Buscar

RESUMÃO DE PROLIFERAÇÃO (TUTORIAS)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMÃO DE PROLIFERAÇÃO
(Tutorias)
ADAPTAÇÃO CELULAR
É um conjunto de respostas estruturais e funcionais reversíveis da
célula perante uma situação de estresse, a fim de manter a
homeostase e a sobrevivência celular.
Se o estímulo nocivo não letal for retirado ela volta a funcionar no
seu estado original.
HIPERTROFIA
É um aumento no tamanho celular que resulta em um
aumento do órgão.
Mecanismo: Síntese de componentes estruturais das
células por exemplo síntese proteica devido aumento da
demanda funcional ou estímulo de hormônios e fatores
de crescimento.
Pode estar acompanhada de hiperplasia se o tecido tiver
capacidade para isso.
Fisiológica Patológica
Aumento da massa muscular
em fisiculturistas
Aumento uterino na gestação
Hipertrofia do músculo
cardíaco devido a sobrecarga
de trabalho na ICC
HIPERPLASIA
É um aumento do número de células em um órgão
que resulta no aumento de massa.
Mecanismo: Deve-se a capacidade das
células-tronco e células maduras de se dividir
originando novas células.
É diferente de câncer, porque não tem mutações nos
genes reguladores da divisão celular e quando é
retirado o estímulo, ela regride.
Fisiológica Patológica
Hiperplasia hormonal:
Desenvolvimento mamário na
puberdade.
Hiperplasia compensatória:
Transplantes hepáticos.
Hiperplasia endometrial
Hiperplasia prostática
benigna
Infecções por papilomavírus
humano
ATROFIA
É a redução do tamanho de um órgão/tecido que
resulta na diminuição do tamanho e número celular.
Mecanismo: Redução funcional → Menor síntese
de proteínas e aumento da destruição de proteínas
nas células por ubiquitinação + Aumento de
autofagia celular
Fisiológica
● Regressão da notocorda no desenvolvimento
embrionário
● Involução uterina após o parto
Patológica
● Atrofia por desuso (Osso fraturado imobilizado por
gesso ou paciente restrito ao leito)
● Atrofia por denervação (Lesão dos nervos leva a
atrofia das fibras musculares supridas por esses
nervos)
● Diminuição do suprimento sanguíneo (Atrofia senil
devido ateroscleorse)
● Nutrição Inadequada (Marasmo e caquexia em
pacientes com doenças inflamatórias e câncer)
● Perda de estimulação endócrina (Mama, epitélio
vaginal e endometrial)
● Pressão (Tumor benigno comprimindo tecidos
adjacentes levando a atrofia por eventos isquêmicos)
METAPLASIA
É uma alteração reversível na qual tipo celular
diferenciado (Epitelial ou Mesenquimal) é
substituído por outro tipo celular.
Representam a substituição de células sensíveis ao
estresse por tipos celulares mais resistentes ao
ambiente hostil.
Mecanismo: Baseada na reprogramação de
células-tronco que existe em tecidos normais ou de
células mesenquimais indiferenciadas presentes no
tecido conjuntivo → Devido a citocinas, fatores de
crescimento e componentes da matriz extracelular
→ Alteram fatores de transcrição que regulam a
diferenciação celular.
Mais comum: Epitélio colunar para escamoso →
Exemplo: Epitélio do trato respiratório em resposta
à irritação crônica do tabagismo
Em todos esses exemplos o epitélio escamoso
estratificado mais resistente é capaz de sobreviver
sob circunstâncias nas quais o epitélio colunar
especializado mais frágil teria subido
SINALIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO CELULAR
A sinalização celular é a forma como as células se
comunicam e está envolvida nos processos de
sobrevivência, diferenciação, crescimento e morte celular.
Milene Alves T7 - UEMS
É necessário que haja um ligante que se conecte com seu
respectivo receptor.
Já o receptor é caracterizado por dois fatores:
Capacidade de reconhecer especificamente ligante
Capacidade de desencadear uma resposta celular
CLASSIFICAÇÃO
Classificação de ligantes quanto à natureza
Moléculas provenientes de danos em células
vizinhas → DAMPs
Moléculas provenientes de patógenos → PAMPs
Moléculas compartilhadas via junção GAP em
células vizinhas → Íons, metabólitos…
Moléculas secretadas → Fatores de crescimento,
citocinas, hormônios e neurotransmissores
Interação com moléculas da matriz extracelular
→ Integrinas e selectinas
Classificação de receptores quanto à natureza
Receptores associados a canais iônicos
Receptores associados à proteína G
Receptores associados a enzimas/catalíticos
Classificação dos receptores quanto à localização
Receptores de superfície celular/membrana
● Receptores acoplados à proteína G
● Receptores catalíticos
Receptores Intracelulares
COMUNICAÇÃO CELULAR
COMUNICAÇÃO DIRETA: Envolve a transferência direta
de moléculas ou sinais entre células adjacentes
Junções comunicantes: são canais proteicos que
conectam as membranas de células adjacentes,
permitindo a passagem de íons e pequenas
moléculas entre as células.
● Junções GAP
● Junções Adesivas
● Junções nexus
Contato célula-célula: ocorre quando as células
interagem fisicamente por meio de moléculas de
adesão celular.
COMUNICAÇÃO INÉDITA: Por meio de sinais químicos
no meio extracelular.
Endócrina ou hormonal
● O sinal ou ligante é o hormônio
○ Comunicação de longa distância
○ Via sanguínea
○ Lenta e duradoura
● Tipos de hormônios:
○ Lipossolúveis: Sexuais,
corticosteróides, T3 e T4
○ Hidrossolúveis: GH, TSH, FSH,
PRL, ACTH, LH…
Autócrina → O ligante atua na própria célula
Parácrina → Os ligantes atuam em células
próximas à células secretora → Exemplo: citocinas
e fatores de crescimento
Neurócrina ou Sináptica → Ligantes estão
difundidos na sinapse entre neurônios ou entre
neurônios e células musculares ou glandulares.
● O sinal ou ligante é o neurotransmissor
● Possui ação rápida
● Exemplos: epinefrina, acetilcolina,
serotonina …
AGENTES DO ESTRESSE CELULAR
Milene Alves T7 - UEMS
PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO
A hipóxia é um deficiência de oxigênio que causa
lesão celular por reduzir a respiração oxidativa
aeróbica.
Causas:
Isquemia → Compressão de tumor em
órgãos vizinhos
Oxigenação inadequada do sangue →
doença pulmonar
Redução da capacidade de transporte de
oxigênio pelo sangue → Intoxicação por
monóxido de carbono
AGENTES FÍSICOS
Traumatismos mecânicos
Extremos de temperatura: queimaduras ou frio
profundo
Alterações bruscas de pressão atmosférica
Radiação ionizante ou particulada
Choque elétrico
AGENTES QUÍMICOS E DROGAS
Concentrações hipertônicas de sal ou glicose
Distúrbios hidroeletrolíticos
Oxigênio em altas concentrações
Venenos: cianeto, arsênio, sais mercúricos
Poluentes no ambiente e ar
Inseticidas e agrotóxicos
Drogas sociais e terapêuticas
AGENTES INFECCIOSOS
Vírus, bactérias, riquétsias, fungos, protozoários,
vermes platelmintos e nematelmintos ….
