Buscar

Da Gestação a Infância

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 219 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 219 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 219 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Coordenadores: 
Lucas Costa Guimarães, 
Nathieli De Lima Vieira 
 
 
 
Nutrição: 
da Gestação à Infância 
 
 
 2ª edição 
 
 
 
Brasília/DF 
2018 
Ficha Catalográfica 
 
Autores e Autoras: 
 
Adriana M. de carvalho 
Alice 
Barbara Mayna S. Ribeiro 
Brenda 
Bruna Beatriz 
Caroline Marques Branco 
Caroline Siqueira Petrillo 
Cristiane 
Daiane Solino de Souza 
Deize Nascimento de Souza 
Deyvid Henrique Costa Medeiros 
Ellen Cristina de Oliveira Marinho 
Fernanda da Silva Gonçalves 
Flávia Rodrigues 
Flávio Augusto de Oliveira Duarte 
Gabriela P. de Paula 
Helen Cristina 
Hortência Virgínia de Amaral Carvalho 
Ingrid de Sousa Bezerra 
Ingrid Lorrane. N Silva 
Ione Milhomem 
Ivylla Jeovana B. S. Lopes 
Jaqueline Ferreira 
Joyce Rodrigues da Silva 
Júlia Rodrigues 
Juliana Biasi Nascimento Almêda 
Juliana Dias dos Santos 
Karoline M. Jeronymo 
Kharina Dállete da Costa Pinto 
Larissa Cristine 
Autores e Autoras: 
 
Lorena Barbosa da Cunha 
Lorrane Silva Pereira 
Lucas Almeida 
Lucas Rodrigues 
Luciana Silva de Araújo 
Luiz Paulo Vieira de Souza 
Marcus de Paula 
Maria da Conceição Monteiro 
Marielle Félix 
Marina Silva 
Mayane Cristina Santos Costa 
Mayara de Paiva Alves 
Monacyta da Silva Escobar 
Myrelli Castro de Sousa 
Nayara Barbosa Roda Figueiredo 
Pedro Henrique Pereira Coelho 
Poliana Lima de Moura 
Pollyana Natividade Samara Barbosa 
Raissa Rodrigues do Nascimento 
Raquel Cristina 
Renata R. De Araujo 
Suelene Amorim Soares 
Tamara Rodrigues Alves 
Thaylla Ramos 
Uriel Ribeiro 
Vívian de Souza Galeno 
Walter Lopes Santos Neto 
Wilca Jessica de Araújo 
Zuleide de Abreu Medeiros 
 
Sumário 
 
01. Alimentação de crianças vegetarianas.............07 
02. Nutrição para a lactante e o lactente 
introdução..............................................................25 
03. Proteínas..........................................................32 
04. Vitamina A .......................................................39 
05. Ácido fólico.......................................................45 
06. Vitamina B12 (Cobalamina).............................51 
07. Vitamina C........................................................56 
08. Vitamina D........................................................62 
09. Cálcio...............................................................69 
10. Ferro.................................................................75 
11. Cólicas no lactente...........................................83 
12. Interação fármaco e nutriente...........................88 
13. Ômega 3 em gestantes e nutrizes....................92 
14. Chupetas e mamadeiras e a nutrição no 1º ano 
de vida..................................................................105 
15. Principais patologias gestacionais..................129 
16. Hiperêmese gravídica....................................140 
17. Síndromes hipertensivas................................146 
18. Anemia ferropriva...........................................160 
19. Doenças infecciosas infecção........................168 
20. Benefícios da amamentação a curto e longo 
prazo....................................................................178 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
7 
01. ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS 
VEGETARIANAS 
 
 
Ellen Cristina de Oliveira Marinho 
 Luiz Paulo Vieira de Souza 
Mayara de Paiva Alves 
Deyvid Henrique Costa Medeiros 
Suelene Amorim Soares 
 
 
 Vegetarianismo 
 
Origens da alimentação vegetariana 
 
Ao contrário do que muitos pensam, a 
alimentação vegetariana ou a dieta vegetariana não 
é uma prática da atualidade somente, a relatos que 
os primeiros hábitos alimentares do ser-humano 
tiveram como início as plantas. Em algumas 
religiões, é recomendado um modo de vida 
vegetariano, como por exemplo o budismo e o 
hinduísmo. Há relatos que na Grécia Clássica, o 
modo de se alimentar era basicamente formado por 
orientações religiosas ou filosóficas ¹,². 
Tendo como exemplo da antiguidade o 
filosofo Pitágoras, criador do orfismo, na Grécia e 
Itália, onde iniciou fundando comunidades de 
matemáticos e filósofos, pois consideravam que os 
animais também tinham o direito de viver assim 
como a humanidade, apoiando assim a proibição de 
comer os animais. ¹ 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
8 
Os filósofos neoplatónicos, viam a 
alimentação vegetariana como um modo de purificar 
a alma, tornando este modo de se alimentar um ideal 
de vida, ideal este que se prolongou até por volta do 
início do século XIX. Tal como o “pitagorismo”, os 
neoplatónicos acreditavam na ideia da 
transmigração das almas ou na designada 
metempsicose. Para que a alma evoluísse no seu 
percurso, para além da morte, era necessário que se 
encontrasse purificada ². 
Embora a qualidade da ciência nutricional que 
apoiava o vegetarianismo permanecia por muito 
tempo carente com a quantidade de argumentos 
científicos, no século XIX, com a criação do 
movimento literário e estético do romantismo, ligado 
a perspectiva humanista, o poeta Shelley adotou o 
vegetarianismo como estilo de vida. O que 
acrescentou um aspecto político ao movimento, 
onde o mesmo mostra a insuficiência e a diversidade 
já na produção e na distribuição da carne, como 
fazendo parte de ser um dos motivos da carência de 
alimentos entre os mais desprovidos da nossa 
sociedade ³. 
Em 1850, é criado a Sociedade Vegetariana 
Norte Americana. Sendo os movimentos cristãos 
mais radicais responsáveis por impulsionar o 
movimento vegetariano, tanto em terras nos Estados 
Unidos da América quanto inglesas ². 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
9 
 
