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13/03/2023, 20:07 Direito das Sucessões
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03182/index.html#imprimir 1/51
Direito das Sucessões
Prof. Gilberto Fachetti Silvestre
Descrição
Abordagem conceitual e prática dos institutos fundamentais do Direito de Sucessão e seus impactos
patrimoniais mais importantes nas relações familiares no Brasil.
Propósito
Essa é uma das principais matérias das quais resultam demandas discutidas em ações judiciais, sendo um
assunto de grande viés prático e operabilidade para o exercício das profissões jurídicas que você irá exercer
no futuro.
Preparação
Tenha o Código Civil atualizado em mãos para compreender como é a disciplina jurídica da matéria.
Objetivos
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Módulo 1
Teoria Geral do Direito Sucessório
Reconhecer os conceitos básicos da sucessão hereditária.
Módulo 2
Sucessão legítima
Analisar as principais formas de sucessão.
Módulo 3
Sucessão testamentária
Identificar os elementos essenciais de um testamento.
A aquisição da propriedade está na base do Direito Sucessório sobre a herança e tem importância
nas entidades familiares, célula da sociedade.
Daí a importância de compreender em detalhes como se dá a constituição do direito de herança e
quais suas características, pois as consequências sociais e jurídicas resultantes dessas situações
servem de campo fértil para o seu desenvolvimento profissional.
O regime jurídico da sucessão possui uma consequência prática e alguns conceitos próprios, que
permitem compreender como funcionam as formas de aquisição do direito de herança e como
problemas deles decorrentes devem ser resolvidos.
Introdução
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1 - Teoria Geral do Direito Sucessório
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os conceitos básicos
da sucessão hereditária.
Sobre a herança: de�nição e efeitos
De�nição de Direito de Sucessão e seu
conceito fundamental: a herança
Com o objetivo de colaborar com o futuro exercício da profissão, pretendemos apresentar conceitos
e demonstrar como eles se aplicam para a solução de problemas que resultam dos danos
decorrentes das relações hereditárias.
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Como apontamento inicial é importante entendermos que Direito de Sucessão é diferente de sucessão.
Entenda:
Sucessão
Sucessão é situação jurídica na qual os bens de alguém que faleceu (o chamado de cujus ou de cuius
ou “autor da herança”) são transmitidos para outras pessoas, os chamados herdeiros ou legatários.
Trata-se da sucessão ou transmissão causa mortis (por causa da morte).
Direito de Sucessão
Direito Sucessório é o conjunto de normas jurídicas que regem a sucessão, estabelecendo direitos e
deveres para a transmissão e a divisão da herança. A herança é o objeto da sucessão. É o conjunto dos
bens deixados pelo de cujus e ela compreende os ativos e os passivos do morto.
Juridicamente falando, a sucessão causa mortis é um modo de transmissão e aquisição da propriedade
privada, pelo qual os herdeiros (legítimos ou testamentários) tornam-se proprietários dos bens deixados
pelo autor da herança (de cujus), após saldadas as dívidas por ele deixadas.
Herança
Veja a seguir o que é a herança, seus efeitos e a possibilidade de sua aceitação ou renúncia.


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Efeitos da herança
Quanto aos efeitos, a sucessão pode ser a título universal ou a título singular. Veja:
Neste caso, o(s) sucessor(es) – chamados de “autor(es) da herança – adquirem a propriedade sobre
todo conjunto de bens (herança) deixado pelo de cujus. Todos os herdeiros se tornam proprietários
de toda a herança, constituindo um condomínio (propriedade comum, donos do todo). A herança
constitui, assim, uma universalidade: todos os herdeiros têm direito sobre a toda a herança.
Havendo mais de um herdeiro, cada um deles se torna proprietário de uma proporção sobre a
universalidade. Por exemplo: o de cujus deixa três filhos; logo, cada um dos filhos terá direito a
33,33% sobre o todo.
Alguém, identificado pelo falecido quando este estava em vida, adquire um bem individualizado e
especificado pelo de cujus.
O beneficiário não tem direito a uma quota sobre toda a herança deixada. Um bem específico é
retirado da universalidade para ser entregue ao beneficiário. O restante dos bens constituirá a
universalidade da herança, para ser dividido entre os herdeiros universais.
O beneficiário é chamado de “legatário” e a destinação e especificação do bem é feita em um
testamento ou em um legado.
Assim, tem-se:
Sucessão a título universal
Título Universal 
Título singular ou particular 
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O beneficiário é o herdeiro, que tem direito a uma quota sobre toda a herança.
Sucessão a título singular
O beneficiário é o legatário, que tem direito a um bem especificado da herança.
Com isso, o(s) herdeiro(s) se torna(m) também responsáveis pelas dívidas do de cujus. Terão direito sobre o
ativo e deveres sob o passivo. Mas nenhum herdeiro é obrigado a pagar uma dívida do morto com seu
patrimônio próprio; o pagamento das dívidas é feito com os bens da herança, de modo que o que restar
após o pagamento do passivo é que será dividido entre os herdeiros. Observe:
Art. 1.997 caput - A herança responde pelo pagamento das dívidas do
falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual
em proporção da parte que na herança lhe coube.
(Código Civil)
Em vida, a pessoa pode confeccionar um testamento ou um legado. Porém, tais instrumentos, que
expressam uma última vontade, somente produzem efeitos após a morte do instituidor (futuro de cujus).
Não existe “herança de pessoa viva”, ou seja, por exemplo, um filho não pode antecipar seu direito de
herança, nem pode ceder seu direito a terceiro com o pai ainda vivo. É o chamado pacta corvina, que é
proibido pelo art. 426 do Código Civil: “Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva”. Caso
exista tal negócio de cessão de direito hereditário de pessoa viva, o ato será nulo.
Aceitação, renúncia e cessão
A herança é passível de aceitação, renúncia e cessão.
No caso de aceitação, também conhecida como “adição da herança”, há a concordância do herdeiro em
receber os bens do de cujus por sucessão legítima ou testamentária.
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Não se exige uma manifestação expressa do herdeiro de que deseja aderir à herança; basta participar do
inventário ou receber algum bem da massa hereditária para administrar. O herdeiro tem 10 anos para
consentir expressamente em receber bens da herança.
Com a aceitação, a aquisição do direito hereditário ocorrida na saisinèe se consolida. A aceitação retroage à
data da abertura da sucessão.
Existem três tipos de aceitação, conforme veremos a seguir:
Declaração expressa, feita por escrito, em que o herdeiro manifesta sua intenção de ser herdeiro.
Decorre da prática de atos típicos de herdeiro, que demonstrem inequivocamente que o herdeiro
deseja ser herdeiro e adquirir os bens, como participar do inventário e assumir administração de
bens do espólio.
Hipótese do art. 1.807, pela qual o interessado em que o herdeiro declare se aceita ou não a herança,
poderá, em até 20 dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz que, em até 30 dias, o herdeiro se
pronuncie, sob pena de se haver a herança por aceita, ou seja, o silêncio presume a aceitação.
A herança não pode ser aceita parcialmente, ou seja, um herdeiro não pode aceitarsó uma parte daquilo que
lhe cabe. Deve, portanto, aceitar tudo o que lhe cabe ou, então, nada.
Atenção!
A aceitação da herança é irrevogável (irretratável).
Já a renúncia, trata-se de ato no qual o herdeiro, expressamente e por escrito, recusa sua condição de
herdeiro. Perde, assim, seu Direito Sucessório, por livre e espontânea vontade.
A renúncia deve ser feita por escrito e não pode ser por documento particular. Assim, deverá ser feita por:
Expressa 
Tácita 
Presumida 
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Escritura pública
Onde esta é confeccionada em um cartório de notas.
Termo judicial no processo de inventário
O herdeiro declara, em juízo, que não deseja a herança.