REAÇÕES IMUNOLÓGICAS
Doenças autoimunes
Reações imunes a muitos agentes externos
DEFEITOS GENÉTICOS
Ocasionam a lesão celular por causa deficiência de
proteínas funcionais, como nos defeitos
enzimáticos nos erros inatos do metabolismo ou a
acumulação de DNA danificado ou proteínas
anormalmente dobradas.
DESEQUILÍBRIOS NUTRICIONAIS
Deficiências de vitaminas e proteico-calóricas
Excessos nutricionais → Gera aterosclerose
MECANISMOS DE LESÃO CELULAR
DEPLEÇÃO DE ATP
A depleção de ATP é a causa fundamental da morte
celular por necrose, que pode ocorrer devido à lesão
isquêmica e química tóxica.
A produção de ATP ocorre principalmente por meio
da fosforilação oxidativa do difosfato de adenosina
nas mitocôndrias e pela via glicolítica na ausência
de oxigênio.
A redução do fornecimento de oxigênio e
nutrientes, danos mitocondriais e a ação de algumas
substâncias tóxicas, como o cianeto, podem causar
depleção de ATP..
A depleção de ATP afeta sistemas celulares críticos:
● Menos atividade da bomba de sódio
dependente de energia → Célula propensa a
tumefação
● Metabolismo energético alterado →
Aumento da glicólise anaeróbica → Mais
ácido lático → pH intracelular aumentado
→ Menor atividades de enzimas
● Falência da Bomba de cálcio → Falta de
ATP → Influxo de Cálcio
● Comprometimento da síntese proteica →
Desorganiza o aparelho de produção de
proteínas → Visto por desprendimento de
ribossomos
DANOS MITOCONDRIAIS
Causas:
● Aumento do cálcio citosólico
● EROS
● Privação de oxigênio → Depleção de ATP
Lesão mitocondrial → menos fosforilaçãooxidativa
→ mais depleção de ATP (Ciclo vicioso)
INFLUXO DE CÁLCIO
Normalmente, está em baixa quantidade no citosol.
Influxo → Aumenta cálcio dentro das células →
Promove a abertura de preso na membrana
mitocondrial, a ativação de enzimas e induz
apoptose por ativar as caspases diretamente.
ACÚMULO DE RADICAIS LIVRES
Milene Alves T7 - UEMS
Eles possuem um único elétron não pareado na
órbita externa.
Excesso de EROS: Produção aumentada ou
sistemas de remoção insuficiente → Estresse
Oxidativo → Oxidam ácidos graxos, proteínas,
DNA.
DEFEITOS NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA
Pode resultar da ação de EROS, depleção de ATP e
ativação de fosfolipases pelo cálcio, toxinas e vírus.
Leva à danos na membrana mitocondrial e
membranas lisossômicas → Extravasamento de
enzimas → Digestão celular → FIM: Necrose.
DIFERENCIAÇÃO E MATURAÇÃO CELULAR
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
É a capacidade para formar diferentes tipos de
células.
Permite o surgimento de células especializadas para
realizar funções específicas com grande eficiência.
Baseia-se no princípio de que todo celular possui o
mesmo material genético → Porém, a expressão
gênica é o que irá determinar o Programa Celular
que a célula seguirá → Genes são expressos
enquanto outros são inibidos
Quanto maior a potencialidade, menor será a
diferenciação celular, ou vice versa.
POTENCIALIDADE - CLASSIFICAÇÃO
Totipotentes → Células embrionárias → Todo tipo
de tecido incluindo anexos embrionários → Ex:
Zigoto e blastômeros
Pluripotentes → Células embrionárias → Qualquer
tecido do érbio → Ex: Embrioblasto
Multipotentes → Células-tronco teciduais →
Células do tecido de origem → Ex: Células da
medula óssea, fibroblastos e células basais da
epiderme
PRINCÍPIOS:
O zigoto é a célula com maior potencialidade
Células especializadas apresentam composição
proteica característica e isso depende do controle da
expressão gênica:
Há fatores que controlam a diferenciação celular:
● Fatores intracelulares → Relativo ao
próprio programa celular
● Fatores extracelulares → Resultado de
sinais provenientes de outra células, da
MEC ou de agentes ambientes
O controle da expressão gênica é crucial para a
diferenciação celular e pode se dar em 2 níveis:
● Controle transcricional → Tanto por
indução (Fatores de transcrição) quanto por
inibição (Formação de heterocromatina)
● Controle pós-transcricional → Ocorre em
várias etapas (Processamento, transporte ou
tradução de RNAm) → É mais rápida
MATURAÇÃO CELULAR
Dá origem a uma célula especializada
CICLO CELULAR E CONTROLES
INTRODUÇÃO
A vida de um célula é dividida em 2 momentos que
se alternam:
● Funcional
● Replicativo
O tempo em que cada célula permanece no
momento funcional é muito variável
Existem células que continuamente estão em
replicação como células hematopoiéticas e outras
que exercem sua função como miócitos e
neurônios.
As células dependem de interações célula-célula e
célula-ambiente para parar suas funções e iniciar
replicação.
Na replicação, a células faz cópia fidedigna do seu
material genético e o distribui para as células-filhas,
sendo esse processo bem regulado e controlado.
CICLO CELULAR
É uma sequência de eventos autorregulada de
eventos que controla o crescimento e a divisão das
células.
Incorpora 2 fases principais:
● Interfase: Fase G1 + Fase S + Fase G2
● Fase M ou Mitose
Ao longo dele, vários mecanismos de controle de
qualidade internos controlam a transição entre os
estágios.
G1 Mais longa e mais variável do ciclo celular.
Células reúne nutrientes e sintetiza RNA e
Milene Alves T7 - UEMS
proteínas para a síntese de DNA e replicação
cromossômica.
Ponto de controle de restrição (Sensível ao
tamanho da celular e interações c/MEC)
Ponto de controle G1 de lesão de DNA→
Se tiver dano, eleva p53 e não deixa célula
entrar na fase S
S Ocorre Crescimento citoplasmático e duplicação
das organelas com o material genético.
Ponto de controle S de lesão de DNA
G2 É quando a célula se prepara para a divisão celular.
Trata-se de um período de crescimento celular e
reorganização das organelas.
Ponto de controle G2 de lesão de DNA
Ponto de controle de DNA não replicado
→ Impede a progressão para fase M
M Mitose: 4 fases → Cariocinese + Citocinese
Ponto de controle de montagem do fuso
Ponto de controle de segregação dos
cromossomos
FASE G0
É um estágio intermediário de repouso
especializado, sem a replicação → Repouso
funcional
Podem ser classificados em:
● Células Lábeis → Células epiteliais da
camada basal da pele
● Células Estáveis → Hepatócito e fibrolatas
● Células Perenes → Neurônios,
cardiomiócitos
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR
Baseia-se no Complexo Ciclinas-CDK
● CDK→ níveis constante
● Citocinas → Proteínas constitutivas
produzidas, onde seus níveis variam
durante o ciclo celular devido produção e
degradação mediada por ubiquitina
Sua atividade é inibida pelas proteínas como INKs,
CIPs, KIPs que inibidores de quinases.
COMPLEXO PROMOTOR DA ANÁFASE (Ciclossomo)
Na transição da Metafase/Anafase, há a atuação do
Complexo Promotor de Anáfase, membro da
família das "ubiquitina-ligases".
Marca proteínas específicas, catalisando a
ubiquitinação → Leva à degradação pelos
proteossomos:
● Securina → Protege as ligações proteicas
unindo as cromátides-irmãs → Sendo
degradada: Leva a separação
● S-Ciclinas e M-Ciclinas → Sua destruição
impede atividade das CDKs → Permite que
a célula reestruture o núcleo na telecinese e
encerre a mitose.
