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Utilização de ionóforos na produção de ruminantes

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Revista de Biologia e Ciências da Terra
ISSN: 1519-5228
revbiocieter@yahoo.com.br
Universidade Estadual da Paraíba
Brasil
do N. Rangel, Adriano Henrique; Leonel, Fernando de Paula; Alves Simplício, Aurino; de Mendonça
Júnior, Antonio Francisco
Utilização de ionóforos na produção de ruminantes
Revista de Biologia e Ciências da Terra, vol. 8, núm. 1, primer semestre, 2008, pp. 264-273
Universidade Estadual da Paraíba
Paraíba, Brasil
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=50080129
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Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal
Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
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http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=50080129
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http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=50080129
http://www.redalyc.org/revista.oa?id=500
http://www.redalyc.org
264 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 
_____________________________________________________________________________________ 
Volume 8 – Número 1 – 1° Semestre 2008 
_____________________________________________________________________________________ 
Utilização de ionóforos na produção de ruminantes 
Adriano Henrique do N. Rangel1, Fernando de Paula Leonel2, Aurino Alves Simplício3, 
Antonio Francisco de Mendonça Júnior
 4
RESUMO 
Ionóforos são ácidos orgânicos capazes de modificar o “perfil” da fermentação ruminal e oriundos 
da fermentação de algumas espécies de Streptomyces. Têm-se definido como ionóforo substâncias 
capazes de interagir passivamente com íons, cátions (K+, Na+, Ca2+ e Mg2+), servindo, desta forma, 
como um veículo de transporte para estes através de membranas celulares. Os ionóforos agem de 
forma seletiva sobre bactérias sensíveis à coloração gram prejudicando o crescimento das gram-
positivas e favorecendo o das gram-negativas. Atualmente são conhecidos alguns tipos de 
ionóforos, destacando-se como os mais populares a Monensina Sódica e a Lasalocida. 
Palavras-chave: lasolasida, monesina sódica e ruminantes 
Ionophores in ruminant production 
ABSTRACT 
Ionophores are organic acid capable of modifying the ruminal fermentation profile and the 
fermentation arising from some Streptomyces species. It has been defined as Ionophores, substances 
able to passively interact with ions and cations (K+, Na+, Ca2+ and Mg2+), acting in this way, as a 
transport vehicle for them through cellular membranes. The ionophore acts selectively on bacteria 
sensitive to gram coloration, and it decreases the growth of gram-positive ones while increases 
gram-negative ones growth. Currently, some types of ionophore are known, standing out as the 
most popular the Sodic Monensin and Lasalocida. 
Keywords: lasolacida, sodic monesin e ruminant. 
265 
1 INTRODUÇÃO 
A rápida expansão do crescimento da 
população humana tem levado a que a demanda 
por proteína de origem animal exceda a sua 
produção. Assim, a necessidade de melhorias 
nos sistemas de produção animal, com vistas a 
atender a crescente demanda é de fundamental 
importância. Contudo, deve-se considerar a 
complexidade do processo de formação de 
proteína pelos animais domésticos, assim como, 
a qualidade e o custo dessa proteína, visando 
garantir a segurança alimentar e não esquecendo 
o poder de compra do consumidor. 
Na busca do equilíbrio entre a procura e 
produção, caracterizado como a demanda e a 
oferta, várias metodologias têm sido 
desenvolvidas com foco no ambiente e bem-
estar animal, no manejo alimentar-nutricional, 
na promoção da saúde, no manejo reprodutivo, 
no melhoramento genético, dentre outras, 
demonstrando que o principal objetivo que 
governa a produção animal ainda é a 
produtividade. 
Em geral, os ruminantes domésticos estão em 
uma posição mais favorável em relação aos 
outros animais de produção, pois são capazes de 
utilizar fibras em grande quantidade e convertê-
las em produtos de elevado valor biológico e 
assimilável pelo homem. A melhoria da 
eficiência de conversão dos alimentos em 
produtos como carne, leite, lã, pêlo e pele 
envolve a competência e a interação de 
variáveis biológicas como o genótipo, os 
hormônios, o metabolismo, dentre outras, 
estando à nutrição dos animais intimamente 
ligada as respostas que são esperadas. Assim, 
nos últimos 30 anos, o uso de produtos 
classificados como promotores do crescimento 
têm sido feito com esta finalidade e, dentre 
esses, incluem os compostos anabólicos e 
antibióticos (BAGG, 1997). 