A renúncia pode ser dividida em dois tipos:
O herdeiro renuncia à sua quota na herança, que retorna à universalidade para ser distribuída entre os
outros herdeiros.
Quando o renunciante renuncia à sua quota na herança em favor de alguém (por exemplo: outro
herdeiro); porém, essa hipótese não é bem uma renúncia, mas uma cessão, mas é chamada de
renúncia porque a cessão ocorre no documento de renúncia.
Para renunciar, o herdeiro não pode ser civilmente incapaz, interditado.
Não se pode renunciar parcialmente à herança, ou seja, um herdeiro não pode abrir mão só de uma parte
daquilo que lhe cabe. Deve, portanto, renunciar a tudo o que lhe cabe ou, então, nada.
Atenção!
A renúncia da herança é irrevogável (irretratável).
Um efeito da renúncia é que ela não gera o direito de representação. Assim, os netos não sucederão ao avô
se o pai dos netos (filho do avô) renunciar ao seu direito hereditário.
A cessão da herança é a transmissão ou alienação, gratuita ou onerosa, do quinhão que o herdeiro faz a
outrem. O herdeiro aliena para outra pessoa a parte que lhe cabe na herança. Esse outrem pode ser outro
herdeiro ou terceiro (pessoa estranha à herança).
Abdicativa 
Translativa 
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O herdeiro cede sua quota, ou seja, seu quinhão, e não bens específicos. Consequentemente, o cessionário
(adquirente) ocupa a posição do cedente.
Em se tratando de cessão onerosa, o herdeiro, antes de oferecer a terceiros, deve oferecer seu quinhão aos
demais herdeiros, pois a herança se trata de um condomínio indivisível. Trata-se do direito de preferência.
Caso o herdeiro cedente não dê a preferência aos demais herdeiros e aliene sua quota a terceiro, os demais
herdeiros terão 180 dias para tornar seu direito de preferência eficaz e pleitear o desfazimento da cessão a
terceiro (art. 504 do Código Civil).
Esse direito de preferência não é obrigatório se o herdeiro decidir seu quinhão a outro herdeiro. A cessão
deve ser feita por meio de instrumento público (escritura pública).
Atenção!
A cessão é do direito de herança, mas não da posição de herdeiro; assim, o adquirente não se torna
herdeiro.
A aceitação, a renúncia e a cessão da herança somente poderão ocorrer após a abertura da sucessão, ou
seja, não podem ser praticadas com o autor da herança ainda vivo, sob pena de nulidade por pacta corvina
(art. 426).
Abertura da sucessão
Abertura da sucessão e herança jacente e
vacante
Abre-se a sucessão imediatamente no momento da morte do titular do conjunto de bens a ser transmitido.
Ou seja, com o último expiro, os possíveis herdeiros se tornam proprietários dos bens deixados pelo
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herdeiro. Essa investidura é chamada de princípio de saisine, direito de saisine ou saisinèe.
A saisine é a abertura da sucessão imediatamente após a morte do de cujus. Todos
os herdeiros se tornam proprietários da herança, conforme art. 1.784: “Aberta a
sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários”.
A abertura da sucessão é a aquisição imediata da propriedade da herança ou do legado pelos herdeiros ou
legatários, respectivamente.
A herança é o objeto da sucessão. É o conjunto dos bens deixados pelo de cujus e ela compreende os ativos
e os passivos do morto. Veja mais informações dos ativos e passivos a seguir:
Ativos
Direitos reais (propriedade, superfície, direito real do promitente comprador etc.) e créditos a receber
(situações em que o de cujus tem créditos perante outras pessoas).
Passivos
Dívidas que o de cujus teria a pagar e que foram constituídas em vida.
Por isso existe o seguinte:
Herança positiva
É o que ocorre quando, após serem pagos os débitos do de cujus com os bens da herança, havendo sobra
de bens, esta sobra será dividida entre os herdeiros.
Herança negativa
Quando as dívidas deixadas pelo de cujus são de valor igual ou superior ao valor dos bens da herança, de
modo que não sobrará bens no acervo hereditário a serem distribuídos entre os herdeiros.
Saiba mais
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A herança, por vezes, é chamada de espólio, monte mor e acervo hereditário.
A sucessão a título singular não é herança; é como se fosse uma “doação para depois da morte” (post
mortem).
Para os casos de um de cujus casado ou convivente (união estável), preliminarmente é necessário resolver a
meação, a depender do regime de bens. Existe possível meação nos seguintes regimes de bens:
1. Comunhão universal;
2. Comunhão parcial;
3. Participação final nos aquestos;
4. Separação legal, conforme entendimento da Súmula nº 377 do STF, que o “transformou”, praticamente,
em uma comunhão parcial.
Meação é divisão (partilha) dos bens que compõem a comunhão dos casados e companheiros. Na meação,
50% dos bens do casal pertencem a cada um dos cônjuges e companheiros.
Os 50% que correspondem ao cônjuge ou companheiro morto é que constituem a herança a ser partilhada
entre seus herdeiros, juntamente com possíveis bens particulares que deixou e que não integram a
comunhão. O viúvo retira sua parte do total (meação) e os herdeiros seguem com a herança, que será o
somatório da meação correspondente ao de cujus e dos bens particulares (que não integram a comunhão).
Há casos em que um indivíduo deixa herança, porém, não tem herdeiros (legítimos ou testamentários). Essa
herança é chamada de jacente.
Quando alguém morre sem deixar testamento ou herdeiro legítimo (descendentes, ascendentes, irmãos,
tios, sobrinhos, cônjuge, primos) conhecido, os bens da herança:
1. Serão arrecadados, ou seja, levantados, inventariados, identificados;
2. Colocados sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega a um possível herdeiro que
surja e seja devidamente habilitado;
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3. Não aparecendo um herdeiro, serão declarados herança vacante.
Feitas as diligências de arrecadação dos bens e finalizando, assim, a fase de inventário, serão expedidos
editais para tornar pública a existência da herança. Se dentro do prazo de um ano, contado da primeira
publicação dos editais, não havendo herdeiro habilitado, será a herança declarada vacante.
Vacância é a declaração judicial de que uma herança não tem a quem ser distribuída.
Ou seja:
Jacente
É a herança que não tem herdeiros habilitados após a morte do de cujus para darem início ao inventário e à
partilha.
Vacante
É a herança que está sem herdeiros, após serem realizadas as tentativas de identificação dos herdeiros.
Mesmo na hipótese de herança jacente, é assegurado aos credores o direito de exigir o pagamento das
dívidas reconhecidas deixadas pelo de cujus, nos limites das forças da herança (ou seja, exclusivamente
com a quantidade de bens deixados). Se os bens não forem suficientes, os credores não receberão os
valores a que têm direito.
Decorridos cinco anos da abertura dasucessão (isto é, da morte do titular da herança), os bens arrecadados
passarão ao domínio do município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições,
incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.
Comentário
Também se fala em herança vacante quando todos os chamados a suceder (herdeiros) renunciarem à
herança.
Modos de suceder: direito próprio,
representação e transmissão
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Sucessão por direito próprio
Ocorre quando o titular de um quinhão de uma herança é herdeiro do autor da herança (de cujus). Quem
herda por direito próprio está em iguais condições em relação aos demais herdeiros, tendo quota
semelhante aos demais. Isso significa que a herança é dividida em partes iguais entre todos os herdeiros
por direito próprio.
Porém, foge à regra da igualdade de condições a hipótese de um falecido deixar descendentes e cônjuge ou
companheiro. Nesse caso, haverá diferença de quotas se aqueles descendentes forem comuns ao falecido
e ao cônjuge ou companheiro ou se forem descendentes exclusivos do morto.