APOPTOSE
INTRODUÇÃO
É uma via de morte celular na qual a célula ativa
enzimas que degradam o DNA bem como proteínas
nucleares e citoplasmáticas.
Características:
● Membrana plasmática intacta → Forma
corpos apoptóticos → Comestiveis para
macrofagos
● Retração celular → Perda da aderência com
MEC e células vizinhas
● Sem inflamação
● Cromatina sofre condensação → Para
facilitar a quebra do DNA por enzimas
● Núcleo se desintegra em fragmentos
envoltos por membranas: Nucleossomos.
● Membrana celular forma prolongamento →
Blebs
● Mitocôndrias podem sofrer ruptura de
membrana
Milene Alves T7 - UEMS
VIAS DA APOPTOSE
VIA INTRÍNSECA - MITOCONDRIAL
É o principal mecanismo de apoptose em todas as
células dos mamíferos.
Ocorre quando há um aumento da permeabilidade
da membrana mitocondrial externa, permitindo a
libertação de moléculas pró-apoptóticas para o
citoplasma.
A família BCL2 de proteínas controla rigidamente a
liberação de proteínas pró-apoptóticas
mitocondriais. Existem mais de 20 membros da
família BCL, divididos em três grupos com base em
sua função pró-apoptótica ou antiapoptótica e em
seus domínios BH. Os fatores de crescimento e
outros sinais de sobrevivência estimulam a
produção de proteínas antiapoptóticas, como a
BCL2, evitando a saída de proteínas indutoras de
morte para fora da membrana mitocondrial externa.
Quando as células são privadas de sinais de
sobrevivência ou seu DNA é lesado, ou proteínas
mal dobradas provocam o estresse do RE, as
proteínas somente-BH3 “percebem” a lesão e são
ativadas.
Os sensores ativam dois efetores críticos
(pró-apoptóticos), BAX e BAK, os quais formam
oligômeros que se inserem na membrana
mitocondrial, permitindo que proteínas da
membrana mitocondrial interna saiam para o
citoplasma.
A ativação de BAX-BAK, juntamente com a perda
das funções protetoras dos membros
antiapoptóticos da família BCL2, é a liberação para
o citoplasma de várias proteínas mitocondriais que
podem ativar a cascata das caspases.
Uma dessas proteínas é o citocromo C → Liga-se à
proteína APAF-1, formando o apoptossomo →
Ligam-se à caspase-9, a caspase iniciadora crítica
da via mitocondrial → Ela por sua vez cliva uma
caspase-9 adjacente, estabelecendo um processo de
autoamplificação → Clivagens de caspases.
Outras proteínas mitocondriais, como Smac/Diablo,
se ligam a inibidores fisiológicos da apoptose
(IAPs), neutralizando-as → As IAPs bloqueiam a
ativação das caspases, incluindo a caspase-3 → A
neutralização das IAPs permite o início da cascata
de caspases, mediando a fase de execução da
apoptose.
VIA EXTRÍNSECA - RECEPTOR DA MORTE
É iniciada pelaativação de receptores de morte na
membrana plasmática em diversas células → São
membros da família do receptor TNF que contêm
um domínio citoplasmático chamado de domínio de
morte, essencial para a entrega de sinais
apoptóticos.
Receptores de morte mais conhecidos são o
receptor TNF tipo 1 (TNFR1) e uma proteína
relacionada denominada Fas (CD95).
O ligante para Fas é chamado de Fas ligante (FasL)
e quando se liga ao Fas, moléculas de Fas se
reúnem e seus domínios de morte citoplasmáticos
formam um sítio de ligação para uma proteína
adaptadora, FADD → FADD ligada aos receptores
de morte, por sua vez, liga-se a uma forma inativa
da caspase-8 (e em humanos, caspase-10)
novamente através de um domínio de morte →
Várias moléculas de pró-caspase-8 são, assim,
aproximadas, e elas clivam umas às outras para
gerar a caspase-8 ativa.
Os eventos subsequentes são os mesmos da via
mitocondrial e culminam na ativação de várias
caspases executoras.
Essa via da apoptose pode ser inibida por uma
proteína denominada FLIP, a qual se liga à
pró-caspase-8 mas não pode clivar nem ativar a
caspase porque lhe falta um domínio de protease →
Alguns vírus e células normais produzem FLIP e
usam esse inibidor para se proteger da apoptose
mediada por Fas.
FASE DE EXECUÇÃO
As duas vias de iniciação da apoptose convergem
em uma cascata de ativação de caspases.
A via mitocondrial leva à ativação da caspase
iniciadora-9, enquanto a via do receptor de morte
leva à ativação das caspases iniciadoras-8 e 10.
A ativação de uma caspase iniciadora desencadeia a
ativação rápida e sequencial de caspases
executoras, como as caspases-3 e 6.
As caspases executoras atuam em muitos
componentes celulares, como a clivagem de um
inibidor de uma DNase citoplasmática, induzindo a
clivagem do DNA e a fragmentação do núcleo.
Algumas etapas da apoptose ainda não estão
completamente compreendidas, como a formação
de bolhas de membrana e corpos apoptóticos.
Milene Alves T7 - UEMS
MECANISMOS
APOPTOSE FISIOLÓGICA
● Embriogênese
● Renovação dos tecidos proliferativos
● Involução de tecidos dependentes de hormônios
● Declínio do número de leucócitos ao final do
processo inflamatório
● Eliminação de linfócitos autorreativos (em
doenças autoimenes.
APOPTOSE PATOLÓGICA
● Dano ao DNA→ Gera a ativação de proteínas
pró-apoptóticas pelos sensores BH3-only
● Acumul ode proteinas anormalamente dobradas
● Infecção virais
MORFOLOGIA
Descolamento de células
Citoplasma mais eosinofílico + Núcleo picnótico,
fragmentado ou ausente
Infiltrado inflamatório ausente
MECANISMOS DE MORTE CELULAR
Depleção de ATP
Danos mitocondriais
Influxo de Cálcio
Acúmulo de radicais livres
Defeitos na permeabilidade da membrana celular
NECROSE
A necrose é um tipo de morte celular no organismo vivo,
onde as células sofrem um insulto que resulta no aumento
do volume celular, agregação da cromatina, desorganização
do citoplasma e consequentemente ruptura celular.
MECANISMOS
Disfunção mitocondrial é gerado pelo influxo de
cálcio devido danos na membrana celular severos,
somado tem os efeitos oxidantes dos EROS → Isso
leva a Depleção de ATP
Além disso, tem a liberação de enzimas pelos
lisossomos que tiveram sua membrana lesada.
Há presença de inflamação → Porque os danos
celulares geram DAMPs, citocinas e quimiocinas.
PADRÕES HISTOMORFOLÓGICOS
NECROSE COAGULATIVA
● Ocorre em resposta à isquemia
● Mantém arquitetura celular, mas a estrutura celular
é hialina devido à desnaturação de proteínas,
impedindo sua digestão e originando a coagulação
celular.
● Fígado, rins, coração…
NECROSE LIQUEFATIVA
● Ocorre devido a alguma infecção que gera
inflamação, formando pus e liquefazendo o tecido,
por conta das enzimas lisossomais.
● Cérebro e abscesso.
