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Aula 11 – Terapia Pulpar em Odontopediatria (Terapia 
Pulpar em Dentes Decíduos) – Juliana 
Quando a gente encaminha? Ou se a pessoa é capaz de 
drenar o abcesso, quando ela drena o abcesso na criança? 
Quando tiver ponto de flutuação. Enquanto o abcesso 
estiver endurecido, não fazemos a drenagem. Só faz a 
drenagem quando o ponto de flutuação estiver formado. 
E esse ponto de flutuação sempre drena para um lugar 
mais fácil, onde encontra menor resistência. E ou vai para 
fora, via pele, ou vai para a cavidade bucal via palato, e 
isso vai depender da estrutura óssea do paciente. 
Medicação 
O que prescrevemos de medicação? Antibiótico, 
analgésico e anti-inflamatório. Normalmente o antibiótico 
mais prescrito é Amoxicilina, para os alérgicos a 
Cefalexina. Como analgésico o Paracetamol. E como anti-
inflamatório o Ibuprofeno. Todos nas dosagens 
apresentadas na tabela. 
NECROSE PULPAR 
• Dor ausente 
• Ausência de dor a palpação e percussão (Necro I) 
• Pode apresentar fístula / dor a palpação apical 
(Necro II) 
• Ausência de mobilidade dentária 
• Polpa necrosada, sem sangramento, não 
responde ao teste de sensibilidade ao frio, calor e 
elétrico 
• Coroa dentária pode apresentar escurecimento 
• Radiografia com aspecto normal (Necro I) ou com 
imagem sugestiva de osteíte rarefaciente difusa 
(Necro II) 
A outra condição pulpar que encontramos frequente na 
clínica é a necrose. Quando o paciente está com o dente 
necrosado, não está com uma reação inflamatória aguda 
como o abcesso dento-alveolar agudo, mas está com uma 
necrose simples onde o paciente não sente dor, ou seja, a 
dor está ausente. Normalmente ele não tem dor à 
percussão e nem a palpação se é uma Necro I, ou seja, se 
não tem lesão na região de periápice. Mas se tem lesão 
na região de periápice, quando fazemos o teste de 
percussão ele já apresenta algum tipo de dor. Pode ou não 
apresentar fístula, se for Necro I não tem fístula, se for 
Necro II tem fístula. Pode ou não ter mobilidade dentária, 
porque vai depender se tem ou não lesão, e se essa lesão 
é grande, e se essa lesão além de ser grande, se tem 
reabsorção radicular envolvida. Então normalmente as 
mobilidades estão associadas às lesões endodônticas 
grandes com reabsorção radicular. Essa normalmente 
está necrosada, não tem sangramento e não responde ao 
teste de sensibilidade, porque já está tudo morto. A coroa 
dentária pode ou não apresentar escurecimento. E na 
radiografia podemos ter uma simples cavidade de cárie, 
com comunicação da cavidade pulpar, e o dente está 
necrosado, como pode ter também a presença de 
reabsorção óssea, reabsorção radicular nos casos de 
necrose tipo II. Quando é necrose tipo I, na imagem 
radiográfica tem a estrutura periradicular toda íntegra, e 
quando essa estrutura tem algum comprometimento 
estamos diante de uma necrose tipo II. A semelhança da 
endodontia dos dentes permanentes. 
Tratamento 
• Pulpectomia 
E o que iremos fazer nesses casos de dente necrosado? A 
pulpectomia! 
TERAPIA PULPAR DE DENTES DECÍDUOS 
• Capeamento pulpar indireto 
• Capeamento pulpar direto 
• Pulpotomia 
• Pulpectomia 
• Pulpotomia não vital 
Iremos passar agora para a outra parte da aula que vai 
falar sobre as técnicas. Até então estávamos falando das 
características clínicas de cada uma das condições 
pulpares. Agora iremos falar das técnicas e quando estão 
indicadas e para que tipo de diagnóstico. Iremos falar de 
como fazer capeamento pulpar indireto, capeamento 
pulpar direto, pulpotomia, pulpectomia e pulpotomia não 
vital. Iremos falar dessas 5 técnicas. 
CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO 
Indicações 
• Dentes vitais com cárie profunda com risco de 
exposição pulpar 
Capeamento pulpar indireto é colocarmos um material 
restaurador distante da polpa. Entre a polpa e o material 
vai ter tecido dentinário, por isso é capeamento pulpar 
indireto. Normalmente fazemos o capeamento pulpar 
indireto em dentes com vitalidade, ou seja, o dente 
precisa estar com a cavidade cárie presente e com a 
pulpite reversível (aquela polpa passível de recuperação, 
que são aqueles casos de pacientes que reclamam de dor 
provocada). Então a indicação são dentes vitais com cárie 
profunda que tem risco de exposição pulpar. 
O que iremos fazer nesse caso? Iremos remover tecido 
cariado, começamos a remoção de tecido cariado pelas 
laterais/bordos/paredes laterais daquela cavidade pulpar. 
Depois que removemos que deixamos o término de 
esmalte todo livre de cárie (porque precisa estar livre de 
cárie para o material restaurador se aderir e não ficar 
nenhuma porta de entrada para infiltração bacteriana), 
iremos passar para a parede de fundo e essa parede fundo 
iremos remover a cárie de forma muito superficial, 
somente a parte de dentina liquefeita. Quando a parte de 
dentina começar a apresentar mais resistência para ser 
removida ela não precisa ser removida, iremos remover 
apenas a dentina liquefeita, porque a dentina que sai em 
pedaços, em lascas é passível de remineralização. Ou seja, 
se fecharmos a cavidade de cárie se fecharmos a cavidade 
de cárie, e reabrir depois de 45 dias ou 2 meses, podemos 
ter certeza que aquele tecido dentinário vai estar 
endurecido, porque é passível de remineralização. 
Objetivo 
• Deter o processo carioso 
• Remineralizar a dentina cariada 
• Estimular a formação de dentina terciária 
• Reduzir a permeabilidade dentinária 
• Manter a vitalidade pulpar 
Qual o objetivo do capeamento pulpar indireto? É 
paralisarmos a cárie, aquele processo carioso, não a 
deixarmos progredir. Remineralizar aquela dentina 
passível de remineralização, que é aquela dentina que sai 
em pedaços, em lascas. Iremos estimular a formação de 
dentina terciária. Iremos reduzir a permeabilidade 
dentinária, porque essa dentina terciária, os túbulos dela 
são bem obliterados. E iremos manter a vitalidade pulpar. 
Ou seja, não iremos cair em capeamento pulpar direto, ou 
em uma pulpotomia, ou pulpectomia, iremos polpar o 
paciente de entrar em tratamento endodôntico mais 
invasivo. 
Técnica 
• Remoção da dentina cariada amolecida 
• Irrigação da cavidade / secagem 
• Proteção do complexo dentino-pulpar 
• Selamento da cavidade 
Como fazemos? Como é a técnica? É como foi falado, 
iremos começar pelas paredes laterais, deixando o 
término da parede lateral bem limpo, e só depois iremos 
para a parede de fundo. Na parede de fundo iremos 
remover só a dentina liquefeita, quando começa a sair em 
pedaços não precisamos mais remover. Depois iremos 
colocar cimento de hidróxido de cálcio no fundo para 
ajudar na restauração desse dente, na revitalização, na 
recuperação da polpa, estimulando a formação de 
barreira dentinária. E iremos restaurar com o que 
quisermos, seja com ionômero de vidro, seja com resina 
ou com amálgama. 
Estudo 
 