Dentro dessa ótica, pesquisadores, técnicos e 
produtores têm procurado manipular e melhorar 
a eficiência da fermentação ruminal 
significando, na prática, aumentar a produção de 
propionato, deprimir a metanogênesis, diminuir 
a proteólise e a deaminação das proteínas do 
alimento no rúmen. Estas mudanças levam, 
positivamente, a melhoria na eficiência 
produtiva dos ruminantes. Inicialmente, 
tentativas para se alcançar esta meta foram 
realizadas com a manipulação da dieta, mas, 
durante as últimas décadas certo número de 
aditivos alimentares tem sido descoberto, e 
quando usados na alimentação dos ruminantes 
podem satisfazer alguns ou a todos os objetivos 
acima descritos (BERGEN E BATES, 1984). 
Em geral, esses componentes não são 
suplementos de nutrientes essenciais para os 
ruminantes, no entanto, são usados com foco no 
aumento da eficiência da produção, através da 
melhoria do processo de fermentação no rúmen 
e redução da ocorrência de enfermidades, 
particularmente as de origem metabólicas. Neste 
contexto, até recentemente, antibióticos como: 
clorotetraciclina, oxitetraciclina, bacitracina, 
eritromicina e tilosina tinham o uso permitido, 
mas, nos dias atuais os ionóforos são os aditivos 
alimentares usados com mais freqüência em 
bovinos (HEDERSON et al., 1981). Uma 
categoria destes aditivos são os antibióticos 
carboxílicos poliésteres ou simplesmente 
ionóforos, que foram originalmente 
desenvolvidos como coccidiostáticos usados na 
alimentação de aves, e são produtos da 
fermentação de várias espécies de 
Streptomyces. 
A partir de meados de 1970, os ionóforos 
foram aprovados pelo “Food and Drug 
Administracion” (FDA), nos EUA, para serem 
usados na alimentação de ruminantes, sendo que 
a monensina sódica foi liberada em 1976 e a 
lasalocida em 1982, para uso em bovinos; a 
salinomicina, a narasina, dentre outros, ainda 
continuam sendo avaliados (SCHELLING, 
1984; RUSSEL E STROBEL, 1989). 
Características moleculares dos ionóforos 
Os ionóforos são produtos da fermentação 
por espécies de Streptomyces e nos dias atuais 
são conhecidos vários tipos. Todos são ácidos 
orgânicos com uma pKa variando entre 6,4 a 
6,6, pouco solúveis em soluções aquosas, cujo 
exterior da molécula é hidrófoba; entretanto, são 
solúveis em solventes orgânicos e são altamente 
lipofílicos, com peso molecular variando de 500 
a 2000 Daltons. A monensina sódica tem a 
seguinte fórmula: C34H61O2Na com peso 
molecular de 692 Daltons; e a lasalocida: 
C34H53O2Na com um peso molecular de 612,8 
Daltons. Estes têm uma estrutura convencional 
de poliésteres com composição química variada. 
266 
2 DESENVOLVIMENTO 
Mecanismo de ação 
Os ionóforos têm sido definidos como 
substâncias capazes de interagir passivamente 
com íons e cátions, servindo assim como 
veículo de transporte para estes íons, através da 
membrana celular (RUSSEL E STROBEL, 
1989). Estes antibióticos formam complexos 
com cátions monovalentes e bivalentes, como 
K+, Na+, Ca2+ e Mg2+ que são biologicamente 
significantes, entretanto, possuem afinidade 
diferenciada por estes íons. A monensina sódica 
medeia primariamente o Na+, pois sua afinidade 
a este íon é dez vezes maior do que ao K+, e não 
tem afinidade por íons bivalentes. Por outro 
lado, a lasalocidatem uma maior afinidade para 
o K+ e uma menor atração pelo Ca2+ e Na+
(PRESSMAN, 1976). 