Atualidade 
 
Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, 
vegetarianismo é o estilo de vida onde se opta por 
um modo alimentar que elimina todas as variedades 
de carnes do cardápio, tendo como alguns alimentos 
caracterizados como base desse estilo de vida, as 
hortaliças, leguminosas, oleaginosas, sementes e 
frutas 4. Sendo que existem vários tipos de 
vegetarianos, alguns são mais radicais e restritivos e 
outros nem tanto, alguns deles são: 
Os Ovo lacto vegetariano, que desfrutam de 
uma dieta baseada em leguminosas, hortaliças, 
oleaginosas, sementes, frutas, ovos, leite e laticínios 
(produtos derivados do leite), sendo considerado o 
tipo mais frequente de vegetariano4,5. 
Lacto vegetarianos, consomem os alimentos 
base da dieta vegetariana, acrescido de leites e 
laticínios 4,5. 
Ovo vegetariano, também consomem os 
mesmos alimentos base e ovos 4,5 . 
Vegetariano estrito, são aqueles que optaram 
por não consumir nenhum produto de origem animal 
em sua alimentação, consomem somente os 
alimentos base da dieta vegetariana, citados 
anteriormente 2,4,5. 
Veganismo, tem como princípios o 
vegetarianismo estrito, mas vai além, pois não 
utilizam nada que possa ter sido proveniente de uma 
exploração e/ou crueldade contra animais, seja para 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
10 
a alimentação, para o vestuário ou qualquer outra 
finalidade6. 
 
Vantagens da alimentação vegetariana 
 
 A introdução alimentar quando bem elaborada 
e executada pode contribuir para um longo ciclo de 
vida saudável. O consumo de alimentos de origem 
vegetal como: Leguminosas, frutas, hortaliças, 
cereais integrais, castanhas, fibras, vitaminas, 
minerais e gorduras boas (não saturadas). 
Repercute de forma saudável ao longo do tempo 7. 
 A criança tem uma necessidade energética 
diária e adequada para manter um bom desempenho 
do crescimento e desenvolvimento (físico, cognitivo 
e intelectual), fase em que há um gasto energético 
muito amplo. As fontes alimentares vegetarianas 
podem oferecer proteínas, vitaminas e minerais 
suficiente para demandar o gasto energético e atingir 
as necessidades adequada, desde que sejam 
amplas e diversificadas. As leguminosas: feijão (rico 
em ferro e importante na formação de hemoglobina), 
lentilhas (rica em potássio, magnésio, ácido fólico, 
B6 e fibras solúveis),os cereais: arroz integral, milho, 
trigo, centeio, amaranto, aveia (alto teor de fibras 
solúveis e insolúveis, cálcio, fosforo, magnésio, 
potássio, vitaminas do complexo B e beta-glucana), 
quinoa, linhaça (rica em ômega3 importante para 
saúde cerebral e cardiovascular) 8,9. 
Estudos apontam que o consumo de carne 
tem sido associado ao crescimento do risco de 
inúmeras doenças crônicas não transmissíveis como 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
11 
doença do coração e câncer. Nesses estudos 
também apontam que a dieta vegetariana associa-
se a menor risco em relação a essas doenças e até 
mesmo o aumento da expectativa de vida em alguns 
casos12. 
 Segundo Melina, existem ainda, outros 
motivos para a adesão ao vegetarianismo é a ética. 
Para muitos o vegetarianismo é uma manifestação 
contra o ato de maltratar animais e mostrar como é 
errado matá-los. No Brasil, segundo a Sociedade 
Vegetariana Brasileira, cerca de 50% das pessoas 
se tornam vegetarianas pelo mesmo fato e pela 
saúde sendo esta a principal vantagem 10. 
 
 
Desvantagens da alimentação vegetariana 
 
Segundo a Doutora Cristina M. G Monte, a 
alimentação da criança desde o nascimento e nos 
primeiros anos de vida tem repercussões ao longo 
de toda vida do indivíduo. O leite materno, 
isoladamente, é capaz de nutrir adequadamente a 
criança nos primeiros 6 meses de vida, porém, a 
partir desse período, deve ser complementado. A 
Doutora Cristina também diz que a adequação 
nutricional dos alimentos complementares é 
fundamental na prevenção de morbimortalidade na 
infância, incluindo desnutrição e sobrepeso 7. 
Independente do plano alimentar é crucial 
optar por uma alimentação saudável, é sabido que o 
déficit ou o excesso de nutrientes pode ser 
prejudicial à saúde. As necessidades alimentares 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
12 
estão intimamente relacionadas com cada período 
da vida, deferindo não lactante, infância e 
adolescência 13. Segundo a American Academy of 
Pedriatrics e Academy of Nutrition and Dietetic, 
através de um planejamento alimentar adequado, 
conseguem-se atingir as recomendações 
nutricionais mesmo usando um plano alimentar 
vegetariano ou vegano, tornando essas dietas 
adequadas 4,14. 
Contudo, esta afirmação é refutada pela 
German Nutrition Society que, devido ao elevado 
risco de carências nutricionais, não recomenda a 
adoção de um plano alimentar vegano ou 
vegetariano para bebês, crianças adolescentes 15. 
O Índice de Aminoácidos corrigido por 
digestibilidade de proteína (PDCAAS) é um método 
que avalia a propriedade de uma proteína alimentar 
baseando-se na sua composição em aminoácidos e 
respectiva digestibilidade. Utilizando este método 
verifica-se que a maioria das proteínas que derivam 
dos animais, incluindo ovo e leite, e outras de origem 
vegetal, tais como a proteína de soja, quinoa e 
amaranto, apresentam o valor de PDCAAS igual ou 
próximo a 1. Nas outras proteínas de origem vegetal 
o valor é bem mais baixo 16. Os aminoácidos 
essenciais estão presentes em praticamente todas 
as proteínas de origem vegetal, contudo, a porção de 
um e/ou dois aminoácidos pode ser limitante. Por 
exemplo, os cereais particularmente do trigo, 
apresentam um teor reduzido de lisina e treonina e 
as leguminosas um baixo conteúdo em metionina e 
cisteína. Assim, é de extrema importância a ingestão 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
13 
variada e cuidada de proteínas vegetais para 
suprimir, simultaneamente, as necessidades 
proteicas 13,17. 
A dieta vegetariana estrita é a mais restritiva, 
existindo a inevitabilidade de prestar especial 
atenção a nutrientes críticos, Proteínas, 
vitaminaB12, Vitamina D, ferro, cálcio e ácidos 
graxos ômega 3, de modo a minimizar o risco de 
carência, especialmente em idade pediátrica 18. A 
idade pediátrica é a fase de grande vulnerabilidade 
a alterações do estado nutricional com respectivas 
repercussões a saúde. É fundamental a existência 
de um planejamento correto e adequado para atingir 
um bom estado nutricional e de crescimento 19. 
É comprovado por diversos estudos que um 
plano alimentar vegetariano raramente provoca um 
déficit se existir um planejamento alimentar 
adequado, a título de exemplo, na Tailândia 
comparou-se a ingestão alimentar das crianças entre 
2 e 6 anos com um plano alimentar vegetariano 
(n=21) e não vegetariano (n=28), observando-se que 
a ingestão proteica no primeiro grupo era inferior à 
das não vegetarianas (43,4±9,6g vs 54,4±9,7g, 
respectivamente), mas superior ás recomendações 
20. Por outro lado, na Suécia, avaliou-se a ingestão 
alimentar de adolescentes entre 16 e 20 anos com 
alimentação vegetariana (n=15) e onívora (n=15) e 
verificou-se que através de uma dieta vegetariana se 
atingem e/ou superam as recomendações proteicas, 
contudo, o consumo de proteínas é inferior quando 
comparado a uma dieta não vegetariana 21. 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
14 
Dentre suas fontes principais de proteína 
vegetal estão as leguminosas, o feijão, as lentilhas, 
os chamados pseudo-cereais (quinoa, amaranto e 
trigo sarraceno), as nozes e as sementes. Cada um 
destes grupos apresenta uma composição em 
aminoácidos e digestibilidade diferentes. Por 
conseguinte, a distribuição dos alimentos por várias 
refeições ao longo do dia fornece todos os 
aminoácidos nutricionalmente essenciais 
necessários a um aporte adequado 22. 
 