Temos um estudo acima mostrando, que temos a dentina 
infectada e a dentina contaminada. A dentina 
contaminada tem microrganismos, só que ela é uma 
dentina que é passiva de remineralização, é uma dentina 
que é mais resistente à curetagem, tem uma coloração 
mais escura, do que aquela dentina que está 
completamente liquefeita, como se tivesse sido colocada 
no liquidificador, ela não é mais passível de 
remineralização. Então esse estudo mostra que deixando 
essa dentina afetada, ela é passível de remineralização. 
A dureza da dentina remanescente não assegura a total 
remoção dos microrganismos presentes neste tecido (Iost 
et al. – Rev. Da ABO, v. 3, n. 1, p. 25-9, 1995.) 
Cavidades de cárie – 26,4 ± 5,3 
Cavidades controle – 30,0 ± 5,6 
Presença de microrganismos em 79% dos dentes 
Esse estudo mostra que se 
você, por acaso, não confiar 
e tentar remover aquela 
dentina afetada, mesmo 
deixando só a dentina 
endurecida, ou seja, passou 
do ponto, removeu-se toda 
aquela dentina que saía em 
lascas e agora não 
conseguimos mais 
remover, a dentinaestá 
toda dura, mesmo assim, temos microrganismos dentro 
daquela cavidade. Ou seja, não é porque você deixou tudo 
duro, todo o tecido endurecido, que você vai estar livre 
de microrganismo. E não é também porque você deixou 
microrganismo, que aquela cárie vai progredir. Estudos 
mostram que se você vedar aquela cavidade e você não 
permitir que tenha mais infiltrações bacterianas naquela 
cavidade de cárie, aquele processo de cárie vai paralisar e 
aqueles microrganismos que ali permanecem vão morrer. 
Então não existe mais aquela preocupação de 
removermos toda a dentina, deixar tudo endurecido, 
iremos remover parcialmente a dentina 
contaminada/infectada, e deixaremos os bordos de 
esmalte todos livres de cárie, o que importa 
principalmente é deixarmos os bordos, os limites da 
cavidade livres e sem tecido cariado. 
Técnica 
• Reabertura do dente após 40 a 60 dias? 
• Proservação 
Antigamente (antigo recente, segundo a professora) 
quando a pessoa fazia um tratamento pulpar indireto, e 
costumavam reabrir depois de 40 a 60 dias. Reabriam 
para ver se a dentina tinha realmente endurecido, aquela 
dentina que sai em lascas. E de tanto ver que aquela 
dentina tinha endurecido, hoje em dia, fazemos o 
procedimento e já restauramos com restauração 
definitiva, podemos colocar uma resina ou um amálgama, 
porque não existe mais a necessidade de reabrirmos para 
comprovar visualmente que aquela dentina foi 
remineralizada. 
Considerações clínicas 
• Bactérias isoladas dos nutrientes, parando com a 
proliferação e morrendo (Falster et al., 2002) 
• Alta taxa de sucesso clínico 
• Bem aceito pela criança 
• Diminui-se o risco de exposição pulpar 
• Mantém a vitalidade pulpar 
• Capeamento pulpar indireto e restauração 
definitiva realizado na mesma sessão 
(McDONALD & AVERY, 1994; BJORNDAL & 
THYLSTRUP, 1998) 
Então como consideração final, essa técnica é muito boa, 
porque evita um tratamento mais invasivo da polpa, 
porque evita a exposição pulpar, ela favorece a 
recuperação daquela dentina. E tem uma alta taxa de 
sucesso clínico, e é bem aceito pela criança. Então é uma 
técnica muito feita na odontopediatria porque diminui 
imensamente a chance de você partir para um 
capeamento pulpar direto ou para pulpotomia. 
CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
Indicações 
• Dentes decíduos jovens 
• Exposição pulpar pequena acidental 
• Dentina remanescente sadia 
• Sem contaminação salivar 
• Sangramento suave 
No capeamento pulpar direto, a semelhança do dente 
permanente é quando colocamos o material diretamente 
em contato com a polpa, ou seja, teve uma exposição. Ao 
tentar remover dentinas em lascas, podemos acabar 
tendo a exposição pulpar, e o que fazemos nessa 
situação? Fazemos um capeamento pulpar direto ou uma 
pulpotomia. 
Quando vamos fazer um capeamento pulpar direto? 
Quando o dente ainda não tiver iniciado o processo de 
rizólise. Então precisamos ver na radiografia se o dente 
começou o processo de rizólise, se já tiver começado, não 
vai responder tão bem à formação de barreira dentinária, 
então iremos partir para uma pulpotomia. Mas se ele não 
tiver começado um processo de rizólise, aí faremos 
capeamento pulpar direto. Não ter começado o processo 
de rizólise é um dos itens que preenche o pré-requisito 
para fazer o capeamento pulpar direto. Não podemos ter 
contaminação, ou seja, já devemos ter removido toda a 
cárie das paredes laterais e de fundo, e por acaso teve 
aquela exposição, uma pequena exposição, porque se a 
exposição for grande, já partimos para uma pulpotomia. 
Se na hora que expôs, tem uma presença de cárie ainda, 
e que na hora que formos tirar a cárie iremos contaminar 
aquela exposição, então iremos partir também para um 
procedimento mais agressivo, como a pulpotomia. Se não 
tivermos sob isolamento absoluto, também já vamos para 
a pulpotomia, porque o risco de contaminação é muito 
grande no capeamento pulpar direto. Ou seja, se estamos 
no isolamento relativo, iremos isolar o paciente de forma 
absoluta e iremos partir para a pulpotomia. 
É muito difícil fazermos capeamento pulpar direto no 
paciente, porque as condições são muito poucas temos 
que reunir várias condições para que consigamos fazer o 
capeamento pulpar direto, é um procedimento muito 
difícil de ser feito, porque o dente decíduo precisa estar 
jovem, que é quando ainda não iniciou o processo de 
reabsorção radicular. Tem que ter tido uma exposição 
pulpar pequena e acidental, ou seja, já temos que ter 
removido toda a cárie, para evitar a contaminação 
daquela região. A dentina remanescente tem que estar 
sadia. Devemos usar isolamento absoluto de preferência, 
ou seja, sem contaminação salivar. E na exposição, além 
de ser pequena, o sangramento tem que ser bem suave, 
vermelho vivo. Porque se não estiver vermelho vivo pode 
sugerir que a polpa esteja em necrobiose. 
 