Estudos com este grupo de antibióticos 
mostram que são capazes de proteger e deslocar 
as cargas de íons, formando complexos com 
cátions. Desta forma facilitam seus movimentos 
através da membrana celular, uma vez que, a 
superfície da membrana, é composta por 
lipídeos e, uma grande quantidade de energia 
seria necessária para transpô-las, ou seja, 
funcionam como veículo de transporte através 
da membrana, sendo bastante seletivos para os 
íons específicos (BERGEN E BATES, 1984). 
Schelling (1984) descreve que a atividade 
específica das reações de troca iônica em nível 
celular catalisada pelos diferentes ionóforos 
atualmente usados, depende da afinidade do 
cátion pelo ionóforo, do pH, do relativo 
gradiente de concentração e do mecanismo 
específico pelo qual ocorre o deslocamento do 
íon. 
O mecanismo de ação dos ionóforos sobre as 
bactérias ruminais está relacionado com fatores 
de resistência presentes na estrutura da parede 
celular, e esta é responsável por regular o 
balanço químico entre o meio interno e externo 
da célula, sendo este equilíbrio mantido por um 
mecanismo chamado de bomba iônica. O 
ionóforo, ao se ligar ao cátion de maior 
afinidade, transporta-o através da membrana 
celular para dentro da bactéria. E esta, por meio 
do mecanismo da bomba iônica, na tentativa de 
manter sua osmolalidade, utiliza sua energia, de 
forma excessiva, até deprimir as suas reservas, o 
que afeta o crescimento das bactérias gram-
positivas e favorece o das bactérias gram-
negaitivas. 
A troca entre o cátion e o próton (H+), a qual 
é mediada pelo ionóforo é descrita por Bergen e 
Bates (1984), que descrevem que o ciclo de 
transporte se inicia quando a forma aniônica do 
ionóforo liga-se a superfície de contato da 
membrana, onde é estabilizado pela 
característica do ambiente polar da mesma. 
Como um ânion, o ionóforo é capaz de ligar-
se a um íon, um metal catiônico; ambos com 
terminação de ácido carboxílico. Esta ligação 
inicia a formação de um ciclo complexo 
lipofílico cátion-ionóforo, que pode se difundir 
para o interior da célula. A monensina sódica e 
a lasalocida se encaixam nesta categoria e uma 
característica marcante deste modelo é que os 
ionóforos deverão estar numa forma aniônica 
antes de serem capazes de ligar-se ao cátion. 
Além do mais, a difusão através da 
membrana não poderá ocorrer, a menos que o 
ionóforo exista na forma protonada (H+) ou na 
forma cátion-aniônica do próprio ionóforo. 
Têm sido descrito que o principal mecanismo 
de ação dos ionóforos para melhorar a eficiência 
alimentar dos ruminantes está relacionado a 
mudanças na população microbiana do rúmen. 
As bactérias Gram negativas são mais 
resistentes aos ionóforos do que as Gram 
positivas, por apresentarem em sua constituição 
uma membrana externa de proteção e são 
produtoras de ácido propiônico, enquanto as 
Gram positivas são menos resistentes e 
produzem ácido acético, butírico e láctico, H2 e 
metano (HEDERSON et al., 1981; RUSSEL E 
STROBEL, 1989;). Este mecanismo foi 
proposto por Russell (1987), em relação à ação 
da monensina sódica sobre a bactéria 
Streptococcus bovis, Gram positiva, sensível à 
droga, que teve o seu crescimento inibido. Esta 
ação foi atribuída à característica morfológica 
da sua parede celular, pois não possui uma 
membrana externa, permitindo assim este tipo 
de troca iônica, provocado pelo ionóforo que 
aumenta o fluxo de cátions através de sua 
membrana e altera todo o equilíbrio energético 
celular. 
Efeito dos ionóforos no metabolismo da 
energia 
267 
Os ionóforos modificam a produção de 
ácidos graxos voláteis (AGV) no rúmen, por 
meio da diminuição da proporção molar de 
acetato:butirato, da produção de gás metano e 
do aumento na produção de propionato. 
Ionóforos reduzem a produção de metano no 
rúmen de forma indireta, por inibirem o 
crescimento de bactérias gram-positivas, que 
têm como produtos finais hidrogênio e formato, 
intermediários na formação do metano no 
ambiente ruminal. 
