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Fechamento de diastema com resina composta

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FECHAMENTO DE DIASTEMA COM RESINA COMPOSTA: 
REVISÃO DE LITERATURA 
Ana Laura Ataídes Araújo¹ 
Profª.Ma. Fernanda Pereira Silva² 
RESUMO 
A presença de espaço interdentário na região mediana do arco superior desfavorece a beleza 
do sorriso e a harmonia do conjunto dentofacial. Diante disso, pesquisa-se neste trabalho 
sobre a reabilitação de diastema com resina composta, a fim de discutir as formas de 
tratamento para o fechamento de diastemas anteriores, para tanto, é necessário compreendê-
las, suas principais etiologias, além da importância do planejamento, acabamento, polimento e 
técnicas de confecção das restaurações em resinas compostas, bem como, as principais 
vantagens, desvantagens e longevidade do tratamento. Realiza-se, então, uma pesquisa 
qualitativa e bibliográfica, utilizando artigos relacionados ao tema em questão, em língua 
inglesa e portuguesa, consultados, nas bases de dados:PubMed, Scielo, Google Acadêmico e 
livros. Diante disso, verifica-se que a correção de diastemas, por meio de restaurações com 
resinas compostas possui benefícios como: estética, adesão, preservação da estrutura dental e 
baixo custo, em relação a outras alternativas reabilitadoras. Por isso, essa técnica tem ganhado 
destaque e aumentado sua implementação nos consultórios odontológicos, e aceitação tanto 
pelos profissionais, quanto pelos pacientes. Portanto, a reabilitação funcional e estética do 
fechamento de diastema com procedimentos adesivos diretos pode ser uma excelente opção 
restauradora quando realizada, com adequado planejamento, técnicas e materiais corretos, 
além de acompanhamento longitudinal e polimentos periódicos. 
 
 
Palavras-chave:Diastemas. Resinas compostas. Reabilitação funcional. Reabilitação estética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________ 
1Graduanda em Odontologia pela Universidade de Rio Verde, GO. E-mail:ataidesanalaura@gmail.com 
2Professora do Curso de Odontologia da Universidade de Rio Verde, GO. E-mail: fernandaunirv@gmail.com
2 
1 INTRODUÇÃO 
Em se tratando do contexto de padrão de beleza atual, o sorriso deve ser harmonioso, 
agradável e estético. No entanto, estes padrões variam consoante, entre: a sociedade, a cultura, 
raça e crenças, a que o indivíduo se insere. No atual cenário brasileiro, a presença de espaço 
interdentário na região mediana do arco superior desfavorece a beleza do sorriso e a harmonia 
do conjunto dentofacial, podendo assim, contribuir negativamente no bem-estar e nas relações 
sociais do ser humano. 
A estética do sorriso tem sido relacionada à saúde bucal, possuindo interferência 
significativa na qualidade de vida dos indivíduos (COSTA SILVA, 2020). Assim, a 
odontologia atual, além de devolver a forma e função aos elementos dentais, tem prezado por 
estabelecer um sorriso que realce as características estéticas do indivíduo (ALMEIDA et al., 
2020). 
Alterações: na cor, forma, tamanho dos dentes, presença de diastema, perda da 
estrutura dentária, por cárie ou traumatismo, podem provocar uma total desarmonia, entre o 
sorriso e a face (PEREIRA et al., 2020). Os diastemas dentários consistem em espaços, ou 
aberturas, entre dois dentes adjacentes na mesma arcada dentária (ANDRADE; SILVA; 
DIAS, 2019). A presença desse espaço interdentário na região mediana do arco superior 
desfavorece a beleza do sorriso e a harmonia do conjunto dentofacial (COSTA; SILVA, 
2020). 
Os diastemas dentais podem, portanto, constituir um fator negativo na autopercepção 
da estética dental, interferir na função e a fonação do paciente, e por sua vez diminuindo a 
qualidade de vida (COSTA; SILVA, 2020). Em vista disso, o restabelecimento estético do 
sorriso, por meio do fechamento de diastemas é um procedimento clínico, que quando bem 
realizado fornece aos dentes anteriores resultado simétrico e harmonioso (BERWANGER et 
al., 2016). 