Técnica 
• Remoção de todo o tecido cariado 
• Irrigação da cavidade com solução fisiológica / 
secagem 
• Aplicação de Otosporin por 10 minutos 
• Proteção do tecido pulpar com pasta de hidróxido 
de cálcio / cimento de hidróxido de cálcio 
• Restauração definitiva 
Como fazemos o capeamento pulpar direto? Iremos 
remover todo o tecido cariado, iremos irrigar a cavidade 
com soro fisiológico, iremos secar, aplicamos o Otosporin 
por 10 minutos, que é um anti-inflamatório para ajudar na 
recuperação. Iremos proteger o tecido pulpar com pasta 
de hidróxido de cálcio ou cimento de hidróxido de cálcio, 
na clínica normalmente utilizamos o cimento de hidróxido 
de cálcio. E iremos fazer a restauração definitiva. Em cima 
da exposição colocaremos o Otosporin, e cobrimos a 
exposição com pó ou pasta de hidróxido de cálcio. Iremos 
colocar um pouquinho de pó ou pasta em cada um dos 
pontos da exposição, por cima desse pó ou pasta 
colocaremos o cimento de hidróxido de cálcio que é para 
fazermos uma vedação porque ele endurece. E por cima 
do cimento de hidróxido de cálcio iremos fazer a 
restauração. 
Proservação 
 
Iremos fazer a radiografia e iremos acompanhar para ver 
se deu certo, pois pode ser que o paciente reclame de dor, 
pode ser que o paciente apresente uma fístula, pode ser 
que apresente uma reabsorção radicular e só saberemos 
com o acompanhamento. No caso acima vemos o 
paciente com 8 meses, vemos o trabeculado ósseo bem 
direito. É um caso em que se mostra o sucesso do 
capeamento pulpar direto. Como saberemos se temos 
sucesso ou não? Se acompanharmos e se o paciente 
retornar. 
 
