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Fundamentos Teóricos
O que é Storytelling
Contar histórias é uma das características mais humanas que existem. Desde que adquirimos consciência, usamos a linguagem oral, mitos e desenhos em cavernas para dar sentido ao mundo onde estamos e às experiências que constroem as nossas identidades. Por isso costumamos atribuir narrativas e personalidade onde não há a fim de conseguir apreender o mundo de forma coerente. 
Não é por acaso que a habilidade de contar histórias é também uma das mais poderosas ferramentas que temos para a mudança social, a aprendizagem e para a nossa evolução enquanto seres humanos. Por isso a sua aplicação é ampla e vai desde a mobilização social, passando pela educação até a utilização em Publicidade e Gestão de Negócios.
Nos últimos anos muito tem sido estudado a respeito de como contar melhores histórias e maximizar os seus resultados frente a objetivos específicos. Esses estudos, apesar de ser baseados em obras tão antigas como a Poética de Aristóteles, avançou muito para atender à indústria do cinema que vive da capacidade de mobilizar e lucrar com histórias que movam grandes quantidades de pessoas.
Esses estudos vão da semiótica à neurociência e tentam explicar por que contamos histórias e por que histórias nos movem e são tão essenciais para que saibamos quem realmente somos.
Aspectos Científicos de Storytelling
Uma das razões principais para sermos animais narrativos está em células encontradas no nosso cérebro chamadas de Neurônios Espelho. Elas estão localizadas no córtex pré-motor, denominando-se de neurónios viso-motores. Eles são cruciais para a aprendizagem pois nos permitem vivenciar e sentir uma ação realizada mesmo quando passivamente observada. Por isso ao vermos um filme ou lermos uma história nos sentimos dentro da ação e, portanto, guardamos essa experiência quase como uma experiência real, pois o neurônio imita o comportamento de outro ser observado como se estivesse ele próprio a realizar essa ação.
Considera-se que esses neurônios são de importância crucial na imitação e na aquisição da linguagem e em outras ações relacionadas a aprendizagem, mobilizando a memória e promovendo a mudança comportamental.
Se as histórias são assim tão poderosas é óbvio que elas acabam se tornando parte integrante do nosso processo comportamental pois são tratadas como experiências fortes que utilizamos para realizar inferências que guiarão as nossas ações no mundo e moldarão as nossas atitudes.
Storytelling na construção social e individual
Se as histórias nos mobilizam tanto ao ponto de alterar o nosso comportamento, não é surpresa que as histórias que vemos, ouvimos e que contamos a respeito de nós mesmos são o cerne da nossa identidade. Afinal, como dizia Aristóteles na Poética, não existe psicologia do personagem, apenas ação. E as ações que vemos ou vivenciamos se tornam o fiel da balança em nossas decisões, para o bem ou para o mal, e acabam por definir as nossas identidades.
O mesmo acaba refletindo no nosso meio social que é a soma das identidades das pessoas, influenciada por aqueles de maior influência que em geral são os que contam as melhores histórias ou que controlam as narrativas que circulam na população.
Atividade extra
Nome da atividade: Que histórias moldaram você?
Se alguém lhe perguntar qual a história que mais lhe marcou na infância, qual história você contaria?
Redija essa história e depois analise como essa história impactou na construção da sua personalidade e na sua visão de mundo.
Referência Bibliográfica
MCSILL, J. 5 lições de Storytelling – Fatos, Fantasia e Ficção. São Paulo: DVS, 2013.
FRANCO, M. Storytelling e suas aplicações no mundo dos negócios. São Paulo: Atlas, 2015.
SCUCH, M. A. Contos de Alice: storytelling para formação de líderes. São Paulo: Leader, 2016.
01 Heider e Simmel realizaram um experimento em que figuras geométricas se moviam aleatoriamente num filme. Quando perguntadas a respeito do que se tratava o filme, as pessoas que participaram do experimento concediam vontade e inteligência às figuras, construindo histórias em cima de ações sem sentido. Por que isso ocorre?
