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Problemas respiratórios são uma grande causa de PCR em crianças. Na realidade, muitos bebês e crianças que necessitam de RCP apresentam problemas respiratórios que progridem para uma insuficiência cardiopulmonar. ↪ Talvez não seja possível diferenciar entre desconforto respiratório e insuficiência respiratória com base apenas no exame clínico. A insuficiência respiratória pode se desenvolver mesmo sem sinais significativos de desconforto. Os problemas respiratórios podem causar: HIPOXEMIA, HIPERCABIA HIPOXEMIA ( Baixa saturação de oxigênio) Identificação e tratamento da insuficiência e desconforto respiratório em pediatria TRATAMENTO INICIAL ↪ A prioridade no tratamento da criança gravemente enferma ou que não esteja em PCR é a avaliação da via aérea e da respiração. ↪ Se houver sinais de desconforto ou insuficiência respiratória execute as intervenções iniciais que auxiliam ou restauram a oxigenação e a ventilação adequadas. CRUPE ANAFILAXIA CORPO ESTRANHO BROQUIOLITE ASMA PNEUMONIA Resulta de inflamação viral, bacteriana ou fúngica dos alvéolos. Vírus, bactérias (por ex., Streptococcus pneumoniae) e bactérias atípicas (por ex., Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumonia) normalmente causam pneumonia aguda adquirida na comunidade em crianças. O Staphylococcus aureus meticilina-resistente é cada vez mais comum e pode causar empiema (ou seja, acúmulo de pus e líquido na cavidade pleural). Além das intervenções iniciais listadas na Tabela 30, intervenções específicas para o tratamento de pneumonia infecciosa aguda incluem: ● A realização de testes diagnósticos (p.ex. gasometria arterial, RX, estudos virais, hemograma completo, hemocultura, cultura e coloração de Gram da expectoração), conforme indicado. ● A administração de antibióticos (a meta é administrar na primeira hora depois do contato médico). Pode não ser necessário fazer a hemocultura antes da administração de antibióticos. Portanto, siga o protocolo do centro ● Tratamento do sibilo com salbutamol, administrado por inalador dosimetrado ou solução para nebulização ● Tratamento para febre Tratamento de Desconforto/Insuficiência Respiratória com PIC Elevada A PIC elevada pode ser uma complicação de meningite, encefalite, abscesso intracraniano, hemorragia subaracnóidea, hematoma subdural ou epidural, lesão cerebral traumática, lesão hipóxico- isquêmica, hidrocefalia e tumor no sistema nervoso central. OBS: Padrão respiratório irregular = sinal de PIC elevada Tríade de Cushing: respiração irregular ou apneia, aumento da pressão arterial média e bradicardia. ● Essa tríade sugere um aumento acentuado na PIC e herniação cerebral iminente. ● No entanto, crianças com PIC elevada também podem apresentar respiração irregular, hipertensão e taquicardia, em vez de bradicardia. Se suspeitar de PIC elevada, procure uma consulta com um neurocirurgião. Além das intervenções iniciais listadas na Tabela 30, as intervenções específicas compreendem : ● Garantir que a cabeça esteja na linha média, estabilizar manualmente a coluna cervical e usar uma manobra de anteriorização da mandíbula, se suspeitar de trauma e precisar abrir as vias aéreas ● Verificar se a via aérea está aberta/patente e se a oxigenação e a ventilação estão adequadas. Um breve período de hiperventilação leve pode ocasionalmente ser usado como tratamento de resgate paliativo em resposta a sinais de herniação cerebral iminente (p. ex., respirações irregulares ou apneia, bradicardia, hipertensão, pupilas dilatadas ou desiguais sem resposta à luz e postura descerebrada) nas primeiras 48 horas após a lesão. Se usar hiperventilação, considere o neuromonitoramento avançado para avaliação de isquemia cerebral. Administrar 20 mL/kg IV de cristalóides isotônicos (solução salina normal ou lactato de Ringer), se a criança tiver perfusão deficiente ou outras evidências de função deficiente do órgão-alvo ● Administrar tratamento farmacológico para controlar a PIC elevada (p.ex, agentes osmóticos) ● Tratamento agressivo da agitação e da dor, assim que a via aérea estiver estabelecida e a ventilação estiver adequada. ● Evitar a hipotensão, pois ela pode comprometer o fluxo sanguíneo cerebral no caso de PIC elevada. ● A hipertensão, como parte da tríade de Cushing, está geralmente presente quando a PIC está elevada . ● Evitar ou tratar agressivamente a febre Deve-se evitar a hiperventilação profilática intensa (para PaCO2 menor que 30 mm Hg), pois a hiperventilação pode diminuir o débito cardíaco com prejuízo do retorno venoso. A hiperventilação deve ser usada cautelosamente. Em pacientes com lesão cerebral traumática grave, considere a hiperventilação nas primeiras 48 horas depois da lesão apenas se houver sinais agudos de herniação cerebral. Essa hiperventilação deve ser guiada por neuromonitoramento para avaliar a isquemia cerebral.
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