas em um barranco que dava sustentação a seu imóvel, por parte do Requerido.
Neste diapasão, podemos indagar que o Requerido deu causa ao desmoronamento do barranco, ocorrido em meados de XXX/2018, visto que de forma irresponsável e sem autorização legal, contratou serviços de maquinários para realizar escavações no local, que posteriormente veio abaixo com parte da residência da Autora.
Vale salientar que o parecer emitido pela Defesa Civil não deixa dúvidas ao apontar o causador do desmoronamento do barranco, que pôs em risco a vida de várias famílias que residiam no local e tiveram que se retirar às pressas após a interdição dos imóveis.
Observa-se que parte da residência da autora veio abaixo devido a queda do barranco que sustentava seu imóvel, fato ocasionado pelo Requerido, que imprudentemente não tomou as devidas cautelas ao escavar irregularmente o barranco que sustentava a residência da autora e por pouco não provocou uma tragédia ainda pior, como demonstram as fotos em anexo.
A autora sofreu diversos danos materiais e morais devido ao ocorrido, eis que se viu obrigada a se retirar de sua residência e não teve alternativa a não ser alugar um imóvel para morar enquanto problema fosse sanado, tendo gastos mensais de R$ XXX (XXX reais) de aluguel, conforme documentação em anexo.
Contudo, a autora não conseguiu arcar com as despesas dos aluguéis por muito tempo, momento em que não teve alternativa a não ser morar com seu genitor, que prontamente a acolheu, porém teve um gasto de R$ XXX (XXX reais).
O Réu ainda foi notificado extrajudicialmente em XXX/2018 para que reparasse os danos causados à autora, contudo, permaneceu inerte e nem sequer respondeu a notificação, motivo pelo qual não restou alternativas a não ser propor a presente demanda.
DO DIREITO:
 DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Inicialmente, cumpre salientar que o dirito da Autora se encontra consubstanciado no sagrado de direito de propriedade, legislado na Constituição Federal de 1988, consoante artigo 5ºm XXIIX, in verbis:
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade. (g.n)
Resta evidente que no caso em tela, o réu deu causa aos danos sofridos pela autora, ao assumir a responsabilidade pelos fatos ocorridos, portanto, deverá ser condenados a repará-los nos moldes do Art. 247 do Código Civil:
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
 Não é outra a jurisprudência pátria em casos análogos:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.442.700 - MA (2019/0028553-0) RELATORA : MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES AGRAVANTE : ESTADO DO MARANHÃO PROCURADOR : DANIEL BLUME PEREIRA DE ALMEIDA - MA006072 AGRAVADO : IONICE GOMES BORGES ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MARANHÃO DECISÃO Trata-se de Agravo, interposto pelo ESTADO DO MARANHÃO, contra acórdão do Tribunal de Justiça do referido Estado, que inadmitiu o Recurso Especial manejado em face de acórdão assim ementado: "AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS E TUTELA ANTECIPADA. DANOS DECORRENTES DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE AVENIDA. 'VIA EXPRESSA'. IMÓVEL RESIDENCIAL. RACHADURAS E ALAGAMENTOS. RISCO IMINENTE DE DESABAMENTO. LAUDO DA DEFESA CIVIL. CONFIGURAÇÃO. DESPROVIMENTO. 1. Restando comprovado nos autos que as obras de construção de avenida urbana, 'Via Expressa', gerou rachaduras e alagamentos, com risco de desabamento, em imóvel residencial, deve o ente responsável pela obra providenciar medidas necessárias ao reforço da estrutura e à segurança do imóvel. 2. O caso dos autos revela que o abalo na estrutura do imóvel residencial, causado pela obra, põe em risco a saúde e a segurança da família de moradores. 3. Agravo de instrumento conhecido e desprovido". ... Ademais, o Tribunal de origem, a partir da análise das provas trazidas aos autos, asseverou "a existência de elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo", concluindo, então, que "o fato é que a iminência de desabamento aliada às fotos e laudos demonstram a urgência e o risco iminente sofrido pela parte agravada e família" (fls. 95/96e). ... Nesse sentido, "a iterativa jurisprudência do STJ é no sentido de que, para analisar critérios adotados pela instância ordinária para conceder ou não liminar ou antecipação dos efeitos da tutela, é necessário reexaminar os elementos probatórios, a fim de aferir, nos termos do art. 300 do CPC, '...a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo', o que não é possível em Recurso Especial, ante o óbice da Súmula 7/STJ" (STJ, REsp 1.678.863/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 09/10/2017). Brasília (DF), 06 de março de 2019. MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES. (g.n)
Ressalta-se, desta forma que, uma vez provado que o Requerido deu causa ao ocorrido, em homenagem ao princípio da eventualidade, que seja condenado a reparação dos danos causados a residência da autora, e caso não venha a realizar as obras, que seja condenado a indenizá-la, nos moldes do artigo 247 do CC/02.