NECROSE GANGRENOSA
● Ocorre também por privação de suprimento
sanguíneo adequado → Aterosclerose e Diabetes
● Geralmente acomete extremidades: Dedos das mãos
e dos pés.
● Aparência escura, enegrecida → Com aspecto
desidratado e putrefato
○ Gangrena seca: sem infecção secundária
○ Gangrena úmida: com infecção secundária
→ Amolecimento do tecido
○ Gangrena gasosa: causada pela infecção
por Clostridium perfringens e Clostridium
spticum → Mionecrose: liberação de
colagens e hialuronidase que degrada o
tecido conjuntivo e ajuda na difusão de
toxinas.
Milene Alves T7 - UEMS
NECROSE LÍTICA
● Acontece nos hepatócitos → Hepatites virais
NECROSE CASEOSA
● Ocorre em tecidos infectados por micobactérias
como Mycobacterium tuberculosis
● Forma uma massa granular e acinzentada
semelhante a queijo cottage
● Há perda da estrutura celular.
● Pulmões, linfonodos…
NECROSE GORDUROSA
● Afeta tecidos adiposos como tecido subcutâneo e
intra-abdominal.
● Ocorre por ação das lipases, formando ácidos
graxos que formam complexos com cálcio.
● Acontece na pancreatite aguda e em doenças
vasculares
● Pode ser focal ou difusa.
NECROSE FIBRINÓIDE
● Ocorre em tecidos conjuntivos: vasos sanguíneos,
pele e articulações.
● Acontece a deposição de fibrina e colágeno
● Comum em doenças autoimunes e inflamatórias
crônicas: LÚPUS, Púrpura trombocitopênica
trombótica
Milene Alves T7 - UEMS
DIFERENÇAS ENTRE NECROSE E APOPTOSE
APOPTOSE
Fisiologico ou patologico
Acomete células individuais sendo seletivo
Inflamação ausente
Célula retraída, formação de corpos apoptóticos,
projeções digitiformes da membrana celular
Perda de adesão com células e MEC precoce
Liberação de enzimas lisossômicas ausente
Núcleo: Convulato e fragmenta a membrana
nuclear
Cromatina fica compacta em massas densas
uniformes
Não forma cicatrizes
Mantém membranas celulares e organelas
NECROSE
Patológico
Acomete grupo de células sendo degenerativo
Tem inflamação
Tumefação celular, perda da integridade da
membrana e posterior desintegração
Perda de adesão com células e MEC tardia
Liberação de enzimas lisossômicas presente
Núcleo: Desaparece (Picnose, cariorrexe e
cariólise)
Cromatina forma grumos grosseiros e de limites
imprecisos
Pode formar cicatriz se for necrose extensa
Permite influxo de sodio e calcio
Parada da síntese proteica e do funcionamento do
mecanismo de membrana
REPARO TECIDUAL
É um processo biológico que ocorre em resposta a
lesões/danos nos tecidos do corpo após uma
agressão física, química ou por patógeno.
Visa restaurar integridade e funcionamento do
tecido afetado.
Varia conforme a capacidade proliferativa:
Lábeis → Regeneração é comum →
Epitélios de revestimento, tecido
hematopoiético…
Estáveis → Regeneração + Cicatrização →
Fígado, Rins…
Permanentes → Cicatrização é comum →
Tecido nervoso, músculo…
Há nesse processo a proliferação de diversos tipos
celulares:
Células remanescentes do tecido lesado
Células endoteliais
Fibroblastos
Processos:
Hemostasia
Inflamação
Proliferação
Remodelação
CONDIÇÕES
Eliminação do agente agressor
Proliferação regulada por fatores de crescimento
Irrigação e nutrição adequada
Diferenciação de células-tronco
REGENERAÇÃO
Há substituição dos componentes danificados por
um tecido novo
Retorno completo da função
CICATRIZAÇÃO
Há formação de cicatriz e perda de função devido à
substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo.
Fases:
Inflamatória → Hemostasia e
Vasodilatação
Proliferativa → Epitelização, Angiogênese,
Formação de tecido de granulação e
Deposição de colágeno.
De maturação ou remodelação →
Deposição de colágenos de forma
organizada
Fatores que influenciam negativamente:
● Fatores locais
○ Isquemia e baixa perfusão
○ Infeções
○ Corpo estranho
● Fatores sistêmicos
○ Diabetes
○ Hipotireoidimso
○ Desnutrição
Milene Alves T7 - UEMS
○ Neutropenia, neuropatias, deficiência na
síntese de moléculas de adesão no
endotélio
○ Idosos
○ Corticosteróides e Quimioterápicos
○ Tabagismo
○ Resposta inflamatória sistêmica
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
Primeira intenção
É mais rápida e forma cicatriz menor
Ocorre quando a ferida é limpa e fechada
com sutura, grampos ou adesivos cirúrgicos
imediatamente após a lesão
Segunda intenção
É mais lento e desorganizado com mais
formação de cicatriz
Ocorre quando a ferida é deixada para
cicatrizarpor si só com a formação de
crosta
As bordas da ferida são distantes
Terceira intenção
Ocorre quando a ferida é inicialmente
deixada aberta para a limpeza e depois
fechada com suturas.
É usada em feridas
contaminadas/infectadas
Mais lento que a cicatrização secundária e
mais formação de tecido cicatricial do que
a cicatrização primária
AGENTE CARCINOGÊNICO
É aquele capaz de iniciar ou promover o
desenvolvimento de células cancerosas
Também chamados de oncoaceleradores.
Podem ser mutagênicos ou não
AGENTES QUÍMICOS
São divididos em 2 categorias:
● Carcinógenos diretos → São agentes
alquilantes → Possui atividade eletrofílica
intrínseca → Afinidade por Nucleofílicos
como proteínas, RNA e DNA → Induz
mutações para ativar proto-oncogenes ou
inativar genes supressores de tumor.
● Carcinógenos indiretos → Precisam sofrer
modificações químicas no organismo antes
de se tornarem eletrofílicas e ativas.
Os genes mais afetados por carcinógenos químicos
são RAS e TP53.
Exemplos de agentes químicos:
Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
Aminas aromáticas
Azocompostos
Alquilantes
Nitrosaminas
Aflatoxinas
Asbesto
Carcinógenos inorgânicos: cromo, níquel e
ferro
AGENTES FÍSICOS
Radiações provocam mutações capazes de ativar
oncogenes (principalmente RAS) e/ou inativar
genes supressores de tumor, podendo atuar
sinergicamente com outros carcinógenos.
Exemplos:
Radiação UV → Ocorre Lesão do DNA por
dimerização da timina → Mutações
puntiformes
Radiação ionizante → Podem ser
eletromagnéticas ou particuladas →
Alterações cromossômicas (Translocações,
quebras, mutações puntiformes e deleções)
CONDIÇÕES CANCERIZÁVEIS
Esse termo se refere a um estado geral que não
necessariamente altera o aspecto local do tecido,
mas está associado a maior risco de
desenvolvimento.
