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CUIDADO INTEGRAL A SAÚDE DO ADULTO 2 A Enfermagem e as Doenças Mais Prevalentes em Nossa Sociedade A enfermagem está inserida em todos os contextos da atenção à saúde do paciente, desde a atenção básica até a atenção em serviços de alta complexidade. Nesse contexto, podemos observar as mudanças que a nossa população está enfrentando, principalmente no que tange às doenças mais prevalentes. Atualmente, nos deparamos com um aumento das patologias crônicas nos serviços de saúde, as quais podem ser acompanhadas de fases agudas provadas por diferentes patologias. Os Enfermeiros devem compreender quais as mudanças no cuidado de saúde são necessárias, assim como as alterações na sociedade e seu impacto nas doenças crônicas e agudas. Mudanças no Cuidado em Saúde As mudanças na população, em geral, estão afetando a necessidade e a prestação de cuidados de saúde enfermagem. Não apenas a população está aumentando, mas também a composição da população está mudando: • declínio na taxa de natalidade; • aumento da expectativa de vida • melhoria da assistência à saúde Adicionalmente, a população se tornou mais diversificada culturalmente à medida que um número crescente de pessoas de diferentes origens nacionais entra no país. Devido a essas mudanças populacionais, a necessidade de cuidados de saúde para grupos etários específicos, mulheres e um grupo diversificado de pessoas em localizações geográficas específicas está alterando a eficácia dos meios tradicionais de prestação de cuidados de saúde e está exigindo mudanças de longo alcance na população. menos crianças em idade escolar e mais idosos, em sua maioria mulheres. Alterações na Sociedade e seu Impacto nas Doenças Crônicas e Agudas A população mundial continuará a crescer nos próximos anos e espera-se que o número de pessoas com mais de 65 anos chegue a 20% da população até 2030. Além disso, as pessoas com 85 anos ou mais constituem um dos segmentos da população que mais cresce, levando ao aumento de condições crônicas. As necessidades de cuidados de saúde dos idosos são complexas e exigem investimentos significativos, tanto profissionais quanto financeiros pelo setor de saúde. À medida que a composição cultural da população muda, torna-se cada vez mais importante abordar considerações culturais na prestação de cuidados de saúde. Pacientes de diversos grupos socioculturais trazem para o ambiente de saúde diferentes crenças, valores e práticas de saúde, bem como diferentes fatores de risco para algumas doenças e reações únicas ao tratamento (SMELTZER; BARE, 2012). Alterações na Sociedade e seu Impacto nas Doenças Crônicas e Agudas Para promover um relacionamento eficaz entre enfermeiro e paciente objetivando resultados positivos do cuidado, o cuidado de enfermagem deve ser culturalmente competente, apropriado e sensível às diferenças culturais (SMELTZER; BARE, 2012). Todas as tentativas devem ser feitas para ajudar o indivíduo a manter suas características culturais únicas e fornecer alimentos especiais que tenham significado. Alterações na Sociedade e seu Impacto nas Doenças Crônicas e Agudas Conhecer o significado cultural e social que situações específicas têm para cada paciente ajuda a enfermeira a evitar impor um sistema de valores pessoais quando o paciente tem um ponto de vista diferente. Na maioria dos casos, a cooperação com o plano de assistência é maior quando a comunicação entre a enfermeira, o paciente e a família do paciente são direcionados para entender a situação ou o problema e respeitar os objetivos um do outro. Alterações nos Padrões de Adoecimento As alterações no padrão de adoecimento da nossa sociedade estão intimamente ligadas na forma que a nossa sociedade está vivendo. Atualmente, temos vivenciado uma evolução no aparecimento de doenças crônicas, devido principalmente à maior expectativa de vida associada à ingesta de alimento calóricos e baixa atividade física. Como primeira etapa do gerenciamento de Enfermagem, devemos compreender a evolução das doenças crônicas e agudas ao longo dos últimos anos, desta forma iremos conseguir adequar as nossas ações buscando a prevenção e promoção à saúde dos pacientes que iremos atender. Vale lembrar que grande parte das atividades que iremos desenvolver com os pacientes com doenças crônicas consiste na educação em saúde para que eles possam desenvolver atividades de maneira adequada visando à redução dos aspectos limitantes de sua patologia. Evolução de Doenças Crônicas e Agudas Nos últimos 50 anos, os problemas mudaram significativamente, uma vez que muitas doenças infecciosas foram controladas ou erradicadas e por outro lado outras como tuberculose, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e doenças sexualmente transmissíveis estão em ascensão. Um número crescente de agentes infecciosos está se tornando resistente à antibioticoterapia como resultado do uso inadequado e disseminado de antibióticos. Portanto, condições que antes eram facilmente tratadas tornaram-se complexas e com maior risco de vida do que nunca (SMELTZER, BARE, 2012). A cronicidade de doenças e incapacidades está aumentando devido ao prolongamento da vida