DO DANO MORAL:
A indenização por danos morais, como registra a boa doutrina e a jurisprudência, há de ser fixada tendo em vista dois pressupostos fundamentais, a saber: a proporcionalidade e razoabilidade. Tudo isso se dá em face do dano sofrido pela parte ofendida, de forma a assegurar-se a reparação pelos danos morais experimentados, bem como a observância do caráter sancionatório e inibidor da condenação, o que implica o adequado exame das circunstâncias do caso, da capacidade econômica do ofensor e a exemplaridade - como efeito pedagógico - que há de decorrer da condenação.
Nas palavras do emérito Desembargador Sérgio Cavalieri Filho: “...o dano moral não está necessariamente vinculado a alguma reação psíquica da vítima. Pode haver ofensa à dignidade da pessoa humana se, dor, sofrimento, vexame, assim como pode haver dor, sofrimento, vexame sem violação da dignidade.. a reação química da vítima sópode ser considerada dano moral quando tiver por causa uma agressão à sua dignidade.” (Programa de Responsabilidade Civil, 10ª edição, Atlas, 2012, São Paulo, pág.89).
A reparação do dano moral não visa, portanto, a reparar a dor no sentido literal, mas sim, aquilatar um valor compensatório que amenize o sofrimento provocado por aquele dano, sendo a prestação de natureza meramente satisfatória. Assim, no caso em comento, clarividente se mostra a ofensa a direitos extrapatrimoniais, haja vista toda a angústia e transtorno que a parte autora vem sofrendo. Evidente, desse modo, que deve ser fixada a indenização por danos morais em favor da parte autora.
O dano moral causado a assistida deve ter a sua reparabilidade plena, com o escopo de compensar os valores atingidos pelo evento danoso, servindo também de desestímulo à prática de atos ilícitos semelhantes, encontrando respaldo constitucional e legal (nesse sentido: arts. 186 e 927 do Código Civil e art. 5º, inc. X da Constituição Federal), in verbis:
Art. 186 do C.C. – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (g.n)
Art. 927 do C.C. – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 5º, inciso X da C.F. – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Observada a falta de consideração e oportunidade quanto à tentativa de soluções buscadas pela requerente, houve inequívoco desrespeito aos direitos inerentes a autora, na medida em que se viu lesado em sua integridade psíquica e em sua ética como cidadão cumpridor de seus deveres.
A nossa jurisprudência pátria já se mostrou favorável em outros casos:
APELAÇÃO CÍVEL – DIREITO DE VIZINHANÇA – AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. Direito de vizinhança. Elementos dos autos que revelam o nexo de causalidade entre as obras realizadas pelos acionados e os danos causados ao imóvel dos autores. Danos materiais – danos emergentes e lucros cessantes – bem evidenciados. Laudo jurispericial conclusivo e assaz esclarecedor, com aptidão de fornecer seguro juízo de certeza ao sentenciante. Danos morais. Cabimento. Indenização que observou os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-SP - AC: 10015367120178260539 SP 1001536-71.2017.8.26.0539, Relator: Antonio Nascimento, Data de Julgamento: 28/03/2019, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 28/03/2019). (g.n)
A autora, tentou buscar resolução extrajudicial da questão por conta própria, sem sucesso, tendo que se expor para resolver questão não criada pelo mesmo o que, por si só, configura dano moral in re ipsa.
Afinal, o Réu expõe a Autora à situação vexatória de quase implorar pela realização das obras em sua casa, eis que a mesma se viu obrigada a deixar o local que construiu com ardo esforço. Há ofensa, em última análise, à própria dignidade da pessoa humana.
Imprescindível, desse modo, a condenação da parte ré ao pagamento de indenização por danos morais, pugnando a Autora que a mesma seja arbitrada no valor de R$XXX (XXX reais), entendendo ser tal patamar justo e proporcional.
DA TUTELA ANTECIPADA
Implementando as várias reformas pontuais do Código de Processo Civil, a fim de garantir a efetividade da tutela jurisdicional e a razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII da CF/88 com a redação dada pela EC 45/2004), para viabilizarem a chamada ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, disposta nos arts. 294 e seguintes do NCPC/15.
Para sua concessão, alguns requisitos são exigidos: (1) probabilidade do direito; (2) abuso do direito de defesa ou manifesto caráter protelatório do réu; (3) fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação e (4) perigo da demora. No caso, todos os requisitos estão preenchidos.
A probabilidade do direito no sentido de que, pelo arcabouço probatório colacionado pela autora já na petição inicial, verifica-se que seu direito à tutela satisfativa é plausível, líquida e certa. A autora, portanto, juntou todos os documentos possíveis, a fim de demonstrar, ipso facto, que a mesma está sem ONDE MORAR, visto que sua residência foi interditada pela Defesa Civil, devido a queda do barranco ocasionada pelo Réu.