A odontologia dispõe de diferentes técnicas, para esse fechamento, como o tratamento 
ortodôntico e tratamento restaurador utilizando resinas compostas ou outros materiais como 
cerâmicas odontológicas (ANDRADE; SILVA; DIAS, 2019). O tratamento restaurador por 
meio de resinas compostas tem ganhado destaque por apresentarem maior conservação da 
estrutura dentária, menor tempo de tratamento, facilidade de reparo e baixo custo em 
comparação com alternativas (COSTA; SILVA, 2020). 
3 
As resinas compostas também têm apresentado aspectos positivos quanto à 
mimetização da naturalidade e preservação da estrutura hígida, que conferem em restaurações 
tanto estéticas, quanto funcionais (LIMA et al., 2020; PEREIRA et al., 2020). Portanto, o 
avanço dos materiais odontológicos e o aperfeiçoamento das técnicas restauradoras 
minimamente invasivas com uso de resina composta têm permitido que o cirurgião-dentista 
realize restaurações estéticas em dentes anteriores com boa eficiência (LIMA et al., 2020). 
O sucesso do tratamento reabilitador com resina composta depende do diagnóstico 
correto da etiologia do diastema, estabilidade oclusal e hábitos do paciente além das 
habilidades do profissional. No entanto, o correto diagnóstico, um planejamento minucioso e 
a indicação precisa são essenciais para o tratamento reabilitador de fechamento de diastema 
com resina composta. 
2 OBJETIVO 
O presente trabalho visa reportar através de uma revisão bibliográfica de literatura as 
principais etiologias dos diastemas, quando é indicadapara reabilitar o paciente, com resina 
composta, as técnicas restauradoras disponíveis para essas reabilitações, as vantagens, 
limitações e prognóstico do tratamento. 
3 METOOLOGIA 
Realizou-se uma pesquisa qualitativa e bibliográfica de revisão de literatura sobre 
fechamento de diastemas, com resina composta, utilizando artigos relacionados ao tema em 
questão, em língua inglesa e portuguesa, consultados, nas bases de dados: PubMed, Scielo, 
Google Acadêmico e livros com o assunto.Para tal,foramutilizadasas palavraschaves: 
Diastemas; Resinas compostas; Reabilitação funcional; e Reabilitação estética. 
4 REVISÃO DE LITERATURA 
4.1 DEFINIÇÃO 
4 
Definem-se diastemas dentais como espaços maiores que 0,5 mm, ou ausência de 
contato, entre dois ou mais dentes adjacentes, os quais comumente são encontrados na região 
anterior da maxila, sendo observados com menor frequência, em qualquer região da boca 
(KINA et al., 2015; SCHWARZ et al., 2013). 
Almeida et al. (2004), relata em seu trabalho que, o diastema mediano constitui um 
aspecto de normalidade durante a infância e, com o desenvolvimento da oclusão, há um 
fechamento fisiológico significativo, e a persistência depende da etiologia deste. Além disso, 
relata que a presença de diastemas generalizadas na dentadura decídua melhora o prognóstico 
para o alinhamento espontâneo dos incisivos permanentes durante a fase de dentadura mista. 
Por conseguinte, descreve que na dentadura decídua, aproximadamente 77% das 
crianças apresentam um arco dentário, com espaçamentos, o qual é denominado de arco tipo I 
de Baume, ressaltando que as crianças com arco tipo I apresentam o dobro de chances de 
alinhamento dos incisivos permanentes, que as crianças com o arco do tipo II. Sendo que, 
estes não necessitarão de intervenção ortodôntica, ou de outros tratamentos, como os 
estéticos, realizados com resina composta (FERREIRA et al., 2001). 
Em um estudo de Almeida et al. (2004), realizado na Europa, os autores evidenciaram 
que pacientes portadores de um amplo diastema transpareciam pessoas de menor sucesso 
social, reconhecendo-se assim, a importância da estética facial na sociedade. Pode-se 
relacionar este fato com a insegurança dos portadores de diastemas, ou aqueles pacientes, que 
não se sentem satisfeitos, com a estética do seu sorriso. Essa falta de autoestima pode 
comprometer relações profissionais e pessoais dos indivíduos. 