Outra situação que foge à regra é o direito de representação, pois os descendentes do herdeiro morto
dividirão entre si a quota de tal herdeiro; não receberão a mesma quota que os demais herdeiros.
Sucessão por direito de representação
É uma substituição que ocorre quando a lei chama certos parentes de um herdeiro pré-falecido (pré-morto)
a suceder em todos os seus direitos sobre a herança de outra pessoa, como se o pré-morto vivo fosse.
Acompanhe o exemplo a seguir:
José é pai de Maria e Carlos. Maria é mãe de João, Ana e Luiz. Maria falece em 2020 e José falece em 2022.
Os filhos de Maria (João, Ana e Luiz) serão chamados a suceder o avô José em representação de sua mãe
Maria, ou seja, a parte da herança de José que caberia a Maria será distribuída aos netos João, Ana e Luiz.
Atenção!
Os representantes dividirão entre si a quota da herança que corresponde ao pré-morto; não será dividida a
herança em partes igual entre herdeiros e herdeiros por representação.
Tomando o exemplo anterior, veja a figura:
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Direito de representação.
O direito de representação somente existe na linha reta descendente (filho, neto, bisneto). Não há direito de
representação de ascendente (pai, avô, bisavô). Ou seja, no exemplo dado, José não teria direito de
sucessão, por representação, se Luiz falecesse (sem deixar herdeiros necessários, obviamente).
Na linha colateral (irmão, sobrinho, tio, primo), somente há direito de representação em favor dos filhos de
irmãos do falecido, ou seja, sobrinhos. Porém, essa representação tem lugar somente se o autor da herança
deixar irmãos como herdeiros.
Sucessão por direito de transmissão
Ocorre quando o herdeiro falece antes de manifestar se aceita ou não a herança de quem é herdeiro. Não é
representação; é transmissão da quota que um herdeiro tem sobre a herança de alguém para seus herdeiros,
por motivo de morte posterior à abertura da sucessão do autor da herança.
Assim, falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa aos seus
herdeiros. Nesse caso, os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que
concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
Excluídos da sucessão: indignidade e
deserdação
Indignidade
Existe a possibilidade de excluir um herdeiro ou um legatário da sucessão, de modo a nada receber. Isso
decorre de atos de ingratidão do possível beneficiário de uma herança ou de um legado.
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Isso ocorre nas seguintes hipóteses do art. 1.814, quando herdeiro ou legatário:
1. For autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso consumado ou tentado contra:
a pessoa do autor da herança (de cujus);
o cônjuge ou o companheiro do autor da herança (de cujus);
ascendente do de cujus; ou
descendente do de cujus;
2. Acusou caluniosamente em juízo o autor da herança (de cujus);
3. Cometeu crime contra a honra do de cujus ou de seu cônjuge ou companheiro;
4. Inibiu ou obstou o autor da herança (de cujus), usando de violência ou meios fraudulentos, de dispor
livremente de seus bens por ato de última vontade.
Esses praticantes de atos de ingratidão são os chamados excluídos da sucessão. Veja alguns pontos
importantes sobre:
A exclusão de herdeiro ou legatário nessas hipóteses é designada de exclusão por
indignidade; logo, as hipóteses do art. 1.814 são casos de indignidade para a herança.
A indignidade deve ser reconhecida e declarada por sentença. Somente após o
reconhecimento judicial da ocorrência de uma das hipóteses de indignidade é que o herdeiro
ou legatário indigno serão excluídos da sucessão.
O interessado tem o prazo de quatro anos, contado da abertura da sucessão, para pleitear a
declaração de indignidade de um herdeiro ou um legatário.
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Na hipótese de herdeiro ou legatário que foram autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso,
consumado ou tentado, contra a pessoa do autor da herança (de cujus), seu cônjuge ou companheiro,
ascendente ou descendente, o Ministério Público tem legitimidade para pleitear judicialmente a exclusão do
herdeiro ou legatário.
Atenção!
A decretação de indignidade e exclusão independe de condenação no juízo criminal. Por isso, se ocorrer, por
exemplo, prescrição na esfera criminal, nada impede a decretação de indignidade.
A exclusão de herdeiro, porém, cria o direito de representação para os descendentes do excluído (art. 1.816).
Isso significa que os efeitos da exclusão são pessoais, ou seja, não passam da pessoa do herdeiro excluído.
Assim, os descendentes do herdeiro excluído o sucederão como se ele morto fosse antes da abertura da
sucessão, tal como ocorre no modo de suceder por representação.
Ainda como punição, o excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a
seus representantes couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens. Isso significa que, caso o
excluído seja herdeiro do representante que recebeu os bens em seu lugar, caso este representante faleça
antes do excluído, o excluído não terá direito de herança ou legada sobre tais bens.
Acompanhe o próximo exemplo:
João é pai de Antônio, que é pai de Carlos. Antônio pratica homicídio doloso contra João e é excluído da
sucessão de João por indignidade (inciso I do art. 1.814). Isso criará o direito de representação para Carlos
(art. 1.816). Antônio não receberá a herança de João, mas seu filho Carlos será chamado a exercer seu
direito de representação e receberá a parte da herança de João que caberia a Antônio. Nesse caso, Antônio
não poderá usufruir e nem administrar esses bens recebidos por Carlos (caso este seja, por exemplo, menor
de idade ou incapaz). Se Carlos falecer antes de Antônio e sem deixar descendentes, Antônio não poderá
receber por herança ou legado os bens que Carlos recebeu da herança de João.
Imagine, agora, que, antes da declaração de indignidade, o futuro herdeiro indigno tenha administrado a
herança ou alienado quota ou bens a terceiros. Nesse caso, serão válidos:

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As alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé.

Os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão.
Contudo, os herdeiros têm direito de exigir perdas e danos do indigno, caso cause prejuízo com as
alienações e os atos de administração.
O excluído da sucessãoé obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver
percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles.
Em caso de legatário ou herdeiro testamentário, havendo sua exclusão, a parte que lhe caberia é acrescida
ao restante da herança e dividida entre os demais herdeiros.
De acordo com o art. 1.818, o herdeiro ou legatário que praticou os atos que ensejam a exclusão da herança,
poderá ser admitido a suceder, se o autor da herança (de cujus) manifeste expressamente sua vontade que
seja reabilitado. É como se fosse um “perdão pela indignidade”. A manifestação de vontade pode ser feita
em um testamento ou em outro documento autêntico, como uma escritura pública.
Atenção!
Não existe reabilitação tácita; sempre deverá ser expressa.
A decretação de herdeiro indigno ocorre judicialmente, por requerimento dos interessados. Há, porém, a
hipótese em que o autor da herança (de cujus) dispõe em testamento a deserdação de herdeiros
necessários. Podem ser deserdados, assim, descentes, ascendentes, cônjuge ou companheiro. Nesse caso,
esses herdeiros (deserdados) são excluídos da sucessão quanto à sua parte legítima.
Deserdação
A deserdação é feita exclusivamente em testamento e por fatos justificados ocorridos durante a vida do
autor da herança.
Mas a deserdação não é ato de mera liberalidade do testador, ou seja, deve constar no testamento
expressamente a declaração da causa. Logo, depende de justificativa e só ocorre em casos específicos. Os
herdeiros que serão beneficiados com a deserdação, pois a parte do deserdado será dividida entre os
outros, devem provar a veracidade da declaração de causa feita pelo testador. O direito de provar a causa da
deserdação se extingue no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.
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Tais casos variam de acordo com quem será o deserdador e quem será o deserdado, como você pode
observar na tabela a seguir:
Herdeiro a ser
deserdado
Testador que
deserdará
Hipóteses
Descendentes Ascendentes
as mesmas hipóteses de indignidade do
art. 1.814;
ofensa física;
injúria grave;
relações ilícitas com madrasta ou com
padrasto; e
desamparo do ascendente em alienação
mental ou grave enfermidade.