Existem diversas condições que podem aumentar o
risco de desenvolver câncer:
Inflamação crônica → Doenças
autoimunes, artrite reumatoide, doença
inflamatória intestinal e hepatite crônica
Infeções virais
Hepatite B/C
HPV
Epstein-Barr
Exposição a produtos químicos, físicos e
toxinas
Fatores genéticos e hereditários
BRCA 1/2
Milene Alves T7 - UEMS
LESÕES CANCERIZÁVEIS
São lesões que tem uma chance maior de
transformação maligna
Exemplos:
Leucoplasia
Eritroplasia
Queilite actínica
Fibrose submucosa bucal
Líquen plano
QUEILITE ACTÍNICA
Conhecida como vermelhão do lábio inferior
Causada pela exposição crônica ao sol
Limitada a pessoas de pele clara
Mais comum em homens com mais de 45 anos →
Atividade profissional e uso menos frequente de
protetor labial
Tratamento: Vermelhectomia; bloqueadores solares;
laser de Co2 e Eletrodissecção
INICIAÇÃO, PROMOÇÃO E PROGRESSÃO
Iniciação: É quando o agente carcinogênico
mutagênico induz alterações genômicas
permanentes nas células, o que pode ocorrer em
uma única aplicação desse agente.
Promoção: É quando a célula iniciada transformada
é estimulada a proliferar, amplificando o clone
transformado. → Ocorre fixação da alteração
genômica.
Progressão: É quando há proliferação do clone
transformado e o tumor cresce → surgem células
com potencial metastizante.
O tumor fica mais agressivo e maligno
Esse processo depende da resposta imune
do hospedeiro
CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA/
CARCINOMA ESPINOCELULAR
É um tumor de células episminhosas da epiderme,
caracterizado por evolução rápida, alto poder
invasivo e metastático.
Etiologia:
Extrínsecos: Tabaco, álcool, raios UV
Intrínsecos: Desnutrição, genética e
anemia, imunossupressão, histórico
familiar
Mais comum em pessoas brancas com mais de 50
anos.
Fisiopatologia: Agentes carcinogênico (Radiação
solar, tabagismo, HPV e toxinas ambientais) →
Mutações que ativam genes oncogênicos e
desativar genes supressores de tumores →
Proliferação descontrolada → Acúmulo de células
anormais formam uma lesão
pré-maligna/carcinoma in situ.
Sintomas: Ferida que não cicatriza, dor,
sangramento → Língua, gengivas, palato e mucosa
jugal + Disfagia + Halitose + Linfadenopatia
TABAGISMO
Hábito de consumir produtos derivados do tabaco
Tipos:
Tabagismo ativo
Tabagismo passivo
Uso de tabaco sem fumaça → Fumo de
mascar, snus..
Cigarros eletrônicos
Narguile, vapers…
Mecanismo carcinogênico:
Substâncias químicas ligam-se ao DNA e
causam alterações na sequência de
nucleotídeos do DNA
Danos celulares por meio de estresse
oxidativo → Estimula a produção de
radicais livres
Inibição da ação do sistema imunológico
POLÍTICA NACIONAL DE CONTROLE DO TABACO
É a internalização da CQCT no SUS
Objetivo geral: Reduzir a prevalência de fumantes e
morbimortalidade relacionada ao consumo de
derivados do tabaco
Ações:
Restrições à publicidade, promoção e
patrocínio
Advertências sanitárias nos maços de
cigarro
Ambientes livres de tabaco
Milene Alves T7 - UEMS
Aumento de impostos sobre o produtos do
tabaco
Tratamento para dependentes de tabaco
PRINCÍPIOS DA RADIOTERAPIA
INTRODUÇÃO
Tem a finalidade de utilizar radiações ionizantes no
tratamento de tumores malignos e ocasionalmente.
benignos
Objetivo: destruir células tumorais pela deposição
de uma dose precisa de irradiação no volume alvo a
ser tratado, com mínimo dano aos tecidos normais
vizinhos.
Mecanismos de ação:
Células cancerígenas são mais
radiossensíveis porque estão quase sempre
em mitose
A fase G1 é mais radiorresistente → Porém
células tumorais tem turnover maior →
Menor tempo gasto em G1
Efeitos:
Direta → Atinge diretamente os
componentes celulares, provocando danos
no DNA → Cerca de 30% do efeito
biológico da radiação
Indireta → produz radicais livres a partir da
água intracelular → Principal OH
(Hidroxila) que pode se recombinar ou
reagir com moléculas orgânicas
Tem 5 fatores que alteram a equação de morte e
sobrevivência de células normais e tutoriais
Reparo → Danos subletais → Permite
sobrevivência e replicação
Reoxigenação → Células tumorais
hipóxicas são menos radioativas porque
tem pouco oxigênio → A radioterapia mata
células e estabelece o fluxo sanguíneo →
Chega mais O2.
Repopulação → Varia conforme tipo de
tecido → Proliferação celular aumenta
Radiossensibilidade → Está ligada a
radiossensibilidade celular intrínseca do
tecido.
Redistribuição → Ocorre uma
sincronização das células sobreviventes
dentro do ciclo celular, após as mortes das
células mais sensíveis
FORMAS DE RADIOTERAPIA
A forma a ser escolhida para um determinado
tratamento depende de fatores como tipo de câncer,
localização do tumor, estádio do tumor, além da
saúde geral do paciente, entre outros.
Braquiterapia: Consiste na aplicação de fontes
radioativas na forma de aplicadores especiais:
agulhas (Cs-137), sementes (Ir-192, I-125, Pd-103 e
Au-198) ou fios são colocadas em contato direto
com o volume alvo.
A administração da dose pode ser feita
durante dias (baixa taxa de dose -
BTD/LTD) ou em poucos minutos (alta
taxa de dose - ATD/HTD), dependendo da
quantidade de radiação emitida por unidade
de tempo.
Pode ser:
Intersticial
Intraluminal
Intracavitária
de superfície
Teleterapia/Radioterapia Externa: Consiste em
interpor uma certa distância física entre o paciente e
a fonte emissora de radiação.
Isoterapia: Consiste na administração via venosa ou
oral de isótopos radioativos que tenham tropismo
pelo tecido em que se localiza o tumor.
DOENÇAS OPORTUNISTAS
Mucosite:
É definida como uma inflamação e ulceração da
mucosa bucal com formação de pseudomembrana e
fonte potencial de infecções com risco de morte. É
um efeito debilitante de tratamentos do câncer
como a radioterapia e a quimioterapia bastante
frequente (afeta mais de 40% dos pacientes) e
doloroso.
A manifestação inicial é o eritema, seguido do
desenvolvimento de placas brancas descamativas,
que são dolorosas ao contato. → Forma fibrina que
leva à formação de uma pseudomembrana e
ulceração, representando a forma mais pronunciada
da mucosite.
Fisiopatologia
Radioterapia afeta a vascularização,
diminuindo o aporte de oxigênio e levando
à hipóxia e a morte celula
Milene Alves T7 - UEMS
Microbiota oral pode ser alterada pela
radiação, conduzindo a um aumento da
colonização por microrganismospatogênicos
Osteorradionecrose:
ORN é uma necrose isquêmica do osso.
A radiação reduz o potencial de vascularização dos
tecidos. As consequentes condições hipovascular e
hipóxica colocam em risco a atividade celular,
formação de colágeno e capacidade curativa de
ferida → Fluxo sangüíneo diminui, bem como os
nutrientes e as células de defesa → Degeneração
Histologicamente, ORN é caracterizada por
destruição de osteócitos, ausência de osteoblastos
de osso marginal e a falta de novo osteóide.
ONCOVÍRUS
São vírus que possuem a capacidade de iniciar um câncer
ou seja o crescimento de células cancerígenas.
Os vírus são considerados agentes causadores de diversos
tipos de neoplasia e estima-se que 15-20% de todos os
casos de câncer no mundo tenham como etiologia a
infecção por agente viral.
