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ANGLO ENSINO FUNDAMENTAL anoa8 º- 1 caderno MANUAL DO PROFESSOR MATEMÁTICA capa_final_ANGLO_SOMOS_MP_matematica.indd 3 10/26/17 3:25 PM capa_final_ANGLO_SOMOS_MP_matematica.indd 2 10/26/17 3:24 PM 8 o ano Ensino Fundamental Manual do Professor Matemática Adair Mendes Nacarato Cármen Lúcia B. Passos Fábio Orfali 1 caderno MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 1 09/10/17 15:49 Direção de inovação e conteúdo: Guilherme Luz Direção executiva: Irina Bullara Martins Lachowski Direção editorial: Renata Mascarenhas e Luiz Tonolli Gestão de conteúdo: Henrique Braga Gestão de projeto editorial: Duda Albuquerque e Rodolfo Marinho Supervisão pedagógica: Ricardo Leite Gestão e coordenação de área: Julio Cesar Augustus de Paula Santos e Juliana Grassman dos Santos (Matemática e Física) Edição: Tadeu Nestor Neto e José Victor Castro (Matemática) Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção editorial: Paula Godo (ger.), Adjane Oliveira, Paula P. O. C. Kusznir, Georgia Der Bedrosian, Mayara Crivari (estagiária) Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Katia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Adriana de Rinaldi, Danielle Modesto, Larissa Vazquez, Marília Lima, Tayra Alfonso e Vitória T. Martini (estagiária) Edição de arte: Daniela Amaral (coord.), Daniel Hisashi Aoki Diagramação: JS Design Comunicação Visual Ltda., Karen Midori Fukunaga, Livia Vitta Ribeiro, Luiza Massucato e Renato Akira dos Santos Iconografia e licenciamento de texto: Silvio Kligin (superv.), Denise Durand Kremer (coord.), Claudia Bertolazzi, Claudia Cristina Balista, Jad Silva, Karina Tengan, Sara Plaça (pesquisa iconográfica), Liliane Rodrigues e Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos) Tratamento de imagem: Cesar Wolf, Fernanda Crevin Cartografia: Eric Fuzii Capa: Daniela Amaral Foto de capa: Eric Isselee/Shutterstock/Glow Images Ilustração de capa: D’Avila Studio Projeto gráfico de miolo: Daniela Amaral Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro CEP: 04755-070 – São Paulo – SP (0xx11) 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nacarato, Adair Mendes Ensino fundamental 2 : matemática 8º ano : cadernos 1 a 4 : professor / Adair Mendes Nacarato, Cármen Lúcia B. Passos, Fábio Orfali. -- 1. ed. -- São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2018. 1. Matemática (Ensino fundamental) I. Passos, Cármen Lúcia B. II. Orfali, Fábio. III. Título. 17-09178 CDD-372.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Matemática ; Ensino fundamental 372.7 2018 ISBN 978 85 468 1319 3 (PR) Código da obra 824851118 1 a edição 1 a impressão Impressão e acabamento Uma publicação MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 2 09/10/17 15:49 SUMÁRIO 8 Matemática .............................................................................................4 Esclarecimentos iniciais ............................................................................5 O Caderno 1 ........................................................................................... 10 1. População e amostra de uma pesquisa ................................................................................. 11 2. Ângulos formados por duas retas paralelas cortadas por uma transversal ........................... 16 3. Ângulos internos nos quadriláteros notáveis ........................................................................ 24 4. Álgebra: linguagem algébrica e situações-problema ........................................................... 28 5. Equações e inequações ........................................................................................................ 35 6. A potenciação e suas propriedades ...................................................................................... 44 7. Multiplicação, potenciação e divisão de expressões algébricas ........................................... 50 8. Triângulos ............................................................................................................................ 55 9. Ângulo externo de um triângulo ........................................................................................... 65 10. Resolução de problemas e investigações matemáticas ....................................................... 69 Módulo Interdisciplinar............................................................................................................ 77 MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 3 09/10/17 15:49 84 Ensino Fundamental MATEMÁTICA Caros professores, No 8o ano aprofundaremos as sistematizações matemáticas iniciadas nos anos anteriores; com maior ênfase na Álgebra e no pensamento geométrico mais abstrato. No decorrer deste e dos cadernos seguintes surgirão inúmeras oportunidades para retomar os conceitos que serão apresentados pela primeira vez. De- fendemos a importância dessas retomadas em todo o Ensino Fundamental, pois acreditamos que a apren- dizagem ocorre em um processo de elaboração e reelaboração contínua de significados, e não por meio de repetição e mecanização. Além disso, um dos princípios deste Sistema é a ideia de currículo em espiral, possibilitando que um mesmo conteúdo seja trabalhado em diferentes momentos do ano e com diferentes abordagens, visando à ampliação dos conceitos e das generalizações. O ponto de partida para esse processo são situações-problema. Será enfatizada a atribuição de signifi- cados aos diferentes conceitos aritméticos, geométricos, métricos, proporcionais, probabilísticos, estatísticos e combinatórios. Isso não significa, porém, que será desconsiderada a automatização necessária, principal- mente em cálculos e procedimentos algorítmicos. Também é fundamental considerar que o ingresso na juventude traz novas perspectivas e necessidades para os alunos. Pode ser que haja uma inversão no papel das pessoas à volta deles, dando maior importância para o grupo, como os amigos, e não mais aos familiares. É a busca da própria identidade e da indepen- dência, a necessidade individual de lidar com novos espaços, com a escolha da profissão e a administração da mesada. Todos esses aspectos, aliados ao grande apelo das atividades de lazer (sair com os amigos, participar de conjuntos musicais, de equipes esportivas, explorar a internet, amigos virtuais, etc.) nessa faixa etária, muitas vezes podem gerar nos alunos certo desprazer pela aprendizagem e pelos assuntos aborda- dos na escola. O ensino de qualquer disciplina precisa considerar essa nova realidade e procurar tornar o aprendizado prazeroso. A Matemática deve ser mostrada como parte do conhecimento acumulado pelo ser humano, com papel central na cultura moderna e com aplicação em todas as áreas da atividade humana. No ciclo que engloba os dois últimos anos do Ensino Fundamental, o curso não apenas dará continuidade a alguns temas abordados anteriormente, mas também propiciará aos alunos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos matemáticos e utilizar a Álgebra de modo mais sistemático. O objetivo maior é ajudá-los a pensar abstratamente, a argumentar e justificar procedimentos com coerência, lógica e clareza. Os autores. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 4 09/10/17 15:49 85 M a n u a l d o P r o fe s s o r Esclarecimentos iniciais Procedimentos metodológicos Partindo-se do pressuposto de que os alunos são os produtores de seu próprio conhecimento e de que essa produção ocorre por meio de processos de significação na interação dos alunos entre si e com o professor, este deixa de ter o papel de mero transmissor de conheci- mentos para ser também mediador entre o conhecimento matemático e os aprendizes. O papel central do professor passa a ser o de constituir um ambiente de aprendizagem, de modo que os alunos sejam instigados o tempo todo a comunicarsuas ideias matemáticas 2 explicando seus raciocínios e defendendo seus pontos de vista, além de buscar compreender o pensamento do outro. Sendo as- sim, o trabalho em grupo é imprescindível, pois é em sala de aula que ocorrem os confrontos de pontos de vista diversos. Atividades em grupo possibilitam a cada um de seus participantes organizar procedimentos, testar conjec- turas, buscar conclusões, incluir soluções alternativas e, sobretudo, trabalhar em cooperação. Tais atitudes serão fundamentais na aprendizagem da Matemática, concebida como uma ciência dinâmica e em desenvolvimento, cujas verdades não são infalíveis nem imutáveis. No desenvolvimento do trabalho são tomados vários caminhos para fazer Matemática: resolução de problemas, jogos, leitura de notícias de jornal ou revista, uso de gráficos ou tabelas, situações de desafio, manipulação de materiais, observação de objetos e formas do cotidiano, calculadora e a história da Matemática. Por não ser usual o trabalho com textos em aulas de Matemática, sugerimos que você adote dinâmicas diferenciadas para a leitura desse material: leitura prévia em casa, leitura coletiva, individual, etc. As atividades propostas em cada Caderno, por meio dos caminhos citados, constituem oportunidades para o desencadeamento de conceitos e noções matemáticas. Você tem liberdade para ampliá-las ou até mesmo substituí-las por outras que julgar mais adequadas 2 por serem mais atuais, despertarem maior interesse da turma ou se mostra- rem mais compatíveis com o desenvolvimento de projetos interdisciplinares na escola no ano em curso. O importante é que elas elenquem os mesmos objetivos propostos. O planejamento do seu trabalho deve se iniciar pelo Manual do Professor que acompanha cada Caderno. Nele, além de orientações para o encaminhamento das aulas e materiais a serem utilizados, você encontra textos de apoio e sugestões de leitura. O Caderno do Aluno (CA) é organizado por Módulos. No Manual do Professor (MP) há a indicação