Portanto, torna-se desagradável um sorriso que apresente: dentes desalinhados, 
agenesias, dentes anteriorescom desarmonia de forma e tamanho, e diastemas (CENTOLA; 
NASCIMENTO; GIRALDI, 2000). Contudo, para se obter um sorriso ideal e estético existem 
várias técnicas às quais se podem recorrer, sendo elas diretas (resina composta) ou indiretas 
(coroas, facetas cerâmicas ou de resina composta) e ao tratamento ortodôntico (ARAÚJO, 
2010). 
4.2 ETIOLOGIA 
A etiologia do diastema é multifatorial. Logo, podem-se citar doenças periodontais, 
inserção baixa do freio labial, trespasse horizontal excessivo, giroversão, angulações 
5 
inadequadas entre dentes contíguos, microdontia (discrepância dente-osso positiva), 
hereditariedade e agenesias dos incisivos laterais superiores. Além de presença de mesiodens 
irrompidos ou ainda intra-ósseo e hábitos, principalmente o de sucção, são fortes fatores 
etiológicos (ALMEIDA et al., 2004; KINA et al., 2015; SCHWARZ et al., 2013). 
Vale-se ressaltar, que existe uma prevalência de diastemas no gênero feminino e em 
pacientes com padrão mesofacial (CANUTO et al., 2006). A etiologia do diastema deve ser 
bem definida, pelo cirurgião dentista, pois a abordagem de tratamento dependerá deste fator. 
4.3 PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO 
Embora, a maioria dos casos de diastemas em dentes anteriores não prejudique a 
função mastigatória e a biologia dos tecidos, estes podem comprometer a estética do sorriso, 
tornando-se assim recomendado, o tratamento restaurador (KINA et al., 2013). 
Sobretudo, segundo Stefani et al. (2015), a harmonia do sorriso envolve vários fatores, 
dentre eles: o alinhamento dental, aspectos periodontais e sua proporção em relação aos 
dentes, bem como, a anatomia e cor dos elementos dentais. Portanto, o objetivo de qualquer 
tratamento deve ser restaurar: a saúde, função e estética de maneira sensata e conservadora. 
Além disso, o emprego de diferentes áreas da Odontologia é necessário para solucionar as 
casuísticas envolvidas em cada caso. Ademais, uma abordagem multidisciplinar é 
fundamental, para a realização do diagnóstico e um plano de tratamento adequado, para que 
se obtenham resultados satisfatórios. 
Entretanto, antes de qualquer conduta, deve-se avaliar a necessidade e a época mais 
oportuna, para realizar quaisquer procedimentos, com base em conhecimentos sólidos sobre o 
desenvolvimento da oclusão e sobre a etiologia das más oclusões, que permitam distinguir o 
diastema fisiológico daquele que denota anormalidade e realmente requer tratamento 
(ALMEIDA et al., 2004). 
Existem diversas opções de tratamento para correção de diastemas, como ortodôntico, 
restaurações diretas e indiretas ou até mesmo a associação de todas estas técnicas 
(ANDRADE; SILVA; DIAS, 2019). A abordagem deste trabalho refere-se apenas ao 
tratamento de correção de diastemas com resinas compostas. Ainda que exista a possibilidade 
de se realizar o tratamento com ortodontia, onde há o alinhamento dos dentes entre o arco, e 
6 
as resinas sejam utilizadas para retoque estético, há casos em que o tratamento pode ser 
realizado apenas com o uso de resinas compostas. 
Quando o problema é devido à desproporção entre dentes pode-se optar somente pelo 
fechamento do diastema com resinas compostas associadas à técnica adesiva. Além disso, o 
fechamento pela técnica direta com resina composta apresenta a grande vantagem de ser 
rápido e reversível caso não se tenha alcançado o resultado estético desejado (FERRAREZI; 
RODRIGUES; MARCHI, 2010). 