O propionato é indiscutivelmente 
reconhecido como a mais eficiente fonte 
energética para o ruminante. Esse AVG pode 
ser utilizado para gliconeogênese no fígado ou 
ser diretamente oxidado no ciclo de Krebs. E, 
como anteriormente descrito, o ionóforo 
aumenta a produção de propionato, 
disponibilizando mais energia metabolizável do 
alimento (BERGEN et al., 1984). 
Mais de 50,0% da lactose do leite advém do 
propionato, por meio da gliconeogênese. A 
glicose é um metabólito limitante para a 
produção de leite, aumentando a produção de 
propionato ruminal, disponibiliza-se maior 
quantidade de glicose para o animal em 
lactação, melhorando o balanço energético, com 
possibilidades de melhorias na produção de leite 
e na condição corporal (HAYES et al., 1996). 
No início da lactação, as vacas leiteiras de 
produção elevada mobilizam gordura corporal 
para suprir a demanda não atendida pela baixa 
ingestão de alimentos, comum nesse estágio. 
Como conseqüência, pode ocorrer um acúmulo 
de corpos cetônicos, devido à insuficiente 
disponibilidade de propionato para “girar” o 
cíclo de Krebs, levando, então, os animais a um 
quadro de cetose, clínica ou subclínica. 
Através do aumento da produção de 
propionato ruminal os ionóforos disponibilizam 
mais ácido oxaloacético para o ciclo de Krebs 
na célula hepática, o que pode resultar em 
menor mobilização de ácido graxo ou funcionar 
como intermediário, girando o ciclo, não 
permitindo assim, o acúmulo de corpos 
cetônicos, com a vantagem de aumentar, 
também a disponibilidade de ATP. 
Efeito dos ionóforos no metabolismo da 
proteína 
Em função de afetar o desenvolvimento de 
algumas bactérias que promovem proteólise e 
deaminação em nível de rúmen, os ionóforos 
reduzem a degradação das proteínas nesse 
compartimento, permitindo a sua digestão pós-
ruminal. Dessa forma, o uso de ionóforos 
também se torna interessante quando se trabalha 
com alimentos ricos em proteínas de “elevado 
valor biológico”, com adequado balanço dos 
aminoácidos lisina e metionina, que segundo 
Van Soest (1994), limitam o desempenho 
produtivo de vacas leiteiras. 
O aumento da disponibilidade de proteína de 
origem alimentar no intestino delgado implica 
em redução do custo energético com uréia no 
fígado (NRC, 2001). Tem sido demonstrado que 
os ionóforos afetam negativamente três espécies 
de bactérias produtoras de amônia. A utilização 
do nitrogênio não protéico (NNP) pelas 
bactérias do rúmen está na dependência da dieta 
em relação à degradabilidade das frações de 
proteínas e carboidratos (SNIFFEN et al., 1992). 
Nesse caso, o fluxo máximo de todo nitrogênio 
da dieta que chega ao intestino delgado é a soma 
do que foi incorporado à massa microbiana 
adicionada da fração que passa estruturado na 
proteína da dieta. Assim sendo, dietas 
balanceadas nas diferentes frações de 
carboidratos e proteína de baixo e alto perfil 
quanto à composição de aminoácidos associada 
com ionóforos, possibilitam a expressão 
fenotípica de vacas leiteiras de elevado 
potencial genético. 
Outro aspecto a ser considerado com a 
utilização de ionóforo é o aumento de 
aminoácidos glicogênicos na corrente sangüínea 
oriundos do intestino delgado (SCHELLING, 
1984). Este benefício alivia a mobilização de 
tecidos corporais, principalmente para vacas no 
início da lactação, que tem alta demanda por 
glicose, uma vez que esta é a precursora da 
lactose do leite e, geralmente essas fêmeas 
encontram-se em balanço negativo de energia. 
Efeito dos ionóforos sobre o pH do rúmen 
Outro efeito benéfico que pode advir do uso 
de ionóforos é o controle do pH ruminal. 