Ascendentes Descendentes
as mesmas hipóteses de indignidade do
art. 1.814;
ofensa física;
injúria grave;
relações ilícitas com mulher ou
companheira do filho ou do neto;
relações ilícitas com o marido ou
companheiro da filha ou da neta;
desamparo do filho ou neto com
deficiência mental ou grave enfermidade.
Tabela: Deserdação.
Gilberto Fachetti Silvestre.
A deserdação depende de testamento válido. Se o testamento for inválido, a deserdação também será
inválida.
Somente pode ser deserdado um herdeiro necessário. Quanto aos outros herdeiros, tem-se:
Herdeiro testamentário, nomeado herdeiro antes do ato que enseja deserdação: Basta o testador revogar
o testamento.
Legatário nomeado em testamento ou legado: Basta revogar a disposição ou revogar o testamento ou
legado.
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Herdeiro não necessário (irmão, sobrinho, tio, primo): Basta confeccionar um testamento ou legado
destinando os bens da herança a outras pessoas.
A causa da deserdação deve ser comprovada judicialmente pelos herdeiros interessados. Depende,
portanto, de confirmação judicial para que a exclusão se efetive.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um neto órfão é amante da esposa do seu avô. Esta é uma hipótese de
Parabéns! A alternativa C está correta.
O caso é exatamente a hipótese estampada no inciso III do art. 1.962 do Código Civil: “autorizam a
deserdação dos descendentes por seus ascendentes: [...] III - relações ilícitas com a madrasta ou com o
A redução de sua quota na herança do avô.
B indignidade.
C deserdação.
D incapacidade hereditária.
E crime contra a honra.
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padrasto”.
Questão 2
É hipótese de deserdação
Parabéns! A alternativa C está correta.
O caso é exatamente a hipótese estampada no inciso I do art. 1.962 do Código Civil: “autorizam a
deserdação dos descendentes por seus ascendentes: [...] I – ofensa física”.
A
herdeiros ou legatários que tiverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio
doloso, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge companheiro,
ascendente ou descendente.
B
herdeiros ou legatários que tiverem sido autores, coautores ou partícipes de tentativa de
homicídio doloso, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente.
C ofensa física.
D
herdeiros ou legatários que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o
autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
E inimizade capital.
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2 - Sucessão legítima
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as principais formas de
sucessão.
Sucessão legítima
De�nição de sucessão legítima
Sucessão legítima
Antes de iniciarmos o conteúdo, fique com a explanação do conceito de sucessão legítima e as espécies de
herança.

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Toda sucessão possui duas partes: a herança legítima e a herança disponível. Vejamos a definição de cada
uma delas:
Herança legítima
Os primeiros 50% do patrimônio devem ser reservados pela pessoa para serem destinados aos seus
herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge ou companheiro). Essa é a chamada herança
legítima e a parte reservada obrigatoriamente é chamada de legítima.
Herança testamentária
Os outros 50% podem ser dispostos livremente, ou seja, destinados para qualquer outra pessoa (inclusive
um herdeiro necessário). Nesse caso, o autor da herança deve celebrar um testamento, destinando uma
quota da herança para quem deseja beneficiar. O beneficiado será o herdeiro testamentário.
Se, porém, o autor da herança deseja destinar um ou mais bens específicos para um beneficiário, poderá
fazê-lo por meio de um legado ou testamento. Mas, nesse caso, o beneficiário não será um herdeiro, mas
um legatário. Portanto, não há que se falar em herança aqui.
A sucessão legítima tem lugar em duas hipóteses:
1. Quando o autor da herança não deixa testamento ou legado.
2. Quando o autor da herança deixa testamento ou legado de até 50% da parte disponível da herança,
cabendo à herança legítima a parte não disposta em testamento.
Assim, sucessão legítima é aquela em que parentes e o cônjuge ou
companheiro recebem quotas da herança com a abertura da sucessão.
A sucessão legítima decorre da lei, é criada pela lei, conforme art. 1.786: “A sucessão dá-se por lei ou por
disposição de última vontade”. A sucessão por disposição de última vontade é aquela planejada pelo autor
da herança em testamento ou legado. Não havendo testamento, a sucessão é disciplinada pela lei, que é a
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sucessão legítima. Havendo testamento e parte da herança que não foi testada ou legada, esta parte é
considerada herança legítima.
Havendo testamento nulo ou ineficaz, a parte testada será revertida à parte legítima (art. 1.788). Assim:
1. Se uma pessoa morrer sem testamento, sua herança se transmite, por força de lei, aos herdeiros
legítimos (art. 1.829);
2. Se uma pessoa morrer com testamento, os bens que não forem compreendidos no testamento serão
transmitidos, por força de lei, aos herdeiroslegítimos;
3. Se o testamento caducar ou for julgado nulo, a parte testada será transmitida, por força de lei, aos
herdeiros legítimos.
O art. 1.829 do Código Civil elenca quais são os parentes que participam da herança legítima. Essa
sucessão legítima acontece em uma ordem de prioridade, em que uma classe afasta a outra. São herdeiros
legítimos, nesta ordem:
1. Os descendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente (obs.: há
especificidades, conforme entendimento do STF);
2. Os ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro;
3. O cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou companheiro supérstite); e
4. Os colaterais.
Em maio de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou os Recursos Extraordinários nº 646.721 e nº
878.694 e decidiu que “No sistema constitucional vigente, é inconstitucional a distinção de regimes
sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime
estabelecido no art. 1.829 do CC/2002”.
Antes desse julgamento, a sucessão do companheiro era diferenciada e menos favorável que a sucessão do
cônjuge. Era regida pelo art. 1.790 e o companheiro poderia receber frações diferentes, a depender da
existência de filhos comuns ou não.
Foi o que o STF disse que é inconstitucional. A partir disso, a sucessão do companheiro foi equiparada à do
cônjuge e passou a ser regida pelo art. 1.829. Assim, no art. 1.829, onde se lê apenas “cônjuge”, deve-se ler,
na realidade, “cônjuge ou companheiro”.
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O cônjuge e o companheiro
O cônjuge e o companheiro como herdeiros
Para entender a sucessão pelo cônjuge ou companheiro, é preciso, antes, entender como funcionam os
regimes de bens. Sistematizando:
Vários graus de parentesco.
Comunhão universal
Regime da comunhão parcial.
Comunhão parcial
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Regime da separação.
Separação total
Participação final dos aquestos.
Participação �nal nos aquestos
Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge ou ao
companheiro sobrevivente. A situação se torna complexa, porém, quando o cônjuge ou companheiro
concorrem com descendentes e ascendentes na herança. Aí a sistemática fica diferente e dependerá do
regime de bens, especialmente quando concorre com os descentes.
O inciso I do art. 1.829 estabelece que a sucessão legítima é deferida aos descendentes, em concorrência
com o cônjuge ou o companheiro sobrevivente, salvo se casado ou convivendo este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se,
no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares.
Quando o inciso I do art. 1.829 dispõe que o cônjuge ou o companheiro concorre com os descentes, há o
estabelecimento de algumas exceções (“salvo se”). Veja as exceções:
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1. O cônjuge ou o companheiro não sucede se for casado no regime da comunhão universal. Ou seja,
cônjuge ou companheiro casado na comunhão universal não é herdeiro em concorrência com os
descendentes; é excluído: recebe sua meação e nada recebe a título de herança, exceto se não existirem
descendentes e ascendentes;
2. O cônjuge ou o companheiro e o autor da herança forem casados no regime da separação obrigatória,
imposto pela lei nas seguintes hipóteses de casamento entre pessoas que (art. 1.641):
casarem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
um dos nubentes tem 70 anos ou mais; ou
dependem, para casar, de suprimento judicial; ou
3. O cônjuge ou o companheiro e o autor da herança forem casados no regime da comunhão parcial, mas o
de cujus não deixou bens particulares excluídos da comunhão.