Suplementação 
 
Alimentação vegetariana bem planejada 
comtempla todas as necessidades nutricionais junto 
com aporte enérgico adequado conforme a idade 
proporcionando um bom acompanhamento do 
desenvolvimento da criança e do adolescente. 
Devemos prestar muita atenção e ter muito cuidado 
com déficit de alguns nutrientes como: vitamina B12, 
vitamina D, ferro cálcio e ácidos graxos essenciais 
na maioria dos casos e necessário a suplementação 
19. 
A vitamina B12 (Cobalamina) e um nutriente 
que este presente em carne bovina, suína, de aves, 
de peixes, e nos ovos e uma pequena quantidade 
em leite e derivados, os vegetais não apresentam 
quantidade nenhuma de cobalamina sendo 
necessário o uso de suplementação. Visto que a 
vitamina b12 tem um papel essencial na formação 
das hemácias, manutenção do sistema nervoso 
central na formação da bainha de mielina, formação 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
15 
de novas células. A deficiência da vitamina em 
crianças pode proporciona alteração neurológicas e 
até uma anemia megaloblástica 23. 
A vitamina D encontrada nos alimentos ou 
produtos de origem animal e conhecida como D3 
(colecalciferol) mais existem vegetais como os 
cogumelos que possuem a vitamina D2 
(ergocalciferol). A ausência da suplementação e 
alguns minutos exposto ao sol gera uma carência da 
vitamina visto que isso pode trazer alguns problemas 
a saúde como aumento e doenças crônicas, câncer 
e mama, próstata e colón além de doenças 
autoimunes e problemas metabólicos e em crianças 
levando ao raquitismo. Crianças vegetarianas estão 
mais propicias a deficiência sendo necessário a 
suplementação ficando exposto ao sol no tempo 
adequado mesmo assim pesquisas demonstraram 
que mesmo com a utilização de suplementos ocorre 
normalmente o crescimento e desenvolvimento 
mesmo não atingindo os valores recomendados de 
consumo de vitamina D 24. 
A ingestão de ferro por crianças veganas 
chegam a valores superiores aos da recomendação 
do consumo diário pelo simples fato da 
suplementação dessa vitamina sendo que a grande 
parte desse ferro é consumido nos alimentos 
fortificados como a farinha o pão integral, cereais, 
massas e legumes, são alimentos muito utilizado 
dentre as crianças veganas. A sua deficiência gera 
anemia, diminuição na imunidade, fraqueza e 
cansaço 23. 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
16 
O cálcio e primordial não apenas na formação 
óssea mais também tem papeis importantes como 
contração muscular, coagulação sanguínea 
transmissão de impulsos nervosos, atividade 
enzimática e secreção hormonal. E necessáriouma 
ingestão adequada desse mineral para 
principalmente nessa faixa etária pois está 
diretamente ligado ao crescimento ósseo e a 
prevenção de risco de fraturas e doenças futuras 
como a osteoporose na idade. Os estudos 
demostram que crianças vegetarianas tem a 
ingestão do cálcio abaixo sendo que a 
recomendação e cerca de 39% a 84%. Desta forma 
e necessário a suplementação visto que devemos ter 
o cuidado no uso entre as refeições para que não 
ocorra a redução de outros minerais24. 
A alimentação do vegetariano e muito rica em 
ácido graxo como ômega 6 e deficiente em ômega 3 
visto isso as pesquisam comprovam que deve ter um 
consumo maior pela deficiência sendo necessário a 
suplementação para o organismo faça a síntese de 
EPA em DHA que são encontrados em alimentos de 
origem animal. A deficiência pode acarretar 
problemas cardiovasculares, na visão e 
desenvolvimento neuronal 23. 
O consumo regular de alimentos ricos em 
fibras estão associados à redução de obesidade, 
constipação, DCV e câncer. O Comitê de Nutrologia 
da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda 
ingestão de 0,5g/kg/dia de fibra alimentar ou 
segundo a fórmula: idade+5= quantidade de fibras 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
17 
em gramas (máximo de 25g), conforme é mostrado 
na tabela 1. 
 