4.4 USO DE RESINAS COMPOSTAS E TÉNICAS DE CONFECÇÃO 
4.4.1 Enceramento e Guia de Silicone 
Urbinati et al., (2015) apresentaram um trabalho sobre restauração direta para 
fechamento de diastema com auxílio de guia de silicone palatino. Neste, concluiu que o guia 
de silicone se mostrou eficaz e útil, para uma rápida resolução estética, atendendo as 
necessidades do paciente. 
Schwarz et al. (2013), em um relato de caso referente ao fechamento de diastema com 
resina composta, concluiu que o uso de guia de silicone, confeccionado após enceramento 
diagnóstico, dispõe papel significativo estabelecendo uma prévia quanto ao tamanho e 
formato dos dentes, facilitando e acelerando a confecção de facetas diretas. Dissertou ainda, 
que fazendo a comparação com outras técnicas como: tratamento ortodôntico, inlays, onlayse 
facetas de porcelana, a resina direta se destaca por diminuição no tempo de trabalho, além de 
baixo custo e apresentar resultado imediato. 
O uso da guia de silicone, moldada a partir do enceramento diagnóstico realizado em 
modelo de gesso, é um método útil para se determinar a dimensão das restaurações adesivas a 
serem realizadas, assim como a exata posição da superfície lingual e incisal dos dentes 
anteriores (SCHWARZ et al., 2013). 
A partir da guia de silicone, o dente é reconstruído através da inserção de resina 
composta, no espaço designado no enceramento, permitindo que a reconstrução dos elementos 
dentais seja além de mais eficiente, mais rápida (SCHWARZ et al., 2013). 
7 
Ainda sobre a restauração direta para fechamento de diastema com auxílio de guia de 
silicone palatino, Urbinati et al. (2015), dissertaram que quando há permanência de diastemas 
anteriores, após a finalização do tratamento ortodôntico, comprometendo: a estética, a 
abordagem interdisciplinar é imprescindível, sendo indicada a realização de restauração direta 
ou indireta para fechar os espaços interdentais existentes. 
4.4.2 Técnica de “Mão Livre” 
A técnica de mão livre é uma forma de tratamento, em que não há a necessidade de: 
moldagem, enceramento diagnóstico e confecção de guia palatino, para a realização das 
restaurações. Assim, apresenta como vantagem a diminuição de gastos com materiais e tempo 
clínico. No entanto, esta técnica depende exclusivamente das habilidades e capacidade de 
reprodução anatômica do cirurgião-dentista (BARATIERI et al., 2015). 
Campos et al. (2015), em um relato de caso no qual foi realizado fechamento de 
diastema, com resina composta pela técnica de mão livre, obteve-se uma reabilitação estética 
e funcional do sorriso. Os autores concluíram que essa técnica possibilita a realização de 
procedimentos mais rápidos e de menor custo, por dispensar a etapa de moldagem e 
enceramento. Todavia, essa técnica apresenta como desvantagem a necessidade de mais 
habilidade e treinamento do operador. 
4.5 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO 
É de extrema importância o planejamento do caso no tratamento de fechamento de 
diastemas com resinas compostas. O “Mockup” pode ser utilizado para planejamento ideal, na 
busca pelo resultado esperado. O “Mock-up” é um ensaio de diagnóstico do procedimento 
que será realizado e consiste na obtenção e enceramento de modelos de estudo, que permitirão 
ao cirurgião-dentista e ao paciente a visualização tridimensional dos dentes e tecidos 
adjacentes, em conjunto e com os seus antagonistas (FERRAREZI; RODRIGUES; MARCHI, 
2010). 
Ferrarezi, Rodrigues e Marchi (2010), relatam que ainda como parte do “Mock-up”, 
pode-se transferir o enceramento realizado no modelo para a boca, através de um guia obtido 
com a moldagem do modelo com silicone denso. Esta moldagem é recortada e levada à 
8 
cavidade bucalproporcionando, a reconstrução do enceramento sobre os dentes com resina 
composta, sem a utilização do sistema adesivo. 