Observe, então, que o cônjuge ou companheiro, quando concorrer com os descendentes, somente terá
direito à herança se for casado na comunhão parcial, na separação total e na participação final dos
aquestos.
Nesses regimes, os cônjuges podem produzir um patrimônio próprio, exclusivo, excluídos da comunhão. Daí
ocorrerá o seguinte:
1. É feita a partilha dos bens comuns (comunhão) para que o cônjuge ou companheiro supérstite receba
sua meação;
2. Se o cônjuge ou companheiro falecido deixar bens particulares, excluídos da comunhão, então o cônjuge
ou o companheiro, quando concorrer com os descendentes, terá direito à herança sobre esses bens
particulares; ou
3. Quanto à meação que caberia ao de cujus, o cônjuge ou o companheiro não terá direito à herança; essa
massa patrimonial será dividida apenas entre os descendentes, exceto se o de cujus não tiver
ascendentes ou descendentes.
Na classe do cônjuge ou companheiro, para ter direito de herança sobre o patrimônio do cônjuge ou do
companheiro morto, ele e o cônjuge ou o companheiro sobrevivente, na época da morte do outro (abertura
da sucessão), não podem estar separados judicialmente ou de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste
caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que
sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente
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dos herdeiros com que concorrer.
Quando o cônjuge ou o companheiro concorrer com ascendentes, deve-se observar as seguintes regras:
1. Se o cônjuge ou o companheiro concorrer com ascendente em 1º grau do de cujus, o cônjuge ou o
companheiro terá direito a um terço da herança;
2. Se o de cujus tiver somente um ascendente vivo, então o cônjuge ou o companheiro terá direito à metade
da herança; e
3. Se o ascendente do de cujus for de grau acima do primeiro, então, o cônjuge ou o companheiro terá
direito à metade da herança.
Herdeiros necessários
Herdeiros necessários são aqueles para quem, obrigatoriamente, devem ser reservados pelo menos 50% da
herança. Assim, pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, a qual
constitui a legítima.
São herdeiros necessários:
Descendentes
Filhos, netos, bisnetos etc.
Ascendentes
Pai, avô, bisavô etc.
Cônjuge
Ou companheiro.
A legítima é calculada sobre o valor dos bens que existirem na época da abertura da sucessão, após pagas
as dívidas e as despesas do funeral.
Um herdeiro necessário pode ser beneficiado em testamento por valores a mais. Isso significa que o
herdeiro necessário a quem o testador deixar a sua parte disponível ou algum legado, não perderá o direito à
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legítima. Tal valor recebido em testamento não é descontado ou compensado da quota a que o herdeiro tem
direito na legítima.
Quanto a isso, imagine a seguinte situação:
Luiz tem três filhos: Maria, Ana e João. Como são seus descendentes, Luiz deve, obrigatoriamente, reservar
50% do seu patrimônio para a herança de Maria, Ana e João, pois, como filhos, são herdeiros necessários.
Logo, obrigatoriamente, deve existir a legítima na herança (pelo menos 50%) que será deixada para Maria,
Ana e João.
Porém, na parte disponível (os outros 50% do patrimônio), João concede a metade para sua filha Maria, em
testamento. Assim, em testamento, João deixa a metade da parte disponível do patrimônio para Maria, o
que corresponde a 25% do total da herança.
Logo, a outra metade da parte disponível (25%) sobrará para ser incorporada à legítima e, assim, ser
distribuída entre os herdeiros legítimos-necessários.
Observeo esquema abaixo:
Exemplo de herança necessária.
Veja, então, a seguinte divisão:
A parte legítima será dividida em três partes, cada uma delas para cada um dos herdeiros legítimos-
necessários.
Nessa parte, cada herdeiro terá uma quota de 16,7% sobre o total da herança. Os beneficiários são então:
Maria
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Quota de 16,7%
Ana
Quota de 16,7%
João
Quota de 16,7%
Já a parte disponível será dividida em duas partes:

Metade será exclusivamente de Maria, conforme vontade de Luiz em testamento.

Metade entre todos os herdeiros (inclusive Maria), pois será incorporada à legítima, já que não foi disposta
em testamento por Luiz para alguém.
Quantos aos beneficiários, teremos:
Maria
Receberá a metade da metade disponível, o que corresponde a 25% do total da herança.
Maria, Ana e João
Cada um receberá a terça parte (1/3) da metade da metade disponível, que não foi destinada por Luiz em
testamento para ninguém. Isso corresponde a quotas de 8,3% do total da herança.
Esmiuçando as quotas de Maria, Ana e João, temos as seguintes divisões:
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Esse exemplo demonstra a importância da legítima, a força da herança necessária e a possibilidade de um
herdeiro ser mais favorecido que os demais. Porém, esse favorecimento não é ilícito e é admitido pela lei.
Quanto aos parentes colaterais (irmãos, sobrinhos, tios e primos), estes não são herdeiros necessários.
Logo, uma pessoa que não tem ascendentes, descendentes e cônjuge ou companheiros pode dispor,
livremente, do total de sua herança para qualquer pessoa. Não deverá reservar qualquer quota para seus
parentes colaterais.
Maria
50%
16,7%: quota a que tem direito, como herdeira necessária, sobre a parte legítima;
25%: quota a que tem direito por causa do testamento de Luiz, que atribuiu valores a mais
na herança;
8,3%: parte que dividirá com os irmãos sobre a metade da parte disponível que não foi
disposta em testamento por Luiz.
Ana
25%
16,7%: quota a que tem direito, como herdeira necessária, sobre a parte legítima;
8,3%: parte que dividirá com os irmãos sobre a metade da parte disponível que não foi
disposta em testamento por Luiz.
João
25%
16,7%: quota a que tem direito, como herdeira necessária, sobre a parte legítima;
8,3%: parte que dividirá com os irmãos sobre a metade da parte disponível que não foi
disposta em testamento por Luiz.
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Caso uma pessoa não queira que seus parentes colaterais recebam a herança que pode deixar, deverá
celebrar um testamento no qual destina seus bens a outros beneficiários. É o que dispõe o art. 1.850 do
Código Civil: “Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu
patrimônio sem os contemplar”.
Ordem de vocação hereditária
Ordem de recebimento da herança
O art. 1.829 estabelece uma ordem para recebimento de herança entre os herdeiros legítimos:
1. Os descendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente;
2. Os ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro;
3. O cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou companheiro supérstite);
4. Os colaterais.
A ordem de vocação hereditária estabelece:
1. Quais herdeiros têm direito de suceder na herança;
2. A ordem de preferência entre as classes de parentesco e de graus para uns na falta dos outros;
3. A concorrência entre herdeiros sobre a herança, caso haja classes de herdeiros concomitantes e que não
se excluem (ex.: cônjuge sobrevivente e filhos).
A lei estabelece, no art. 1.829, uma ordem de prioridade ou preferência. Essa é a ordem de vocação
hereditária. Herdeiros de classes e graus de parentesco mais próximos excluem os herdeiros de classes e
graus de parentesco mais remotos, bem como a linha reta prefere a linha colateral.
Cada classe e grau terá regras próprias de sucessão.
Na classe dos descendentes, aqueles de grau mais próximo excluem os mais remotos.
Exemplo
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Havendo filhos e netos, somente os filhos terão direito à herança.
Há a exceção do direito de representação, pelo qual se um filho é pré-morto ao avô, o neto representará o pai
na herança do avô.
Em regra, os filhos sucedem por cabeça, ou seja, todos eles recebem a herança dividida por igual. Mas se
houver direito de representação, a sucessão é por extirpe, ou seja, a quota da herança que caberia ao
herdeiro pré-morto será dividida por cabeça entre seus herdeiros.
Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão, não havendo tratamento
diferenciado em caso de descendente adotado ou havido fora do casamento ou da união estável.
Dica
Lembre-se de que os descendentes podem concorrer com o cônjuge ou o companheiro sobrevivente.
Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, sendo que os ascendentes de grau
mais próximo excluem os de graus mais remotos.
Dica
Lembre-se de que os ascendentes podem concorrer com o cônjuge ou o companheiro sobrevivente.
Havendo ascendentes do mesmo grau na linha paterna e na linha materna, a herança será dividida pela
metade:
50%
Para ascendentes do mesmo grau da linha paterna (ascendentes do “lado do pai”).
50%
Para ascendentes do mesmo grau da linha materna (ascendentes do “lado da mãe”).
Mas se os graus das linhas forem diferentes, então, a herança será exclusiva do ascendente de grau mais
próximo. Veja o exemplo a seguir:
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Maria é filha de João e de Ana. João é filho de Carlos e Glória. Ana é filha de Antônio e Luíza. João é
falecido. Morrendo Maria sem cônjuge ou companheiro e sem descendentes, Ana receberá toda a herança
de sua filha, pois Ana é o 1º grau de parentesco na linha reta. Os avós paternos de Maria são parentes em 2º
grau na linha reta.
Logo, o ascendente de grau mais próximo exclui todos os outros ascendentes de grau posterior. Imagine,
agora, nesse mesmo exemplo, que os pais de Maria são falecidos. Os avós maternos também são falecidos.
Os avós paternos são vivos. Porém, a bisavó materna de Maria é viva. Assim, na linha reta ascendente,
Maria tem os seguintes parentes em grau:

2º grau
Avós paternos

3º grau
Bisavó materna
Morrendo Maria, somente seus avós paternos receberão sua herança, pois são o grau mais próximo.
Relembrando
“Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente”.
No mesmo exemplo, imagine que os pais de Maria são falecidos. Seus avós maternos são vivos. Sua avó
paterna é viva, mas seu avô paterno é morto. Assim, Maria tem ascendentes:

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De 2º grau na linha materna
Avós paternos.

De 2º grau na linha paterna
Glória.
Como Maria tem ascendentes do mesmo grau em ambas as linhas (paterna e materna), sua herança será
assim dividida:
50%: Antônio e Luíza (avós maternos). Nesse caso, Antônio e Luíza dividirão entre si, por cabeça, a parte
que recebem, de modo que Antônio receberá 25% sobre o todo da herança de Maria e Luíza receberá 25%
sobre o todo; e
50%: Glória (avó paterna). Como seu esposo Carlos é morto, não há como receber qualquer parte.
Dica
Lembre-se! Sempre na hipótese de Maria não ter cônjuge ou companheiro sobrevivente e descentes.
Já na linha colateral (irmão, sobrinho, tio, primo), eles são chamados a suceder na herança legítima somente
se as classes anteriores da ordem de vocação não existirem ou tiverem renunciado à herança.
Porém,há limite de grau de parentesco nessa linha colateral: os herdeiros colaterais legítimos vão até o
quarto grau.
Veja como calcular o grau de parentesco colateral:
1. Toma-se o parente ancestral comum entre os parentes que se quer descobrir o grau; coloca-se as
gerações intermediárias;
2. Colocam-se os parentes em posição de descendência na geração intermediária;
3. Conta-se a geração.
Por exemplo, primos são parentes de 4º grau. Inclusive, é possível perceber que entre tios e sobrinhos o
parentesco é de 3º grau. Veja a imagem:
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Parentesco de 3º e 4º graus.
Veja, agora, o cálculo dos graus entre parentes distantes:
Então, os colaterais até 4º grau são herdeiros. Esse grau não tem um parente fixo, pois depende da
ancestralidade.
Também aqui os colaterais mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação
concedido aos filhos de irmãos. Filhos de outros parentes não têm direito de representação, como o filho de
um primo. Mas o sobrinho tem direito de representação se seu pai (irmão do autor da herança) for pré-morto
em relação ao tio de cujus.
Existe, porém, uma diferença na distribuição da herança, dependendo do tipo de irmão do autor da herança.
São tipos de irmãos:
Bilaterais ou germanos
Têm o mesmo pai e a mesma mãe.
Unilaterais
Têm em comum somente o pai ou somente a mãe.
Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um dos irmãos unilaterais
herdará metade do que cada um dos irmãos bilaterais herdar. Porém, não concorrendo à herança irmão
bilateral, os unilaterais herdarão em partes iguais entre si.
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Na falta de irmãos vivos do de cujus, herdarão a herança:
1. Os sobrinhos do de cujus (filhos dos irmãos). Neste caso, os sobrinhos herdam por cabeça, ou seja,
dividem entre si em partes iguais a herança do tio;
2. Os tios do de cujus, caso não existam sobrinhos.
Se todos os sobrinhos forem filhos de irmãos bilaterais ou todos os sobrinhos forem filhos de irmãos
unilaterais, todos os sobrinhos herdarão por igual, ou seja, a herança será dividida em partes iguais.
Se concorrem sobrinhos filhos de irmãos bilaterais com sobrinhos filhos de irmãos unilaterais, a divisão
será: cada um dos sobrinhos filhos de irmãos unilaterais herdará a metade do que herdar cada um dos
sobrinhos filhos de irmãos bilaterais.
Não sobrevivendo cônjuge ou companheiro, nem algum parente da ordem de vocação hereditária, ou tendo
os herdeiros renunciado à herança, esta se torna jacente e será declarada vacante. Nesse caso, os bens da
herança serão entregues ao município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições,
ou à União, quando situada em território federal.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Marque a opção que corresponda à ordem para o recebimento entre os herdeiros legítimos prevista no
Código Civil.
A
1º os descendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente; 2º
os ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro; 3º o cônjuge ou o
companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou companheiro supérstite);
4º os colaterais.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
O art. 1.829 estabelece uma ordem para recebimento de herança entre os herdeiros legítimos:
1. os descendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente;
2. os ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro;
3. o cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou companheiro
supérstite); e
4. os colaterais.
Questão 2
É herdeiro legítimo
B
1º os ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro; 2º os
descendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente; 3º o
cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou companheiro
supérstite); 4º os colaterais.
C
1º os colaterais; 2º os ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro;
3º os descendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente; 4º o
cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou companheiro
supérstite).
D
1º o cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou
companheiro supérstite); 2º os descendentes, em concorrência com o cônjuge ou
companheiro sobrevivente; 3º o cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também
chamado de cônjuge ou companheiro supérstite); 4º os colaterais.
E
1º o cônjuge ou o companheiro sobrevivente (também chamado de cônjuge ou
companheiro supérstite); 2º os colaterais; 3º os descendentes, em concorrência com o
cônjuge ou companheiro sobrevivente; 4º o cônjuge ou o companheiro sobrevivente
(também chamado de cônjuge ou companheiro supérstite).
A
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Parabéns! A alternativa B está correta.
O STF julgou nos Recursos Extraordinários nº 646.721 e nº 878.694 que a sucessão do companheiro é
equiparada à do cônjuge e passou a ser regida pelo art. 1.829.
3 - Sucessão testamentária
o ex-companheiro, após realizada divisão de bens da dissolução da união.
B o companheiro.
C o ex-marido, após realizada divisão de bens do divórcio.
D a madrinha de consideração.
E o filho do primo.
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Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os elementos
essenciais de um testamento.
Sobre o testamento
Testamento
Você conhece as regras do testamento e suas características? Acompanhe no vídeo a seguir.