Quando ruminantes são alimentados com 
forragem, o pH no rúmen permanece próximo 
da neutralidade, e isso é devido ao estímulo que 
a fibra exerce sobre o processo da ruminação, 
268 
levando por conseqüência, a produção de saliva, 
a qual age como uma substância tamponante do 
fluído ruminal.No entanto, quando são 
fornecidas dietas contendo grande quantidade de 
grãos, a elevada taxa de fermentação pode 
diminuir o pH no rúmen drasticamente, 
favorecendo o desenvolvimento de bactérias 
produtoras de ácido láctico, havendo assim um 
acúmulo de lactato no fluido ruminal. O lactato 
é um ácido forte dentre os AGVs, e geralmente, 
promove uma imediata queda do pH, 
contribuindo assim, para o surgimento de 
sintomas de acidose. Os ionóforos diminuem a 
produção de lactato por inibir o crescimento do 
Streptococcus bovis, bactéria que tem sido 
freqüentemente descrita como a principal 
causadora da acidose ruminal aguda (RUSSEL, 
1987). 
Efeito dos ionóforos sobre a taxa de 
passagem 
O enchimento do rúmen e a taxa de 
passagem têm influência direta sobre o período 
de permanência dos alimentos no rúmen, 
afetando assim a fermentação microbiana e a 
utilização do nitrogênio, modificando 
conseqüentemente, os produtos originados da 
fermentação. Alguns estudos indicam que a 
monensina sódica diminui a taxa de passagem 
dos alimentos e contribui para o enchimento 
ruminal (SCHELLING, 1984). 
Russel e Strobel (1988), trabalhando in vitro 
descrevem que quando a monensina era 
adicionada a uma mistura microbiana, ocorria 
com freqüência uma diminuição da digestão da 
celulose. No entanto, estudos in vivo 
demonstram que, embora ocorra uma 
diminuição do consumo, a digestibilidade da 
fibra permanece inalterada (SCHELLING, 
1984). 
Existem “especulações”, no sentido de que os 
ionóforos poderiam melhorar a digestibilidade 
da fibra. E, isso ocorreria, pela influência 
negativa sobre o consumo de alimentos, já que 
este reduz a ingestão, e por conseqüência afeta a 
taxa de passagem do material sólido do rúmen 
para os outros compartimentos gástricos. Desse 
modo, a partícula fibrosa permanece um maior 
tempo no ambiente ruminal, prolongando-se 
assim o tempo de fermentação (SCHELLING, 
1984). Outra contribuição indireta do ionóforo 
sobre a digestibilidade da fibra, é que esse, 
diminui a concentração de lactato no rúmen, 
limitando assim, a queda do pH nesse ambiente, 
propiciando desse modo, melhores condições 
para o desenvolvimento de bactérias 
celulolíticas (RUSSEL e STROBEL, 1989). 
Efeito dos ionóforos nas desordens digestivas 
Os ionóforos podem ter significante efeito 
positivo sobre desordens que envolvem o 
sistema digestivo, tal como acidose ruminal e 
timpanismo (BAGG, 1997). As principais 
bactérias produtoras de lactato o Lactobacillus 
spp. e o Streptococcus bovis, crescem 
rapidamente quando dietas ricas em amido são 
fornecidas aos ruminantes, no entanto, tais 
bactérias são sensíveis aos ionóforos (NOCEK, 
1997). Neste sentido, os ionóforos reduzem a 
produção de ácido láctico no rúmen, 
diminuindo, portanto, a possibilidade de se 
estabelecer um quadro de acidose. 
Em vacas leiteiras, os ionóforos podem ter 
impacto sobre a ocorrência de acidose em 
função de mudança na dinâmica alimentar. 
Vacas confinadas, quando suplementados com 
monensina sódica, consumem menor quantidade 
de alimento em cada refeição, passando a 
necessitar de um maior número de refeições ao 
longo do dia (BAGG, 1997). Ressalte-se que 
essa conduta pode repercutir no custo. No 
entanto, as vacas suplementadas com monensina 
sódica terminam por ingerir alimentos com mais 
freqüência e isso propicia a manutenção do pH 
ruminal dento de uma amplitude menor, o que é 
positivo para a fauna e flora do rúmen. 