e à expansão de opções de tratamento bem-sucedidas para condições, como câncer, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) muitas pessoas com essas condições vivem décadas a mais do que nos anos anteriores. Como a maioria dos problemas de saúde vistos hoje é de natureza crônica, muitas pessoas estão aprendendo a proteger e maximizar sua saúde dentro dos limites de doenças e incapacidades crônicas. Gerenciamento em Enfermagem Frente às Alterações Crônicas e Agudas Trabalhar com pessoas com doenças ou deficiências crônicas e/ou agudas requer não apenas lidar com os aspectos médicos de seu distúrbio, mas também trabalhar com toda a pessoa, física, emocional e socialmente. As pessoas frequentemente respondem a doenças, ensino de saúde e esquemas de maneiras diferentes das expectativas dos profissionais de saúde. Embora a qualidade de vida seja geralmente afetada por doenças crônicas, especialmente se a doença for grave, as percepções dos pacientes sobre o que constitui qualidade de vida frequentemente direcionam seus comportamentos de gestão. Enfermeiros e outros profissionais de saúde precisam reconhecer isso, mesmo que seja difícil ver os pacientes tomarem decisões, e decisões imprudentes sobre estilos de vida e manejo da doença. Os indivíduos têm o direito de receber cuidados sem temer o ridículo ou a recusa de tratamento, mesmo que tenham causado suas condições médicas por meio de suas próprias indiscrições, como fumar ou não seguir os esquemas terapêuticos. Prevalência e Causas do Adoecimento O enfermeiro deve compreender a prevalência e as causas do adoecimento, uma vez que devemos basear nossa conduta com base nas perspectivas que o adoecimento ocorre em nossa população, esse aspecto é fundamental na tomada de decisão da atenção básica, pois devemos realizar ações preventivas evitando as principais causas de adoecimento na população. Adicionalmente, devemos compreender essa prevalência nas unidades de média e alta complexidade, de forma a estarmos preparados para o atendimento deste tipo de paciente. Desta forma, os enfermeiros devem estar atentos ao contexto geral de adoecimento mais prevalente na população em que atua, uma vez que a probabilidade de atendimento de determinada patologia pode variar conforme o local de atuação. Por exemplo, possuímos locais de doenças endêmicas no Brasil que ocorrem no ano inteiro em determinada região e devemos nos planejar para o atendimento deste tipo de paciente, assim como devemos estar atentos a compreender quais os motivos que levam ao aumento de determinada patologia. Perspectivas de Adoecimento As condições crônicas ocorrem em pessoas de todas as faixas etárias, nível socioeconômico e cultura, desta forma estima-se que até 2030 cerca de 150 milhões de pessoas serão afetadas. Devemos lembrar que nem toda condição crônica é incapacitante e algumas causam apenaspequenos inconvenientes na vida do paciente. No entanto, muitas doenças apresentam alterações severas o suficiente para causar grandes limitações de atividade. As limitações da atividade não se limitam aos adultos, ou seja, estima-se que 6,5% de todas as crianças experimentam algum grau de deficiência. Perspectivas de Adoecimento As condições incapacitantes mais comuns em crianças são doenças respiratórias e deficiência mental. Pessoas com limitações de atividades precisam de assistência com suas atividades da vida diária. Pessoas com limitações de atividade cujas necessidades de assistência médica e pessoal de serviços podem não ser atendidos por vários motivos. Eles podem ser incapazes de executar seus esquemas terapêuticos conforme prescritos ou ter suas prescrições preenchidas a tempo, assim como podem perder as consultas médicas e as visitas ao consultório e podem ser incapazes de realizar as atividades da vida diária. Perspectivas de Adoecimento As condições crônicas se tornaram a principal causa de problemas relacionados à saúde nos países desenvolvidos, e mesmo os países em desenvolvimento estão experimentando um aumento nas condições crônicas, dando a esses países a dupla carga de tentar erradicar doenças infecciosas enquanto aprendem a gerenciar condições crônicas. Perspectivas de Adoecimento Motivos para Aumento das Doenças Crônicas Algumas das razões pelas quais tantas pessoas sofrem de condições crônicas incluem: • Uma diminuição na mortalidade por doenças infecciosas, como varíola, difteria e outras condições graves; • Triagem aprimorada e procedimentos de diagnóstico, permitindo a detecção e o tratamento precoces de doenças; • Tratamento rápido e agressivo de condições agudas, como infarto do miocárdio e infecções relacionadas à AIDS; Motivos para Aumento das Doenças Crônicas • Tendência a desenvolver doenças crônicas únicas ou múltiplas com o avanço da idade; • Fatores modernos de estilo de vida, como tabagismo, estresse crônico e obesidade, que aumentam o risco de doenças crônicas, como doença pulmonar, hipertensão e doença cardiovascular; • Vida útil mais longa devido a avanços em tecnologia e farmacologia, melhoria da nutrição, condições de trabalho mais seguras e maior acesso aos cuidados de saúde. TEXTO
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