Características do testamento
A sucessão testamentária se funda no testamento, um negócio jurídico baseado nas seguintes
características:
O testamento se funda na vontade do testador de deixar para uma pessoa uma quota da sua
herança, para depois da sua morte; se um testamento for celebrado mediante erro, dolo ou coação,
será nulo.

Voluntariedade 
Exclusividade 
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O testamento é ato personalíssimo, ou seja, somente pode ser celebrado pelo autor da herança, o
futuro de cujus.
Para sua celebração, basta que o autor da herança manifeste sua vontade, independentemente da
vontade do herdeiro testamentário; somente após a morte do testador é que o herdeiro
testamentário aceitará ou não a herança, mas para ser celebrado e existir, a vontade do herdeiro não
importa, somente a do autor da herança.
Ao elaborar um testamento, o autor da herança não pode exigir nada do herdeiro para seu benefício;
pode impor encargos ao herdeiro perante terceiros, mas em benefício do próprio testador, não.
O testamento deve ser feito por escrito, por escritura pública ou particular, contando com a leitura em
voz alta perante testemunhas.
A qualquer momento, o testador poderá revogar o testamento e retirar sua eficácia,
independentemente de autorização daquele que seria beneficiado.
Pelo testamento, a pessoa pode dispor de seu patrimônio total ou parcialmente. Se tiver herdeiros
necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge ou companheiro), deve reservar, obrigatoriamente, a
parte legítima, que corresponde a 50% do seu patrimônio. Os outros 50% compõem a parte disponível e o
autor da herança pode dela dispor livremente.
Unilateralidade 
Gratuidade 
Solenidade 
Revogabilidade 
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Se o testador não tiver herdeiros necessários, então, poderádispor de 100% do seu patrimônio em favor de
um ou mais herdeiros testamentários. Pode até dispor de apenas uma parte (por exemplo: 30%) e o restante
será dividido entre os outros herdeiros legítimos.
Veja os exemplos a seguir para melhor entendimento:
João é pai de Maria e Carlos. Deixa em testamento 50% de seu patrimônio em favor do seu
amigo Antônio. A sucessão testamentária é válida, pois restou garantida a parte legítima para
Maria e Carlos e a parte disponível foi livremente atribuída a Antônio.
João é pai de Maria e Carlos. Deixa em testamento 75% de seu patrimônio em favor do seu
amigo Antônio. Observe que o testamento extrapolou em 25% o percentual da parte
disponível, ou seja, foram retirados bens que obrigatoriamente deveriam ser de Maria e
Carlos. Nesse caso, a sucessão testamentária poderá prosseguir, mas será anulado o
excedente que extrapolou a parte disponível. Assim, para garantir a legítima de Carlos e Maria,
a quota testamentária de Antônio será reduzida para 50% e os 25% excedentes passarão a
integrar a legítima para ser dividida entre Maria e Carlos.
João não é casado e não tem ascendentes, nem descendentes vivos. Tem, porém, uma tia,
Ana. João deixa em testamento 100% de seu patrimônio em favor do seu amigo Antônio. O
testamento é válido porque Ana não é herdeira necessária. Como consequência, João não
precisa reservar, obrigatoriamente, 50% do seu patrimônio (parte legítima) para sua tia,
podendo dispor de 100% dos seus bens livremente.
João não é casado e não tem ascendentes, nem descendentes vivos. Tem, porém, uma tia,
Ana. João deixa em testamento 80% de seu patrimônio em favor do seu amigo Antônio. O
testamento é válido, pois Ana não é herdeira necessária e não há obrigatoriedade de reserva
da parte legítima. Mas restaram 20% do patrimônio de João, pois o testamento abrangeu
80% d h N A á h d d 20% t t i é
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Observe que, embora toda pessoa capaz possa dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens ou de
parte deles, para depois de sua morte, a legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no
testamento.
Mas um testamento não serve, apenas, para dispor de patrimônio. Ele pode ter cláusulas de caráter não
patrimonial, por exemplo, o reconhecimento de filhos.
É possível, ainda, dispor de bens por ato de última vontade chamado codicilo. Toda pessoa capaz de
celebrar um testamento poderá fazer um codicilo.
Codicilo é o ato feito em instrumento particular datado e assinado, no qual a pessoa faz disposições
especiais sobre:
1. Seu enterro;
2. Esmolas de pouca monta a serem entregues a:
certas e determinadas pessoas; ou
indeterminadamente aos pobres de certo lugar; e
3. Presentear pessoas com móveis, roupas ou joias de pouco valor e de seu uso pessoal.
Se estiver fechado o codicilo, falecido o autor da herança, o codicilo será apresentado ao juiz, que o abrirá e
o fará registrar, ordenando que seja cumprido.
Capacidade de testar e os tipos de
testamento
Quem pode testar?
apenas 80% da herança. Nesse caso, Ana será chamada a suceder nos 20% restantes, pois é
herdeira legítima da parte que não foi testada.
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Para celebrar um testamento, é preciso ter capacidade de testar. Veja a sistematização:
Podem testar Não podem testar
os maiores de 16 anos;
aqueles que não estejam
interditados;
aqueles que têm o pleno
discernimento no momento
de fazer o testamento.
os absolutamente incapazes (menores de 16 anos);
os relativamente incapazes (art. 4º do Código Civil)
interditados (ou seja, se são os interditados, então, não
entra nessa hipótese os maiores de 16 anos e menores
de 18 anos);
aqueles que não têm o pleno discernimento no
momento de fazer o testamento.
Tabela: Capacidade para testar.
Gilberto Fachetti Silvestre.
Atenção!
A incapacidade do testador posterior à celebração do testamento não invalida o testamento. O testamento
feito por um incapaz não será validado se o testador recuperar sua capacidade após ter feito o testamento
inválido.
Quais são os tipos de testamento?
Existem vários tipos de testamento, os quais podem ser divididos em dois grupos:
Testamentos ordinários
Público
Cerrado
Particular
Testamentos especiais
Marítimo
Aeronáutico
Militar
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A seguir, apresentaremos as características dos testamentos ordinários, que são os mais praticados e os
mais importantes para os profissionais do Direito, veja:
Aquele que é celebrado perante oficial do registro civil, em cartório. É redigido e assinado pelo oficial,
que lhe confere fé pública. Esse testamento é lacrado e somente poderá ser aberto no inventário.
O procedimento de confecção é o seguinte:
Presença de pelo menos duas testemunhas, que não podem ser pessoas beneficiadas no
testamento ou outras pessoas que tenham interesse na herança, como os herdeiros legítimos;
O testador ditará as disposições para o oficial do registro;
O oficial do registro reduz a termo o que foi manifestado pelo testador;
O oficial lê em voz alta o texto do testamento, perante as testemunhas;
Assinatura do documento pelo testador, pelas testemunhas e pelo oficial.
Excepcionalmente, dependendo do estado de saúde do testador, o testamento poderá ser redigido
em outros locais que não a sede do cartório, por exemplo, no hospital, na casa do testador.
É aquele redigido pelo próprio testador ou por alguém a seu pedido. Esse testamento é secreto e
ficará lacrado até o início do inventário. O documento pode ser escrito de próprio punho ou digitado.
Posteriormente, esse testamento é lavrado em cartório para que o oficial lavre seu termo de
aprovação perante duas testemunhas. O objetivo desse ato é dar autenticidade e fé pública ao
documento redigido pelo testador.
Aquele redigido de próprio punho ou digitado pelo testador. O documento não pode conter rasuras e
espaços em branco.
Público 
Cerrado 
Particular, privado ou hológrafo 
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Esse testamento deve ser lido perante três testemunhas e será assinado pelo testador e pelas
testemunhas. Ele será validado no inventário, com a presença das testemunhas.