R:Porque para que possamos entender o mundo criamos narrativas a partir dos fatos que vemos e vivemos
02 Durante a exibição de uma cena de perseguição de carro, notou-se que os espectadores tiveram um aumento na frequência cardíaca e em seus cérebros as áreas motoras que seriam envolvidas nesse tipo de atividade foram acionadas. O que provoca isso?
R:Os neurônios espelho que nos fazem vivenciar experiências que assistimos como se estivéssemos participando das mesmas
03Hoje em dia muito se discute a influência das fake news no nosso comportamento e em nossas posições políticas. Se elas são falsas, como conseguem mobilizar tanto as pessoas?
R:Pois são narrativas que geram sentido para simplificar situações complexas e estimulam emoções nas pessoas se aproveitando de crenças pré existentes
Estrutura Narrativa
O que faz uma história
Quando vemos ou ouvimos uma história, a experiência sempre nos parece fluída e orgânica. Quer dizer, quando a história é bem contada.
Assim normalmente não costumamos quebrar a história em seus componentes básicos nem analisar como eles se interligam. Porém, para aprendermos a contar melhores histórias, precisamos entender quais são esses componentes básicos indispensáveis e saber como eles devem interagir para que consigamos criar histórias memoráveis.
Em resumo, uma história pode ser definida pela seguinte equação:
História= personagens + desejo + conflito
Ou seja, uma história é quando algum personagem deseja algo e precisa enfrentar obstáculos para atingir seu objetivo. Dessa forma os elementos básicos de uma história são: personagens, plot, cenário e estratégia narrativa. 
Personagens
Os personagens são os seres atuantes na história. São eles que geram ação e movimento que impulsionará a trama. Eles se dividem em 3 tipos básicos.
PROTAGONISTA 
AQUELE QUE PRIMEIRO QUE AGONIZA
AQUELE QUE SE SUBMETE AO TESTE
ANTAGONISTA
CONTRA AQUELE QUE QUE AGONIZA
CONTRA AQUELE QUE SE SUBMETE AO TESTE
DEUTERAGONISTA
COADJUVANTE, QUE AUXILIA, OUVE, SE OPÕE, FALA AO PROTAGONISTA 
O protagonista é o personagem que tem o desejo que move a história, o(s) antagonista(s) são aqueles que se opõe ao protagonista conseguir o que deseja, e os coadjuvantes são personagens auxiliares que ajudam ou atrapalham o protagonista a conseguir o que deseja.
Plot
Plot é o enredo da história, com seu começo, meio e fim. Pode ser melhor descrito como uma série de eventos interligados por meio de uma cadeia de causa e efeito que dizem respeito a um personagem que deseja algo desesperadamente, que não será fácil conseguir devido a obstáculos interno e externos e que chegará a uma conclusão. A estrutura mais utilizada de Plot é a estrutura de 3 atos, com exposição, complicação e resolução.
Cenário e Tom
O cenário estabelece o mundo onde a história ocorrerá e onde se encontram os personagens. Podemos ter os mesmos personagens, seguindo o mesmo plot, mas em mundos diferentes, o que irá gerar novas histórias. O cenário é responsável por estabelecer as regras do mundo em que os personagens se encontram e estabelecer o que é comum, possível ou impossível de ocorrer.
O tom tem a ver com o gênero da história, se é um romance, drama, comédia, fantasia, etc. Ele ajuda a criar as emoções que esperamos que os leitores, ouvintes e espectadores sintam ao “consumir” a história.
Estratégias Narrativas
As estratégias narrativas estão relacionadas a como essa história vai ser apresentada ao público, em qual mídia será disponibilizada, e como os elementos dela serão unidos de forma a que ela seja contada da melhor maneira possível. 
Atividade extra
Nome da atividade: Analise os Componentes de sua história favorita
Pegue o seu filme, livro ou história em quadrinhos preferida e defina: quais são os personagens, quem é o protagonista, o que el@ quer, quem o antagoniza, quais são os coadjuvantes, quais são os acontecimentos da história, como é o mundo e o gênero da história ecomo esses elementos são combinados para gerar uma história tão boa. 