Como já exposto neste trabalho, o fechamento pela técnica direta, com resina 
composta apresenta a grande vantagem de ser rápido e reversível caso não se tenha alcançado 
o resultado estético desejado. O “Mockup” então tem grande importância nesse aspecto, uma 
vez que a partir dele é possível realizar um planejamento ideal e evitar a necessidade de 
reversão, garantindo melhor prognóstico e redução de gastos. Pode-se concluir então, que se 
surgirem dúvidas do paciente ou mesmo do cirurgião-dentista, o melhor a se fazer é, 
primeiramente, realizar um “Mock-up” (FERRAREZI; RODRIGUES; MARCHI, 2010). 
4.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA RESINA COMPOSTAA partir da análise do trabalho de Leinfelder et al. (1995), foi possível concluir que 
quando o objetivo a ser alcançado é a estética ideal, as resinas compostas continuam a ser a 
opção mais utilizada. Os recentes avanços na elaboração das resinas compostas, como 
melhoramento de suas propriedades mecânicas e sistemas de adesivos garantem melhor 
desempenho clínico tanto nos dentes anteriores quanto nos dentes posteriores. 
Schwarz et al. (2013), afirmam que o conhecimento clínico das indicações, limitações 
e propriedades das resinas compotas, é necessário para a garantia de bons resultados, nos 
procedimentos, desde pequenas restaurações, até restaurações mais extensas. Além disso, o 
sucesso funcional de um procedimento restaurador, para alcançar os resultados estéticos 
desejados, depende diretamente das características físicas e ópticas (cor, translucidez, 
opalescência e fluorescência) das resinas compostas (ANDRADE et al., 2009). 
Almilhatti et al. (2010), citou em seu trabalho as vantagens e desvantagens do 
tratamento com facetas de resinas compostas. Dentre as vantagens tem-se o fato de serem de 
fácil manipulação, possuírem possibilidade de reparo intra-oral, maior resiliência e baixa 
abrasividade, além de que pacientes, com parafunções sem desgaste do dente antagonista 
podem utilizar este tipo de facetas. 
Mendes et al. (2014), apresentou que as restaurações confeccionadas em resina 
composta têm como vantagens: a estética, adesão, preservação da estrutura dental sadia e 
capacidade de reprodução do natural, ao mimetizar a complexidade de cores e formas dos 
dentes. 
9 
A respeito das desvantagens, Almilhattietet al. (2010), citou que as facetas 
confeccionadas com resina compostas possuem baixa resistência ao desgaste, maior 
porosidade, maior infiltração marginal, polimento na superfície insuficiente, baixa resistência, 
nas deformações plásticas. Além disso, possui instabilidade da cor, o que resultará, no quesito 
de estética, na insatisfação do paciente. 
Outro aspecto que deve ser avaliado para o fechamento de diastemas, com resina 
composta é a habilidade manual do profissional, visto que nessas reabilitações há necessidade 
de restabelecer a anatomia e características ópticas. Para isso o cirurgião-dentista deve possuir 
domínio da técnica e acuidade visual (SOUZA et al., 2010). 
4.7 PRINCIPAIS RESINAS UTILIZADAS 
Para obter sucesso funcional e uma aparência natural, para as restaurações diretas, o 
profissional precisa conhecer: as propriedades ópticas dos dentes naturais, compreender as 
propriedades das resinas compostas, familiarizar-se com as técnicas de preparo dos dentes, 
respeitar os protocolos dos adesivos dentinários, adotando uma técnica de reconstrução 
incremental racional e eficiente (DANTAS et al., 2020; LIMA et al., 2019). 
Uma ilusão de como a luz é: refletida, refratada, transmitida e absorvida por estas 
microestruturas deverá ser criada durante a reconstrução do dente. A morfologia do esmalte e 
dentina reproduzirão para se obter naturalidade na estrutura reconstruída (MEDINA et al., 
2019). Uma única resina composta que preencha todos os requisitos ainda não foi 
desenvolvida, sendo necessário selecionar diferentes resinas (LOUREIO NETO et al., 2016). 