de quantas aulas compõem cada Módulo, além de um roteiro que poderá ajudá-lo a se organizar quanto à distribuição dos conteúdos de acordo com o número de aulas do Módulo. Esse roteiro é apenas uma sugestão, sinta-se livre para fazer adaptações se for necessário. Cada Módulo é constituído por momentos de constru- ção dos conceitos. Nesses momentos, os alunos deverão trabalhar preferencialmente em grupos. Após esse tra- balho cooperativo de análise e exploração de questões propostas, vem o momento de socialização e discussão das diferentes conclusões a que chegaram os alunos. Essa etapa precisa culminar com o momento de sistematiza- ção do que foi trabalhado. Essa sistematização ou já se encontra elaborada no CA, cabendo a você fazer a sua leitura e as intervenções necessárias a partir das questões e dúvidas colocadas pelos alunos, ou será construída coletivamente na classe. Num momento posterior, os alunos resolvem exercícios relativos ao conceito ou à propriedade que foram sistematizados. Para cada conceito ou propriedade trabalhados, há tarefas de casa. Essas têm como objetivo desenvolver o hábito de estudo, portanto incluem assuntos já vistos, para que os alunos sejam capazes de fazer sozinhos. Indique a eles, ao final de cada aula, quais exercícios deverão ser realizados como tarefa de casa, certifican- do-se de que todos entenderam o que devem fazer, e corrija-os na aula seguinte. Quando considerar conve- niente, tendo em vista que os alunos do 8o ano já de- vem ter o hábito da autocorreção, você poderá apenas fornecer-lhes as respostas, estimulando-os a encontrar por si mesmos os erros eventualmente cometidos 2 que, assim, constituirão fonte de construção de conhe- cimento. Nesse caso, certifique-se de que o aluno en- controu seus erros. Toda tarefa em casa, com exceção de tabelas e esquemas, deverá ser feita em um caderno próprio para isso. Os conteúdos dos exercícios em classe e tarefas de casa são coerentes com o trabalho em sala de aula. No entanto, defendemos a importância de colocar os alunos diante de situações desafiadoras, que exijam a criação de estratégias que não precisam necessaria- mente estar vinculadas ao conteúdo do Módulo. Des- sa maneira, ao final de cada Caderno há um Módulo específico para essas situações, as quais são denomi- MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 5 09/10/17 15:49 8 6 Ensino Fundamental nadas Resolução de problemas e investigações matemáticas. Em cada Módulo, há algumas seções que visam a complementar e/ou ampliar as ideias trabalhadas. Des- tacamos: Você já estudou: esta seção está inserida no material do Sistema de Ensino a partir do 8o ano, com o objetivo de destacar a constante presença de retomadas de con- teúdos estudados anteriormente. De olho: esta seção contém textos, definições, voca- bulário, símbolos ou dicas que complementam ou siste- matizam o assunto que está sendo trabalhado. Atividade complementar: seção opcional, que vem ao final do Módulo. Contém atividades de Matemática para serem resolvidas pelos alunos que terminarem antes dos demais os exercícios propostos, ou por toda a classe, quando houver tempo disponível 2 fica a seu critério. Recomendamos, porém, que a seção seja proposta como tarefa somente se não contiver nada novo (os alunos devem ter condições de realizar sozinhos aquilo que é solicitado fazer em casa). Leitura complementar: esta seção apresenta textos que complementam informações trabalhadas em aula. É também optativa, e você poderá explorá-la no momento que julgar mais adequado. Desafio: envolve situações matemáticas 2 quebra- -cabeças, problemas de lógica, adivinhações, etc. 2 que requerem raciocínio lógico. Sugere-se que seja resolvido em grupo, para estimular a troca de opiniões entre os alunos. Convém não utilizá-lo como tarefa de casa, pois nem sempre a solução é fácil, podendo exigir interfe- rência ou pistas de sua parte. Ele sempre aparece antes da seção Teste. Teste: para cada aula haverá uma questão de múltipla escolha. Lembramos que é papel do professor ensinar o aluno a resolver uma questão dessa natureza. Assim, não se trata de fornecer apenas o gabarito de cada teste, mas analisar com os alunos as alternativas que foram excluídas. Exercícios complementares: considerando que os exercícios de sistematização propostos nas aulas podem não ser suficientes para todos os alunos, incluí- mos ao final de cada Caderno exercícios opcionais, para fixação e retomada de alguns procedimentos. Você decidirá se é interessante explorá-los ou não, indicá-los aos alunos que necessitarem ou para toda a turma; substituí-los por propostas que julgar mais adequadas, baseando-se em sua experiência; utilizá-los como incremento de tarefas em casa ou material para revisão ou recuperação. Poderão ainda ser ampliados, caso você julgue a quantidade insuficiente. No entan- to, salientamos o cuidado de não fugir da abordagem adotada nem do conteúdo proposto. Glossário: sempre que surgirem novas informa- ções (definições, regras, valores, etc.), será sugerido aos alunos que as anotem no glossário, que deverá estar sempre disponível para consulta. Você estabelece a forma de organizá-lo; por exemplo, pode-se desti- nar para isso uma parte do caderno, ou solicitar um caderno especial, de capa dura, com índice alfabético (tipo agenda de telefone). Esse glossário vem sendo utilizado desde o 6o ano. Verifique se os alunos já dispõem dele. Nos momentos de construção de conceitos, muitas vezes, os alunos usarão alguns materiais de apoio. Entre eles, destacamos: Calculadora: será utilizada, em muitos momen- tos, como recurso metodológico. É um instrumento que traz muitas possibilidades na aprendizagem da Matemática em situações que requerem exploração, levantamento de hipóteses e criação de estratégias de cálculo, colaborando também, circunstancialmente, para a correção de erros e a autoavaliação. A calcu- ladora 2 tipo simples (com as operações básicas eteclas de memória) 2 deve ser material coletivo da escola. Assim, sugerimos a aquisição de um kit de calculadoras, de modo que cada aluno tenha uma disponível para uso. Essas calculadoras ficarão sob sua responsabilidade, devendo estar na sala de aula apenas nos Módulos em que serão utilizadas. É fun- damental que todas as calculadoras sejam iguais, para facilitar o seu trabalho. Materiais manipuláveis: esses materiais (papéis para recortar, sólidos geométricos, embalagens, ma- teriais de contagem) serão utilizados principalmente nas aulas de Geometria. Sempre se certifique, em cada Caderno, de quais materiais precisará, para providenciá- -los com antecedência, garantindo a realização da aula. Kit de materiais do Sistema de Ensino: materiais manipuláveis são enviados às escolas pelo nosso Siste- ma de Ensino. Alguns poderão ser suficientes para toda a classe (como o kit do jogo Tangram e o Algeplan); outros precisarão ser completados pela escola (como o geoplano e a torre de Hanói). Tabuleiros para jogos: no caso de jogos de tabu- leiro, estes vêm no anexo do CA. Materiais de uso constante: régua, esquadro, transferidor, compasso e tesoura. Além disso, os alunos necessitam de um caderno e de um bloco de papel milimetrado. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 6 09/10/17 15:49 87 M a n u a l d o P r o fe s s o r Organização dos conteúdos Os conteúdos estarão concentrados nos seguintes temas: Números e operações, Espaço e forma (Geome- tria), Medidas e Tratamento de dados ou da informação (Estatística, combinatória e probabilidade). A seleção desses temas, bem como dos conceitos/conteúdos relati- vos a eles, é feita com base em documentos curriculares nacionais. A abordagem para os conteúdos selecionados ocorre numa concepção de currículo em espiral, ou seja, eles são retomados e ampliados a todo momento, em um mesmo ano ou em anos diferentes. Destacamos alguns conteúdos que serão enfatizados: 1. Números e operações O campo dos números racionais, trabalhado no 7o ano, será ampliado ao abordarmos outra regra para divisão de frações e a operação da potenciação e suas propriedades, com a introdução do expoente negativo. Serão explorados também os conceitos de fração geratriz de uma dízima periódica e notação científica. A Álgebra será trabalhada ao longo de todo o 8o ano. Inicialmente, serão retomados conceitos trabalhados no ano anterior: valor numérico, redução de termos semelhan- tes e o conceito de equação do 1o grau com uma incógnita, para em seguida serem introduzidos novos conceitos: ine- quações do 1o grau com uma incógnita, conjunto universo e conjunto solução, equações determinadas, impossíveis e indeterminadas, resolução de problemas envolvendo equações, operações com monômios (multiplicação, po- tenciação e divisão). As operações com polinômios e a fatoração de expressões algébricas serão introduzidas por meio da representação algébrica e geométrica de figuras planas. Do mesmo modo, a Álgebra geométrica será o ponto de partida para o trabalho com os produtos notáveis (quadrado da soma e da diferença de dois termos, trinô- mio quadrado perfeito e fatoração do trinômio quadrado perfeito). O estudo das frações algébricas procederá a divisão de polinômios por monômios. Ainda no campo da Álgebra, serão estudados a equação do 1o grau com duas incógnitas e sistemas de eixos coordenados, bem como a resolução algébrica e gráfica de sistema de equações do 1o grau com duas incógnitas. 