CARCINOGÊNESE VIRAL
Há vírus citopáticos ou não → Os que causam
tumor não são citopáticos e estabelecem infecção
persistente
Os vírus não são agentes carcinogênicos eficientes
→ Indica que a infecção viral é apenas um dos
elementos promotores do câncer
Processo - mecanismos:
Invasão do vírus às células hospedeiras →
Integração do material genético viral com
DNA das células hospedeiras → Mutações
e instabilidade cromossômica → Ativação
de oncogenes e inativação de genes
supressores de tumor → Proliferação
celular anormal
Estímulo a resposta inflamatória crônica →
Danos celulares persistentes
A progressão é influenciada por fatores adicionais
como genética, exposição a substâncias químicas
ou físicas, fatores ambientais.
TRANSFORMAÇÃO MALIGNA DO HPV
O vírus do papiloma humano (HPV) é um vírus de
DNA que infecta as células epiteliais da pele e das
mucosas
Sabe-se que o vírus pode interferir em várias vias
celulares, levando a alterações no ciclo celular e na
resposta imunológica.
Oncoproteínas:
E6
Liga-se à proteína p53 → Perda da
função da p53 como supressor
tumoral → Sobrevivência de
células com danos no DNA
(Indução a instabilidade genômica)
Ativa a telomerase
E7
Liga-se à proteína pRb → Esse
supressor tumoral perde sua função
→ Liberação de fatores de
transcrição para proliferação
celular como p107, p130, HDAC
(histona desacetilases), AP-1, além
de ciclinas (Indução a instabilidade
genômica)
E2 → Interferência no sistema imunológico
→ Inibe a apresentação de antígenos e a
resposta dos linfócitos T citotóxicos
PRINCIPAIS VÍRUS
HTLV - VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T
É o agente etiológico da Leucemia de Células T
em Adultos e também da Paraparesia Espástica
tropical ou Mielopatia associada ao HTLV-1
A atividade transformante do HTLV-1 está
relacionada à expressão dos genes V-TAX e V-REX
que tem como produtos, respectivamente, proteínas
reguladoras transcricionais e pós-transcricionais.
A proteína TAX regula a expressão de
genes relacionados na progressão do ciclo
celular como as ciclinas A, D2 e E →
Induz proliferação celular
Aumento da sinalização pró-crescimento e
sobrevivência das células: Reprime
também a expressão de múltiplos inibidores
de CDKs + Ativação do fator de transcrição
NF-kB que dá sobrevida celular.
Milene Alves T7 - UEMS
Aumento da instabilidade genômica:
interfere nos pontos de checagem e funções
de reparo do DNA.
HIV - VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA
É um vírus linfotrópico associado à síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS).
Embora seu genoma esteja integrado com genoma
celular, ele não parece causar malignidade
diretamente, porque não expressa oncogenes →
Mas, a severa imunodeficiência provocada por este
vírus resulta no aparecimento frequente de
linfomas, melanomas, carcinomas cutâneos e
mucosas, como câncer de colo uterino.
Mecanismo: Dano ao sistema imune
Entre as neoplasias causadas por infecção com
vírus oportunistas estão: sarcoma de Kaposi,
causado pelo herpesvírus 8 (HHV-8); linfomas não
Hodgkin, causados por EBV; carcinoma cervical e
anal, originado após infecção com alguns tipos de
HPV.
HCV - VÍRUS DA HEPATITE C
É um vírus de RNA fita simples linear de
polaridade positiva, envelopado, que pertence à
família dos Flaviviridae
Mecanismo: O dano hepático associado a
inflamação são fatores fundamentais para o
desenvolvimento das lesões.
A severidade e a taxa de progressão da inflamação
do fígado são variáveis entre os pacientes
infectados com HCV.
HBV - VÍRUS DA HEPATITE B
O vírus da hepatite B é um vírus de DNA fita dupla
circular envelopado que pertence à família
Hepadnaviridae.
Mecanismo: O desenvolvimento do carcinoma
hepático após a infecção com HBV envolve uma
combinação de mecanismos.
Ação indireta: Como ocorre a integração do
genoma viral ao genoma celular é possível
que aconteça mutagênese insercional →
Esta resulta na desregulação do gene
c-MYC e na inativação de genes
supressores de tumores.
Ação direta: Gene HBX viral → Codifica a
proteína que está consistentemente presente
nas células tumorais →Ativa vias de
sinalização que promovem a expressão de
genes celulares associados à proliferação e
ao sistema de reparo do DNA.
HPV - PAPILOMAVÍRUS HUMANO
O papilomavírus humano (HPV) pertence à família
dos Papillomaviridae, que possui 16 gêneros.
Destes, o gênero alfa contém vírus que se associam
ao desenvolvimento dos tumores de mucosas.
Eles são vírus de DNA fita dupla circular
(7.000-8.000 pb) pequenos e não envelopados que
existem em uma forma cromatizada.
O hospedeiro do vírus HPV é o humano, infectando
o epitélio estratificado, tanto os sítios mucosos
(mucosotrópico) como os cutâneos (epiteliotrópico)
A IARC classifica como carcinogênicos os tipos de
HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e
66.
O HPV-16 encontra-se em 50% de todos os
cânceres de colo de útero, enquanto a detecção do
HPV 18 dá-se em 10-20% dos cânceres cervicais.
Mecanismos: Oncoproteínas e Inibição do sistema
imunológico
EBV - VÍRUS EPSTEIN-BARR
O Epstein-Barr é um herpesvírus e encontram-se
dois tipos virais nos humanos: EBV-1 e EBV-2A.
O genoma do vírus EBV constitui-se de uma
molécula de DNA dupla fita linear que não se
integra ao genoma do hospedeiro.
Alguns de seus genes estão associados à
imortalização celular → Proteína de membrana
LMP-1 induz a expressão de BCL-2, proteína
antagonista da apoptose
Além disso a LMP-1 interage com várias proteínas
da via de sinalização de TNFR mediante o domínio
C-terminal, estas interações resultam na ativação de
genes dependentes de NF-kB
ESTADIAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO
ESTADIAMENTO TNM
O Estadiamento dos tumores malignos é muito importante
pois a partir dele é possível delimitar o prognóstico e
medidas terapêuticas
Milene Alves T7 - UEMS
Cada câncer tem suas peculiaridades quanto ao
estadiamento, mas de modo geral todos seguem um sistema
universal e de simples aplicabilidade.
O Sistema TNM analisa avalia alguns parâmetros para
saber o grau de difusão de um câncer → Os parâmetros
utilizados para estadiar tumores sólidos são o Tamanho (T)
ou Extensão do tumor primário, a presença ou não de
metástase pra Nódulos Linfáticos (N) regionais e a Presença
ou não de Metástase (M) a distância → Cada um desses
parâmetros tem números ou letras que indicam a extensão
da doença
Muitos métodos podem ser aplicados para traçar o
estadiamento de um tumor:
Exames de imagem como TC , RM, USG e
Cintilografia ajudam a delimitar o Tamanho do
tumor e a presença ou não de Metástases (M)
A biópsia ajuda a delimitar a extensão do tumor no
tecido, além do acometimento da cadeia linfática
(N) e vasos sanguíneos (M)
A administração de corantes no tumor e a
observação do coramento nos linfonodos regionais
revela a infiltração linfática (N)
Cada parâmetro dos tumores tem seus sub-estadiamentos:
Tamanho (T)
T → Tumor Primário
TX → Tumor Primário não pode ser avaliado →
Sem definição do tamanho
T0 Não há evidência de tumor primário
Tis → Carcinoma In Situ
T1 (<1 cm), T2 (1-4 cm) T3 (>4cm)
Nódulos Linfáticos
Nx → Linfonodos regionais não podem ser
avaliados
N0 → Sem acometimento linfático
N1 → Metástase para linfonodo regional
Metástase
Mx → Impossível definir se há metástase a
distância
M0 → Sem metástase
M1 → Metástase à Distância → O sítio ou sítiossecundários podem ser identificados pela sigla do
sítio anatômico ocupado PUL, MO, OSS, PLE,
HEP, PER, CER, ADR, LIN, CUT...