As resinas híbridas, além de serem mais resistentes às tensões mecânicas e ao 
desgaste, são menos translúcidas, impedindo que o fundo escuro da boca, bem como a dentina 
esclerótica (caso presente) sejam percebidas através da restauração. Por outro lado, as resinas 
microparticuladas possibilitam maior translucidez na camada superficial da restauração, 
permitindo também, uma superfície mais lisa e polida que se mantém por mais tempo, 
possibilitando uma excelente biocompatibilidade com o tecido gengival, na porção cervical da 
restauração (LOUREIO NETO et al., 2016). 
As resinas microparticuladas são indicadas na substituiçãodo esmalte em restaurações 
classe: III, IV, V, fechamento de diastema e facetas diretas, por serem consideradas mais 
estéticas. Loureio Neto et al. (2016), afirmam que suas partículas de carga têm em média 
10 
0,04µ de tamanho e por isso são mais translúcidas que as resinas híbridas, possuindo uma alta 
capacidade de polimento, comparável às porcelanas. Mesmo com resistência inferior às 
resinas híbridas, tendem a resistir bem à abrasão e manter o brilho superficial por longos 
períodos. 
4.8 IMPORTÂNCIA DO ACABAMENTO E POLIMENTO 
Mendes et al. (2014), definiram o procedimento de acabamento como, o processo de 
remoção das irregularidades, ou excessos com a finalidade de melhorar os contornos 
anatômicos, promovendo regularidade à superfície da restauração e, o polimento como a 
obtenção de brilho e reflexão de luz, tornando a superfície homogênea, removendo as 
ranhuras geradas, pelas pontas de acabamento. 
As restaurações diretas em resina composta em dentes anteriores constituem 
tratamento estético, entretanto, dependendo da composição e do uso inadequado dos 
compósitos resinosos, estes podem resultar em restaurações com rugosidade superficial 
insatisfatória com presença: de porosidades, ausência de brilho e consequentemente 
instabilidade de cor. Porém, quando o adequado acabamento e polimento são realizados, esses 
problemas são minimizados (MENDES et al., 2014). 
O acabamento e polimento têm como finalidade reproduzir as características 
anatômicas, diminuir a rugosidade, promovendo lisura de superfície e brilho (MENDES et al., 
2014). Deste modo, estes podem propiciar um contorno fisiológico, que impeça ou dificulte o 
acúmulo de placa bacteriana, aumentando a resistência dos compósitos ao desgaste e à 
impregnação por corantes, melhorando a tolerância dos tecidos periodontais a estas 
restaurações, além de, fazer com que a restauração tenha uma aparência que a confunda com a 
estrutura dental, tornando-a imperceptível, tendo assim, um resultado satisfatório 
(BARATIERI et al., 2015). 
A frequência da negligência do acabamento, por parte do profissional faz com que seja 
alta a incidência de restaurações de resina composta deficientemente acabadas e polidas. Isto 
pode ocorrer devido à falta de familiaridade, com as técnicas de acabamento e polimento, ou 
até mesmo cansaço do profissional e do paciente ao final do procedimento (BARATIERI et 
al., 2015). No entanto, o conhecimento adequado destes passos do procedimento restaurador 
garante a redução dessas dificuldades. 
11 
Mendes et al. (2014),afirmaram que alterações de cor e manchas são causas de falhas 
ou insucesso das restaurações estéticas. Contudo, fatores como: instabilidade de cor e 
alteração da textura da resina composta podem ocorrer, com o passar do tempo, sendo assim, 
necessários controles periódicos. Os autores ainda colocam, que acabamento e polimento são 
etapas imprescindíveis para a harmonia: do sorriso, sucesso e longevidade das reabilitações, 
com resina composta. 
4.9 LONGEVIDADE 
Têm-se a longevidade e as características funcionais de uma restauração, como os 
fatores mais importantes para determinar a efetividade em longo prazo. A longevidade das 
restaurações também dependente de alguns fatores, como: comprometimento do paciente com 
a higiene oral e susceptibilidade em desenvolver lesões cariadas (PAZINATTO et al., 2012). 