Referência Bibliográfica
ARISTÓTELES. Poética.  Imprensa Nacional –. Casa da Moeda. 1990.
MCKEE, Robert – Story. Curitiba: Arte e Letra, 2006.
VOGLER, Christopher. A Jornada do Escritor. São Paulo: Nova Fronteira, 2006
 01No filme curta metragem The Old Mill, de Walt Disney, acompanhamos uma noite onde diversos animais se protegem de uma tempestade. Assista o curta e a respeito dele podemos dizer que:
R: É uma história pois os animais são protagonistas e desejam sobreviver a tempestade que é a antagonista, o que gera conflitos.
02A estrutura do plot tradicional em 3 atos, com exposição, complicação e resolução, sempre tem que seguir essa ordem temporalmente?
R: Não, pois apenas os eventos precisam ter relação de causa e efeito, sem necessariamente estarem ligados de forma ordenada e contínua durante a história
03Uma história bem contada é um equilíbrio fino entre personagens, plot, cenário, tom e estratégias narrativas. Uma mudança num desses elementos modifica totalmente a história, tanto para o bem como para o mal. Qual desses não é uma alteração na história?
R: Nova edição de livro
Personagens
O que é um personagem 
Todo drama é conflito. Sem conflito, não há ação. Sem ação, não há personagem. Sem personagem, não há história. E sem história, não há roteiro.  - Syd Field
Tudo pode ser minimizado numa história, menos os seus personagens. Eles são os responsáveis pelos acontecimentos da história, pelo seu rumo e pelo desejo que gerará os conflitos que comporão essa obra. Os personagens não precisam ser humanos, simplesmente precisam ser identificáveis como seres desejantes. Se eles desejam algo e terão dificuldade para conseguir isso, temos uma história. Por isso não há história sem personagens. São eles que dão início a tudo e a que tudo na história se refere.
O protagonista
O protagonista é aquele que deseja. É a pessoa, animal, ou coisa que sai de um estado de equilíbrio para um de desequilíbrio por conta de um desejo. Normalmente confundimos o protagonista com o herói ou com o personagem principal. Às vezes isso é correto, mas temos muitas situações em que o protagonista, o que tem o desejo, é um; o herói, o personagem com qualidades morais, é outro; e o personagem principal, aquele que mais aparece na história, é  um terceiro.
Ao invés de pensarmos no personagem com o qual nos identificamos ou que segue a ação, para identificar o protagonista precisamos descobrir qual personagem que, se retirado da história, a inviabilizará. Esse é o protagonista e seu motor é o desejo.  
O desejo
O desejo surge de um momento de desequilíbrio vivido pelo protagonista. Algo ocorre que perturba sua aparente estabilidade e ele passa a desejar algo que venha restaurar esse equilíbrio ou transformá-lo. Todo desejo é um desejo de mudança. Algo precisa se transformar no protagonista durante essa sua busca pelo desejo. Além disso, esse desejo não pode ser algo simples e fácil de conseguir. Esse desejo deve pedir do nosso protagonista que ele tome riscos e mude quem é.  O desejo não é um simples querer, nem algo que pode ser abandonado. Deve ser algo tão poderoso e atraente que o protagonista coloque em risco quem ele é tudo o que tem. Esse tipo de risco é que faz a satisfação do desejo tão prazerosa tanto para o protagonista como para quem acompanha a sua jornada. 
O antagonista
O antagonista, aos moldes do que vimos em relação ao protagonista, não é um vilão. O antagonista pode ser inclusive o melhor amigo do protagonista. O que o define como tal é que ele tem um desejo antagônico ou concorrente ao do protagonista. Seu objetivo, dessa forma, será sempre impedir que o protagonista atinja o seu objetivo. Como dizem, bons antagonistas geram bons protagonistas. Quanto maior for a resistência que o antagonista exerce contra a realização do desejo do protagonista mais rica e poderosa será a sua história. Afinal, o antagonista deve representar os aspectos contrários aos do protagonista, reforçando a sua personalidade pelo contraste.