Considerações clínicas 
• Necessidade de uma avaliação criteriosa da 
condição pulpar 
• Risco de sequelas como reabsorção interna ou 
necrose 
• Pouco utilizada em dentes decíduos 
Então é uma técnica pouco utilizada em dentes decíduos, 
por conta que é difícil termos todos aqueles preenchidos 
para exercer a técnica. 
PULPOTOMIA 
Indicações 
• Polpa normal ou com alteração reversível 
• Exposição pulpar grande 
• Menos de 1/3 de rizólise 
• Dente passível de restauração 
Outra técnica mais invasiva é a pulpotomia. Quando 
fazemos a pulpotomia? Quando foi feita uma exposição 
pulpar acidental, mas não estava sob isolamento 
absoluto. Ou no dente ainda tinha cárie ou contaminação, 
quando não se removeu primeiro a cárie das paredes 
laterais. Quando a exposição foi grande demais. Quando 
o dente já tinha iniciado o processo de rizólise, mas o 
dente iniciou o processo de rizólise, tem que ter somente 
o início de rizólise, pois se tiver muita rizólise já em 
progressão o indicado é fazer extração. E devemos 
lembrar sempre que qualquer procedimento desses que 
estamos falando, o dente tem que ser passível de 
restauração. Se a coroa tiver destruída, não adianta 
fazermos a pulpotomia ou pulpectomia, seja lá o que for. 
Classificação de acordo com os objetivos do tratamento: 
Desvitalização 
Formocresol 
Mumificação 
Cauterização 
Preservação 
OZE 
Glutaraldeído 
SulfatoFérrico 
Mínima desvitalização 
Não indutiva 
Regeneração 
Hidróxido de cálcio 
MTA 
Moléculas bioativas 
Indutiva 
Reparativa 
O produto que utilizamos para a pulpotomia diferente do 
dente permanente aqui utilizamos o formocresol. O que 
o formocresol faz? Ele vai causar uma mumificação 
superficial, uma necrose por coagulação superficial da 
polpa exposta. E esse formocresol vai ficar por 5 minutos. 
Formocresol 
• Mecanismo de ação: necrose por coagulação 
• Toxicidade 
• Potencial mutagênico e carcinogênico 
• Alto percentual de sucesso clínico e radiográfico 
(55% a 98%) 
Se quando aplicarmos o formocresol ainda tiver um 
sangramento aplicamos o formocresol por mais 5 
minutos. O formocresol é um primo do tricresol. 
Pulpotomia – Formocresol 
• Radiografia inicial 
• Remoção do tecido cariado 
• Irrigação da cavidade 
• Abertura coronária 
• Irrigação / aspiração 
• Remoção da polpa coronária 
• Irrigação / aspiração 
• Hemostasia sol. Fisiológica / secagem 
• Curativo formocresol 5 min. (+5 min., se preciso) 
• Obturação da câmara coronária com OZE 
• Selamento da cavidade 
• Radiografia final 
• Proservação 
No dente permanente para fazer o capeamento pulpar 
direto, a pulpotomia, utilizamos o hidróxido de cálcio. 
Mas no dente decíduo utilizamos o formocresol. Para 
pulpectomia como medicação intracanal, no dente 
permanente utilizamos o tricresol, no dente decíduo 
continuamos utilizando o formocresol. 
Qual a diferença do formocresol para o tricresol? O 
tricresol é muito mais agressivo, muito mais ativo. 
Formocresol que usamos em decíduo é mais fraco, é uma 
composição mais fraca. E usamos justamente o 
formocresol por ele ser mais fraco, para evitar que 
aconteça alguma mumificação do germe do dente 
permanente, dos tecidos que formam o germe do 
permanente, porque o formocresol, assim como o 
tricresol, agem a distância, eles volatilizam. Então 
precisamos usar um produto mais fraco, porque tem os 
dentes permanentes em formação e não podemos correr 
o risco de alterar sua formação. 
Como fazemos a pulpotomia com formocresol em dentes 
decíduos? Temos que ter uma radiografia inicial, iremos 
remover o tecido cariado, depois que removemos a cárie 
devemos lavar para deixar a cavidade bem limpa. Depois 
de removermos a cárie, iremos remover o teto da câmara 
pulpar, iremos lavar, tirar a polpa coronária liquefeita que 
está com pulpite irreversível, ou pulpite reversível (mas 
que teve uma exposição pulpar muito grande, que não 
estava sob isolamento, o dente já começou a reabsorver) 
e ela é bem fibrosa para tirar. O fato é que na pulpotomia, 
o dente não pode estar com pulpite irreversível, a polpa 
tem que estar passível de recuperação, então tem que 
estar com pulpite reversível! Na pulpite irreversível 
fazemos uma pulpectomia ou uma pulpotomia não vital, 
que é diferente dessa que está sendo explicada. Para 
fazermos a pulpotomia precisamos ter uma recuperação 
da polpa, então temos que ter uma inflamação que 
conseguimos reverter. Depois que removermos a polpa 
coronária que vai estar bem fibrosa, difícil de remover 
(então precisaremos de um material bem cortante para 
remover aquela polpa), iremos lavar, aspirar e fazer a 
hemostasia, normalmente na hemostasia iremos só irrigar 
com soro fisiológico e a polpa já para o sangramento. 
Iremos pegar o formocresol, colocar em uma bolinha de 
algodão e deixaremos na embocadura dos canais, 
deixando em contato com a polpa, e iremos contar 5 
minutos. Esse formocresol aplicamos da mesma forma 
que o tricresol, na bolinha de algodão, tiramos o excesso 
e espalha a bolinha de algodão. Iremos aplicar por 5 
minutos, e quando tirarmos essa bolinha de algodão se o 
sangramento tiver parado, isso é ótimo, pois já iremos 
partir para obturação da câmara coronária. Mas se o 
sangramento não tiver parado iremos pegar uma nova 
bolinha de formocresol, tiraremos o excesso e 
colocaremos no fundo da cavidade e esperaremos por 
mais 5 minutos. Então para fazermos pulpotomia com 
formocresol iremos precisar de 5 a 10 minutos. Se tiramos 
a 2ª bolinha de formocresol e ainda estiver sangrando, 
nesse caso não temos mais uma pulpite reversível, e sim 
já estamos de uma pulpite irreversível, então iremos 
partir para outro procedimento. Diante da pulpite passível 
de ser revertida iremos tirar a bolinha de algodão com 
formocresol, e iremos obturar a câmara pulpar com óxido 
de zinco e eugenol. O que é essa obturação? Iremos 
manipular em uma placa de vidro, o óxido de zinco com o 
eugenol, fazemos a mistura e iremos calcar no fundo da 
cavidade, na embocadura dos canais e no assoalho da 
câmara pulpar e depois iremos restaurar o dente. 
 
 
Recapitulando: Fazemos remoção do teto da câmara 
pulpar, lavamos, secamos, pegamos o formocresol com 
uma bolinha de algodão, tiramos o excesso, espalhamos 
essa bolinha de algodão no fundo da cavidade, deixamos 
por 5 minutos. Enquanto estamos com a cavidade 
preenchida com a bolinha de algodão iremos manipular o 
óxido de zinco e eugenol. Óxido de zinco é o pó, e o 
eugenol líquido. Iremos fazer a mistura e depois que 
tiramos a bolinha de formocresol iremos calcar o óxido de 
zinco e eugenol no fundo da cavidade reentrando nas 
embocaduras dos canais e assoalho da cavidade e em 
seguida iremos restaurar. Iremos restaura com o que? 
Podemos fazer uma proteção, uma base com ionômero 
de vidro e depois restaurar com amálgama ou resina, com 
o próprio ionômero. Podemos fazer restauração 
provisória caso o paciente tenha cansado de ficar com a 
boca aberta e depois complementamos com restauração 
definitiva. E depois iremos radiografar para fazer um 
acompanhamento para saber se deu certo. 
 