Já o abuso do direito de direito de defesa ou manifesto caráter protelatório do Requerido significa que, embora seja uma garantia constitucional o contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV da CF/88), será mitigada, no caso concreto, quando o seu exercício é desnecessário e dispensável diante das inequívocas provas dos autos, sobretudo por que apenas retardará a efetivação da incontestada tutela já caracterizada na petição inicial e que, se não concedida, causará prejuízos à autora, cujo ônus do tempo corre contra si.
Já o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação redunda no fato de que, não concedida a tutela específica antecipadamente, a autora permanecerá morando na casa de terceiros, visto que não tem mais condições de arcar com despesas de aluguel e sua residência foi interditada.
A Jurisprudência Pátria entende pelo cabimento da tutela antecipada em obrigações de fazer. Vejamos:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.442.700 - MA (2019/0028553-0) RELATORA : MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES AGRAVANTE : ESTADO DO MARANHÃO PROCURADOR : DANIEL BLUME PEREIRA DE ALMEIDA - MA006072 AGRAVADO : IONICE GOMES BORGES ADVOGADO : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MARANHÃO DECISÃO Trata-se de Agravo, interposto pelo ESTADO DO MARANHÃO, contra acórdão do Tribunal de Justiça do referido Estado, que inadmitiu o Recurso Especial manejado em face de acórdão assim ementado: "AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS E TUTELA ANTECIPADA. DANOS DECORRENTES DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE AVENIDA. 'VIA EXPRESSA'. IMÓVEL RESIDENCIAL. RACHADURAS E ALAGAMENTOS. RISCO IMINENTE DE DESABAMENTO. LAUDO DA DEFESA CIVIL. CONFIGURAÇÃO. DESPROVIMENTO. 1. Restando comprovado nos autos que as obras de construção de avenida urbana, 'Via Expressa', gerou rachaduras e alagamentos, com risco de desabamento, em imóvel residencial, deve o ente responsável pela obra providenciar medidas necessárias ao reforço da estrutura e à segurança do imóvel. 2. O caso dos autos revela que o abalo na estrutura do imóvel residencial, causado pela obra, põe em risco a saúde e a segurança da família de moradores. 3. Agravo de instrumento conhecido e desprovido". ... Ademais, o Tribunal de origem, a partir da análise das provas trazidas aos autos, asseverou "a existência de elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo", concluindo, então, que "o fato é que a iminência de desabamento aliada às fotos e laudos demonstram a urgência e o risco iminente sofrido pela parte agravada e família" (fls. 95/96e). ... Nesse sentido, "a iterativa jurisprudência do STJ é no sentido de que, para analisar critérios adotados pela instância ordinária para conceder ou não liminar ou antecipação dos efeitos da tutela, é necessário reexaminar os elementos probatórios, a fim de aferir, nos termos do art. 300 do CPC, '...a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo', o que não é possível em Recurso Especial, ante o óbice da Súmula 7/STJ" (STJ, REsp 1.678.863/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 09/10/2017). Brasília (DF), 06 de março de 2019. MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES. (g.n)
Assim, requer a antecipação da tutela para condenar o réu a realizar obras de reparo na residência da autora, que construa um muro de contenção na divisa do barranco e que seja obrigado a ressarcir a quantia que a autora se viu obrigada a pagar de aluguel durante o tempo em que ficou afastada de sua residência.
 Não podemos deixar de citar a obrigação do réu em ressarcir os aluguéis pagos pela autora, visto que teve que se retirar as pressas de sua residência e nãotinha lugar onde morar.
 Portanto, requer que o réu seja condenado ao pagamento dos aluguéis pagos pela parte autora, referente aos meses de XXX/2018 que perfaz a quantia de R$ XXX (XXX reais).
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) seja deferido o pedido da ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA à Requerente, por ser hipossuficiente, conforme consta das declarações anexas;
b) seja determinada a citação do Réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, nos termos do art. 319, VII do CPC/2015;
c) seja deferido liminarmente e inaudita altera parte o pedido de Tutela Antecipada para que o réu realize obras de reforma na residência da Autora, com o objetivo de sanar os danos que causou no local e que a mesma possa voltar a residir no imóvel, bem como a construção de um muro de contenção entre o barranco e a residência da Autora, com o objetivo de prevenir outra queda e também o ressarcimento dos valores pagos pela autora a título de aluguéis, no valor de R$ XXX (XXX reais);
d) seja julgada procedente a presente demanda, confirmando a tutela antecipada conferida e determinando que seja reformada a residência da Autora;
e) seja o Requerido condenado a pagar o valor equivalente à R$ XXX (XXX mil reais) a título de indenização por danos morais à Requerente;
f) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios;
g) protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito permitidos, requerendo, desde já, a juntada da documentação em anexo.
Dá-se à causa o valor de R$ XXX (XXX reais).
Nesses termos, pede deferimento.
Cariacica/ES, XX de XXXX de XXXX.
ADVOGADO
OAB XXX

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