 
 
 
Tabela 1. Ingestão diária recomendada (IDR) 
vitaminas e minerais 
 
Nutrientes IDR 
0-6 
meses 
IDR 
7-12 
meses 
IDR 
1-3 
anos 
IDR 
4-8 
anos 
IDR 
9-13 
anos 
Vitamina A 1332 UI 1665 UI 999 
UI 
1332 
UI 
1998 
UI 
Vitamina C 40 mg 50 mg 15 
mg 
25 
mg 
45 
mg 
Vitamina D 200 UI 200 UI 200 
UI 
200 
UI 
200 
UI 
Ferro 0,27 mg 11 mg 7 mg 10 
mg 
8 mg 
Zinco 2 mg 3 mg 3 mg 5 mg 8 mg 
Cálcio 210mg 270 mg 500 
mg 
800 
mg 
1300 
mg 
Ácido 
Fólico 
65 mcg 80 mcg 150 
mcg 
200 
mcg 
300 
mcg 
 
Intitute of Medicine. Food and Nutrition Board. 
Dietary Reference Intakes, 2006 
1 micrograma retinol = 1 micrograma de RE; 1 
micrograma beta-caroteno = 0,16 micrograma RE; 
1 micrograma de outros carotenoides provitamina A 
= 0,084 micrograma RE; 1UI = 0,3 micrograma de 
retinol equivalente; 
1 micrograma de vitamina D = 40 UI. 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
18 
 Cardápios 
 
Opção de Cardápio 01 
 
Plano alimentar Criança Vegetariana 
Café da manhã 
Batida de abacate com água de coco e banana 
maçã 
 e pão folha 
Almoço 
Feijão preto com couve refogada, lentilha cozida, 
jiló refogado, tomate com limão e gergelim 
Suco de banana com laranja 
Lanche da tarde 
Sanduíche de pão Sírio com tofu mole e alface 
Jantar 
Arroz integral com brócolis e cenoura cozida, 
 quinoa e purê de abóbora 
Ceia 
Leite de soja com uvas passas e flocos de milho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
19 
Opção de Cardápio 02 
 
Plano Alimentar Criança Vegana 
Café da manhã 
Tapioca com geleia de morango e 
suco de laranja com cenoura 
Colação 
Água de coco e goiaba 
Almoço 
Arroz integral com ervilha fresca, carne de soja 
refogada, 
Berinjela, abóbora e espinafre cozido 
e tomate seco 
Lanche da tarde 
Salada de frutas com chia 
Jantar 
Quinôa, cenoura e brócolis refogado 
e batata inglesa assada 
Ceia 
Mingau de aveia e morangos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
20 
Opção de cardápio 03 
 
Plano Alimentar Criança Vegana 
Café da manhã 
Tapioca com coco e suco de manga 
Colação 
Uva fresca e coco 
Almoço 
Arroz integral, grão de bico refogado, 
hamburger de soja, beterraba 
 e couve flor cozida, alface 
e suco de melancia 
Lanche da tarde 
Açaí com granola 
Jantar 
Sopa de lentilha 
Ceia 
Leite de soja com cookies vegano 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
21 
Referências 
 
1 Leitzmann, C. Vegetarian nutrition: Past, present, 
future. The American journal of clinical nutrition. 
Junho de 2014 
<https://www.researchgate.net/publication/2628840
91_Vegetarian_nutrition_Past_present_future>. 
Acessado setembro 2017 
 
2 Rola, C. Vegetarianismo e Comportamento 
Alimentar: Comportamentos Alimentares 
Disfuncionais e Hábitos Alimentares em Dietas 
Vegetarianas. Lisboa 2015 
 
3 Whorton, JC. Historical development of 
vegetarianismo. American Society for Clinical 
Nutrition. USA 1994 
 
4 American Dietetic Association and Dieteticians of 
Canada. Position of the American Dietetic 
Association and Dietitians of Canada: Vegetarian 
diets. American Dietetic Association. VL103 Nº6. 
Journal of THE AMERICAN DIETETIC 
ASSOCIATION. Canadá Junho 2003 
 
5 SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira). 
Vegetarianismo. 
<https://www.svb.org.br/vegetarianismo1/o-que-e> 
Acessado setembro 2017 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
22 
6 The Vegan Society. Definition veganism. 
<https://www.vegansociety.com/go-vegan/definition-
veganism>. Acessado setembro 2017 
 
7 MONTE, CMG. GIUGLIANI, ERJ. Recomendação 
para alimentação complementar da criança em 
aleitamento materno. Jornal de pediatria 2004. 
 
8 VITOLO, MR. Nutrição da gestação ao 
envelhecimento. Editora- Rubio, 2008, ISBN:978-85-
7771-009-6. 
 
9 COZZOLINO, SMF. Biodisponibilidade de 
nutrientes. 4ª Edição. Editora Manole. São Paulo 
2012. 
 
10 Melina, V. Davis B, Harrison V. A dieta saudável 
dos vegetais: o guia completo 
para uma nova alimentação. Rio de Janeiro: 
Campus; 1998. 
 
11 Sabaté, J. The contribution of vegetarian diets to 
health and disease: a 
paradigm shift? Am J Clin Nutr. 2003 
 
12 Key, TJ. Fraser GE. Thorogood M, Appleby N, 
Beral V, Reeves G, et al. Mortality 
in vegetarians and nonvegetarians: detailed findings 
from a collaborative 
analysis of 5 prospective studies. Am J Clin Nutr. 
1999 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
23 
13 Craig WJ., Mangels A. R. Position of the American 
Dietetic Association: vegetarian diets. Journal of the 
American Dietetic Association. 2009 
 
14 SBP Sociedade Brasileira de Pediatria. 
Vegetarianismo na infância e adolescência. Julho de 
2017 
15 Silva, M. D. C. C. Padrões Alimentares 
Vegetarianos em Idade Pediátrica. Faculdade de 
Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade 
do Porto. Porto, 2017. 
 
16 Marsh, KA., Munn, EA., Baines, SK. Protein and 
vegetarian diets. The Medical Journal of Australia. 
Austrália 2012. 
 
17 Genova, TD. Infants and children consuming 
atypical diets: Vegetarianism and macrobiotics. 
Paediatr Child Health. 2007. 
 
18 Pawlak, R., Lester SE., Babatunde T. The 
prevalence of cobalamin deficiency among 
vegetarians assessed by serum vitamin B12: a 
review of literature. European. journal of clinical 
nutrition. 2014. 
 
19 Pinho, JP, Silva, SCG., Borges, C., Santos, CT., 
Santos, A., Guerra A., et al. ALIMENTAÇÃO 
VEGETARIANA EM IDADE ESCOLAR. Direção-
Geral da Saúde. 2016. 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
 
24 
20 Chin-EnYen, Chi-HuaYen, Men-ChungHuang, 
Chien-HsiangCheng, YiChiaHuang. Dietary intake 
and nutritional status of vegetarian and omnivorous 
preschool children and their parents in Taiwan. 
Nutrition Research. Taiwan, 2008. 
 