2. Espaço e forma O estudo dos ângulos, iniciado no 7o ano, será reto- mado e aprofundado, ao trabalharmos com as relações entre a medida dos ângulos determinados sobre duas retas paralelas cortadas por uma reta transversal, soma da medida dos ângulos internos de um triângulo e de um polígono convexo qualquer, ângulos em quadrilá- teros notáveis e em uma circunferência. No trabalho com os ângulos, são bastante exploradas as modelagens algébricas dos problemas, demandando a resolução de equações do 1o grau. Por isso é fundamental que as aulas do campo Espaço e forma estejam bem alinhadas com o trabalho no campo de Números e operações, conforme as orientações específicas dadas em cada Caderno. O estudo da congruência de figuras, de forma geral, e, mais especificamente, dos triângulos congruentes, será explorado de modo integrado ao trabalho com as principais construções geométricas. O objetivo dessa integração é levar os alunos a entenderem a importância das validações e justificativas em geometria. Assim, toda construção geométrica deverá ser devidamente justifi- cada pelas propriedades teóricas já estudadas, espe- cialmente aquelas relativas aos triângulos congruentes. Os conceitos de congruência apoiarão ainda o estudo dos principais tipos de simetria (translação, reflexão e rotação). Será explorada a ideia de que essas transfor- mações geométricas não alteram nem a forma nem o tamanho das figuras, gerando figuras congruentes às originais. No 9o ano, esses conceitos serão retomados durante o estudo da semelhança de figuras, quando serão vistas transformações que modificam o tamanho de uma figura, como é o caso da homotetia. Usando o conceito de figuras planas equivalentes, ou seja, de mesma área, será feita uma apresentação do teo- rema de Pitágoras. Trata-se de uma introdução ao assunto, que será retomado e aprofundado no 9o ano, quando já terá sido trabalhada a ideia de semelhança de triângulos. 3. Grandezas e medidas As medidas de comprimento, capacidade e massa, exploradas em anos anteriores, serão utilizadas em con- textos de resolução de problemas. As noções de cálculo de perímetro e área, também presentes em anos anteriores, serão ampliadas, chegan- do-se à sistematização com a retomada de algumas fór- mulas (relativas a quadrado, retângulo, paralelogramo e triângulo) e a introdução de novas (relativas a trapézio e losango). Serão trabalhados o comprimento da circun- ferência e a área do círculo. As noções de proporcionalidade, presentes em várias situações-problema nos anos anteriores, serão ampliadas ao serem trabalhadas as representações algébrica e grá- fica de grandezas proporcionais. 4. Tratamento da informação A habilidade de construir, ler e interpretar tabelas e gráficos de barras, colunas e curvas será solicitada com frequência na resolução de problemas. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 7 09/10/17 15:49 88 Ensino Fundamental O tema será ampliado com a exploração de info- gráficos e medidas de tendência central, população e amostra, tipos de frequência (absoluta e relativa), tabela de distribuição de frequências e variáveis em Estatística. O trabalho com probabilidade será desenvolvido ao longo do ano, com a retomada de experimentos alea- tórios, combinatória e construção do espaço amostral, a definição clássica de probabilidade e a resolução de situações-problema envolvendo conteúdos de estatística, combinatória e probabilidade. Sugerimos que tome conhecimento dos conteúdos anteriores ao ano em curso já trabalhados no material do Sistema de Ensino, bem como do 9o ano, a fim de evitar o tratamento repetido ou antecipado, em uma abordagem diferente da proposta. Não há separação entre as aulas de Aritmética/Álgebra e Geometria. Convém que um único professor de Matemática atue ao longo do ano. As aulas de Geometria, sempre que possível, serão interligadas aos demais campos da Matemática. Objetivos comuns a todos os campos O ensino de Matemática no Fundamental II tem como principais objetivos possibilitar aos alunos a ca- pacidade de: • formular e verificar hipóteses; • argumentar a favor de opiniões (ao explicar hipóteses formuladas, justificar estratégias a serem seguidas para chegar à conclusão); • reconhecer, organizar e analisar dados; • usar técnicas de investigação (ao fazer pesquisa em diferentes fontes e selecionar informações); • praticar habilidades relacionadas à comunicação, estabelecendo conclusões (ao analisar ou produzir textose outras formas de expressão: tabelas, dese- nhos, painéis); • usar técnicas para o estabelecimento de relações entre conceitos (fazer mapas conceituais). Espera-se que ao final dos ciclos do Ensino Fun- damental os alunos tenham desenvolvido as seguintes atitudes diante da Matemática: • capacidade de investigação e perseverança na busca de resultados; • valorização do uso de diferentes estratégias para resolução de situações-problema; • predisposição para alterar estratégias previstas e para a verificação e controle de resultados; • confiança em sua própria capacidade de “fazer” Ma- temática; • valorização e uso da linguagem matemática adequada; • valorização de suas ideias e de diferentes pontos de vista no trabalho coletivo; • reconhecimento da Matemática como ciência histo- ricamente em evolução; • interesse pela Matemática presente no cotidiano, pre- dispondo-se a analisar criticamente as informações veiculadas pela mídia; • interesse pelo uso de instrumentos tecnológicos que auxiliem na realização de alguns trabalhos, sem anu- lar o esforço da atividade compreensiva; • capacidade para assumir erros e acertos; • desenvolvimento e valorização de atitudes como: curiosidade, atenção, organização, rigor nas obser- vações e análises. Espera-se também que os alunos tenham desenvol- vido as habilidades de: • selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas de diferentes formas para enfrentar situações-problema, segundo uma visão crítica com vistas à tomada de decisões; • usar adequadamente a linguagem matemática; • utilizar conceitos matemáticos na resolução de situa- ções-problema; • reconhecer e analisar relações e propriedades numé- ricas e geométricas. Uma palavra sobre avaliação Entendemos que o processo de avaliação é contínuo e constituído de vários instrumentos. O que avaliar Por meio de atividades voltadas à compreensão de definições, ao estabelecimento de relações, ao reconhecimento de hierarquias, ao estabelecimento de critérios para fazer classificações e também à resolução de situações de aplicação envolvendo conceitos. Conceitos Como eles são construídos e utilizados. Procedimentos Atitudes Por meio da observação do professor e da realização de autoavaliações. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 8 09/10/17 15:49 89 M a n u a l d o P r o fe s s o r 1. Instrumentos de avaliação • Observação do professor: pode ser feita por meio de uma ficha elaborada coletivamente pelo corpo docente da escola, observando as especificidades de cada área e os objetivos do projeto pedagógico da escola. É uma ficha que registra o desenvolvimento dos alunos. Pode-se considerar o acompanhamento do conteúdo feito no dia a dia (registro de dificul- dades, cumprimento ou não de tarefas, participação, interesse e criatividade para resolver atividades, ofe- recimento de ajuda aos colegas, solicitação de ajuda aos colegas e professor, etc.). • Autoavaliação: sempre com roteiro ou ficha que pos- sibilite a reflexão dos alunos sobre seu aprendizado. Eles precisam aprender a descobrir em que ponto sen- tiram dificuldades em determinado assunto e começar a se questionar sobre por que isso aconteceu. Assim, passam a não depender exclusivamente do professor para validar suas soluções e seus raciocínios, pois eles próprios aprenderam a validar o que fizeram. • Poemas, crônicas, músicas, jogos, dramatizações, histórias em quadrinhos, mapas conceituais: escrever, individualmente ou com os colegas, um poe- ma, uma música ou as regras de um jogo sobre um assunto, etc. A elaboração de textos leva os alunos a refletir sobre o que aprenderam. • Projetos: atividades mais amplas desenvolvidas em classe cujo ponto de culminância pode ser em forma de relatório ou autoavaliação. • Campeonatos ou olimpíadas: atividades que des- pertem o interesse dos alunos, estimulem sua parti- cipação, ajudem-nos a transferir conhecimentos e a trabalhar em situações não rotineiras. • Seminários e exposições: os alunos podem ser estimulados a preparar, apresentar e expor oralmente ou por escrito o que estão estudando. • Books e portfólios: os alunos fazem uma coletânea com os melhores trabalhos julgados por eles mesmos. O professor pode e deve orientar e combinar com os alu- nos como eles irão organizar os seus books. Exemplos: – selecionar na semana, bimestre ou ano, as ativi- dades de que mais gostaram, que fizeram correta- mente e nas quais sentiram mais confiança; – o que acharam mais difícil de resolver; atividades em casa, em dupla, etc.; – todas as atividades escolhidas deverão ter uma etiqueta que justifique sua escolha; – o professor mesmo pode pedir, ao final de cada bimestre ou semestre, que os próprios alunos apresentem o seu book aos pais, quando houver reunião de pais ou evento próprio para isso. • Memórias ou diários: podem ser constantes ou em momentos específicos; ser incorporados ao portfólio; no início e no término de um trabalho. 2. Escolha dos temas da prova • A prova poderá ter um tema mais geral ou temas que contenham os conceitos do Caderno, de forma a atingir os objetivos escolhidos. • Esses temas podem estar relacionados a um trabalho e/ou projeto desenvolvido na própria escola. • Podem ser os próprios temas propostos no Caderno. • Pode ser um tema de outra área do próprio Caderno, interdisciplinar ou não. • Temas do cotidiano que estão despertando o interesse dos alunos. • Nem todos os conteúdos do Caderno podem ser trabalhados por meio de temas. Convém fazer um levantamento deles, se for o caso. 3. Preparação da prova • A linguagem deve ser conhecida dos alunos, evitando a utilização de termos desconhecidos, principalmente nos comandos. Se houver termos não usuais no texto, inserir o vocabulário na prova. • Os comandos dos exercícios devem evitar ambiguida- des de interpretações e ser claros para a faixa etária a que se destinam. • Em questões de múltipla escolha, o enunciado deve conter um problema ou uma situação a ser analisada. Incluir somente uma alternativa correta na questão, sem criar dificuldade (pegadinha) nem facilitar demais (induzir a resposta correta). • É necessário adequar o número de questões ao tempo previsto para a prova. • Dosar questões fáceis, médias e difíceis. 