É inquestionável a necessidade de disciplina para o desenvolvimento das diferentes 
etapas do protocolo clínico restaurador adesivo para se obter longevidade clínica adequada. 
Neste sentido, a grande exigência da técnica, por parte do profissional, durante a confecção de 
uma restauração de resina composta, pode-se tornar uma limitação (CONCEIÇÃO et al., 
2005). 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os diastemas dentais além de causarem prejuízos funcionais interferem negativamente 
na estética do paciente e por sua vez na diminuição da qualidade de vida dos pacientes, e em 
virtude disso, a reabilitação oral torna-se necessária. O presente trabalho permitiua 
compreensão à cerca do tratamento de espaços interdentaisprincipalmente, quanto ao 
restabelecimento, por meio de restaurações com resinas compostas. 
Diante disso, verificou-se que a correção de diastemas, por meio de restaurações com 
resinas compostas possui benefícios como: estética, adesão, preservação da estrutura dental e 
baixo custo, em comparação a outras alternativas de tratamento e por isso têm ganhado 
destaque e aumentado a sua implementação, nos consultórios odontológicos, e aceitação tanto 
pelos profissionais, quanto pelos pacientes. 
12 
O correto diagnóstico e a definição da etiologia do diastema são de suma importância 
para sua correção, uma vez que quando os prejuízos funcionais são mínimos, a restauração 
com resina composta torna-se uma excelente opção terapêutica, pela preservação da função do 
dente e mimetização de naturalidade. Ao passo que com o aumento das complicações, outros 
tratamentos podem ser associados. 
 Além disso, apesar dos avanços dos materiais restauradores e o aperfeiçoamento das 
técnicas de confecção, o sucesso do tratamento reabilitador com resina composta depende do 
desempenho do cirurgião-dentista em realizar com excelência: o planejamento, acabamento e 
polimento, bem como as técnicas de confecção, seguindo o preconizado, a fim de garantir 
longevidade às restaurações. 
Conclui-se, portanto, que a reabilitação funcional e estética do fechamento de 
diastema com procedimentos adesivos diretos pode ser excelente opção restauradora quando 
realizada com adequado: planejamento, técnicas e materiais corretos, além de 
acompanhamento longitudinal e polimentos periódicos. 
13 
DIASTEMA CLOSURE WITH COMPOSITE RESIN: LITERATURE REVIEW 
ABSTRACT 
The presence of interdental space in the median region of the upper arch impairs the beauty of 
the smile and the harmony of the dentofacial complex. Therefore, research on diastema 
rehabilitation with composite resin is carried out, in order to discuss the forms of treatment for 
the closure of anterior diastemas. For that, it is necessary to understand dental diastemas and 
their main etiologies, in addition to the importance of planning, finishing, polishing and 
techniques for making restorations in composite resins, as well as the main advantages, 
disadvantages and longevity of this treatment. Then, a qualitative and bibliographic research 
is carried out, using articles related to the subject in question, in English and Portuguese, 
consulted, in the databases PubMed, Scielo, Google Scholar and books. Therefore, it is 
verified that the correction of diastemas through restorations with composite resins has 
benefits such as aesthetics, adhesion, preservation of the dental structure and low cost in 
relation to other rehabilitation alternatives. Therefore, this technique has gained prominence 
and increased its implementation in dental offices, and acceptance by both professionals and 
patients. Therefore, the functional and aesthetic rehabilitation of diastema closure with direct 
adhesive procedures can be an excellent restorative option when performed with adequate 
planning, correct techniques and materials, in addition to longitudinal monitoring and periodic 
polishing. 
 
 
Keywords: Diastema. Composite resins. Functional rehabilitation. Aesthetic rehabilitation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________ 
1Graduanda em Odontologia pela Universidade de Rio Verde, GO. E-mail:ataidesanalaura@gmail.com 
2Professora do Curso de Odontologia da Universidade de Rio Verde, GO. E-mail: fernandaunirv@gmail.com. 
14 
REFERÊNCIAS 
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