21 Larsson C. L., Johansson G. K. Dietary intake and 
nutritional status of Young vegans and omnivores in 
Sweden. The American journal of clinical nutrition. 
2002 
 
22 Society C. P., Committee C. P. Vegetarian diets 
in children and adolescents. Paediatr Child Health. 
2010 
 
23 VELASCO, C. Estado nutricional e consumo 
alimentar de crianças e adolescentes vegetarianos. 
porto alegra, 2011. 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
25	
02. NUTRIÇÃO PARA A LACTANTE E O 
LACTENTE INTRODUÇÃO 
 
 
Raquel Cristine 
 
 Fisiologicamente, a lactação está sob o 
controle de hormônios, principalmente os de origem 
hipofisária, cuja produção é influenciada por 
estímulos externos e emoções maternas. Os 
principais hormônios envolvidos na lactação são a 
prolactina (atua na produção de leite) e a ocitocina 
(atua na ejeção de leite). É importante salientar que 
para a formação e secreção do leite se faz 
necessário o estímulo da sucção pelo neonato ou 
pela ordenha¹.O aleitamento materno caracteriza-se quando 
a criança recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de receber ou não 
outros alimentos. A Organização Mundial da Saúde 
(OMS) classifica o aleitamento materno em²: 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
26	
• Aleitamento Materno Exclusivo - quando a 
criança recebe somente leite materno, direto da 
mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, 
sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de 
gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de 
reidratação oral, suplementos minerais ou 
medicamentos. 
• Aleitamento Materno Predominante - 
quando a criança recebe, além do Aleitamento 
materno predominante leite materno, água ou 
bebidas à base de água (água adocicada, chás, 
infusões), sucos de frutas e fluidos rituais*. 
• Aleitamento Materno Complementado - 
quando a criança recebe, além do leite materno, 
qualquer alimento sólido ou semissólido com a 
finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. 
Nessa categoria a criança pode receber, além do 
leite materno, outro tipo de leite, mas este não é 
considerado alimento complementar. 
• Aleitamento Materno Misto ou Parcial - 
quando a criança recebe leite materno e outros tipos 
de leite. 
* Embora a OMS não reconheça os fluidos rituais 
(poções, líquidos ou misturas utilizadas em ritos 
místicos ou religiosos) como exceção possível 
inserida na definição de aleitamento materno 
exclusivo, o Ministério da Saúde, considerando a 
possibilidade do uso de fluidos rituais com finalidade 
de cura dentro de um contexto intercultural e 
valorizando as diversas práticas integrativas e 
complementares, apoia a inclusão de fluidos rituais 
na definição de aleitamento materno exclusivo, 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
27	
desde que utilizados em volumes reduzidos, de 
forma a não concorrer com o leite materno. 
 O leite humano é adequado para o bebê e sua 
composição é única para atender as necessidades 
da nossa espécie. Basicamente, é composto por 
proteínas, açúcares, minerais e vitaminas, com 
gordura em suspensão³. Os benefícios da 
amamentação são muitos, tanto para a mãe quanto 
para o bebê, constitui-se desde a redução da 
mortalidade infantil até a diminuição do risco de a 
lactante desenvolver câncer de mama4. O 
aleitamento materno exclusivo é recomendado pela 
Organização Mundial da Saúde até 6 meses de 
idade devido aos inúmeros benefícios à saúde do 
bebê e da mãe3. 
 O volume de leite secretado é fator 
dependente do consumo do lactente, em média são 
liberados aproximadamente 700 a 900 ml/dia nos 
primeiros 6 meses de vida da criança. Já no segundo 
semestre da lactação, a liberação de leite diminui 
para cerca de 600 mL/dia e 550 mL/dia³. Porém 
fatores ambientais, sociais, psicológicos, nutricionais 
e hormonais podem interferir na produção e ejeção 
do leite materno. 
 O volume de leite produzido não é 
influenciado pela perda de peso da nutriz. Durante o 
período gestacional a mulher produz uma reserva 
energética para o período da lactação. Essa reserva 
será utilizada, compensando a demanda energética 
durante a fase láctea. Se a mulher amamentar 
exclusivamente direto da mama e dispuser de uma 
distribuição calórica específica, poderá ter uma 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
28	
perda ponderal mensal, tendo potencial para restituir 
ao peso pré-gestacional. 
 
Avaliação da perda ponderal durante a lactação, 
baseada no estado nutricional pré-gestacional 
(IMC)³. 
 
Perda de peso normal: 0,5 à 1 kg/mês (1 mês 
após o parto) 
Perda de peso nas nutrizes com sobrepeso: 
aproximadamente 2 kg/mês. 
Perda considerada rápida e indesejada: 
>2 kg/mês (para nutrizes com peso pré-
gestacional normal – IMC 19,8 a 26,0) 
>3 kg/mês [para nutrizes com sobrepeso (IMC 
>26,0 a 29,0) ou obesidade pré-gestacional (IMC 
> 29,0)] 
Fonte: Accioly (1ª edição) 
 
 
 A necessidade energética da nutriz durante o 
período de lactação é fator dependente do período 
(semestre) da amamentação. No 1º semestre de 
produção láctea, a demanda energética é maior, 
bem como a perda ponderal. Já no 2º semestre, 
devido a diminuição da produção de leite e da perda 
ponderal à um decréscimo na necessidade 
energética, contudo a demanda de energia irá 
depender do consumo do lactente. 
 Todavia o acréscimo das calorias no primeiro 
e segundo semestre de lactação pode variar com o 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
29	
tipo de aleitamento materno que está sendo ofertado 
e com o IMC atual da nutriz. 
 
