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Seçã� 1.3: Histopatologi� da� degeneraçõe�, pigmentaçõe� � mineralizaçõe� ● Lembret�: Degenerações são morfofuncionais reversíveis da célula, caracterizadas pelo acúmulo de substâncias no seu interior por alterações bioquímicas. ● Histopatologi� d� degeneraçã� hialin�: presença de proteínas celulares na forma de grupos hialinos condensados ou aglutinados no citoplasma com aspecto homogêneo e eosinófilo (coloração rósea). ● Amiloid�s�: alteração do interstício causada pela deposição de material proteico (substância amilóide). com propriedades refringentes à microscopia (luz polarizada) em coloração Vermelho-Congo, o que a difere de outras degenerações. ● Degeneraçã� gordur�s� o� esteat�s�: caracterizada por hepatócitos, apresenta vacúolos intracitoplasmáticos de tamanhos variados dependendo da extensão e gravidade da esteatose. Casos acentuados desenvolvem grandes vacúolos com bordas bem definidas provocadas pela interface água e gordura nos citoplasmas das células, com núcleos deslocados para a periferia e a arquitetura celular semelhante a um adipócito. ● Métodos histoquímicos e colorações especiais, como Sudan IV e Azul do Nilo, são utilizados para evidenciar os acúmulos por triglicerídeos e se diferenciam das outras degenerações que provocam vacuolização. ● A necrose promove alterações histológicas importantes nas células e tecidos. Destacam-se três importantes fases nucleares: ❖ Picn�s�: núcleo da célula se apresenta encolhido e retraído, enegrecido, homogêneo e redondo. É provocado pela condensação da cromatina. ❖ Cariólis�: o núcleo se apresenta pálido em decorrência da dissolução da cromatina por ação de enzimas nucleares líticas. ❖ Cariorrex�: ruptura da membrana nuclear e os fragmentos enegrecido da cromatina são projetados no citoplasma celular. ● O citoplasma das células se apresenta com coloração rósea forte (eosinofilia em hematoxilina-eosina) e aspecto homogêneo devido à degradação da cromatina e à aglutinação das organelas citoplasmáticas. ● As necroses são classificadas de acordo com o seu agente etiológico e o tecido afetado. ● Alteraçõe� histológica� d� cad� tip� d� necr�s� tecidua�: ● Necr�s� po� coagulaçã� (isquêmic�): manutenção da arquitetura celular por algumas horas ou dias. O citoplasma se apresenta eosinofílico e homogêneo devido a coagulação de proteínas. Os núcleos são picnóticos e os processos de cariólise e cariorrexe também são visualizados. ● Necr�s� liquefativ�: observada no SNC e se apresenta com malácia e liquefeita devido à grande quantidade de lipídeos, representados pela mielina produzida pelos oligodendrócitos, e à pouca quantidade de tecido conjuntivo para dar sustentação ao tecido nervoso. São apresentadas cavidades preenchidas por líquido, substâncias lipídicas e células necróticas que são removidas pela fagocitose pelos macrófagos, passando a ser chamados de células gitter. ● Bió�si�: retirada de um espécime ou fragmento de tecido vivo para determinar a causa e o tipo de lesão associada. ● Célula� gi�e�: macrófagos derivados de monócitos sanguíneos que fagocitam o tecido necrótico do sistema nervoso central e tornam-se “espumosos”. ● Espécime�: exemplar ou amostra de material. ● Maláci�: amolecimento. ● Necro�si�: métodos e técnicas realizadas em um cadáver de forma organizada e padronizada a fim de determinar a causa da morte. ● Necr�s� case�s�: alteração macroscópica do tecido necrosado se assemelha a um queijo e apresenta característica crônica de desenvolvimento. Histologicament�: observa-se granulomas compostos por bactérias, células inflamatórias granulomatosas e gigantes e cápsula de tecido conjuntivo. Observa-se também calcificação distrófica no centro da lesão. ● Principai� agente� etiológic�� d� necr�s� case�s�: bactérias do gêneros Mycobacterium e Corynebacterium, que provocam a tuberculose em mamíferos e seres humanos, e a linfadenite caseosa em pequenos ruminantes. ● Esteatonecr�s� o� necr�s� gordur�s�: observada em enfermidades pancreáticas, como a inflamação, em que há extravasamento de enzimas lipases e digestão do tecido adiposo adjacente. Histologicament�: adipócitos necrosados são eosinofílicos, mas podem se tornar basofílicos se os ácidos graxos reagirem com o cálcio para desenvolver a saponificação. ● Melanin�: importante pigmento endógeno que confere cor à pele, pelos e olhos. É secretada por células denominadas melanócitos na camada basal da pele e fornece proteção para os queratinócitos contra efeitos danosos da radiação ultravioleta. ● Doenças endócrinas, como o hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing), ou neoplasias (melanoma) são situações em que ocorre a hiperpigmentação da pele por depósito excessivo de melanina. ● Albinism�: hipopigmentação dos órgãos e tecidos provocada pela redução de melanina causada pela deficiência da enzima tirosinase que converte o aminoácido tirosina em pigmento melanina. animais albinos apresentam maior predisposição para desenvolver neoplasias. ● Funçã� d�� melanócit��: produzir e armazenar melanina. Em situação de lesões às células, há o extravasamento do pigmento e a fagocitose por macrófagos – melanófagos. ● Antrac�s�: depósito pigmentar exógeno mais comum em animais pela inalação de carbono (carvão). ● Pulmões são os órgãos-alvos do depósito do carvão. Ao ingressar nas vias aéreas inferiores, o carbono pode permanecer no meio extracelular (paredes dos bronquíolos e alvéolos) ou intracelular (fagocitado por macrófagos), caracterizado pela coloração preta. ● Os antibióticos da classe das tetraciclinas podem provocar pigmentação exógena nos dentes de animais jovens e em fase de crescimento, e assumem a coloração amarela ou marrom de forma parcial ou total. ● Calcificaçõe� o� mineralizaçõe�: deposições de sais de cálcio na forma de hidroxiapatita, em tecidos não ósseos, como órgãos e vísceras. ● Histologicamente, os sais de cálcio apresentam aspecto granular ou são agrupados com aparência basofílica (coloração azulada em hematoxilina-eosina) nos meios intra e extracelulares ● Encefalopati� espongiform� bovin� (EEB): conhecida popularmente como “doença da vaca louca”. Bovinos acometidos apresentam sinais clínicos nervosos, como dificuldade de locomoção e reação exacerbada dos estímulos externos. Provocam aspecto de “esponja” no tecido nervoso central.
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