4. Critérios para correção • Os critérios devem ser estabelecidos antes da apli- cação da prova. • Devem ser claros para os alunos, em função dos ob- jetivos para cada questão. Exemplo: valorização do raciocínio (mesmo com erro de cálculo), valorização de técnicas e algoritmos, valorização da resposta, etc. • Explicitar em cada questão a pontuação que será utilizada. A pontuação poderá estar na própria prova ou ser oferecida após a correção. • Assinalar na prova, no momento da correção, o erro e a justificativa da nota. Dessa forma, ao receber a prova corrigida, o aluno poderá fazer uma análise de seu desempenho. Adair, Cármen e Fábio MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 9 09/10/17 15:49 8 10 Ensino Fundamental O CADERNO 1 Este Caderno dá início ao último ciclo do Ensino Fundamental 2 8o e 9o anos. A expectativa é que nesse ciclo o aluno já tenha condições de criar estratégias mais elaboradas para a resolução de problemas, generalizar fatos e propriedades matemáticas, elaborar e validar conjecturas e pensar abstratamente, entre outras habilidades. Os alunos também serão desafiados a elaborar problemas. A abordagem em espiral dos conteúdos do material de Matemática do Sistema de Ensino possibilita que cada Módulo deste Caderno retome assuntos trabalhados anteriormente, visando a uma ampliação conceitual. Incentive os alunos a consultarem no glossário as anotações relativas aos conceitos já trabalhados. Caso você não tenha sido o professor da turma nos anos anteriores, converse com seus colegas da escola para conhecer a abordagem dada a cada um dos campos matemáticos. O material do Sistema de Ensino não pressupõe o trabalho com “frentes”,pois buscamos, sempre que possível, uma integração entre os diferentes campos. No entanto, há escolas que optam por essa divisão. Isso requer que os professores da turma estejam em constante interação para que um não antecipe o trabalho do outro nem se sobreponha a ele, o que pode comprometer o conteúdo. Este Caderno está organizado em 10 Módulos: 4 relativos à Álgebra; 4, a Espaço e forma; 1, ao Tratamento da informação; e 1, de Resolução de problemas e investigações matemáticas. Você tem flexibilidade para inverter a ordem de alguns Módulos, desde que fique atento aos pré-requi- sitos de cada um e, mantenha a ordem dentro de um mesmo campo. Planeje antecipadamente suas aulas, preparando os materiais necessários, a fim de que eles estejam disponí- veis no momento em que forem solicitados. Por exemplo, neste Caderno, você precisará dos seguintes materiais: • calculadora (uma por aluno, que deve fazer parte do material da escola); • régua, compasso, transferidor e esquadros (1 jogo por aluno); • palitos de sorvete e percevejos (para trabalho individual); • torre de Hanói (1 jogo por grupo); • tesoura e lápis de cor. Cada Módulo apresenta uma sugestão de roteiro para cada aula que o compõe, embora a sequência das aulas dependa da sua carga horária no dia. Procure garantir sempre uma tarefa de casa para que os alunos adquiram o hábito de estudo constante. Haverá sempre a indicação dos exercícios extras correspondentes ao Módulo. Ficam a seu critério o momento e a forma de trabalhá-los. Todas as seções que precedem a tarefa de casa deverão ser realizadas em classe. A seção Desafio traz situações-problema cujas resoluções não dependem, necessariamente, do conteú- do trabalhado no Módulo. Muitas vezes são problemas de lógica. Sugerimos que sejam sempre resolvidas em grupos (duplas ou trios), para que os alunos possam discutir estratégias de resolução. Ela exige uma correção mais dialogada, em que as diferentes estratégias sejam socializadas e discutidas. Nunca deixe de corrigir as tarefas, ficando ao seu critério qual dinâmica utilizar, e lembrando que os alunos já devem ter o hábito de autocorreção. Para exercícios mais “mecânicos”, você pode apenas fornecer respostas; para os que exigem raciocínios mais elaborados ou estratégias diferenciadas, compartilhe-as no momento da correção. O glossário já é utilizado pelos alunos do Sistema de Ensino desde o 6o ano e deve constituir um material à parte do caderno usual. Foi sugerido um caderno de capa grossa com índice alfabético. Crie também sua estratégia de correção desse instrumento. Pode-se, por exemplo, pedir a um aluno que leia suas anotações e, a partir delas, fornecer dicas dos principais elementos que precisam constar nesse registro; pode-se, pe- riodicamente, recolher esses glossários e fazer uma leitura; é possível, ainda, trocar os glossários entre os alunos para que um leia o que o outro escreveu e verifique se a anotação feita pelo colega está adequada. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 10 09/10/17 15:49 811 M a n u a l d o P ro fe ss o r 1. POPULAÇÃO E AMOSTRA DE UMA PESQUISA AULAS 1 a 3 Objetivos • Retomar leitura, a construção e a interpretação de tabelas e gráficos. • Apresentar algumas terminologias relativas às pesquisas estatísticas. • Diferenciar população e amostra. • Identificar a população e a amostra em pesquisas. Roteiro de aulas (sugestão) Aula Descrição Anotações 1 Abertura do Módulo O IBGE e algumas de suas pesquisas Teste (item 1) Orientações para as tarefas 1 e 2 (Em casa) 2 Retorno das tarefas 1 e 2 População e amostra Exercício Teste (item 2) Orientações para as tarefas 3 e 4 (Em casa) 3 Retorno das tarefas 3 e 4 Você já estudou Desafio Teste (item 3) Orientações para as tarefas 5 e 6 (Em casa) Exercícios complementares correspondentes a este Módulo: 1 a 4. Material • Calculadora. Noções básicas Espera-se que ao final deste Módulo os alunos sejam capazes de diferenciar população e amostra e identificar pesquisas por amostragem divulgadas na mídia. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 11 09/10/17 15:49 812 Ensino Fundamental Estratégias e orientações Este Módulo retoma conteúdos trabalhados em anos anteriores. Incentive os alunos a consultar o glossário sempre que se depararem com termos ou conceitos sobre os quais eles já estudaram e tenham dúvidas. Caso esse seja o primeiro contato dos alunos com o material deste Sistema de Ensino, este Módulo poderá demandar um pouco mais de tempo para sua realização, pois alguns conceitos e a metodologia de trabalho serão novos para eles. Lembramos que o material deste Sistema de Ensino já trabalhou com os seguintes conceitos/conteúdos estatísti- cos: tabelas; gráficos de barras, de colunas, de curvas e de setores; infográficos; medidas de tendência central: moda, mediana e média (sem utilização de fórmulas no caso da moda e mediana, apenas organizando os dados em ordem crescente e identificando, na sequência, essas duas medidas). Nos Módulos que abordam Estatística os alunos vão deparar com alguns textos informativos, contendo dados de pesquisas, oficiais ou não, que constituirão a base para a exploração do conceito a ser trabalhado. Fica a seu critério como fazer a leitura desses textos. Algumas sugestões: • Leitura prévia em casa: solicite que os alunos leiam os textos do Módulo como uma tarefa para casa. Nesse caso, oriente como deve ser a leitura: eles devem grifar as ideias centrais do texto, destacar as informações numéricas, consultar dicionário caso o texto tenha palavras desconhecidas, buscar informa- ções correlatas na internet. • Realizar uma leitura coletiva durante a aula, levando questões para avaliar se os alunos estão compreen- dendo o contexto apresentado. • Pedir aos alunos que façam a leitura individual- mente durante a aula. Em seguida, você poderá propor questões sobre o texto, a fim de avaliar a compreensão do que foi lido. A produção de textos analíticos de tabelas e gráfi- cos deve continuar sendo incentivada. Essa produção poderá ser: • Realizada coletivamente na sala de aula: os alunos destacam as ideias e você as organiza em um texto, o qual deverá ser copiado pelos alunos. • Realizada em grupos: nesse caso, você poderá fazer a correção individual de cada grupo, ou os grupos apresentam à classe e você propõe as questões que julgar necessárias para ampliar ou corrigir ideias que aparecerem. • Realizada individualmente. Essa produção poderá ser feita em uma folha e entregue a você para a correção individual. É importante que os textos produzidos pelos alunos sejam corrigidos. A estratégia de correção fica a seu crité- rio. Lembre-se de que o retorno dado aos alunos é fun- damental para que eles avancem nas práticas de escrita. O material de Matemática sempre incentiva a prática da leitura e da escrita, já que estas devem perpassar todas as disciplinas do currículo escolar. Lembramos que a calculadora é utilizada pelos alunos do Sistema desde os anos iniciais. Em alguns contextos ela é utilizada como ferramenta para resolução de proble- mas ou dedução de regras; em outros, como nas aulas de Estatística, é usada para facilitar os cálculos. O trabalho com Estatística envolve muitos cálculos, mas o objetivo centra-se nas interpretações e análises dos dados. Assim, o uso da calculadora libera os alunos para um trabalho mais analítico dos dados. Atividades de construção do conceito O IBGE e algumas de suas pesquisas (página 396) Nesta seção são apresentados dois textos com o ob- jetivo de explorar pesquisas do IBGE: uma realizada com toda a população, que é o caso do Censo demográfico, e outra com uma amostra 2 a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Essas pesquisas são oficiais e realizadas periodica- mente. O Censo demográfico ocorre a cada dez anos. Quando este Caderno foi elaborado, o IBGE tinha divul- gado apenas