NECESSIDADE ENERGÉTICA ESTIMADA³ 
 
EER (kcal/dia) = EER (pré gestacional) + 
energia necessária para a produção de leite 
– energia para perda de peso 
 
 
DRI = Adolescentes de 14 à 18 anos 
EER Nutriz = EER (pré-gestacional) = 135,3 – (30,8 
x idade) + NAF x [(10,0 x peso) + (934 x altura)] + 25 
Kcal 
1º semestre pós-parto = EER (pré-gestacional) + 500 
– 170 
2º semestre pós-parto = EER (pré-gestacional) + 400 
– 0 
 
DRI = Mulheres de 19 à 50 anos 
 
EER (pré-gestacional) = 354 – (6,91 x idade) + NAF 
x [(9,36 x peso) + (726 x altura)] 
1º semestre pós-parto = EER (pré-gestacional) + 500 
– 170 
2º semestre pós-parto = EER (pré-gestacional) + 400 
– 0 
NAF - Nível de Atividade Física 
Sedentário 1,2 
Pouco ativa 1,5 
Ativa 1,8 
Muito ativa 2,1 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
30	
 A necessidade energética do lactente sofre 
variações ao decorrer dos meses. Essas variações 
podem ser observadas na tabela a seguir. 
Idade (meses) Energia (Kcal/Kg) 
0-3 
3-6 
6-9 
9-12 
Média no 1º ano de 
vida 
116 
99 
95 
101 
103 
Fonte: Accioly (1ª edição) 
 
 A nutrição adequada é imprescindível para o 
desenvolvimento apropriado das funções do 
organismo humano. Essas funções variam de 
acordo com cada estágio da vida, sendo necessário 
assim, uma alimentação balanceada para cada uma 
dessas fases. No período da lactação, a nutriz 
carece de uma prescrição dietética específica, 
visando suprir sua demanda energética e nutricional, 
para que assim possa transferir os nutrientes 
necessários para o desenvolvimento saudável do 
lactente. Uma dieta balanceada com equilíbrio de 
macronutrientes e micronutrientes resultará 
beneficamente para a saúde da lactante e do 
lactente. 
 Este capítulo irá abordar os principais 
nutrientes que devem compor a dieta da nutriz, os 
alimentos que provocam cólica na criança e a 
interação fármaco - nutriente. 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
31	
Referências 
 
1. VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação ao 
envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 
 
2. Saúde da criança: nutrição infantil: 
aleitamento materno e alimentação complementar / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora 
do Ministério da Saúde, 2009. 112 p.: il. 
 
 
3. ACCIOLY, Elizabeth. Nutrição em Obstetrícia 
e Pediatria/Elizabeth Accioly, Cláudia Saunders, 
Elisa Maria de Aquino Lacerda. - 2ª Ed. - Rio de 
Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 
2009.il. 
 
4. Saúde da criança: aleitamento materno e 
alimentação complementar / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da 
Saúde, 2015. 184 p.: il. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
32	
03. PROTEÍNAS 
 
 
Júlia Rodrigues 
 
 
 O leite materno humano tem grande 
importância para o lactente tem cerca de (70%) de 
proteína do soro que são perfeitamente adaptadas 
ao metabolismo da criança apresentando efeitos 
benéficos, como fatores anti-infecciosos, 
imunoglobulinas, lisozimas e lactoferrina. A 
importância dessas proteínas facilmente absorvidas 
com uma grande qualidade nutricional para o 
lactente, que vai atuar de várias maneiras. 
Constituinte do leite materno proteínas 
 
Constituintes representativos 
• Alfa-lactalbumina 
• Lactoferrina 
• Lisozima 
• Caseína 
• Imunoglobulinas 
 
 A proteína alfa-lactalbumina atua com alto 
valor biológico atuando como catalisadorna síntese 
da lactose. Segundo Dr. Kesinee Owasith afirmou 
que as pesquisas mostram que os bebês que são 
amentados exclusivamente por um período de seis 
meses têm desenvolvimentos melhor em 
comportamentos aprendizados, função cerebral e 
emoções. Observa-se no leite humano que é um 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
33	
auxílio para a produção dos neurotransmissores que 
permitem que o cérebro opere de maneira eficiente, 
como Dr. Kesinee Owasith confirmou numa recente 
palestra, 
chamada “The Journey of the First 1,000 Days of Lif
e. 1 
 Lactoferrina aumenta a biodisponibilidade do 
ferro, atua como ação antimicrobiana, antiviral. 
Lisozima tem propriedades bacteriolítica e anti-
inflamatória, atividade imunomoduladora. 
Caseína tem propriedade antimicrobianas, fornecem 
peptídeos aminoácidos e nitrogênio que ajuda no 
crescimento do lactente. Imunoglobulinas tem 
proteção imune através de atividades anti-
infecciosa, orientada contra antígenos específicos. 2 
 A importância da proteína para a lactante, 
reflete na saúde do seu filho. Uma boa nutrição 
adequada após o parto oferece benefícios no 
período da amamentação. Durante o período da 
amamentação, a nutriz perde uma grande proporção 
de proteína, a nutriz precisa de 40% de proteína, 
segundo a RDA 1989, uma nutriz que no 
período de amamentação de uma a duas semanas 
tem que consumir cerca de 65g diárias 
de proteína na primeira semana, já na segunda 
semana cerca de 62g diárias, tornado se um dos 
fatores mais importante para a nutriz, durante 
o período da amamentação. A proteína que a nutriz 
ingere pode ser chamada de construtora, pois 
ela ajuda tecidos estruturais como a pele, quando 
mulher amamenta pode ter fissuras nos mamilos 
rachadura e sangramentos, a proteína ajuda na 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
34	
reparação dos mamilos e aréola. A proteína beta-
lactoglobulina que estar presente no leite de vaca foi 
descoberta no leite materno, isso ocorre quando a 
lactante ingere (leite de vaca), podendo gerar 
quadros de alergia a criança.3 
 Necessidade e recomendação de proteínas 
para lactante e lactente. A necessidade 
proteica deve ser adequada de maneira quantitativa 
e qualitativa. 
 
Tabela 1- Proteína lactente 
Estágio de vida Recomendação, diária de 
proteína para lactente 
 
0 a 6 meses 2,2 g/kg/dia 
7 a 12 meses 1,6g/kg/dia 
1 a 2 anos 1,2g/kg/dia 
 Fonte RDA 1989. 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
35	
 
 
 
*AI = ingestão 
adequada; RDA = ingestão dietética recomendada; 
**AMDR = faixa de distribuição aceitável de 
macronutrientes; ***ND = quantidade não 
determinada pela falta de estudos que comprovem o 
efeito. Fonte: IOM, 2005. 
Nível seguro de ingestão de proteína adicionais na 
lactação (lactante) 
1º semestre 16g/dia (OMS) 
2º semestre 11g/dia (OMS) 
Após 1 ano 11g/dia (OMS) 
 DRI 1,1g/kg peso 
 
Tabela 2- Ingestão recomendada de 
macronutriente em diferentes fases da vida : 
Nutriente 
Idade 
 
RDA/AI 
g/d 
AMDR 
 
 
Proteína 
 
 
 
 
Gestante 
 18-50 
 
71 
 
10-35 
 
 
Lactante 
 8-50 
anos 
 
71 
 10-35 
 Criança 
 0 a 6 
meses 
 
9,1 
 ND 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
36	
Tabela 3 - Tipos de leite materno 
 