Exemplos:
Tumores T2N0M0 a conduta preferencial é a cirurgia, para
ressecção da área afetada e não há necessidade de quimio
ou radio
Tumores T2N0M1 a conduta preferencial é quimioterapia
para controle das metástases
ESTADIAMENTO FIGO
ESTÁGIO I Carcinoma In Situ
ESTÁGIO IA Carcinoma invasor com menos de 5mm de
profundidade
ESTÁGIO IA1 Se a invasão for mensurada em até 3mm de
profundidade
ESTÁGIO IA2 Se invasão for mensurada entre 3 e 5mm
ESTÁGIO IB Invasão maior que 5mm
ESTÁGIO IB1 Se invasão menor que 02 cm
ESTÁGIO IB2 Se invasão entre 02 e 04 cm na maior dimensão
ESTÁGIO IB3 Se invasão maior que 4 cm na maior dimensão
ESTÁGIO II Extensão além do útero, mas não até a parede
pélvica ou até o terço inferior da vagina sem
envolvimento parametrial (tecido entre o colo e a
parede da pelve)
ESTÁGIO IIA Limitada a 2/3 superiores da vagina
ESTÁGIO IIA1 Se lesão <4cm na maior dimensão
ESTÁGIO IIA2 Se lesão >4cm na maior dimensão
ESTÁGIO IIB Envolvimento parametrial, mas não até a parede
pélvica
ESTÁGIO III Extensão até a parede pélvica e/ou envolvimento
do terço inferior da vagina e/ou causa
hidronefrose ou rim não funcional e/ou envolve
linfonodos pélvicos e /ou para-óticos
ESTÁGIO IIIA Extensão até o terço inferior da vagina, mas não
até a parede pélvica
ESTÁGIO IIIB Extensão até a parede pélvica e/ou causa
hidronefrose ou rim não funcional
ESTÁGIO IIIC Envolve os linfonodos pélvicos e/ou
para-aórticos, independentemente do
tamanho e extensão do tumor
ESTÁGIO IIIC1 Metástase apenas no linfonodos pélvicos
ESTÁGIO IIIC2 Metástase nos linfonodos para-aórticos
Milene Alves T7 - UEMS
ESTÁGIO IV Extensão para além da pelve ou envolvimento
comprovado por biópsia da bexiga ou
mucosa retal
ESTÁGIO IVA Disseminação em órgãos pélvicos adjacentes
ESTÁGIO IVB Disseminação para órgãos distantes
PROGNÓSTICO
ESTÁGIO IA1 → Carcinomas In Situ ou microinvasores
(profundidade < 3mm)
Probabilidade de invasão ganglionar é mínima
Tratamento cirúrgico com margens livres
Conização ou Histerectomia
ESTÁGIO IA2 → Carcinoma micro invasor com
profundidade de 03 a 5mm
Tratamento cirúrgico radical Histerectomia Total +
Parametrectomia e Linfadenectomia Pélvica,
mesmo sem sinal de comprometimento linfonodal
ESTÁGIOS IB1 e IIA1 → Carcinomas invasores menores
que 4cm e retidos ao colo do útero ou com
comprometimento do terço inferior da vagina,
respectivamente
Tratamento cirúrgico radical Histerectomia Total +
Parametrectomia e Linfadenectomia Pélvica,
mesmo sem sinal de comprometimento linfonodal
Pacientes com alto risco de recidivas (profundidade
> 2cm, invasão linfovascular, metástases
linfonodais e margens cirúrgicas comprometidas )
devem receber como tratamento adjuvante, à
radioterapia.
ESTÁGIO IB2 e IIA2 → Tumores volumosos restritos ao
colo do útero ou se estendendo até o terço superior da
vagina
Tratamento cirúrgico é possível mas prognóstico é
de alto risco de recidiva
O tratamento cirúrgico deve ser complementado
com rádio e/ou quimio
ESTÁGIOS IIB a IV → Tumores avançados
Nesses casos o tratamento cirúrgico não é mais
considerado pela alto risco de recidivas
Associa-se radioterapia com quimioterapia
cisplatina
EPIGENÉTICA
Metilação do DNA
Modificação de Histonas
Ubiquitinação
Acetilação
Metilação
Expressão de MicroRNAs
CARCINOMA BASOCELULAR (CBC)
É originado de células basais da epiderme e se
apresenta como uma lesão com bordos róseos,
translúcidos ou perolados, que não cicatriza e pode
ulcerar e sangrar.
O CBC é menos agressivo que outros tipos de
câncer de pele e é mais comum em regiões expostas
ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro
cabeludo, ombros e costas.
Atenção: exposição solar, pele clara, histórico
familiar, terapias, exposição ao arsênico e
tabagismo.
Fisiopatologia:
Luz UV → Mutações em genes de
supressão tumoral: PTCH1, SMO, SUFU
Diagnóstico: Exame clínico + Dermatoscopia +
Biopsia excisional → Análise histopatológica →
Confirma diagnóstico
MELANOMA
O melanoma cutâneo tem origem
neuroectodérmica, formando-se a partir dos
melanócitos que migram da crista neural para toda
a epiderme, durante a embriogênese.
Essa origem facilita sua capacidade de
disseminação, tornando-o tumor maligno da pele
com maior agressividade, por apresentar grande
capacidade de invasão e metastatização.
Predomina ligeiramente no sexo masculino, com
maior incidência da quarta a sexta décadas da vida,
e é mais comum em pessoas de cor branca com
fenótipo de cabelos ruivos e olhos claros
Fisiopatologia:
Luz UV → Mutações em genes de
supressão tumoral: CDKN2A, BRAF, KIT, RAS.
Diagnóstico: Exame clínico (ABCDE) +
Dermatoscopia + Biópsia excisional + Exames de
imagens (TC, pet scan)
CÂNCER DE MAMA
Milene Alves T7 - UEMS
É o tipo que mais acomete mulheres em todo o
mundo, tanto em países em desenvolvimento
quanto em países desenvolvidos.
O câncer de mama é uma proliferação clonal que se
origina de células com várias mutações genéticas,
adquiridas por influência de exposições hormonais
ou genes suscetíveis herdados.
O câncer de mama pode ser hereditário,
desenvolvendo-se em mulheres com mutações em
genes supressores tumorais, ou esporádicos.
Fatores ambientais atuam diretamente na influência
das formas hereditárias do câncer de mama, e tanto
os fatores genéticos quanto os ambientais
contribuem para as formas esporádicas do câncer.
FATORES DE RISCO
O câncer de mama afeta principalmente mulheres
(99% dos casos).
Fatores de risco incluem: mutações genéticas
hereditárias, parentes de primeiro grau com câncer
de mama, raça/etnia, idade, idade da menarca, idade
no nascimento do primeiro filho, doença mamária
benigna e exposição estrogênica.