os dados do Censo 2010. No entanto, o site do IBGE publica, em tempo real, dados atualizadosda população. Incentive os alunos a consultá-lo. Você poderá ampliar a discussão, apresentando os principais dados para análise com os alunos. A PeNSE 2015, divulgada em 2016, é uma pesquisa trienal e recen- te, pois este foi o seu terceiro ano de realização. Ela traz dados muito interessantes sobre a saúde dos adolescen- tes. Se você dispuser de tempo, proponha a ampliação da temática com consulta ao site e atualização dos dados, caso já tenha ocorrido outra pesquisa mais recente. É importante que os alunos percebam a diferença entre os sujeitos das duas pesquisas. Enquanto o Cen- so consulta toda a população (com exceção dos casos apontados no texto), a PeNSE trabalha com uma amostra. A seção Você já estudou refere-se à revisão de con- teúdos que já foram abordados em anos anteriores. População e amostra (página 398) Este é um texto informativo. Fica ao seu critério a estratégia de leitura. É importante que você aproveite esse contexto para discutir com os alunos quando uma amos- MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 12 09/10/17 15:49 813 M a n u a l d o P r o fe s s o r tra é significativa, quais são os órgãos mais conhecidos de pesquisa 2 no Brasil, podemos destacar: IBGE, Inep, Datafolha, Ibope, Vox Populi, entre outros. Explique-lhes a confiabilidade de pesquisas por amostragem quando a metodologia é adequada. Se os diferentes extratos da população forem considerados, é possível generalizar os dados da amostra para toda a população. No texto aparecem os termos amostra e amostra- gem. A amostragem é a ação de obter a amostra. Não há necessidade de diferenciar esses termos. O objetivo é que os alunos compreendam o significado da amostra, ou seja, um subconjunto finito de uma população, e sua utilização, sempre que não for possível ter acesso a toda a população. Uma vez escolhida uma amostra, esta passa a representar a população a ser estudada. A adoção de critérios para a composição de uma amostra que tenha a representatividade necessária para o estudo em questão é o que chamamos de amostragem. O critério escolhido deve garantir que todos os elementos da população tenham a mesma probabilidade de serem sorteados 2 caso se queira uma amostra probabilística. Entre as amostras probabilísticas as mais comuns são a aleatória simples e a estratificada. No caso da amos- tra aleatória simples, ela pode ser feita por sorteio sim- ples ou organizando os dados em planilhas eletrônicas ou calculadoras, lançando-se mão da função Rand ou Aleatório. No Excel, por exemplo, a função é chamada ALEATÓRIOENTRE; tal função gera números aleatórios dentro de um intervalo estabelecido. Já na amostragem estratificada a população é organizada em camadas, com diferentes características, e utiliza-se a proporcionalidade para a determinação dessa amostra. Bibliografia utilizada • LOPES, Paulo Afonso. Probabilidade e estatística: con- ceitos, modelos, aplicações em Excel. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 1999. • NOVAES, Diva Valério; COUTINHO, Cileda de Quei- roz e Silva. Estatística para educação profissional. São Paulo: Atlas, 2009. Indicamos a consulta caso apareçam dúvidas apre- sentadas pelos alunos. Respostas e comentários O IBGE e algumas de suas pesquisas (página 397) 1. Ambas foram realizadas pelo IBGE e trazem dados da população brasileira. 2. O Censo consulta toda a população (com algumas exceções); a PeNSE utiliza apenas uma parcela da população 2 no caso, além de ser apenas adoles- centes do 9o ano, não houve a participação de todos os estudantes dessa categoria, participaram apenas aqueles que fizeram parte das escolas selecionadas. Exercício (página 399) Sugerimos que a seção seja realizada em grupos. Após cada exercício, faça a socialização das respostas dadas pelos alunos. 1. O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescen- tes (Erica) apresenta dados que contribuem para o trabalho de conscientização dos adolescentes em re- lação aos problemas decorrentes de uma alimentação inadequada, que provoca sobrepeso ou obesidade, aliada também ao sedentarismo. O fato de os ado- lescentes ficarem muito tempo sentados à frente de um computador, sem a prática de exercícios físicos, e se alimentando inadequadamente, vem preocupando especialistas de todo o mundo. São problemas que acabam desencadeando em riscos à saúde, como hipertensão e diabetes. Você poderá aproveitar a leitura do texto e os dados apresentados para discutir essas questões. a) O Erica não entrevistou todos os adolescentes; foi uma pesquisa por amostragem. b) Para este item os alunos devem considerar o total de entrevistados: 75 mil adolescentes e os dados percen- tuais do texto. Caso os alunos não saibam, ensine-lhes como calcular porcentagem na calculadora. Problema % Total de adolescentes Sobrepeso ou obesidade 25,5 19 125 Sedentarismo 54,3 40 725 Tempo na frente da TV/Computador 66,6 49 950 Não tem hábitos alimentares saudáveis 50 37 500 Hipertensão 9,6 7 200 c) Os alunos poderão utilizar diferentes estratégias para a resolução deste item. • Utilizando a noção de proporcionalidade e a regra de três estudada no 7o ano: Brasileiros 200 000 x % 20 100 MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 13 09/10/17 15:49 814 Ensino Fundamental Assim, x 5 1 000 000. Portanto, 1 milhão de adolescentes. • Partindo do princípio de que 20% 5 1 5 , basta multiplicar: 5 3 200 000 5 1 000 000. • Ou, ainda, utilizando o conceito de frações equivalentes: 20 100 5 200 000 x . Multiplicando numerador e denominador por 10 000, obtém-se: x 5 1 000 000. No momento da correção, socialize as diferentes estratégias. 2. O gráfico relativo ao ano de 2015 traz algo diferente: os números negativos na parte superior das colunas. Deixe que os alunos analisem e tentem explicar o seu significado. a) A Pnad Síntese de Indicadores Sociais é uma pes- quisa por amostragem, como informa o próprio texto. b) O título do gráfico é: “Taxa de fecundidade das mulheres de 15 a 29 anos”. c) A fonte do gráfico é o IBGE. d) Trata-se de um gráfico de colunas que compara a taxa de fecundidade das mulheres em 2015 em relação a 2005. e) Em ambas as pesquisas, a faixa etária com maior taxa de fecundidade é de 20 a 24 anos. f) Essas porcentagens representam o decréscimo da taxa de fecundidade. Proponha aos alunos que fa- çam a conferência com a calculadora. Aproveite para ensinar-lhes como fazer esse cálculo diretamente. Exemplo: basta digitar na calculadora 76,3 2 22,1% 5 5 59,4. Esse cálculo é o mesmo que encontrar 77,9% de 76,3 (ou seja, 100% 2 22,1% 5 77,9%). O aluno poderá ainda optar por calcular 22,1% de 76,3 e, em seguida, fazer a subtração (ou seja, 22,1% de 76,3 5 16,9; calculando a diferença, tem- -se: 76, 3 2 16,9 5 59,4). g) A maior redução foi na faixa de 20 a 24 anos. Você já estudou (página 401) 1. Retome com os alunos o conceito dessas três medidas. Para o cálculo da média somam-se os valores e divi- de-se pela quantidade de valores somados. A moda é o dado que mais aparece; a mediana é o valor central para os dados organizados em ordem crescente. No caso de quantidade par de dados, a mediana será a média aritmética dos dois dados centrais. É provável que os alunos já tenham essas definições no glossário. Oriente-os a consultá -las. a) Média: 5,2 Moda: 8 Mediana: 6 b) Média: 8,22 Moda: não tem (série amodal) Mediana: 7,8 c) Média: 12 Moda: 10 Mediana: 10 d) Média: 1,4 Moda: série amodal Mediana 2 2. a) Média: 1 762,50 Moda: 1 780 Mediana: 1 780 b) O acréscimo desse dado modificará apenas a mé- dia, que passa a R$ 2 288,88. A moda e mediana permanecem inalteradas. c) A mediana representa melhor a realidade da em- presa, pois mostra que mais da metade dos fun- cionários ganha 1 780 reais ou abaixo disso. Desafio (página 402) 102 5 62 1 82 132 5 52 1 122 152 5 92 1 122 172 5 82 1 152 202 5 122 1 162 Teste (página 402) 1. Alternativa C. A questão exige apenas que se determine as três me- didasde tendência central. No entanto, ao analisar a resposta a, os alunos poderão perceber que a série tem duas modas: 6 e 7,5. Portanto, já encontrou a alternati- va c que aponta ser uma série bimodal. A alternativa b é incorreta porque a mediana é 6. A alternativa d é incorreta porque a média é 6,25. 2. Alternativa C. A questão exige a análise de cada uma das afirmati- vas. Se o aluno assinalou a alternativa a, ele prova- velmente calculou 21% de 6,3 milhões e trabalhou com dados arredondados; ocorre que 6,3 milhões corresponde a 21%. A alternativa b é falsa porque 30 milhões é o total de crianças e adolescentes na faixa etária de 9 a 17 anos, e não apenas os que estão desconectados. Portanto, essa é a resposta da alternativa c (que está correta). A alternativa d é falsa porque o texto não traz infor- mações suficientes sobre o tipo de pesquisa (toda a população ou por amostragem). 3. Alternativa C. A questão também envolve a análise de cada uma das alternativas. A alternativa a é falsa porque o texto deixa explícito que foi uma pesquisa por amostragem. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 14 09/10/17 15:49 815 M a n u a l d o P r o fe s s o r A alternativa b é falsa porque o percentual é 37%, e não 50% de pessoas que utilizam a internet diariamente. A alternativa c é verdadeira porque basta fazer os cálculos: 4 h 59 min 2 3 h 39 min 5 1 h 20 min (durante a semana). 