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37º EXAME DE ORDEM UNIFICADO DIREITO PENAL PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL SEU CADERNO INFORMAÇÕES GERAIS TEMPO NÃO SERÁ PERMITIDO Além deste caderno de rascunho contendo o enunciado da peça prático-profissional e das quatro questões discursivas, você receberá do fiscal de sala: • um caderno destinado à transcrição dos textos definitivos das respostas. • Verifique se a disciplina constante da capa deste caderno coincide com a registrada em seu caderno de textos defi- nitivos. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal da sala, para que sejam tomadas as devidas providências. • Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número de inscrição e documento de identidade e leia atentamente as instruções para preencher o caderno de textos definitivos. • Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta esfe- rográfica transparente de cor azul ou preta. • As questões discursivas são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. • Não será permitida a troca do caderno de textos definiti- vos por erro do examinando. • Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as respostas constantes do caderno de textos definitivos. • A FGV coletará as impressões digitais dos examinandos na lista de presença . • Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só pode- rão sair juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os documentos que serão utilizados na correção das provas. Esses examinandos poderão acompanhar, caso queiram, o procedimento de conferência da documentação da sala de aplicação, que será realizada pelo Coordenador da unidade, na Coordenação do local de provas. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplica- ção antes de autorizado pelo fiscal de aplicação, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. • Boa prova! • 5 horas é o tempo disponível para a realização da prova, já incluindo o tempo para preenchimento do caderno de textos definitivos. • 2 horas após o início da prova é possível retirar-se da sala, sem levar o caderno de rascunho. • 1 hora antes do término do período de prova é possível retirar-se da sala levando o caderno de rascunho. • Qualquer tipo de comunicação entre os exa- minandos. • Levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala. • Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, walkman, agenda eletrônica, notebook, net- book, palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina fotográfica, protetor auricu- lar, MP3, MP4, controle de alarme de carro, pendrive, fones de ouvido, lpad, lpod, lphone etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou corretivo de qualquer espécie. • Usar o sanitário ao término da prova, após deixar a sala. "Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência" Ba se ad o no fo rm at o de p ro va ap lic ad o pe la b an ca F GV DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS FICHA TÉCNICA DO MATERIAL grancursosonline.com.br CÓDIGO: 1732023725 TIPO DE MATERIAL: Simulado Preparatório NUMERAÇÃO: 2º Simulado NOME DO ÓRGÃO: Ordem dos Advogados do Brasil OAB EXAME: 2ª Fase do Exame 37º DISCIPLINA: Direito Penal MODELO/BANCA: FGV – OAB ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 3/2023 Página 3 2º SIMULADO – 37º EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Carla, nascida em 04 de janeiro de 1952, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, falsificou a assinatura de terceiro em uma folha de cheque e a apresentou em uma loja de grife de roupa feminina, com o propósito de realizar compras no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Após a apresentação do cheque, a despeito de a falsificação não ser grosseira e ser apta a enganar, o gerente da loja percebeu que o título de crédito não foi assinado pela titular da conta bancária, porque o nome que constava no cheque era de sua sogra, Ana Cristina. Descoberta a fraude, a vítima acionou a polícia, noticiando o fato delituoso, e Carla foi presa em flagrante antes de obter a vantagem pretendida. O Ministério Público opinou pela liberdade de Carla e a denunciou pela prática dos crimes do art. 171, caput, e art. 297, § 2º, na forma do art. 69, todos do Código Penal. Após concessão da liberdade provisória e recebimento da peça acu- satória, houve juntada do laudo pericial do cheque, atestando a falsidade e a capacidade para ludibriar terceiros, bem como a juntada da Folha de Antecedentes Criminais, no qual consta uma condenação definitiva pela prática, no ano anterior, do crime de lesão corporal culposa. Durante a instrução probatória, todos os fatos acima narrados foram confirmados pelas testemunhas. Carla não foi interrogada, porque, apesar de intimada, não compareceu justificadamente à audiência de instrução e julgamento por motivos de saúde. As partes apresentaram suas alegações finais, sendo consignado pela defesa o seu inconformismo, tendo em vista que o ato foi realizado na ausência da parte ré, apesar de ter sido apresentado atestado médico pela defesa técnica. Em seguida, o juiz proferiu sentença condenatória nos termos da denúncia, condenando Carla pela prática dos dois delitos em suas modalidades consumadas. A pena-base foi fixada no mínimo legal. Na segunda fase da dosimetria da pena, não foram reconhecidas atenuantes, mas foi reconhecida a agravante da reincidência, aumen- tando a pena de cada um dos delitos em mais 02 meses de reclusão. Na terceira fase, não foram reconhecidas causas de aumento ou de diminuição de pena. Assim, foi fixada a pena de 01 ano e 02 meses de reclusão e 12 dias-multa, no que tange ao crime de estelionato, e 02 anos e 02 meses de reclusão e 10 dias-multa para o crime de falsificação de documento equiparado ao público, restando a pena final em 03 anos e 04 meses de reclusão e 22 dias-multa. O regime inicial de cumprimento de pena aplicado pelo magistrado foi o semiaberto e não houve substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, sob o fundamento da reincidência. Intimado da decisão, o Ministério Público não apresentou qualquer medida. Já a defesa técnica de Carla foi intimada de seu teor em 03 de março de 2023 (sexta-feira). Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Carla, redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus e embargos de declaração, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo para interposição. (Valor: 5,00) Página 4 2º SIMULADO – 37º EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL QUESTÃO 01 Viviane, nascida em 26 de fevereiro de 2005, revoltada com a atitude de Lúcia, que, segundo ela, flertava com o seu namorado, iniciou uma discussão com esta, no dia 24 de fevereiro de 2023. Durante a discussão, descontrolada por Lúcia ter dito que ela não era capaz de manter o seu relacionamento amoroso, Viviane, com intenção de matar, começou a agredir Lúcia na cabeça com golpes de pedra. Após a fuga de Viviane do local, Lúcia foi socorrida e recebeu atendimento médico no hospital da região, ficando internada por 05 dias, mas veio a falecer em razão dos ferimentos sofridos. Ao tomar conhecimento dos fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Viviane pela prática do crime do art. 121, § 2º, inciso II, do Código Penal. Após citação de Viviane, a família da ré o(a) procura na condição de advogado(a). Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Viviane, responda aos itens a seguir. A) Qual argumento de direito material a ser apresentado em favor de Viviane para evitar o prosseguimento da ação penal em relaçãoa mesma? Justifique. (Valor: 0,65) B) Caso Viviane fosse pronunciada, qual seria o recurso cabível, o prazo de interposição e a quem deveria ser endere- çado? (Valor: 0,60) Obs.: � o(a) examinando(a) deve fundamentar a resposta. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Página 5 2º SIMULADO – 37º EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL QUESTÃO 02 No dia 22 de setembro de 2022, Lucas retirou Gustavo, criança de 09 anos de idade, do interior da residência em que este morava, sem autorização de qualquer pessoa, vindo a restringir sua liberdade e mantê-lo dentro de um quarto tran- cado, sem janelas. Logo em seguida, Lucas entrou em contato com o pai de Gustavo, famoso cantor da cidade, exigindo R$ 250.000,00 para liberar Gustavo e devolvê-lo à sua residência. Após o pai de Gustavo pagar o valor exigido, a criança foi liberada e, de imediato, a família compareceu à Delegacia para registrar o fato. Durante das investigações, Lucas foi identificado e os autos foram encaminhados ao Ministério Público com o relatório final do inquérito policial. Há 60 dias os autos permanecem no gabinete do Promotor de Justiça, sem que qualquer medida, até o momento, tenha sido adotada. Considerando as informações narradas, responda, na condição de advogado(a) da família de Gustavo, aos itens a seguir. A) Considerando que o crime é de ação penal pública incondicionada, qual a medida a ser adotada diretamente pela família de Gustavo e seu advogado em busca da responsabilização criminal de Lucas? Justifique. (Valor: 0,65) B) Em caso de oferecimento da peça acusatória, qual infração penal deve ser imputada a Lucas pelos fatos? Justifique. (Valor: 0,60) Obs.: � o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Página 6 2º SIMULADO – 37º EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL QUESTÃO 03 Eduardo, primário e com bons antecedentes, é motorista e faz transporte de crianças. Certa vez, após alterar a rota, resolveu fazer compras em um supermercado, onde permaneceu por duas horas, esquecendo de entregar Luíza, uma das crianças de 02 anos idade, em sua residência. Ao retornar ao veículo, encontrou Luíza desmaiada e, desesperado, levou-a ao hospital, não conseguindo, porém, evitar o óbito da criança. Eduardo acabou denunciado e condenado pela prática do art. 133, § 2º, do Código Penal (abandono de incapaz com resultado morte) à pena de 04 anos de reclusão em regime aberto. Apesar de ter respondido ao processo em liberdade, na sentença condenatória, o juiz determinou sua segregação caute- lar fundado na grande comoção social que o fato causou. A família dispensou o advogado anterior e o(a) procurou para que assumisse a defesa de Eduardo. Considerando apenas as informações narradas na situação hipotética, responda aos itens a seguir. A) Qual a tese de direito material a ser alegada em eventual recurso defensivo para evitar a punição de Eduardo pelo crime pelo qual foi denunciado? Justifique. (Valor: 0,65) B) Qual a medida que deve ser adotada na busca da liberdade imediata de Eduardo e com qual fundamento? Justifique. (Valor: 0,60) Obs.: � o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Página 7 2º SIMULADO – 37º EXAME DE ORDEM UNIFICADO – PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL QUESTÃO 04 André e Marcos, amigos de muito anos, comemoravam juntos, na cidade de Ribeirão Preto, o título obtido pelo clube de futebol para o qual um deles torcia. Apesar do clima de confraternização, em determinado momento, surgiu um atrito entre eles, tendo André desferido um tapa no rosto de Marcos. Apesar da pouca intensidade da bofetada, Marcos veio a falecer, tendo a perícia constatado que a morte decorreu de uma fatalidade, visto que, sem que fosse do conhecimento de qualquer pessoa, Marcos era portador de uma lesão em uma artéria, que foi violada com o tapa desferido por André, causando a sua morte. O Ministério Público, em atuação exclusivamente perante o Tribunal do Júri da Comarca de Ribeirão Preto, denunciou André pelo crime de lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do CP). Considerando a situação narrada e não havendo dúvidas em relação à questão fática, responda, na condição de advogado(a) de André: A) É competente o juízo perante o qual André foi denunciado? Justifique. (Valor: 0,65) B) Qual tese de direito material poderia ser alegada em favor de André? Justifique. (Valor: 0.60) Obs.: � o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
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