Alguns ionóforos têm sido aprovados para 
uso quanto a sua efetividade na redução da 
incidência e severidade de timpanismo em 
vacas. Lowe et al., (1991), demonstraram a 
redução na severidade do timpanismo em vacas 
lactantes utilizando monensia1 sódica aplicada 
através de cápsula de liberação controlada 
(CRC). 
Quando vacas foram suplementadas com 
monensina sódica ocorreu uma redução de, 
aproximadamente 31,0% na produção de 
metano (SCHELLING, 1984). Isso se deve a 
mudança na relação acetato:propionato e 
também, a inibição das bactérias ruminais que 
produzem hidrogênio, resultando no decréscimo 
do metabolismo de formato, CO2 e H2 para 
269 
metano (NAGARAJA et al., 1997). Ainda, tem 
sido descrito que a monensina pode inibir 
bactérias produtoras de mucopolissacarídeos no 
rúmen (BERGEN, 1984), reduzindo desta 
forma, a viscosidade do fluido ruminal e 
dificultando o surgimento do timpanismo 
espumoso, o qual é geralmente fatal. 
1. Rumensin® - marca comercial do 
ionóforo, monensia sódica. 
Outros efeitos de ionóforos para vaca 
Ionóforos podem contribuir para a prevenção 
de pneumonia intersticial atípica (PIA), em 
vacas em pastejo sob pastagem composta por 
forrageiras viçosas (BAGG, 1997). A PIA ou 
edema e enfisema pulmonar agudo dos bovinos 
é uma enfermidade que acomete principalmente 
bovinos adultos caracterizando-se por 
dificuldade respiratória aguda observada, em 
geral, em animais que saem de uma pastagem de 
má qualidade para uma de excelente qualidade. 
A patogenia da doença provavelmente está 
relacionada com a conversão no rúmen, do L-
triptofano, aminoácido que naturalmente é 
encontrado nas forrageiras viçosas, em ácido 
indole-acético que é metabolizado em 3-
metilindol pelo Lactobacillus sp e é responsável 
pelos sinais clínicos. 
Nenhum bovino que recebeu suplementação 
de ionóforos em pastagens ricas de L-triptofano 
apresentou sinais de PIA (HAMMOND et al., 
1978; HONEYFIELD et al., 1985; NOCERINI 
et al., 1985), levando aos autores concluírem 
que o uso de ionóforos quando os animais se 
encontram em pastagens de excelente qualidade 
ou propensas a formação do 3-methilindol 
favorece a prevenção desta enfermidade. 
Stephenson et al., (1997), descrevem que 
vacas leiteiras que recebem CRC melhoram a 
função quimiostática dos neutrófilos, condição 
esta importante, particularmente no período 
peri-parto. Também ressaltam o aumento na 
concentração sérica de ceruloplasmina em 
animais suplementados com monensina sódica. 
Esta resposta sugere uma possível influência, 
positiva, da monensina sódica no metabolismo 
do cobre. 
A suplementação com monensina tem sido 
ligada à redução no número de pulpas da mosca 
do chifre presentes nas fezes e na sobrevivência 
das lavas neste estádio de desenvolvimento 
(SCHELLING, 1984). Os ionóforos, também 
são usados na prevenção da eimeriose bovina, 
particularmente em crias jovens e novilhas. 
Respostas no desempenho animal 
Gado de corte: 
Em dietas que contém elevados níveis de 
carboidratos facilmente fermentáveis os 
ionóforos geralmente levam a diminuição da 
ingestão de alimentos, sem afetar o ganho de 
peso, melhorando assim a conversão alimentar 
(BERGEN e BATES, 1984). Quando os 
ruminantes são alimentados com dietas 
contendo elevadas quantidades de volumosos 
com ligações do tipo β, por conseqüência ricos 
em carboidratos, os ionóforos não diminuem a 
ingestão de alimentos, porém melhoram o ganho 
de peso, também, melhorando a conversão 
alimentar. Contribuindo assim para um melhor 
desempenho dos animais sob três formas: a) 
aumentam a eficiência do metabolismo 
energético no rúmen; b) melhoram o 
metabolismo do nitrogênio no rúmen; e c) 
previne desordens metabólicas, como a acidose 
láctica crônica, a cetose e o timpanismo 
(NAGARAJA et al., 1997). 