4 h 24 min 2 3 h 43 min 5 41 min (fins de semana). Portanto, o tempo de conexão durante a semana teve um aumento maior que nos finais de semana. A alternativa d é falsa porque o percentual passou de 26% para 37% e não que houve um aumento de 37%. Em casa (página 403) 1. Os alunos poderão fazer o cálculo diretamente na cal- culadora: calcular a diferença, dividi-la pelo primeiro número e multiplicar o resultado por 100. Exemplo: 52 2 41 5 11 e 11 ; 41 5 0,2682926 e 100 3 0,2682926 5 26,8. Os alunos já aprenderam as regras de arredonda- mento. Observe que as ordens depois do 8 são 2926, logo elas são desprezadas, pois 2 é menor do que 5. No caso da 4a linha, por exemplo, o quociente obtido na calculadora é 0,2795698, mas como as ordens a serem desprezadas são 5698, passou de 5000 (a me- tade), logo o 9 é arredondado para cima, resultando em 0,28. a) Década Crescimento (em %) De 1940 para 1950 26,8 De 1950 para 1960 34,6 De 1960 para 1970 32,9 De 1970 para 1980 28,0 De 1980 para 1990 23,5 De 1990 para 2000 15,6 De 2000 para 2010 12,9 De 2010 para 2016 7,8 b) O crescimento da população brasileira aumentou no período de 1940 a 1960; depois de 1960 esse crescimento vem reduzindo. 2. a) O maior decréscimo ocorreu de 2004 para 2006 (0,14 ou 6,6%). Os alunos deverão calcular a re- dução para cada biênio (em números absolutos ou percentuais). b) Espera-se que os alunos concluam que o cres- cimento da população brasileira está reduzindo, bem como a taxa de fecundidade entre as mu- lheres. 3. a) Em 2000 a população brasileira era de 170 milhões de habitantes. Por meio de uma regra de três, os alunos poderão fazer o cálculo: Total de pessoas 16,9 170 000 000 Número de computadores 1 x Em que x 5 10 059 172. Ou seja, o país tinha apro- ximadamente 10,1 milhões de computadores. Em 2016, a população era de 207 milhões; portanto, havia 207 milhões de computadores no país. b) O item pode ser resolvido diretamente; para isso basta dividir 194 milhões por 3, o que corresponde a 64,7 milhões aproximadamente. c) Este item também pode ser resolvido por regra de três: Total de pessoas 3 202 000 000 Número de computadores 2 x Em que x é aproximadamente 134,7 milhões. 4. A média passa a ser 15. No momento da correção, discuta as diferentes estratégias de resolução. Uma possível seria: 4 3 13 5 52 (total da idade entre os quatro jovens). 52 1 23 5 75 (acréscimo da idade de 23 anos). 75 ; 5 5 15 (cálculo da nova média do grupo). 5. a) Não, a pesquisa foi realizada por amostragem. b) O percentual é de 80% (8 em cada 10). c) Os alunos construirão o gráfico de colunas. Uso da internet: crianças e adolescentes 100 Norte Nordeste Centro-Oeste Regi‹o % Sudeste Sul 90 54% 71% 85% 88% 90% 80 70 60 50 40 30 20 10 0 6. Verifique as anotações no glossário. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 15 09/10/17 15:49 816 Ensino Fundamental 2. ÂNGULOS FORMADOS POR DUAS RETAS PARALELAS CORTADAS POR UMA TRANSVERSAL AULAS 4 a 7 Objetivos • Retomar os conceitos de ângulos vistos no 7o ano. • Apresentar as relações entre os ângulos formados por duas retas paralelas cortadas por uma transversal. Roteiro de aulas (sugestão) Aula Descrição Anotações 4 Retorno das tarefas 5 e 6 do Módulo 1 Abertura do Módulo Ângulos: retomada das ideias fundamentais Exercício 1 Teste (item 1) Orientações para as tarefas 1 a 4 (Em casa) 5 Retorno das tarefas 1 a 4 Ângulos formados por uma reta transversal a duas outras retas Teste (item 2) Orientações para as tarefas 5 e 6 (Em casa) 6 Retorno das tarefas 5 e 6 Propriedades dos ângulos em retas paralelas cortadas por uma transversal Teste (item 3) Orientações para as tarefas 7 a 9 (Em casa) 7 Retorno das tarefas 7 a 9 Exercício 2 Teste (item 4) Orientações para as tarefas 10 a 12 (Em casa) Exercícios complementares correspondentes a este Módulo: 5 a 10. Material • Régua, transferidor e esquadros (1 jogo por aluno). MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 16 09/10/17 15:49 817 M a n u a l d o P ro fe ss o r • Palitos de sorvete e percevejos (1 conjunto por grupo) 2 deverão ser providenciados para a segunda aula deste Módulo (aula 5). Noções básicas Durante este Módulo, espera-se que os alunos reco- nheçam que duas retas cortadas por uma transversal são paralelas se, e somente se, os ângulos alternos internos têm medidas iguais. A partir daí eles deverão usar essa propriedade fundamental para estabelecer relações entre os demais pares de ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal, sendo capazes de aplicá-las em diferentes situações. Estratégias e orientações Neste primeiro Módulo de geometria do 8o ano, serão retomados os principais conceitos relacionados a ângulos vistos no ano anterior. Essa retomada é muito importante, uma vez que os ângulos serão a questão central de todos os Módulos que tratam de geometria no Caderno 1. Propomos que essa retomada seja feita em uma aula. Esse tempo pode variar de turma para turma, dependendo do histórico e da presença ou não de alunos novos, entre outros fatores. Assim, caso sinta necessidade, você pode ampliar essa quantidade de aulas. Para introduzir o tema dos ângulos, o texto inicial trata da importância de garantir a acessibilidade para toda a população. O foco é a construção de rampas adequadas ao uso por pessoas com mobilidade reduzida. Para isso, sua inclinação deve estar de acordo com as normas técnicas. Dependendo do tempo disponível, você pode ampliar a discussão, propondo aos alunos que avaliem se os principais prédios públicos de sua cidade são adequados para receber pessoas com algum tipo de deficiência. No restante do Módulo, introduzimos um novo con- ceito: as relações entre as medidas dos ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal. Atividades de construção de conceitos Ângulos: retomada das ideias fundamentais (página 406) A discussão sobre a inclinação adequada de uma rampa para o uso de pessoas com mobilidade reduzida é retomada nesta seção, discutindo-se o significado de medir essa inclinação em porcentagem, como é feito nas normas técnicas. Ao mesmo tempo, são revistos os prin- cipais elementos de um ângulo, suas notações, medida, o uso de transferidor, ângulos adjacentes e opostos pelo vértice, entre outras ideias básicas sobre esse assunto. Após a leitura do texto inicial do Módulo, organize os alunos em grupos para que comecem as atividades propostas. É importante que você circule pela sala para ajudar os alunos que apresentarem maisdificuldades com o manuseio do transferidor, por exemplo. Utilize os exercícios da seção para retomar as ideias tratadas na atividade e avaliar a necessidade de estender um pouco a revisão sobre ângulos. Nesse caso, lembre-se de redistribuir as tarefas entre as quatro aulas do Módulo. A seguir, fazemos observações sobre algumas nota- ções e definições utilizadas no material. 1. Adotaremos a notação PÔQ para um ângulo de vértice O e lados u ruu OP e u ruu OQ. Já a medida desse ângulo será indicada por m(PÔQ). Convém lembrar, porém, que é muito comum que as notações de ângulo e medida de ângu- lo acabem se fundindo. Ao mesmo tempo em que falamos ângulo a, escrevemos a 5 30°. Por isso, não aconselhamos um rigor demasiado ao abordar tais notações. 2. A definição matemática de ângulo geométrico, segundo Moise e Downs, é a seguinte: ângulo geométrico é a união de duas semirretas que têm a mesma origem e não estão contidas na mesma reta. Os casos em que as duas semirretas estão contidas numa mesma reta correspondem aos ân- gulos especiais (ângulo raso e ângulo nulo). Optamos por não discutir essa diferença, pois isso dificultaria a compreensão do conceito pe- los alunos. Assim, tratamos os ângulos geométri- cos e os ângulos especiais simplesmente como ângulos. A diferenciação será feita apenas no Ensino Médio. Bibliografia consultada MOISE, E. E.; DOWNS Jr., F. L. Geometria moder- na. São Paulo: Edgard Blücher, 1971. Ângulos formados por uma reta transversal a duas retas (página 410) Sugerimos que os alunos sejam divididos em grupos para a realização da atividade. Ela se inicia com um tre- cho de uma notícia em que o termo “transversal” aparece em uma situação do cotidiano. É importante que os alu- nos percebam que a palavra “transversal” também é usada fora do contexto da Geometria. Você pode conduzir a leitura com os grupos até esse ponto. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 17 09/10/17 15:49 818 Ensino Fundamental O próximo passo é fornecer aos alunos os materiais e dar as orientações para que eles montem a estrutura apresentada no Caderno do Aluno. Cada grupo preci- sará de três palitos e dois percevejos (tachinhas). Dê preferência aos palitos de sorvete retangulares, já que eles vão representar retas. Caso não encontre palitos desse tipo, use os de extremidades arredondadas (veja figuras). Palitos de sorvete Após se certificar de que todos os grupos montaram corretamente suas estruturas, deixe-os explorá-las con- forme as orientações do Caderno do Aluno. Nesta etapa, eles deverão perceber que, no contexto proposto (duas retas cortadas por uma transversal), são determinados oito ângulos, além de identificar os ângulos alternos internos. Faça um breve fechamento e passe para a próxima seção. Propriedades dos ângulos em retas paralelas cortadas por uma transversal (página 411) Nesta etapa da investigação, ainda em grupo, os alu- nos deverão identificar a propriedade fundamental do paralelismo: duas retas cortadas por uma transversal são paralelas se, e somente se, os ângulos alternos internos, por elas determinados, forem congruentes. Deixe que todos os grupos cheguem a essa conclusão (item 5) e, então, faça um fechamento da atividade. É importante repassar os seguintes pontos: • Em um sentido da implicação, quando são dadas duas retas paralelas cortadas por uma transversal, podemos concluir que os ângulos alternos internos serão congruentes. • No outro sentido, quando constatamos que os ân- gulos alternos internos determinados por duas retas cortadas por uma transversal são congruentes, pode- mos concluir que as retas são paralelas. Uma maneira de facilitar a identificação de ângulos alternos internos em retas paralelas é referir-se a eles como ângulos do “Z”, como mostrado na figura a seguir. Retas paralelas cortadas por transversal formando o desenho da letra “Z”. Incentive os alunos