Componente Colostr
o 
Transiç
ão 
Madur
o 
 1- 7 
dias 
7 -15 
dias 
15 
dias 
 
Proteína (g/L) 11,5 0,9 0,8 
Fonte 
GALISA:ESPERANÇ
A;SÁ 2008 
vitolo,2008 
 
 
Tabela 4- Biodisponibilidade proteínas 
 
 
 
Alimento peso (G) pTn 
salmão 100 19,3 
merluza (peixe) 100 16,6 
carne bovina coxão mole 100 20,8 
coxa de frango 100 17,6 
bisteca porco 100 21,5 
peito de frango 100 20,6 
queijo de minas frescal 100 17,4 
ricota 100 12,6 
castanha de caju 100 18,5 
leite vaca integral 100 3,6 
amêndoas 100 18,6 
feijão carioca 100 20,0 
feijão preto 100 21,3 
Ovo 100 12,0 
Fonte: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
37	
 No lactente a proteína em excesso apresenta 
algumas doenças como sobrecarga renal o risco de 
obesidade futura e possivelmente desenvolver 
diabetes tipo II e distúrbios metabólicos. 
Amamentação e exclusiva para bebê até os 6 meses 
de vida segundo ministério da saúde e a OMS. Já a 
falta de proteína pode apresentar uma piora no 
quadro de lactentes, pois apresenta uma deficiência 
no crescimento fazendo alteração imunológica 
levando o quadro de infecção e edemas por causa 
da retenção de líquidos, má aparência na pele unha 
e cabelos. Em 1935, Cecily Williams descreveu, pela 
primeira vez, uma síndrome na infância causada por 
deficiência proteica, a qual denominou Kwashiorkor. 
 Ela era caracterizada por edema, diarreia, 
irritabilidade e lesão na pele e se manifestava por 
volta dos 18 meses. Causa foi associada ao 
aleitamento materno prolongado e ao desmame 
inadequado.4 
 Já na nutriz o excesso de proteína pode não 
só prejudicar ela mas também como bebê, trazendo 
doenças para o lactente podendo fazer sobrecarga 
renal e aumentando o risco de desidratação e 
lesão renal. A falta prejudica tanto a nutriz como 
bebê, acarretando doenças para o lactente, no 
entanto, a criança pode ser mais prejudicada, pois 
como visto posteriormente ele precisa da proteína 
principalmente para seu sistema imunológico. 
Considerar as DRIs de proteína para lactante, pois 
na amamentação se perde muita proteína. 5 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
38	
Referências 
 
1- Euclydes, M. P. (2005). Nutrição da lactante: 
base cientifica para alimentação saudadvel . Minas 
Gerais : Viçosa: UFV. (4) (5) capitulo 3 p.140. 
GUERRA, A. et al. Alimentação e nutrição do 
lactente. Acta Pediatr Port, v. 43, n. 2, p. 18-40, 
2012. 
 
2-Calil, V. M. L. T., & Falcão, M. C. (2003). 
Composição do leite humano : o alimento ideal 
Human milk composition : the ideal nutrition for 
infants. Rev Med, v. 82 (2), p. 2–10 
 
3-GUINÉ, RAQUEL PF; GOMES, ANA LUÍSA. 
(2015). A nutrição na lactação humana Nutrition for 
new-born humans, v. 49, (3) p.142, 149-152 
 
4-DE MELLO, DIRCEU RAPOSO; Para , 
regulamento técnico de características 
microbiológicas resolução de diretoria colegiada C 
Nº. 275, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. 2005. 
 
5-Nation Multi Media. (s.d.). Nutrients like the alpha-
lactalbumin in breast milk. Fonte: The Nation : 
http://www.nationmultimedia.com/life/Nutrients-like-
the-alpha-lactalbumin-in-breast-mil-30227009.html 
(1) 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
39	
04. VITAMINA A 
 
 
Raquel Cristina 
 
 Também conhecida como retinol, é 
necessária e importante para a evolução biológica 
do corpo humano. Como o nosso organismo não 
consegue produzir, ela deve estar presente nas 
refeições do dia a dia através de uma dieta 
equilibrada e variada. Ela é importante para as 
vistas, para a reprodução, para a imunidade, para o 
crescimento do bebê e classificação celular. Atua em 
conjunto com algumas enzimas que estimulam 
reações no organismo e diversas funções do corpo 
e como antioxidante. É essencial para a construção 
da pele, 90% dela é armazenada no fígado e o que 
sobra é armazenado nos depósitos de gordura, 
pulmões e rins. 
Recomendações Nutricionais de vitamina 
A¹. 
Idade 
e 
Estági
o de 
vida. 
RDA/AI 
(ugRE/dia
) 
UL 
(ugRE/dia
) 
RDA/AI 
(ugRE/dia
) 
UL 
(ugRE/dia
) 
Masculino Feminino 
0 a 6 
meses 
400 600 400 600 
Nutriz 
14 a 18 
anos 
 1.200 2.800 
19 a 30 
anos 
 1.300 3.000 
Fonte: Livro Accioly Nutrição em Obstetrícia e 
Pediatria 2º Edição – Reimpressão Revisada e Atualizada. 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
40	
 A vitamina A e os carotenoides estão 
presentes em vários tipos de alimentos. A vitamina 
de origem animal, é encontrada em alimentos como 
fígado, gema de ovo, leite e seus derivados sendo 
eles integrais ou mais reforçados. Enquanto os 
carotenoides, estão presente em alta quantidadenos 
alimentos verde-escuros e amarelo-alaranjados, tais 
como espinafre, brócolis, cenoura, abóbora e 
mamão. No leite humano o conteúdo varia de 40 a 
70 urge/100ML3. 
 
Conteúdo de Vitamina A nos Alimentos. 
 