Chalupa (1977 apud CHALUPA, 1980) 
avaliou alguns experimentos a respeito do efeito 
da monensina sódica sobre o desempenho de 
bovinos de corte, confinado e sob pastejo. Em 
confinamento, os animais que receberam de 5,5 
a 33,0 mg de monensina/kg de alimento, 
consumiram menos alimentos, mas mantiveram 
o ganho de peso. Enquanto, os que foram 
mantidos a pasto ou que receberam forragem 
verde picada, o ganho de peso aumentou em 
cerca de 20,0%, sendo a eficiência alimentar 
melhorada, independente do regime de manejo. 
Aparentemente, o aumento da energia 
disponível, diminuiu o consumo, devido uma 
regulação do balanço energético corporal, sendo 
esta energia usada para um ganho adicional. 
Diminuições da ingestão de alimentos são 
geralmentemaiores durante as quatro primeiras 
semanas após o início do fornecimento de 
ionóforos. 
Salles e Lucci (1998) descrevem o efeito da 
monensina sódica sobre o desempenho, as 
características e a composição da carcaça de 
bezerros holandeses com 80 dias de idade. 
270 
Foram encontrados, efeitos significativos para 
ganho de peso, ingestão de MS, ganho em 
perímetro torácico e altura de cernelha, sendo os 
melhores resultados obtidos com o nível de 0,8 
mg de monensina por kg de peso vivo. A 
avaliação econômica também apresentou 
resultados satisfatórios, o que valida à utilização 
do produto quanto a este aspecto. 
A influência da monensina sódica nas 
características de carcaça também foi analisada 
em bovinos de corte (GOODRICH et al., 1984). 
Foram usados cerca de 11.000 animais, sendo 
verificado um efeito positivo (0,61%) sobre a 
área de olho de lombo. 
Com exceção da monensina, os outros 
ionóforos ainda não foram amplamente 
avaliados. Todavia, Brow e Davidovich (1979); 
e Davis (1978 apud CHALUPA, 1980) 
compararam o desempenho de novilhos de corte 
confinados, recebendo monensina sódica ou 
lasalocida sódica e não encontrando diferença 
significativa entre o efeito dos dois ionóforos. 
RESTLE et al. (1997), também avaliaram o 
efeito da lasalocida sódica adicionada ao cloreto 
de sódio sobre o desempenho de fêmeas de 
corte, com idade de 10 meses, mantidas em 
pastagem de gramíneas anuais, durante a 
estação fria. Não influenciou o ganho de peso 
individual, mas permitiu um aumento de 7,0% 
na carga animal, indicando que houve um 
menor consumo de MS e, também houve um 
aumento no ganho de peso por área (kg/ha) e 
melhora na eficiência alimentar. 
Gado de leite: 
Ionóforos geralmente diminuem a ingestão 
de matéria seca e aumentam a produção de 
propionato, levando a diminuição na 
porcentagem de gordura do leite. Fato que levou 
a uma resistência inicial na aceitação do uso de 
tais aditivos para vacas de leite. Entretanto, 
rebanhos leiteiros podem ser direta ou 
indiretamente beneficiados por alterações na 
fermentação ruminal associado à suplementação 
com produtos (Mc GUFFEY, 2001). A redução 
na produção de metano e de ácido láctico com 
diminuição nas desordens metabólicas, como 
acidose e timpanismo, promove uma diminuição 
na ocorrência de problemas de saúde, 
aumentando assim, a consumo de matéria seca e 
produção de leite, como também melhoria na 
eficiência reprodutiva. As vantagens do uso em 
bovino leiteiro estão relacionado ao aumento da 
produção de leite, maior eficiência alimentar, e 
menores desordens metabólicas, como cetose 
clínica e subclínica, timpanismo e acidose 
(BORGES, 2006). 
O ácido propiônico, composto utilizado na 
gliconeogênese é o precursor da lactose, sendo 
esta, a maior reguladora da osmolaridade do 
leite sintetizado pela glândula mamaria, 
influenciando assim, a quantidade de leite 
secretada. Como o propionato abastece o ciclo 
do ácido tricarboxílico com produtos 
intermediários, especialmente o oxaloacetato, 
não permitindo o acúmulo de acetato, previne a 
ocorrência de acetose (ROGERS E DAVIES, 
1982; SAUER et al., 1989). Outro benefício 
propiciado pelo uso de ionóforos é o aumento 
do escape de proteína verdadeira oriunda da 
dieta, da degradação ruminal. 