Disposições testamentárias
O testamento é escrito no formato de cláusulas. Quando uma cláusula testamentária compreender
interpretações diferentes, deve prevalecer a interpretação que melhor assegure a observância da vontade do
testador. Veja o exemplo a seguir:
João tem quatro irmãos, Maria, José, Luiz e Ana, com os quais sempre se relacionou bem e a quem sempre
ajudou. João, em testamento, fez constar várias cláusulas que beneficiavam os quatro irmãos. Todas as
vezes que se referia a eles, João mencionava os nomes completos de Maria, José, Luiz e Ana, não
escrevendo “meus irmãos”. Mas a cláusula X ficou com a seguinte redação: “Deixo meus bens imóveis para
meus irmãos”.
Não se utilizou os nomes completos de Maria, José, Luiz e Ana.
Essa cláusula bene�cia os quatro irmãos (Maria, José, Luiz e Ana) ou
bene�cia apenas os irmãos homens (José e Luiz)?
A dúvida é razoável, pois nas outras cláusulas ele redigia o nome completo de todos os irmãos.
Considerando que nas outras cláusulas João beneficiava os quatro irmãos e considerando a boa relação
que teve com eles em vida, é possível concluir que sua vontade sempre foi a de beneficiar, igualmente, todos
os seus quatro irmãos. Essa é uma interpretação para a cláusula X que parece melhor se aproximar da
vontade do testador.
A invalidade de uma cláusula do testamento por causa de alguma disposição não gera a nulidade de todo o
testamento, exceto se se tratar da disposição mais importante do ato, ouseja, uma cláusula essencial.
Aplica-se a redução do negócio jurídico nulo: “Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade
parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da
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obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal”.
Nesse caso, anula-se apenas a disposição.
Será nula a disposição testamentária que:
1. Instituir um herdeiro ou um legatário exigindo que este favorecido, também por meio de um testamento,
nomeie o testador ou um terceiro como seu herdeiro (ou seja, exigir herança testamentária recíproca);
2. Instituir como herdeiro uma pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar;
3. Favorecer pessoa incerta, dando poderes a terceiro para determinar a identidade do herdeiro
testamentário (afinal, o testamento é ato personalíssimo);
4. Deixar a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado, ou seja, a determinação de valores
cabe ao próprio testador;
5. Favoreça as seguintes pessoas que não podem ser nomeadas herdeiras nem legatárias:
aquele que, a pedido do testador, escreveu o testamento, mesmo que tal subscritor seja seu
cônjuge ou companheiro, seus ascendentes ou seus irmãos;
as testemunhas do testamento;
o concubino (“amante”) do testador casado, salvo se o testador estiver separado de fato do cônjuge
há mais de cinco anos e não tiver sido o culpado de tal separação;
o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer o testamento;
aqueles que não estão legitimados a suceder.
Em testamento, é possível constar uma disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos
particulares de caridade ou dos estabelecimentos de assistência pública. Eis algumas observações
importantes sobre:
Nesse caso, as disposições beneficiarão os pobres e os estabelecimentos do lugar do
domicílio do testador ao tempo de sua morte, salvo se manifestamente constar que tinha em
mente beneficiar os de outra localidade.
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Observe o exemplo a seguir para melhor entendimento:
João deixa um testamento que beneficia seu amigo Luiz e seus vizinhos de prédio. Luiz é o herdeiro
individualizado; os vizinhos do prédio são o grupo herdeiro. Luiz receberá 50% da herança e o grupo receberá
os outros 50%. Os vizinhos que compõem o grupo herdeiro dividirão aqueles 50% entre si.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Havendo erro na designação da pessoa do herdeiro ou do legatário, ou havendo erro na
designação da coisa legada, será anulada a disposição. Porém, não será anulada a disposição
se, pelo contexto do testamento, por documentos ou por fatos inequívocos, for possível
identificar a pessoa ou a coisa a que o testador queria se referir.
Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem especificar a parte de cada um, a
partilha será feita por igual entre todos os herdeiros, observada a parte disponível do testador.
Se, porém, o testador nomear herdeiros individualmente e herdeiros coletivamente, a herança
será dividida em quotas iguais entre os herdeiros individuais e o grupo herdeiro.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Se uma pessoa não tem cônjuge ou companheiro, nem ascendentes e descendentes vivos, tendo
somente um primo como parente vivo, essa pessoa poderá beneficiar um amigo com uma quota sobre
sua herança de até
Parabéns! A alternativa A está correta.
Como o testador não tem herdeiros necessários e como primo é herdeiro legítimo, mas não necessário,
a pessoa não precisa reservar legítima e pode dispor de até 100% do seu patrimônio a quem que seja.
Questão 2
A pessoa adquire capacidade para testar a partir dos
A 100%.
B 50%.
C 0.
D 75%.
E 25%.
A 15 anos.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Ver parágrafo único do art. 1.860: “Podem testar os maiores de dezesseis anos”.
Considerações �nais
Este conteúdo constatou quais são as principais regras do Direito de Sucessão, em especial seu papel na
vida patrimonial familiar e seu papel na aquisição de propriedade. A partir daí, demonstrou-se como devem
ser entendidas tais tendências e quais suas consequências.
A abordagem realizada foi destinada a apresentar não somente aspectos teóricos, mas, também e
principalmente, os aspectos práticos.
É preciso ter em mente que os assuntos aqui abordados são matérias discutidas em ações judiciais. Logo, é
um campo fértil de atuação profissional.
d
B 16 anos.
C 18 anos.
D 21 anos.
E 60 anos.

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Podcast
Para encerrar, ouça sobre as características da sucessão legitima e da testamentária.
Referências
DIAS, M. B. Manual das sucessões. 7. ed. Salvador: Juspodivm, 2021.
DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. v. 6. Direito das Sucessões. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
FARIAS, C. C. de; ROSENVALD, N. Curso de Direito Civil. v. 7. Sucessões. 8. ed. Salvador: Juspodivm, 2022.
GONÇALVES, C. R. Direito Civil Brasileiro. v. 6. Direito das Sucessões. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.
TEIXEIRA, A. C. B.; RIBEIRO, G. P. L (Coords.). Manual de Direito das Famílias e das Sucessões. 3. ed. Rio de
Janeiro: Processo, 2017.
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Leia os artigos:
O direito à sucessão dos filhos concebidos “post mortem” no campo da reprodução artificial, de
Emannueli Felix Bueno, publicado pelo IBDFam, em 12 jul. 2021. O artigo discute o Direito Sucessório no
âmbito da reprodução artificial, uma vez que, tendo em vista sua lacuna legislativa, impede o
aperfeiçoamento do Direito ao versar sobre conteúdo grandemente oportuno às famílias brasileiras.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/03182/index.html#imprimir 51/51
Testamento: expressão de última vontade, de Rolf Madaleno, publicado pelo IBDFam, em 4 jan. 2011. O
artigo analisa o direito hereditário como um complexo de princípios, pelos quais é realizada a transmissão
do patrimônio de alguém que deixa de existir, registrando a história dos povos, os mais acalentados
debates entre juristas e filósofos, que buscavam o sentido dessa transmissão por causa da morte.
Herança digital e sucessão legítima – Primeiras reflexões, de Flávio Tartuce, publicado pelo IBDFam, em
27 set. 2018. O artigo analisa as novas tecnologias, especialmente as incrementadas pelas redes sociais e
pelas interações digitais, e as repercussões para o Direito de Sucessão, surgindo intensos debates sobre a
transmissão da chamada herança digital.
Inciso XXX – Direito de Herança. “É garantido o direito de herança”, de Gregory Terry Ubillus e Matheus
Silveira, publicado no portal Artigo Quinto, em 3 dez. 2019. O artigo analisa e discute a perspectiva da
herança no Direito Constitucional, o qual garante que os bens na posse de alguém que venha a falecer
sejam transmitidos a seus respectivos herdeiros legítimos ou testamentários.

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