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Transtorno de Pânico e agorafobia N1


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___________________________ Manuela Castrillon Machado
Transtorno de Pânico e Agorafobia
Quando o indivíduo apresenta um ataque intenso e agudo de ansiedade que acompanha sentimentos de desgraça iminente e negatividade, chamamos de Transtorno de pânico.
Geralmente este transtorno esta acompanhada de agorafobia (medo e apreensão em relação a lugares – transportes, multidões, locais fechados, sair de casa sozinho), das quais os indivíduos possuem intenso sofrimento em enfrentar e/ou tolerar, muitas vezes evitando tais circunstancias. Acarreta em prejuízos funcionais, sociais, comportamentais. 
O transtorno de pânico pode por muitas vezes ser desencadeado por fatores agudos de separação e rejeição. Etiologicamente podem ter origens biológicas (maior propensão quem já teve asma), genéticas (filhos de pais com ansiedade) e psicossociais (fatores estressantes do cotidiano, traumas agudos recentes ou retrógrados, perdas emocionais, traumas).
	Quadro psicodinâmico do transtorno de pânico:
Dificuldade em tolerar a raiva.
Separações físicas e ou emocionais (tanto na infância como na fase adulta)
Rejeições emocionais 
Aumento de responsabilidade no meio social e/ou profissional
Pais controladores, exigentes e críticos.
Abusos – sexual, físico, emocional, moral
 
Diagnóstico: Este transtorno possui um curso de apresentação dos sintomas para caracterizá-lo como transtorno do pânico, a qual transcorre dentro de mais ou menos um mês, devendo-se ser descartada a presença de substâncias e enfermidades orgânicas.
	Ataques de Pânico Vs Transtorno de pânico 
O ataque de pânico é súbito de intenso medo ou apreensão que pode durar minutos a horas; podendo ocorrer em situações como TEPT, fobias específicas e fobia social. Geralmente desencadeada por um “gatilho”, um estimulo já conhecido. 
O transtorno de pânico ocorre de forma abrupta a partir de um estado ansioso, envolvendo dois ou mais características: palpitações e coração acelerado, sudorese, tremores, sensação de sufocamento e/ou asfixia (acompanhada de dispneia), dor torácica, náuseas, vertigem (podendo ocorrer desmaios), parestesias, medo de morrer.
Outras características clinicas: confusão e problemas para se concentrar, problemas de memória, o episódio dura em média de 20 a 30 minutos e raramente mais de uma hora, os sintomas podem desaparecer de forma súbita ou gradual. Entre os ataques o paciente pode manifestar ansiedade antecipatória ao novo ataque. 
O curso do transtorno de pânico em geral é crônico, ainda que seja variável entre um paciente a outro. A frequência e a gravidade dos ataques podem oscilar (entre várias vezes por dia ou menos de um por mês). 
Tratamento
Com a abordagem adequada a maioria dos pacientes respondem de forma satisfatória, com a diminuição dos sinais e sintomas. A escolha inicial da terapia cognitiva comportamental aliada a terapias familiares e/ou individuais e/ou em grupos, podem ajudar no enfrentamento do transtorno. Quando houver necessidade, inicia-se a introdução da terapia medicamentosa associada os Inibidores seletivos da receptação de serotonina e benzodiazepínicos. ex: (alprazolan e paroxetina). 
LEMBRAR
Reavaliar o quadro do paciente de 4-8 semanas em fases agudas; estimular e encorajar o paciente quanto a mudança de hábitos de vida que possam amenizar fatores estressantes. 
Atenção no uso da terapia medicamentosa quando o paciente for usuário de substancias. 
Diagnósticos diferenciais –
Relacionar outros tipos de ansiedade, fobias, uso de substancias, condições orgânicas (hipotireoidismo, hipertireoidismo, cushing). 
Agorafobia
Esta condição faz referência à medo de lugares de difícil saída ou fuga ou ansiedade de estar em meio a multidões. 
Interfere de maneira significativa no comportamento social, no trabalho e convívio familiar.
É considerada comórbida dos transtornos de pânico. 
Epidemiológicamente o início dos episódios de agorafobia segue-se à um acontecimento ou um fator traumático. 
Características clínicas: medo ou ansiedade acentuada em situações como: utilizar transportes públicos, estar em um espaço aberto, estar em um espaço fechado, estar no meio de multidões ou em pé numa fila, ficar sozinho fora de casa.
Os episódios são cotidianos e persistem por no mínimo seis meses para poder ser caracterizado como diagnóstico de agorafobia.
Indivíduos agorafóbicos evitam a todo custo situações que os impeçam de pedir ajuda. Sempre preferem estar acompanhados de pessoas conhecidas em situações que tenham que sair de casa.
Como diagnóstico diferencial emprega-se a exclusão de toda e qualquer forma de transtornos de ansiedade ou depressão, levando em consideração possível transtorno de personalidade dependente, por isso tem-se que investigar a vida pregressa antes do primeiro episódio, bem como sua vida social e envolvimento familiar, rotinas.
O curso da doença por ter uma comorbidade com o transtorno de pânico, tem-se uma melhora do quadro gradualmente quando se trata também o transtorno do pânico. Mas, quando o agorafobia não vem acompanhado do transtorno de pânico, a doença se torna crônica e de difícil tratamento, tornando o indivíduo incapacitante e depressivo severo. 
Tratamento
O acompanhamento com terapia cognitivo comportamental tem excelente efetividade quando aplicada de forma adequada, incentivando e apoiando as mudanças no estilo de vida do paciente aliadas à psicoterapia. 
A terapia farmacológica quando aplicada, emprega o uso de benzodiazepínicos, ISRS (oferecem maior perfil de segurança nas dosagens e nos efeitos colaterais toleráveis).
Ressalta-se que o uso da farmacoterapia leva-se em consideração o fato de o indivíduo ser ou ter sido usuário de substancias. 
	Fobia social = transtorno de ansiedade social
Sempre ou quase sempre provoca medo/ansiedade
Sempre ou quase sempre é evitado/ suportado com intenso sofrimento
Medo de perceberem sua ansiedade
	Agorafobia
Sempre ou quase sempre provoca medo/ansiedade
Sempre ou quase sempre é evitado/ suportado com intenso sofrimento
Medo de não conseguir escapar e/ou ser socorrido
Situações agorafóbicas (2 ou + de 5): transporte, multidões, locais abertos, locais fechados, sair de casa sozinho
	Fobia específica
Sempre ou quase sempre provoca medo/ansiedade
Sempre ou quase sempre é evitado/suportado com intenso sofrimento
Ambiente natural
Sangue/injeção
Situacional
Animal
Ou outros 
Psiquiatria – Transtorno de Pânico e Agorafobia – estudo em Kaplan 2017

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