Nenhum ionóforo é aprovado para uso em 
vacas em lactação nos EUA, Canadá e União 
Européia. Entretanto, é de uso comum em países 
como Austrália, Brasil e México. Também, na 
Austrália e Nova Zelândia é liberado para 
animais em pastejo em pastagens ricas em 
leguminosas objetivando minimizar a 
ocorrência timpanismo. Aparentemente, não há 
problemas com relação a resíduo no leite 
(DONOHO, 1984). No entanto, publicações 
científicas relacionando os efeitos dos ionóforos 
sobre a produção e a qualidade do leite são em 
número limitadas (WEISS et al., 1992; LEAN et 
al., 1994; Mc GUFFEY,2001). Aumento na 
produção de leite de até 3,6 Kg/animal/dia com 
o uso de 150 mg a 450 mg/dia de monensina 
sódica foi descrito por Oney et al. (1994) e 
acima de 1,0 Kg/animal/dia com 360 mg/dia de 
lasalocida sódica por Murphy et al. (1993). A 
composição do leite e a ingestão de matéria seca 
não foram afetadas, mas a concentração de 
corpos cetônicos foi reduzida pela 
suplementação com monensina sódica. 
Toxidez de ionóforos 
Em estudos conduzidos com a monesina 
sódica têm sido encontradas as doses letais 
(DLs) para cães, camundongos, frangos e ratos. 
Para animais domésticos a DL50 de monensina 
sódica é descrita como de 2,0 a 3,0 mg por kg 
de peso vivo (PV) para eqüino; 16,8 mg/kg PV 
271 
para suíno; 26,4 mg/kg PV para caprino e 11,9 
mg/kg PV para ovino. Potter et al., 1984 
ressaltam que o fornecimento de suplemento 
contendo monensina, na razão de 440 ppm, para 
bovinos deverá ser da seguinte forma: o 
consumo inicial deve ser de 0,45 kg contendo 
100 mg de monensina durante cinco dias e dai 
por diante não mais do que 200 mg 
correspondendo a 440 ppm. A ingestão de 1,2 
kg do suplemento com 440 ppm de monensina 
sódica durante quatro dias resultou em anorexia. 
Os mesmos autores não encontraram efeitos 
negativos sobre os aspectos reprodutivos. 
3 CONCLUSÕES 
Os ionóforos carreiam cátions para o interior 
de células bacterianas de forma seletiva, 
favorecendo o crescimento das gram-negativas 
que são produtoras de proprionato em 
detrimento das gram-positivas, produtoras de 
acetato, butirato, lactato, formato e hidrogênio – 
precursores de metano e de algumas 
proteolíticas e deaminadoras de aminoácidos, 
favorecendo o padrão fermentativo e a produção 
de energia a partir da dieta. 
Podem promover a prevenção de desordens 
metabólicas como: acidose, cetose e timpanismo 
e, também de pneumonia intersticial atípica. 
Os melhores resultados em bovino de corte 
foram obtidos quando usado junto a dietas ricas 
em concentrados devido principalmente a 
melhoria da conversão alimentar, contribuindo, 
positivamente para a melhoria da relação custo-
benefício. 
Em bovinos de leite, o início da lactação é o 
estágio em que o uso de ionóforos apresenta 
benefícios mais evidentes, visto que é a fase da 
lactação em que o balanço energético negativo e 
a mobilização de reservas corpóreas ocorrem 
com mais freqüência. 
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1Prof. Adjunto do Departamento de Ciências Animais da 
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E-mail: adrianorangel@ufersa.edu.br. 
2Zootecnista, DSc. Serrana Nutrição Animal/Bunge, 
Goiânia-GO. 
3Pesquisador Aposentado, Embrapa - Centro Nacional de 
Pesquisa de Caprinos(CNPC), Sobral –CE. 
4Aluno do Programa de Pós-graduação em Zootecnia da 
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE.

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