Os coadjuvantes
Os coadjuvantes estão envolvidos ao largo da dor do protagonista. Alguns auxiliam que ele atinja seu objetivo, por terem desejos complementares; outros, ficam ao lado do antagonista, ou apenas criam problemas para que o protagonista realize seu desejo. Seu papel principal é dar mais textura a sua história e facilitar que o conflito vivenciado pelo protagonista seja melhor delineado e apresentado. 
A interação entre os personagens
Com todos os personagens no palco (ou no filme, ou no livro) podemos dizer que a história e o plot se movimentam pela sua interação. Uma história em que os personagens não interagem, direta ou indiretamente, não é uma história boa. O conflito que se estabelece é sempre entre o desejo do protagonista e alguma força que o impede de realizá-lo. A concretização desse conflito se dá justamente no embate entre os personagens.  Esse embate pode ser intelectual ou físico, contra outras pessoas, sistemas ou entidades super naturais, mas é a natureza desse embate que será a espinha dorsal da sua história e delineará passo a passo as agruras e agonias pelas quais o protagonista deverá passar até realizar, ou não, aquilo que tanto quer e ambiciona.
Se há uma definição de história ela é o conflito entre esses personagens ao redor do desejo do protagonista.  
Atividade extra
Nome da atividade: Quem é o protagonista da sua história?
Usando a história que exploramos na primeira aula, veja quem é o protagonista? Quem tem o desejo, a agonia? Qual era essa agonia? 
Tente reescrever essa história com outro protagonista, com outro desejo, sendo você o/a antagonista ou um(a) coadjuvante.
 Referência Bibliográfica
ARISTÓTELES. Poética.  Imprensa Nacional –. Casa da Moeda. 1990.
MCKEE, Robert – Story. Curitiba: Arte e Letra, 2006.
VOGLER, Christopher. A Jornada do Escritor. São Paulo: Nova Fronteira, 2006
01 No filme As Armações do Amor, um casal de aposentados contrata uma especialista para lhes ajudar a tirar o filho encostado de casa. Com base nessa breve descrição quem é o protagonista da história?
R: O casal, pois é o seu desejo que inicia e mantém a ação
02 Uma função não muito nobre dos coadjuvantes é servir de orelha para o protagonista ou antagonista. Através da interação entre eles conseguiremos entender melhor seus desejos e personalidades. Qual artifício narrativo pode substituir o coadjuvante como personagem orelha?
R: - Narração em off.
- Epílogos ilustrativos.
- Quebra da quarta parede em que o protagonista se dirige ao público.
- Flashbacks
03 (momento 1) João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava ninguém.
(momento 2) João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,/Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,/Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes/ que não tinha entrado na história
No poema quadrilha de Carlos Drummond de Andrade temos dois momentos distintos que explicitam componentes narrativos. Quais são eles?
R: Inter-relação entre os personagens e plot.
Plot
O que é Plot
O termo Plot se confunde muito com a própria história. Porém o plot não é toda a história. Ele está mais próximo de uma estrutura coerente que explicita os eventos que decorrem durante a narrativa. A definição mais adequada é:
Plot é uma série de eventos interligados por meio de uma cadeia de causa e efeito que dizem respeito a um personagem que deseja algo desesperadamente, que não será fácil conseguir devido a obstáculos interno e externos e que chegará a uma conclusão. Através dessa definição vemos que o foco principal do Plot é desenvolver quais eventos irão ocorrer no processo do protagonista buscar realizar o seu desejo até que haja uma conclusão e consequente transformação do personagem pela jornada realizada.
Estruturas Narrativas
O Plot serve como um guia para a criação da narrativa. Portanto existem diversas estruturas genéricas utilizadas como modelo para que essa história seja contada. Isso não significa que essasestruturas existam formalmente, afinal não existem regras para a criação de uma narrativa, porém são estruturas que facilitam o desenvolvimento da história e identificar onde podemos melhorar. Além da mais comum, a estrutura de três atos, que iremos detalhar, temos outros exemplos:
Estrutura de dois atos – Dividido num momento de exposição com indicação de problemas futuros é um momento pós problemas com a conclusão da história. Muito comum em musicais e nas tragédias gregas como Édipo Rei. Ela facilita a criação da narrativa, pois não necessita da criação de todos os percalços passados pelo protagonista até atingir (ou não, o que é mais comum nessa estrutura) seu objetivo.