Mulheres brancas não hispânicas têm maior
incidência de câncer de mama nos Estados Unidos.
A idade é um fator importante, com o risco
aumentando ao longo da vida e atingindo o pico
entre 70 e 80 anos de idade.
A menarca em mulheres com idade inferior a 11
anos e menopausa tardia aumentam o risco de
câncer de mama.
Uma gravidez a termo antes dos 20 anos diminui
pela metade o risco de câncer de mama quando
comparada com mulheres nulíparas ou mulheres
que têm mais de 35 anos quando deram à luz pela
primeira vez.
A reposição hormonal da menopausa aumenta o
risco de câncer de mama, especialmente quando
estrogênio e progesterona foram administrados
juntos por anos.
Densidade mamária aumenta o risco de desenvolver
câncer de mama.
Exposição à radiação, especialmente em idade
jovem, aumenta o risco de câncer de mama.
História de câncer de mama contralateral ou
endométrio aumenta o risco.
Álcool e obesidade aumentam o risco de câncer de
mama.
Atividade física moderada pode ter efeito protetor
contra o câncer de mama.
Amamentação prolongada reduz o risco de câncer
de mama.
Possíveis efeitos estrogênicos de poluentes
ambientais estão sendo investigados, mas
associações definitivas ainda não foram
estabelecidas
CARCINOGÊNESE E PROGRESSÃO TUMORAL
QUADRO CLÍNICO
Nódulo mamário, geralmente endurecido, fixo e
indolor.
Eritema ou edema na pele da mama, com aspecto
semelhante à casca de laranja;
Alterações no mamilo, como retração ou descarga
de líquido sanguinolento ou seroso;
Linfonodomegalia, com a presença de pequenos
nódulos palpáveis na região cervical ou axilar.
Outros: Dor, coceira, descamação, ulceração ou
sangramento na pele da mama.
DIAGNÓSTICO
Autoexame + Exame clínico
Mamografia
Ultrassom
TC e RM
Biópsia → Exame histopatológica
Estadiamento:
A neoplasia de mama também pode ser
classificada de acordo com o perfil
molecular: luminal A, luminal B, triplo
negativo, HER2 superexpresso e basal-like.
Milene Alves T7 - UEMS
O estadiamento tumoral é importante para
o planejamento terapêutico e classifica os
tumores em operáveis (EC I e II),
localmente avançados (EC IIIA e IIIB) e
doença metastática (EC IV).
TRATAMENTO
Cirurgia
Mastectomia
Cirurgia conservadora
Reconstrução mamária
Biópsia do linfonodo sentinela
Dissecção axilar dos linfonodosRadioterapia
Hormonioterapia
Tamoxifeno: Modulador seletivo do
receptor de estrogênio (SERM) e pode ser
usado para reduzir o risco de câncer de
mama em mulheres com alto risco, para
diminuir a chance de recidiva em mulheres
tratadas com cirurgia conservadora da
mama e para tratar mulheres com câncer de
mama invasivo.
Seus efeitos colaterais incluem ondas de
calor, secura vaginal e aumento do risco de
desenvolver cânceres de útero e formação
de coágulos sanguíneos.
Terapia alvo
Imunoterapia
CÂNCER DE PRÓSTATA
O câncer de próstata é tipicamente uma doença de
homens com mais de 50 anos de idade, faixa etária
em que é bastante comum.
Com base nos estudos de autópsia, sua incidência
aumenta de 20% em homens na faixa dos 50 anos,
para aproximadamente 70% em homens entre 70 e
80 anos de idade.
O câncer de próstata é uma doença multifatorial
causada por uma combinação de fatores de risco,
incluindo idade, raça, história familiar, níveis
hormonais e influências ambientais.
Alguns fatores ambientais propostos incluem o
maior consumo de gorduras ou carcinogênicos
presentes em carnes vermelhas carbonizadas,
enquanto outros produtos dietéticos, como
licopenos, produtos de soja e vitamina D, são
suspeitos de prevenir ou retardar o
desenvolvimento de câncer de próstata.
FATORES DE RISCO
Idade – fator mais bem estabelecido, pois o risco
aumenta com o avançar da idade, atingindo
principalmente homens na sexta década de vida.
Hereditariedade – homens que possuem familiares
de primeiro grau, pai e irmão, que tiveram câncer
de próstata antes dos 60 anos possuem maior risco.
Deve ser ressaltado que uma agregação familiar de
casos de câncer de próstata pode refletir o hábito de
rastreamento em uma mesma família e não
necessariamente hereditariedade.
Obesidade – o efeito da gordura corporal, avaliada
por índice de massa corporal, circunferência da
cintura e relação cintura-quadril, sobre o aumento
do risco tem sido observado apenas para cânceres
de próstata avançados, de alto grau e fatais,
indicando uma associação com pior prognóstico.
Diversos outros possíveis fatores de risco têm sido
estudados, incluindo doenças metabólicas, drogas e
fatores dietéticos, bem como fatores ocupacionais e
ambientais, porém, em geral, as evidências ainda
não são conclusivas.
QUADRO CLÍNICO
O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não
provoca sintomas, enquanto em estágio avançado pode
causar alguns:
● Micção frequente.
● Fluxo urinário fraco ou interrompido.
● Vontade de urinar frequentemente à noite
(Nictúria).
● Sangue na urina ou no sêmen.
● Disfunção erétil.
● Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros
ossos se a doença se disseminou.
● Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do cancro da próstata se baseia no
toque retal, na dosagem sérica do PSA - Antigeno
Prostatico Especifico (Prostatic Specific Antigen).
A biópsia, quando indicada, é realizada com o
auxílio da USG transretal da próstata.
O diagnóstico de certeza é feito através do exame
de anatomia patológica que serve também para
classificar o câncer de próstata.
Dentre os métodos usados para classificar o mais
aceito é o escore de Gleason
Milene Alves T7 - UEMS
TRATAMENTO
Crioterapia
Prostatectomia
Radioterapia externa
Braquiterapia
Quimioterapia:
Docetaxel, cabazitaxel, mitoxantrona e
estramustina.
Os efeitos colaterais comuns incluem perda
de cabelo, inflamação na boca, náuseas,
fadiga e diminuição de células sanguíneas.
A quimioterapia é administrada em ciclos
com períodos de descanso para permitir
que o corpo se recupere.
Hormonioterapia
A terapia hormonal pode ser usada quando
o paciente não pode fazer cirurgia ou
radioterapia, se o câncer voltou após o
tratamento ou se o paciente tem alto risco
de recidiva.
A terapia hormonal também pode ser usada
antes da radioterapia para torná-la mais
eficaz.
Imunoterapia
O pembrolizumabe é um medicamento que
têm como alvo a proteína PD-1, que
normalmente impede que as células T
ataquem outras células do corpo. Ao
bloquear a PD-1, o medicamento aumenta a
resposta imunológica contra as células
cancerígenas na próstata.
TERAPIAS
ADJUVANTES - APLICAÇÕES
É realizado após remoção cirúrgica de tumor
É usado para eliminar qualquer célula cancerígena
que possa ter ficado após a cirurgia, reduzindo o
risco de recorrência da doença
NEOADJUVANTES - APLICAÇÕES
É realizada antes da remoção cirúrgica de tumor
Reduzir possibilidade de recidiva
Testar a sensibilidade do tumor ao tratamento.
Milene Alves T7 - UEMS

Continue navegando