Como imagem radiográfica temos a embocadura dos 
canais e soalho da câmara pulpar preenchidos com óxido 
de zinco e eugenol. O restante da câmara pulpar, está 
preenchido com uma base de ionômero de vidro e o 
material restaurador escolhido. Nos condutos radiculares 
ainda temos polpa vital, pois como se trata de uma 
pulpotomia, só foi retirada a parte coronária da polpa. E é 
para continuar assim até a esfoliação do dente. 
Considerações clínicas 
• Necessidade de uma avaliação criteriosa da 
condição pulpar 
• Necessidade de uma correta anestesia para a 
remoção do teto e da polpa coronária 
• Alta taxa de sucesso clínico 
PULPECTOMIA 
Indicações 
• Dentes anteriores vitais com grande destruição 
coronária e necessidade de pinos intracanais 
• Dentes com inflamação irreversível da polpa ou 
necrose 
• Dentes com pelo menos 2/3 de raiz 
• Presença de edema, abcesso, fístula 
• Dentes com possibilidade de restauração 
• Reabsorção radicular patológica ou destruição 
óssea perirradicular 
• Ausência de infecção periapical envolvendo a 
cripta do dente sucessor 
• Ausência de reabsorção interna ou externa 
avançadas 
• Paciente colaborador 
• Habilidade do profissional 
O que é a pulpectomia? Enquanto na pulpotomia 
tínhamos os condutos radiculares preenchidos/obturados 
com tecido pulpar sadio. Na pulpectomia, depois do 
procedimento teremos os condutos obturados com 
algum material, porque a polpa está necrosada ou com 
pulpite irreversível e é preciso remover tudo de dentro 
dos canais radiculares. 
Quando é indicado pulpectomia? Em dentes anteriores 
vitais com grande destruição da coroa, e quando 
queremos colocar prótese, coroas e pino intracanal. Para 
colocar pino intracanal precisamos tratar os canais 
daquele dente. Então nessas condições, quando 
queremos colocar pino intracanal em dentes anteriores 
vitais podemos fazer a pulpectomia. Também está 
indicada a pulpectomia para dentes com inflamação 
irreversível, ou com necrose. Esses dentes precisam ter 
pelo menos 2/3 de raiz, se a raiz for pequena não temos 
o que instrumentar, submetendo a criança a um 
procedimento tão demorado, com várias sessões, para 
um prognóstico tão ruim.Presença de edema, abcesso, 
fístula também está indicado. Os dentes tem que ser 
passível de restauração. Dente com destruição óssea na 
região perirradicular ou com reabsorção radicular 
patológica. Não podemos ter infecção periapical 
envolvendo a cripta do germe do permanente porque se 
tiver reabsorção da cripta do germe do permanente 
temos que fazer a restauração. Não pode ter reabsorção 
interna ou externa avançada. O paciente tem que ser 
colaborador e o profissional tem que ter capacidade 
técnica. 
 
A imagem acima é de um slide inicial que a professora 
mostrou de novo só para relembrar a diferença de Necro 
I para Necro II. Na Necro I não tem lesão na região de furca 
periapical, na Necro II tem lesão iniciando pela região de 
furca. 
Na Necro I os microrganismos se localizam principalmente 
na luz do canal principal. E com a instrumentação é 
passível de tirar os microrganismos da luz do canal 
principal, podendo obturar e restaurar na mesma sessão. 
Como em Necro II, temos microrganismos fora do alcance 
da lima, ou seja, os microrganismos saíram de dentro do 
dente e penetraram também nos túbulos dentinários não 
conseguimos remover esses microrganismos com 
instrumentação, então precisamos utilizar medicação 
intracanal. No que precisa utilizar medicação intracanal 
para dar tempo suficiente para debelar a infecção 
precisamos de mais de uma sessão de tratamento 
endodôntico. 
Na Necro I os microrganismos são principalmente os 
aeróbios gram-positivos. Enquanto que na Necro II os 
microrganismos são principalmente anaeróbios gram-
negativos. 
Anatomia de dentes decíduos 
 
A anatomia dos dentes decíduos é bem complexa. É tão 
complexa que há a importância de utilizarmos medicação 
intracanal, porque nossas limas não conseguem penetrar 
nas reentrâncias. 
PULPECTOMIA SEM LESÃO 
Temos dois tipos de tratamento. Assim como no dente 
permanente. A necro sem lesão e a necro com lesão. 
Técnica NECROSE SEM LESÃO 
1ª sessão 
• Radiografia para diagnóstico 
• Determinação do CAD/comprimento de trabalho 
– Odontometria 
• Isolamento + Remoção do tecido cariado 
• Irrigação com hipoclorito de sódio 1% 
• Abertura coronária 
• Neutralização do conteúdo séptico/tóxico dos 
canais radiculares 
• Odontometria *RX* (2 mm aquém do ápice ou 
limite bisel de rizólise ou germe permanente) 
• Preparo biomecânico (instrumentação 3 
limas/irrigação/aspiração/secagem) 
• Curativo intracanal com formocresol + 
restauração PROVISÓRIA 
2ª sessão 
• Isolamento absoluto e remoção do provisório 
• Remoção da bolinha de algodão contendo 
formocresol 
• Obturação dos canais e da câmara pulpar com 
OZE 
• Confecção de base com CIV 
• Restauração coronária definitiva 
• Radiografia final + proservação 
Temos algumas diferenças no tratamento endodôntico 
entre os dentes decíduos e os permanentes. Primeiro, não 
fazemos a radiografia com a limas dentro do canal 
radicular. O Comprimento de trabalho é determinado 
pela radiografia de diagnóstico. 
Como fazemos? Tiramos uma radiografia, meço aquele 
dente que vai ser tratado o canal, onde iremos realizar a 
pulpectomia, e dali olhamos a altura do germe do dente 
permanente. Se o germe do dente permanente estiver lá 
embaixo, ou seja, se não tiver nem erupcionado para ficar 
entre as raízes do dente decíduo, então podemos 
instrumentar o canal como um todo. 
 