A Jornada do Herói – Essa estrutura nasceu dos trabalhos de Joseph Campbell relativos a Mitologia Comparada. Após estudar diversos mitos e heróis ele identificou que havia uma estrutura similar de doze eventos que se repetia que ele chamou de Jornada do Herói ou Monomito. Essa estrutura tem sido muito usada atualmente no cinema especialmente nos filmes de Super Herói, Fantasia e animação. Joseph Campbell inclusive trabalhou no desenvolvimento narrativo de Star Wars a fim de transformá-lo em uma mitologia.
Kishōtenketsu – Essa é uma estrutura narrativa em 4 atos desenvolvida em países orientais que contraria tudo o que consideramos no ocidente pois ela não tem conflito. O primeiro ato apresenta o cenário e os personagens; o segundo o expande, sem provocar mudanças; no terceiro há uma virada independente dos desejos personagens; e no quarto ato tudo se concluiu. É uma forma diferente de pensar a narrativa e, apesar de muito interessante, não tem ressonância com o grande público. O importante é perceber que as estruturas narrativas são ferramentas que nos ajudam a escrever histórias que agradem ao público, trabalhando estruturas mais comuns e previsíveis que facilitem o entendimento e a suspensão de descrença.
Estrutura de 3 atos
A estrutura de 3 atos é de longe a mais comumente utilizada e foi delineada pela primeira vez na Poética de Aristóteles. Na sua obra, ele apontou que as histórias apresentam 3 momentos distintos no seu desenvolvimento: prólogo, episódio e êxodo. Hoje usamos os termos: apresentação, desenvolvimento e resolução. A estrutura é bastante similar mas fomos introduzindo pequenos detalhes, como as viradas de plot (plot twists) para indicar as mudanças de ato.
Cada um desses atos tem os seguintes objetivos e características:
O primeiro ato (situação inicial/introdução) define o cenário de equilíbrio e o status quo a ser perturbado. É essa perturbação interna ou externa que promove o desejo do protagonista que coloca a história em movimento no primeiro plot twist.
O segundo ato (complicação/desenvolvimento) apresenta como os envolvidos lidarão com essa perturbação e especialmente como o protagonista lida com o desejo. A partir desse momento começam os confrontos significativos, a busca por algo definitivo e que ponha as coisas no lugar. Seja no mesmo ou em outro. Alguns dividem esse ato em dois, considerando que há um momento no meio do segundo ato em que o protagonista não tem como voltar atrás na sua jornada, chamado de point of no return. Porém, temos durante todo o segundo ato, um grupo de pequenas viradas, vitórias e derrotas, que encaminham o protagonista na sua tentativa de vencer os obstáculos que o impedem de realizar o seu desejo.
O terceiro ato (situação final/conclusão) surge após o clímax e  mostra como o confronto foi resolvido e se o protagonista conseguiu realizar o desejo que o impelia a agir.
Não esqueça que a estrutura não é o caminho da história, mas um mapa, uma ferramenta para que você consiga determinar o ritmo e os eventos da sua narrativa com o propósito de capturar a atenção do “consumidor” da sua história. 
Atividade extra
Nome da atividade: Decomponha sua história preferida em 3 atos
Volte a sua história preferida que analisamos na aula 2 e decomponha ela em três atos evidenciando os plot twists e o processo de transformação dos personagens 
Referência Bibliográfica
ARISTÓTELES. Poética.  Imprensa Nacional –. Casa da Moeda. 1990.
MCKEE, Robert – Story. Curitiba: Arte e Letra, 2006.
VOGLER, Christopher. A Jornada do Escritor. São Paulo: Nova Fronteira, 2006

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