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VIGILÂNCIA EM SAÚDE Políticas Públicas 2020 Objetivos da aula: Compreender os conceitos de vigilância em Saúde e suas derivações. Identificar a importância das fichas de notificação e do estudo epidemiológico para a saúde pública. Evolução do conceito de vigilância em saúde • “Observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes e a regular disseminação dessas informações a todos que necessitam conhecê-la.” (Langmuir, 1963) • Características essenciais: • “observação contínua” • “coleta sistemática” • (Características sempre presentes em todos os conceitos) Evolução dos Conceitos e Marcos Legais da Vigilância em Saúde no Brasil • 1975 (Lei 6.529 de 1976): Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica : • Condução do Ministério da Saúde; • Integrada somente pelos estados, executam ações definidas pela União; • Restrita ao controle de doenças transmissíveis; • Ações de vigilância ambiental praticamente inexistentes no âmbito do sistema público de saúde. • Situação semelhante no desenvolvimento das ações de vigilância sanitária; Evolução dos Conceitos e Marcos Legais da Vigilância em Saúde no Brasil • 1976 – Decreto 79.506 – Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária: • Promover, elaborar, controlar aplicação e fiscalizar “normas e padrões de interesse sanitários” • Portos, aeroportos e fronteiras; • Produtos e exercício profissional relacionados à saúde. Evolução dos Conceitos e Marcos Legais da Vigilância em Saúde no Brasil • “Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: • ... • II. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; ... (Constituição de 1988) Evolução dos Conceitos e Marcos Legais da Vigilância em Saúde no Brasil Janeiro de 1999 (Lei nº 9.782): Sistema Nacional de Vigilância Sanitária / Criação da ANVISA: ✓ Atribui competência à União, estados, Distrito Federal e aos municípios, para que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. Portaria 3252, dezembro de 2009 • O conceito de VS inclui: • Vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos • Vigilância da situação de saúde • Vigilância ambiental em saúde • Vigilância da saúde do trabalhador • Vigilância sanitária • Promoção da saúde A vigilância se distribui entre: • epidemiológica, • ambiental, • sanitária e • saúde do trabalhador. Epidemiológica Ambiental Saúde do trabalhador Sanitária Vigilância Epidemiológica dasDoenças Transmissíveis • Núcleos Hospitalares de Epidemiologia • Programas de Prevenção e Controle de Doenças • Programa Nacional de Imunizações (PNI) Vigilância Epidemiológica dasDoenças Não Transmissíveis •Vigilância Epidemiológica das DoençaCrônicas NãoTransmissíveis, Acidentes e Violências Vigilância em Saúde Ambiental • Saúde Ambiental, articulação intersetorial; • Saúde Ambiental e Saneamento • Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Vigilância em Saúde do Trabalhador • A relação saúde, doença e trabalho; • Principais fatores de risco para a Saúde do Trabalhador; • Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) Portaria 3252, dezembro de 2009 • Modelo de Atenção / Integralidade • Art. 6º As ações de Vigilância em Saúde, incluindo a promoção da saúde, devem estar inseridas no cotidiano das equipes de Atenção Primária/Saúde da Família, com atribuições e responsabilidades definidas em território único de atuação, integrando os processos de trabalho, planejamento, programação, monitoramento e avaliação dessas ações. 15 Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005/07) • Um instrumento jurídico internacional vinculativo para 196 países em todo o mundo, que inclui todos os Estados Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS). Seu objetivo é ajudar a comunidade internacional a prevenir e responder a graves riscos de saúde pública que têm o potencial de atravessar fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo. CONCEITOS • Doença: significa enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; • Agravo: significa qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas; • Evento: significa manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença; • Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN): é um evento que apresenta risco de propagação ou disseminação de doenças para mais de uma Unidade Federada, com priorização das doenças de notificação imediata e outros eventos de saúde pública, independentemente da natureza ou origem, depois de avaliação de risco, e que possa necessitar de resposta nacional imediata; • Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII): é evento extraordinário que constitui risco para a saúde pública de outros países, por meio de propagação internacional de doenças que potencialmente requerem uma resposta internacional coordenada. (BRASIL, 2011) As três esferas precisam: • Planejar; • Monitorar; • Avaliar. Portaria 1378/MS de 09/07/2013 • CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS • Sesão dos Estados • Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde a coordenação do componente estadual dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e de Vigilância Sanitária, no âmbito de seus limites territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e prioridades estabelecidas, compreendendo: • - ... • - coordenação da preparação e resposta das ações de vigilância, nas emergências de saúde pública de importância estadual, bem como cooperação com Municípios em emergências de saúde pública de importância municipal, quando indicado; Portaria 1378/MS de 09/07/2013 • Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal dos Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e de Vigilância Sanitária, no âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, compreendendo: • I - ações de vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis, a vigilância e prevenção das doenças e agravos não transmissíveis e dos seus fatores de risco, a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde, gestão de sistemas de informação de vigilância em saúde em âmbito municipal que possibilitam análises de situação de saúde, as ações de vigilância da saúde do trabalhador, ações de promoção em saúde e o controle dos riscos inerentes aos produtos e serviços de interesse a saúde; Estratégias Facilitadoras da articulação Portaria 104/MS de 25/01/2011 • Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde 29 Lista de Notificação Compulsória - LNC • Acidentes por animais peçonhentos; • Atendimento antirrábico; • Botulismo; • Carbúnculo ou Antraz; • Cólera; • Coqueluche; • Dengue; • Difteria; • Doença de Creutzfeldt-Jakob; • Doença Meningocócica e outras Meningites; • Doen ças de ChagasAguda; • Esquistossomose; • 13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; • Febre Amarela; • Febre do Nilo Ocidental; • Febre Maculosa; • Febre Tifóide; • Hanseníase; • Hantavirose; • Hepatites Virais; • Infecção pelo vírus HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical; • Influenza humana por novosubtipo; • Intoxicações Exógenas • Leishmaniose Tegumentar Americana; • Leishmaniose Visceral; • Leptospirose; • Malária; • Paralisia Flácida Aguda; • Peste; • Poliomielite; 31. Raiva Humana; • Rubéola; • Sarampo; • Sífilis Adquirida; • Sífilis Congênita; • Sífilis em Gestante; • Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; • Síndrome da Rubéola Congênita; • Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; • Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV); • 41. Tétano; • Tuberculose; • Tularemia; • Varíola; e • Violência doméstica, sexual e/ou outras violências. 39 40 Onde notificar as doenças ? • Fichas de investigação epidemiológica específicas para cada agravo • Boletins de Notificação Individual - dados de identificação - dados de anamnese e exame físico - suspeita diagnóstica - informações sobre o meio ambiente - exames complementares - “origem da transmissão” – período de incubação, presença de outros casos na localidade, presença de vetores, grupo etário mais acometido, fontes de contágio comum, modos de transmissão, época de ocorrência. - Busca Ativa de casos – suspeita de outros casos não notificados • https://coronavirus.saude.gov.br/ • http://portalsinan.saude.gov.br/i mages/documentos/Agravos/NINDI V/Notificacao_Individual_v5.pdf https://coronavirus.saude.gov.br/ http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/NINDIV/Notificacao_Individual_v5.pdf Questão para debate no fórum... Na sua opinião, quais são os principais desafios para a Vigilância em Saúde nos dias de hoje??? REFERÊNCIAS • Vigilância em Saúde no SUS, Brasil, 2006. • Link:file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Desktop/ESP%202014/vigilancia_sa ude_SUS.pdf • Gestão da vigilância à saúde / Marismary Horsth De Seta, Lenice Gnocchi da Costa Reis, Elizabete Vianna Delamarque. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2010 • Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilânc ia em Saúde - Parte 1 / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2011. 320 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 5,I) link: http://www.conass.org.br/colecao2011/livro_5.pdf • Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Vigilância em Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. Link: • http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/conass_progestores/livro_6_ • tomo_1_vigilancia_em_saude.pdf http://www.conass.org.br/colecao2011/livro_5.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/conass_progestores/livro_6_tomo_1_vigilancia_em_saude.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/conass_progestores/livro_6_tomo_1_vigilancia_em_saude.pdf
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