Como podemos ver acima, se o germe do permanente 
está mais embaixo podemos instrumentar o canal como 
um todo, como se fosse um dente permanente. Então 
iremos instrumentar deixando em torno de 2 mm do 
ápice radicular. Agora se o germe do dente permanente 
já tiver erupcionando, iremos instrumentar até a altura do 
germe do dente permanente. O que vai limitar o meu 
comprimento de trabalho é a altura do germe do dente 
do permanente. Ou se o dente já estiver reabsorvendo e 
tiver já um pedaço de raiz reabsorvida, então o parâmetro 
será o limite do bisel de rizólise. Mas o principal 
parâmetro é a altura do germe do permanente, ela que 
manda. 
Uma das diferenças é essa, que o comprimento de 
trabalho ele vai ser determinado pela radiografia de 
diagnóstico e vai ser limitado pela altura do germe do 
permanente. Ou seja, no dente decíduo, não temos a fase 
de colocar as limas dentro dos canais radiculares e levar o 
paciente/criança para sala de radiografia para radiografar, 
isso não fazemos. Outra diferença é que não temos o 
escalonamento, iremos escolher uma lima com o 
diâmetro compatível com a largura do canal, a partir 
disso, iremos com instrumentação manual, escolher 3 
limas de tamanhos consecutivos, e iremos instrumentar 
naquele mesmo comprimento de trabalho. Ao acabar não 
temos o escalonamento, no dente permanente fazemos o 
escalonamento deixando 1 mm a cada lima para tornar o 
canal cônico de forma expulsiva, aqui não temos. Se for 
pré-determinado que iremos instrumentar em 19 mm, e 
se foi escolhida a lima 20, então iremos instrumentar 19 
mm com a lima 20, lima 25 e lima 30. Depois daí iremos 
partir para o processo de obturação dos canais 
radiculares, ou iremos colocar medicação intracanal. 
Lembrando que: entre cada instrumento temos que 
irrigar. A cada troca de instrumento iremos irrigar e 
aspirar. Podemos irrigar com clorexidina ou com soro 
fisiológico, ou com líquido de Dakin que é o hipoclorito de 
sódio a 0,5%. Utilizamos o de Dakin, e normalmente o que 
é a 1% ou 2,5% (só em último caso) utilizamos para casos 
de Necro II. Em caso de Necro I utilizamos o de Dakin, que 
é a 0,5%. 
Outra diferença é no material obturador. Não podemos 
obturar com guta percha. Porque a guta percha não 
reabsorve e a raiz do dente reabsorve. Então temos que 
obturar com um material reabsorvível também. Existe 
uma série de materiais que podemos obturar, mas 
quando utilizamos formocresol, normalmente obturamos 
canais radiculares com óxido de zinco e eugenol. 
 
Paciente chegou com o dente necrosado. Iremos tirar 
uma radiografia. Com posse dessa radiografia de 
diagnóstico iremos medir o comprimento do dente. 
Iremos olhar para altura do germe do dente permanente. 
O dente permanente já está chegando na raiz no caso 
acima. Então iremos medir da altura do germe do dente 
permanente até o bordo oclusal. Se era 19 mm e nessa 
medida 15 mm, iremos instrumentar 15 mm nas raízes 
mesial e distal. Estabelecemos a altura para as duas raízes. 
Fazemos isolamento absoluto, iremos remover o tecido 
cariado, lavamos, fazemos abertura da câmara pulpar e 
lavamos com hipoclorito a 0,5% ou soro fisiológico, 
iremos sugar. 
 
Em seguida não iremos fazer aquela etapa de levar o 
paciente com as limas para determinar o comprimento de 
trabalho. Porque o comprimento de trabalho já foi pré-
determinado na primeira radiografia. Se iremos 
instrumentar 15 mm, então iremos escolher as limas 
compatíveis com o canal. 
 
Se começarmos com a lima 35, por exemplo, iremos 
instrumentar com a lima 35, 40 e 45. Então são limas no 
mesmo comprimento de trabalho, só que com diâmetros 
consecutivos. Entre cada troca de instrumento iremos 
irrigar e sugar. Esse comprimento de trabalho é 
determinado pela altura do germe do permanente. 
 
Depois de irrigado, e instrumentado. Não iremos fazer 
escalonamento, iremos secar com cones de papel 
absorvente e iremos colocar o formocresol. Colocamos o 
formocresol na bolinha de algodão calcamos no fundo da 
cavidade e fechamos a cavidade com material 
restaurador. O formocresol vai ficar por uma semana, que 
é o tempo normal de ação do formocresol e do tricresol, 
dura em torno de 5 dias essa ação. 
 