a procurar o “Z” em diferentes situações envolvendo retas paralelas e, em seguida, iden- tificar os ângulos alternos internos congruentes. Veja algumas situações que podem ser mostradas aos alunos; em todos os casos as retas r e s são paralelas. r s s sr r Quando estiver certo de que todos compreenderam essa propriedade e são capazes de aplicá-la em diferentes situações, passe para o item 6. Usando essa propriedade, eles deverão encontrar todas as relações para os oito ângulos determinados por duas retas paralelas cortadas por uma transversal. Um bom resumo a ser mostrado aos alunos ao final da discussão é dado na figura a seguir, em que as retas r e s são paralelas. y y y s x r y x 1 y 5 180º x x x V A L K O IN E N /S H U T T E R S T O C K /F O T O M O N T A - G E M : F E R N A N D A C R E V IN MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 18 09/10/17 15:49 819 M a n u a l d o P ro fe ss o r Não é necessário cobrar dos alunos que decorem a nomenclatura dos ângulos (alternos, colaterais e correspon- dentes). O fundamental é que eles conheçam as relações, independentemente dos nomes dos ângulos. Por outro lado, essa nomenclatura os ajudará a descrever as relações entre os ângulos e suas medidas. Por isso, procure se referir aos pares de ângulos pelos seus nomes para que os alunos, de maneira natural, possam incorporar essa linguagem gradualmente. A última aula do Módulo é dedicada à resolução de exercícios, para que os alunos possam aplicar a teoria vista em diferentes contextos. Forneça um tempo para que eles pensem nas questões e procurem desenvolver estratégias e, no final, faça a correção. Respostas e comentários Ângulos: retomada das ideias fundamentais (página 407) 1. a) 5% 5 5 5 100 1 20 . b) Vamos chamar de d o deslocamento horizontal, em centímetros. Uma vez que 5% equivalem a 1 20 , temos: 5 5 50 d 1 20 d 1000∴ Como 1 000 cm equivalem a 10 m, o deslocamento horizontal de uma pessoa que percorra toda a rampa será de 10 metros. Observação: Existem inúmeras maneiras de realizar o cálculo acima. Procure valorizar as diferentes estraté- gias usadas pelos alunos. c) De acordo com a definição dada, uma inclinação de 5% significa que, para cada 1 quadradinho de desloca- mento vertical, a rampa deverá promover um deslocamento horizontal de 20 quadradinhos. Como os dois níveis estão separados por 2 quadradinhos, o deslocamento horizontal deverá ser de 40 quadradinhos. Dessa forma, a extremidade final da rampa deverá estar no ponto Q indicado na figura a seguir. Q P Nível 2 Nível 1 d) A medida do ângulo de inclinação da rampa é de aproximadamente 3°. 2. a) A figura mostra o ponto Q, extremidade final da rampa, e a medida do ângulo de inclinação DP̂Q . RuaCalçada B D A P Q C7° b) Ângulos como DP̂Q e CP̂Q são chamados de adjacentes. Ângulos adjacentes são, ao mesmo tempo, con- secutivos e suplementares. Assim, a soma de suas medidas é igual a 180°. c) m(CP̂Q) 1 m(DP̂Q) 5 180° [ m(CP̂Q) 1 7° 5 180° [ m(CP̂Q) 5 173° d) Na figura construída, verificamos, com a régua, que a altura da rampa e o seu deslocamento horizontal va- lem, respectivamente, 1,1 cm e 9 cm. Dessa forma, a inclinação da rampa é dada por ≈ 1,1 9 0,12, isto é, aproximadamente 12%. Note que a razão pedida corresponde à tangente de 7°, cujo valor é aproximadamente 0,123. As razões trigono- métricas, porém, só serão abordadas no 9o ano. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 19 09/10/17 15:49 820 Ensino Fundamental Exercício 1 (página 408) 1. Ângulo AV̂B. a) Vértice: V. b) Lados: u ruu VA e u ruu VB . c) Medida: 60°. d) Classificação: agudo. e) Suplemento: 120°. f) Complemento: 30°. Ângulo PÔQ a) Vértice: O. b) Lados: u ruu OP e u ruu OQ . c) Medida: 130°. d) Classificação: obtuso. e) Suplemento: 50°. f) Não possui complemento. 2. a) Dois ângulos opostos pelo vértice (opv) têm me- didas iguais. b) 2x 1 15° 5 120° 2 5x [ 7x 5 105° [ x 5 15° c) m(AÔB) 5 120° 2 5 ? 15° [ m(AÔB) 5 45° d) m(AÔC) 5 180° 2 m(AÔB) [ m(AÔC) 5 180°2 45° 5 135° Ângulos formados por uma reta transversal a duas outras retas (página 410) 1. Apenas as ruas 1 e 2 podem ser as ruas Espanha e Suíça, pois as duas são transversais às ruas Argentina e Polônia. 2. Dizemos que a reta t é transversal às retas r e s quando ela intercepta r em um ponto P e s num ponto Q, distinto de P. 3. a) A figura abaixo mostra uma possibilidade para nomear as retas r, s e t. r t s Considerando o enunciado, também seria correta uma resposta em que as retas r e s estivessem invertidas. b) São formados 8 ângulos. c) Cada grupo poderá fazer sua própria numeração. Se preferir, combine com todos os grupos uma mesma numeração, para facilitar a discussão final. Sugerimos uma possibilidade. s t 6 8 5 7 3 4 2 1 r 4. São alternos internos os seguintes pares de ângulos: (3 e 5) e (4 e 6). Propriedades dos ângulos em retas paralelas cortadas por uma transversal (página 412) 1. a) Os dois ângulos que formam cada par de ângulos alternos internos têm medidas iguais (os ângulos de um dos pares medem 60° e os ângulos do outro par medem 120°). b) Nessa situação, as retas r e s são paralelas. 2. Em todos os casos, as retas r e s são paralelas. 3. Nessa situação, os ângulos alternos internos são con- gruentes. 4. Nessa situação, observa-se que os ângulos alternos internos têm medidas diferentes. 5. a) Uma possível resposta: t r s b) Neste item, é importante que todos os grupos cheguem a duas conclusões: • se as retas r e s são paralelas, então os ângulos alternos internos têm medidas iguais; • se os ângulos alternos internos têm medidas iguais, então as retas r e s são paralelas. S E R G IO D O T T A J R ./ A R Q U IV O D A E D IT O R A MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 20 09/10/17 15:49 821 M a n u a l d o P r o fe s s o r Note que a primeira conclusão é a recíproca da se- gunda, e vice-versa. É importante que os alunos te- nham essa clareza, pois em algumas situações eles terão a informação de que as retas são paralelas, podendo concluir que os ângulos alternos internos terão medidas iguais. Em outras situações, eles usa- rão o fato de os ângulos alternos internos serem congruentes para concluir que as retas são paralelas. 6. a) As medidas b e d são iguais, pois correspondem a ângulos opv. b) As medidas d e f são iguais, pois correspondem a ângulos alternos internos de retas paralelas. c) Usando o fato de f e h serem medidas de ângulos opv e as conclusões dos itens anteriores, conclui- -se que as medidas b, d, f e h são todas iguais. d) De modo análogo ao item c, as medidas a, c, e e g são todas iguais. e) As medidas a e d somam 180°, pois correspondem a ângulos adjacentes. f) As medidas a e h também somam 180°, pois as medidas d e h são iguais. g) Os oito ângulos formados por duas retas paralelas cortadas por uma transversal podem ser divididos em dois grupos: • No primeiro grupo, em que estão os ângulos b, d, f e h, todas as medidas são iguais. • No segundo grupo, em que estão os ângulos a, c, e e g, todas as medidas também são iguais. • A soma da medida de qualquer ângulo do pri- meiro grupo com a medida de qualquer ângulo do segundo grupo sempre vale 180°. Exercício 2 (página 415) 1. a), b) a b b b aa b b aa c) a 1 b 5 180° 2. Do enunciado, temos a figura: Aplicando a propriedade dos ângulos alternos inter- nos e usando a informação de que os ângulos agudos formados por qualquer uma das ripas transversais com as ripas paralelas têm todos a mesma medida, concluímos que os dois ângulos consecutivos ao ân- gulo de 116° medem x. Assim, x 1 116° 1 x 5 180° [ x 5 32° Pela propriedade dos ângulos colaterais internos, se- gue que: x 1 y 5 180° [ 32° 1 y 5 180° [ y 5 148° Portanto, x 5 32° e y 5 148°. 3. a) 3x 2 10° 5 x 1 40° [ x 5 25° y 1 (x 1 40°) 5 180° [ y 1 (25° 1 40°) 5 180° [ y 5 115° Assim, x 5 25° e y 5 115°. b) (x 1 15°) 1 (6x 2 10°) 5 180° [ 7x 1 5° 5 180° [ x 5 25° 2y 5 x 1 15° [ 2y 5 25° 1 15° [ y 5 20° Assim, x 5 25° e y 5 20°. 4. São paralelas as retas r e t, pois elas definem ângulos alternos internos com medidas iguais (ambos medem 120°). 5. Esta é uma questão mais difícil, pois exige que os alu- nos tenham a iniciativa de traçar outra reta na figura. Dê um tempo para que eles discutam suas estratégias em grupo, evitando fornecer a sugestão de traçar uma nova reta t, paralela a r (que será também paralela a s); o ideal é que os próprios alunos percebam isso. Feita essa construção, o problema é resolvido como mostrado na figura a seguir. S H U T T E R S T O C K / D A V ID H U G H E S MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 21 09/10/17 15:49 822 Ensino Fundamental 40º 40º 70º 70º r t // r t // s s Da figura, temos a 5 40° 1 70°, ou seja, a 5 110°. Observação: A propriedade utilizada neste exercí- cio é denominada transitividade do paralelismo: se s // r e r // t, então s // t. Se julgar conveniente, comente isso com os alunos, sem necessariamente citar o nome da propriedade. Teste (página 417) 1. Alternativa B. Da informação de que todos os números têm a mes- ma chance de sair, concluímos que todos os ângu- los centrais correspondentes aos setores nos quais a roleta foi dividida têm a mesma medida. Como são cinco setores, temos: ° ∴ °a 5 a 5 360 5 72 Além do conteúdo de medidas de ângulos e arcos, a questão envolve as ideias básicas de probabilidade, que foram trabalhadas no 7o ano. É preciso que os alunos percebam que, ao girar uma roleta, a chance de obter um determinado setor está ligada à medida do seu ângulo central: quanto maior o ângulo, maior a chance. Por isso, se achar necessário, faça uma breve retomada dessas ideias antes de propor a questão. Outro aspecto importante para a resolução da questão é o reconhecimento de que a medida de qualquer circunferência é 360°. Por isso, durante a primeira aula do Módulo, destaque esse fato. 2. Alternativa C. Como a questão pede a identificação de um par de ângulos alternos internos, pode-se eliminar, logo de partida, o ângulo u, pois ele não está localizado na região entre as retas a e b. Dos três ângulos que res- tam, a e g estão localizados em lados opostos da reta transversal. Logo, eles são ângulos alternos internos. Durante a correção, destaque o fato de que os ângulos a e b, apesar de estarem localizados em lados opostos da reta transversal, não são alternos internos. Eles são adjacentes, possuindo o vértice e um lado comum. A identificação de ângulos alternos internos será fun- damental para o entendimento das propriedades dos ângulos em retas paralelas cortadas por uma transver- sal, que serão trabalhadas na terceira e quarta aulas do Módulo. Dessa forma, utilize o exercício para veri- ficar se, ao final da aula, todos os alunos são capazes de identificar esses ângulos. Se necessário, desenhe outros pares de retas cortadas por uma transversal, em diferentes posições, e peça aos alunos que iden- tifiquem os ângulos alternos internos. 