 
Com uma semana o paciente volta, iremos isolar 
novamente, remover a restauração provisória. Iremos 
remover a bolinha de algodão com formocresol, e iremos 
olhar a cavidade. Se a cavidade estiver ok, não tiver 
sangramento e estiver tudo seco, iremos manipular óxido 
de zinco e eugenol em uma placa, e iremosintroduzir nos 
canais radiculares. A professora disse que introduz com 
lentulo. Tem gente que prefere fazer os cones na placa e 
introduzir os cones e calcar. Depois iremos pegar o resto 
de OZE e iremos calcar no fundo da cavidade, no assoalho 
da câmara pulpar, e iremos fazer uma base com ionômero 
e depois iremos restaurar com o que quiser. Na última 
imagem acima vemos o aspecto de um dente restaurado 
e obturado com OZE, pela técnica do formocresol. 
Em seguida iremos acompanhar o dente. Devemos 
acompanhar idealmente até o permanente nascer, ou 
seja, até a esfoliação do dente decíduo. 
PULPECTOMIA COM LESÃO 
Técnica formocresol 
Duas sessões – Necro 1 – SEM LESÃO 
• 1ª sessão: instrumentação + formocresol 
• 2ª sessão: obturação OZE + restauração definitiva 
Três sessões – Necro 2 – COM LESÃO 
• 1ª sessão: Instrumentação + formocresol 
• 2ª sessão: Troca do formocresol 
• 3ª sessão: Obturação OZE + Restauração 
definitiva 
Quando temos uma necro II. Ou seja, uma necrose com 
lesão, o que eu faço? Eu vou ter uma sessão a mais. Toda 
vez que tenho uma fístula precisamos de uma sessão a 
mais, para troca de medicação. 
Na necro I, instrumentamos na 1ª sessão e colocamos o 
formocresol. Na 2ª sessão tiramos o formocresol, 
obturamos os canais radiculares com OZE, e fazemos a 
restauração definitiva. Quando tem lesão, fístula, por 
exemplo, a 1ª sessão vai ser a mesma coisa da necro sem 
lesão. Iremos abrir o dente, instrumentar e colocar 
formocresol. Na 2ª sessão o paciente volta e ao invés de 
obturar, iremos abrir o dente e trocar a bolinha de 
formocresol, tiramos a velha e colocamos uma nova 
bolinha de algodão com formocresol. Fechamos o dente 
e faz uma 3ª sessão. Na 3ª sessão, se tiver tudo ok, iremos 
obturar os canais com OZE e faremos a restauração 
definitiva. 
Qual a diferença da técnica na Necro 1 para a Necro 2? É 
que na 1 só temos duas sessões, e na necro 2 precisamos 
de 3 sessões, no mínimo. Porque uma sessão é só para 
troca de medicação, pois como tem fístula, lesão óssea, 
reabsorção radicular temos que ter mais tempo da 
medicação agindo para conseguir debelar a infecção que 
está fora do dente, então precisamos de pelo menos uma 
sessão de troca de medicação. 
Técnica NECROSE COM LESÃO 
1ª sessão 
• RX diagnóstico + determinação do CAD / 
comprimento de trabalho – odontometria 
• Isolamento + Remoção do tecido cariado + 
Irrigação com hipoclorito de sódio 2,5% 
• Abertura coronária + Neutralização do conteúdo 
séptico dos CR 
• Odontometria *RX* (1 mm aquém do ápice ou 
limite bisel de rizólise ou germe permanente) 
• Preparo biomecânico (instrumentação 3 
limas/irrigação/aspiração/secagem) 
• Curativo intracanal com formocresol + 
restauração PROVISÓRIA 
2ª sessão 
• Isolamento absoluto e remoção do provisório 
• Troca de medicação com formocresol + 
restauração provisória 
3ª sessão 
• Isolamento absoluto e remoção do provisório 
• Remoção da bolinha de algodão contendo 
formocresol 
• Obturação dos canais e da câmara pulpar com 
OZE 
• Confecção de base com CIV 
• Restauração coronária definitiva 
• Radiografia final + proservação 
Na necro com lesão podemos irrigar com uma solução 
mais forte, em vez da 0,5%, utilizamos a 1% ou 2,5%. Mas 
sempre temos que estar com isolamento absoluto para 
usar as soluções irrigadoras. Sempre tem que estar com 
isolamento absoluto. Então a diferença é na solução 
irrigadora, que pode ser mais forte; na quantidade de 
sessões, onde teremos pelo menos uma sessão a mais 
para poder trocar medicação e o comprimento de 
trabalho que normalmente vai depender também da 
altura do germe do permanente, mas se o germe do 
permanente estiver lá embaixo e não interferir na 
instrumentação, podemos fazer o debridamento 
foraminal e seguir com a sequência de instrumentação 
(da mesma forma, com 3 limas, naquele diâmetro pré-
estabelecido na radiografia inicial de trabalho, com 3 
limas de diâmetro consecutivo crescente). Sempre 
devemos irrigar e secar e obturar com OZE. 
PULPOTOMIA NÃO VITAL 
Indicações 
• Dentes com sangramento excessivo ou 
necrosado 
• Pacientes não colaborador 
Essa técnica não tem em dente permanente, é uma 
técnica voltada apenas para facilitar a vida das pessoas 
que cuidam dos dentes decíduos comprometidos das 
crianças que dão trabalho. É uma técnica que não 
instrumentamos os canais radiculares. É uma técnica que 
está mais sujeita a ter um prognóstico menos bom. Já que 
na endodontia, o importante é tudo que removemos, 
então quanto mais de tecido contaminado podemos tirar 
de um dente, melhor. Nessa técnica deixamos os canais 
radiculares obturados com a própria polpa necrosada, ou 
com pulpite reversível, sob a ação do formocresol. 
Então o que é a pulpotomia não vital? É uma técnica de 
pulpotomia. E o que é pulpotomia, por definição? É a 
remoção da polpa coronária. Então iremos remover a 
polpa coronária, e não iremos remover a polpa radicular, 
a polpa radicular vai ficar no local do jeito que já estava, 
seja com inflamação irreversível, ou com infecção. Só que 
essa polpa vai ficar sob a ação do formocresol, por pelo 
menos 7 dias, e em vez de mumificar superficialmente 
aquela polpa, ele vai mumificar toda a polpa do canal 
radicular. Então os canais radiculares vão ficar obliterados 
com a polpa radicular mumificada. 
E quando utilizamos essa técnica? Naquelas crianças que 
não conseguimos instrumentar porque dão trabalho 
demais. 
Técnica 
• Radiografia para diagnóstico 
• Isolamento absoluto e remoção do tecido cariado 
• Irrigação com hipoclorito de sódio 1% 
• Abertura coronária + remoção dos restos 
necróticos da câmara coronária 
• Irrigação / aspiração com hipoclorito de sódio 1% 
+ secagem 
• Curativo com formocresol 
• Restauração provisória 
• Isolamento absoluto e remoção da restauração 
provisória 
• Troca de curativo nos casos de Necro II (2 
sessões) 
• Obturação do assoalho da câmara pulpar com 
OZE 
• Restauração definitiva 
• Radiografia final 
• Proservação 
Qual a diferença? O que iremos fazer? Iremos fazer 
isolamento absoluto de preferência, faremos abertura 
coronária, iremos remover a cárie, lavar, irrigar, faremos 
abertura da câmara pulpar, tirar o teto da câmara pulpar, 
lavar e irrigar. Depois iremos secar e colocar uma bolinha 
de algodão com formocresol. Fechamos o dente e o 
paciente vai para casa. É um procedimento bem rápido, 
não instrumentamos os canais radiculares, só iremos 
limpar a câmara pulpar e colocar a bolinha com 
formocresol e fechamos o dente. Na sessão seguinte, 
iremos remover restauração provisório, remover bolinha 
de formocresol, se tiver tudo seco, iremos obturar o 
soalho da câmara pulpar com OZE, pegando as 
embocaduras dos canais. É o mesmo procedimento da 
pulpotomia vital, com formocresol. A única diferença é 
que na pulpotomia vital utilizamos o formocresol por 5 a 
10 minutos, e na pulpotomia não vital utilizamos de 7 a 15 
dias. Na pulpotomia vital quem fica obliterando os canais 
radiculares é a polpa vital e na pulpotomia não vital, é a 
polpa modificada pela ação do formocresol, essa polpa 
deve estar necrosada ou com inflamação irreversível. 
Se o paciente tiver uma necro 2 com lesão, com uma 
fístula, iremos precisar trocar a medicação, então 
precisaremos de 3 sessões. Se o paciente não tiver fístula 
nem lesão iremos precisar só de duas sessões, ou seja, o 
paciente volta e iremos obturar o assoalho da câmara 
pulpar, iremos restaurar e fazer o acompanhamento. 
ACOMPANHAMENTO PÓS-OPERATÓRIO 
Anamnese – Exame clínico – Exame radiográfico 
• Ausência de sintomatologia dolorosa 
• Ausência de fístula e de abcesso 
• Ausência de mobilidade patológica 
• Ausência de reabsorção radicular patológica 
• Reparo das áreas radiolúcidas periapicais com 
recuperação da lâmina dura 
• Rizólise fisiológica 
Acompanhamento por 4 anos ou até exfoliação do dente 
Em queiremos prestar atenção no acompanhamento? 
Como sabemos que esses procedimentos, seja lá qual for, 
deram certo? O paciente irá voltar, faremos anamnese, 
iremos saber se ele sentiu dor, faremos o exame clínico 
onde iremos ver se apareceu fístula, se o dente está com 
mobilidade, se está com abaulamento na região periapical 
de vermelhidão, olharemos na radiografia se o dente 
tinha lesão e se aumentou, ou se não tinha lesão e agora 
apareceu, se tinha reabsorção radicular e se aumentou. 
Temos que procurar sinais de piora ou de melhora. Se 
tiveram sinais de melhora, o tratamento deu certo. Se 
teve sinais de piora o tratamento não deu certo. 
Para que tenha dado certo temos que encontrar o que? 
Ausência de dor, ausência de fístula e de abcesso, 
ausência de mobilidade patológica, ausência de 
reabsorção radicular patológica, reparo das lesões (se 
tinha lesão óssea, com o tempo essa lesão tinha que 
regredir), e rizólise fisiológica tem que ocorrer. Então o 
acompanhamento dos dentes é feito em torno de 4 anos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
• Manejo do paciente 
• Técnicas mais simples 
• Dente decíduo – temporário 
• Respeitar limite bisel de rizólise / altura germe do 
permanente 
• Preparo biomecânico 3 limas diâmetros 
consecutivos 
• Obturação dos CR com materiais reabsorvíveis 
O tratamento endodôntico em dente decíduo é mais fácil 
que em dente permanente, então quem faz endodontia 
em dente permanente, também faz endodontia em dente 
decíduo. O entrave está na colaboração da criança. Na 
maioria das vezes, ela não colabora, por isso as pessoas 
não fazem tratamento endodôntico em dente decíduo, 
por conta da falta de capacidade de manejo da criança. 
As técnicas são mais simples, o dente decíduo é 
temporário, ou seja, não podemos obturar os canais 
radiculares com guta percha. No tratamento, na 
instrumentação temos que respeitar a altura do limite do 
bisel de rizólise, ou a altura do germe do permanente. O 
preparo biomecânico é com 3 limas de diâmetro 
consecutivos naquele mesmo comprimento de trabalho 
pré-estabelecido na radiografia de diagnóstico e não tem 
escalonamento. E os canais radiculares são obturados 
com materiais reabsorvíveis. 
Podemos olhar pela radiografia qual a lima achamos que 
é mais compatível e testamos no canal. 
Não se usa guta percha, colocamos o óxido de zinco e 
eugenol. Iremos manipular em uma placa de vidro, 
colocaremos com a lentulo. Fazemos um óxido de zinco e 
eugenol mais fluido, e iremos colocar dentro dos canais 
radiculares com a lentulo, depois iremos colocar o óxido 
de zinco e eugenol com mais pó para ele ficar mais 
durinho e colocaremos na embocadura dos canais e no 
soalho da câmara pulpar e vamos calcar com um 
instrumento qualquer. Os canais radiculares, quando 
instrumentamos, eles não ficam vazios, ficam obturados 
com OZE. Existem outros materiais também, mas o nosso 
foco é a técnica. 
Na pulpotomia não vital, removemos somente a polpa 
coronária, ninguém instrumenta os canais, então os 
canais ficam preenchidos com o produto de origem, que 
é polpa, seja inflamada de forma irreversível, seja com 
necrose. Só que a polpa vai sofrer ação do formocresol, 
então ela vai ser completamente mumificada, não é a 
polpa original do jeito que estava, é a polpa que sofreu 
mumificação pelo formocresol, onde as bactérias vão 
sofrer necrose por coagulação.

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