3. Alternativa A. Do enunciado, temos a figura, em que o ângulo AB̂D mede b, pela propriedade dos ângulos correspon- dentes aplicada às retas paralelas r e s cortadas pela transversal u, e o ângulo CB̂D também mede b por- que u ruu BD é a bissetriz do ângulo AB̂C. u r s t bb b A D C B 126¼ Aplicando a propriedade dos ângulos colaterais internos às retas paralelas r e s cortadas pela transversal t, temos: 2b 1 126° 5 180° [ b 5 27° A questão, por envolver um par de retas paralelas corta- das por duas transversais diferentes, apresenta um nível maior de complexidade. Por isso, você pode utilizá-la ao final da terceira aula do Módulo para verificar se os alunos já se apropriaram de todas as propriedades dos ângulos em retas paralelas cortadas por uma transversal. Durante a correção, procure socializar algumas reso- luções dos alunos, que podem ter usado propriedades diferentes das que utilizamos acima. 4. Alternativa D. Usando as propriedades dosângulos adjacentes e dos ân- gulos alternos internos em retas paralelas, temos a figura: s u 180º 2 b 180º 2 b r t b � MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 22 09/10/17 15:49 823 M a n u a l d o P r o fe s s o r Assim, devemos ter: a 1 90° 1 (180º 2 b) 5 180° [ b 5 a 1 90° Essa questão envolve manipulações algébricas que podem trazer dificuldade a alguns alunos. Durante a correção, procure identificar e orientar esses alunos. Também se pode resolver essa questão usando a pro- priedade de que a soma dos ângulos internos de qual- quer triângulo vale 180°, que será vista ainda neste Caderno. Na ocasião, se julgar conveniente, retome o exercício com os alunos. Em casa (página 418) 1. a) 30° (agudo) b) 60° (agudo) c) 90° (reto) d) 105° (obtuso) e) 20° (agudo) f) 60° (agudo) g) 120° (obtuso) h) 180° (raso) i) 130° (obtuso) j) 15° (agudo) k) 70° (agudo) l) 60° (agudo) 2. a) 5°30’ b) I. 90° (reto) II. 95°30’ (obtuso) III. 84°30’ (agudo) IV. 84°30’ (agudo) V. 180° (raso) 3. Rampa 1: 20°. Rampa 2: 35°. Rampa 3: 15°. A rampa 2 é a mais inclinada. 4. Sendo x a medida de cada ângulo assinalado, deve- mos ter: 5x 1 2 ? 90° 5 360° [ x 5 36° Assim, cada ângulo assinalado mede 36°. 5. Há várias respostas possíveis. Alguns exemplos: a) AB̂F e CB̂D b) EF̂H e HF̂G c) AB̂F e BF̂G 6. Rua da Bananeira Nova Avenida A ve n id a d o C aj u ei ro Praça das Amoras Rua d o Aba cateir o Observação: Quando fizer a correção da tarefa, cer- tifique-se de que todos os alunos foram capazes de traçar uma reta paralela usando esquadros. Caso seja necessário, relembre-os do procedimento. 7. a) x 5 50° e y 5 120° b) x 5 70° e y 5 110° c) x 5 70° e y 5 60° d) x 5 80° e y 5 80° 8. a) r e s são paralelas, pois os ângulos alternos in- ternos têm medidas iguais (note que o ângulo adjacente ao de medida 123° mede 57°). b) r e s não são paralelas, pois os ângulos alternos internos têm medidas diferentes (117° Þ 119°). 9. a) colaterais externos (são suplementares). b) alternos externos (são congruentes). c) alternos externos (são congruentes). d) correspondentes (são congruentes). e) alternos internos (são congruentes). f) opostos pelo vértice (são congruentes). g) adjacentes (são suplementares). 10. a) 2a 5 a 1 32° [ a 5 32° b) 2a 1 a 5 180° [ 3a 5 180° [ a 5 60° c) (5a 1 10°) 1 (2a 1 16°) 5 180° [ 7a 1 26° 5 5 180° [ a 5 22° 11. O ângulo agudo formado pelas rotas dos dois aviões mede 35°. A figura mostra as rotas dos dois aviões com a indi- cação das medidas de dois pares de ângulos alternos internos e do ângulo agudo formado pelas duas rotas. A 320° 20° 35° 35° a A 1 A 2 N S LO Como as direções norte-sul e leste-oeste são perpen- diculares, devemos ter: 20° 1 a 1 35° 5 90° [ a 5 35° 12. Verifique as anotações no glossário. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 23 09/10/17 15:49 824 Ensino Fundamental 3. ÂNGULOS INTERNOS NOS QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS AULAS 8 e 9 Objetivos • Estabelecer as relações entre as medidas dos ângulos internos de um trapézio. • Estabelecer as relações entre as medidas dos ângulos internos de um paralelogramo. Roteiro de aulas (sugestão) Aula Descrição Anotações 8 Retorno das tarefas 10 a 12 do Módulo 2 Abertura do Módulo Ângulos internos de um trapézio Exercício 1 Teste (item 1) Orientações para as tarefas 1 a 3 (Em casa) 9 Retorno das tarefas 1 a 3 Ângulos internos de um paralelogramo Exercício 2 Teste (item 2) Orientações para as tarefas 4 a 7 (Em casa) Exercícios complementares correspondentes a este Módulo: 11 a 13. Noções básicas Ao final deste Módulo, espera-se que os alunos sejam capazes de aplicar as propriedades dos ângulos formados por duas retas paralelas cortadas por uma transversal para estabelecer as relações entre as medidas dos ângulos internos de um trapézio e de um paralelogramo. Estratégias e orientações Este Módulo é uma continuação do anterior, tendo como objetivo aplicar as propriedades dos ângulos deter- minados por uma reta transversal a duas retas paralelas para estabelecer as relações entre as medidas dos ângulos internos de alguns quadriláteros notáveis (trapézios e paralelogramos). MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 24 09/10/17 15:49 825 M a n u a l d o P ro fe ss o r Para motivar o estudo, apresentamos, como abertura do Módulo, a pirâmide de vidro do Museu do Louvre, na França. Em suas faces, dois feixes de linhas parale- las se cruzam determinando vários losangos idênticos, preenchidos pelas placas de vidro que dão à pirâmide sua aparência imponente. A identificação das figuras na superfície da pirâmide sugere aos alunos a possibilidade de utilizar os conhe- cimentos adquiridos no Módulo anterior para investigar as propriedades dos ângulos dos quadriláteros notáveis. Você pode explorar o tema a partir de uma rápida leitura do texto de abertura. Se houver tempo disponível, é possível ampliar a discussão, mostrando outros exem- plos de integração entre a Geometria, a Arquitetura e a Arte. Neste caso, seria interessante envolver também o professor de Arte. Atividades de construção de conceitos Ângulos internos de um trapézio (página 423) No início desta seção, os alunos deverão retomar as definições dos cinco tipos de quadriláteros notáveis. Incentive-os a consultar o glossário caso seja necessário. Faça um fechamento com a classe após a realização do item 1, para certificar-se de que todos os grupos têm as definições corretas. Após essa retomada, oriente-os a explorar as pro- priedades do trapézio, conforme as instruções dadas no Caderno do Aluno. Quando os grupos terminarem o item 3, faça uma socialização das respostas do item 3b, em que eles enun- ciaram a propriedade dos ângulos do trapézio. É impor- tante que todos os alunos tenham esse enunciado escrito de maneira bem clara. Peça aos alunos que façam o exercício da seção seguinte. Ângulos internos de um paralelogramo (página 426) Esta seção segue a mesma linha da anterior. Desta vez, porém, serão explorados os ângulos internos de um paralelogramo. Durante o fechamento, feito no item 2, é importante destacar que todo losango é também um paralelogramo, como estudado no 6o ano. Assim, as propriedades dedu- zidas para os paralelogramos também são válidas para os losangos. Este fato será utilizado no segundo exercício da seção Exercício 2. Respostas e comentários Ângulos internos de um trapézio (página 424) 1. a) Quadrado = laranja Retângulo = verde Losango = amarelo Paralelogramo = vermelho Trapézio = azul Mr s a b c d e f g N U T V P Observação: Não há apenas um paralelogramo ou apenas um trapézio na figura dada. Por exemplo, todo quadrado é paralelogramo. Assim, o quadrado poderia ter sido pintado de vermelho. Nesse caso, porém, não seria possível encontrar um representante diferente para cada tipo de quadrilátero notável. Daí a escolha feita na resposta acima. b) Quadrado: possui todos os lados com medidas iguais e todos os ângulos com medidas iguais (cada um mede 90°). Retângulo: possui todos os ângulos com medidas iguais (cada um mede 90°). Losango: possui todos os lados com medidas iguais. Paralelogramo: possui dois pares de lados paralelos. Trapézio: possui um par de lados paralelos. 2. a) As bases são os lados AD e BC. b) A altura é 2 cm. c) A soma das medidas dos ângulos a e b é 180°, pois, em relação às retas paralelas r e s cortadas pela transversal u, esses ângulos são colaterais internos. d) A soma das medidas dos ângulos c e d é 180°, pois, em relação às retas paralelas r e s cortadas pela transversal t, esses ângulos são colaterais in- ternos. 3. a) São consecutivos os pares de ângulos: (a e b), (b e c), (c e d), (d e a). São opostos os pares de ângulos: (a e c), (b e d). b) Em todo trapézio, dois ângulos consecutivos, com vértices em bases diferentes desse trapézio, são suplementares. MP_AngloEFII_Matematica_8.1_001a076.indd 25 09/10/17 15:49 826 Ensino
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