Alimento Peso 
(g) 
Vitamina A (ER) 
Bife de Fígado 
Cozido 
100 11.116,30 
Gema de Ovo 100 552,30 
Leite de Vaca 
Pasteurizado 
100 33,00 
Cenoura Cozida 100 1320,00 
Espinafre Cozido 100 1.170,00 
Mamão Papaya 100 37,00 
Abóbora Cozida 100 525,00 
Brócolis Cozido 100 13,71 
Fonte: Tabela para Avaliação de Consumo 
Alimentar em Medidas Caseiras 4º Edição 
 
 Deve-se ter uma atenção nutricional com a 
lactante antes mesmo da sua gestação, é importante 
ter o acompanhamento da dieta durante a gravidez, 
nas doenças anteriores e atuais e no seu estilo de 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
41	
vida. No entanto, a literatura indica que a nutrição 
está ligada aos fatores que mais contribuem para a 
morbidade e a mortalidade materno-fetal4. 
 No aleitamento sua insuficiência é 
preocupante e traz graves riscos, prejudica o 
colostro e o leite da mãe, esses alimentos são fontes 
ricas de vitamina A de alta biodisponibilidade e a 
concentração deste nutriente está associado a dieta 
da mãe5. O consumo de retinol está intensamente 
ligado ao desenvolvimento e formação natural do 
feto, estoques do fígado e crescimento tecidual da 
mãe. As ingestões tanto carentes quanto em altos 
níveis podem afetar a reserva do fígado do bebê. 
Durante os 6 meses de amamentação eles 
necessitam de 400ug de retinol para o seu 
desenvolvimento6. 
 A vitamina A encontrada no leite da mãe é 
satisfatória para atender as necessidades do bebê, 
em condições saudáveis é rico e é visto como o 
alimento mais importante, ele é passado para o bebê 
60 vezes com mais vitamina durante os 6 meses de 
amamentação5. 
 O leite é destacado e recomendado pela 
OMS como um dos indicadores mais importantes 
para reconhecer grupos ou populações de risco e 
para acompanhar as alterações da situação da 
ingestão de vitamina A nas comunidades. Indica 
também que em deficiência é vista como um 
problema de saúde pública quando se tem menos de 
10% desse nutriente no leite, moderado entre 10-
25% e grave acima de 25%7. 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
42	
 O leite escasso desse nutriente está 
relacionado a dieta da mãe ou pelo desmame 
antecipado da criança, que faz com que o estoque 
desse nutriente fique baixo, elevando assim as 
chances de apresentar xeroftalmia, manchas de 
Bitot e cegueira noturna. Portanto essa carência 
inclui crianças em grupos de alto risco de DVA8. 
Então dessa forma recomenda-se o consumo de 
1.300ugRE na dieta para garantir um aporte de 60 a 
70ugRE/dl de vitamina no leite9 e para bebês, a partir 
de 10 dias de vida uma suplementação em doses de 
1.500UI que protege contra a broncodisplasia 
pulmonar10. 
 
Interações Vitamina A, ferro e zinco 
 
 Existe uma ligação no metabolismo da 
vitamina A, do ferro e do zinco, pois a falta de um 
pode atrapalhar no aproveitamento dos outros no 
corpo². 
 O zinco é solicitado para que haja a síntese 
hepática, ele reduz os níveis da vitamina A sérica no 
fígado, originando perdas mesmo quando os níveis 
hepáticos desta vitamina estão apropriados. 
Observaram então, que ao juntar o retinol com o 
zinco, ficou mais eficaz a sua funcionalidade em 
pessoas que possuem a deficiência da vitamina A, 
principalmente em mulheres que acabaram de ter 
filhos, com nutrição impropria e baixa absorção de 
zinco². 
 A baixa quantidade de ferro prejudica os 
níveis de vitamina A e essa quantidade em 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
43	
condições reduzidas pode afetar o bom 
funcionamento da mucosa do intestino, atrapalhando 
na sua atuação vinda das dietas, prejudicando assim 
o seu percentual de aproveitamento no organismo. 
Contudo há uma ligação entre a deficiência de 
vitamina A e a diminuição dos glóbulos vermelhos do 
sangue². 
 A suplementação da vitamina A aumenta a 
concentração de ferro no fígado, promovendo o 
processo de produção das hemácias. A vitamina A 
junto com o ferro no período da gestação tem se 
tornado recomendada para potencializar a atividade 
dessa vitamina na dieta e restabelece a função da 
mucosa do intestino que pode ter sofrido danos 
causados pela anemia ferropriva². 
 Sendo assim, as ligações que acontecem 
entre esses micronutrientes requerem atenção, 
visando de forma rigorosa a precaução e o cuidado 
nas carências, principalmente no grupo mãe-filho²l. 
 
 
Referências 
 
1-ACCIOLY, Elizabeth. Nutrição em Obstetrícia e 
Pediatria/Elizabeth Accioly, Cláudia Saunders, Elisa 
Maria de Aquino Lacerda. - 2ª Ed. - Rio de Janeiro: 
Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009.il. (1) 
p.71, (3) p.57, (4) p.59-60, (5) p.61, (6) p.60, (7) p.64, 
(8) p.62, (9) p.235, (10) p.338. 
 
2-SILVA, Luciane de Souza Valente da et al . 
Micronutrientes na gestação e lactação. Rev. Bras. 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
44	
Saude Mater. Infant., Recife , v. 7, n. 3, p. 237-
244, Sept. 2007 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S1519-
38292007000300002&lng=en&nrm=iso>. access 
on 18 Oct. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-
38292007000300002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
45	
05. ÁCIDO FÓLICO 
 
 
Bruna Beatriz 
 
 Ácido fólico ou folato, como também é 
chamada, é uma vitamina hidrossolúvel do 
Complexo B, é uma versão sintética do folato, 
Vitamina B9, encontrada em frutas e vegetais e 
usado no enriquecimento de pães e cereais, é um 
suplemento vitamínico bastante popular. É um 
nutriente importante e indispensável na gestação. 
Desempenha um papel importante na formação do 
DNA, diminui o risco de malformação congênita na 
gestação, ajuda na formação de glóbulos vermelhos, 
ajuda na construção dos músculos, auxilia na 
preservação do sistema nervoso, entre outros¹. 
 A quantidade de folato aumenta em todo o 
período da lactação, até por volta dos 3 meses, 
mesmo com a queda dos níveis séricos maternos, 
isso mostra que a vitamina é destinada 
objetivamente para os tecidos da glândula mamária 
e secretada no leite. A ingestão materna, incluindo 
suplementação, tem pouco efeito sobre o teor da 
vitamina no leite. A biodisponibilidade do folato do 
leite humano é elevada. "Apesar de o nível sérico de 
folato no recém-nascido, ser três vezes maior que ao 
materno, a armazenagem corporal é pequena (224 
µg) e se esgota rapidamente, sobretudo nos 
prematuras, cuja reserva é ainda menor (159 µg)" ². 
 "O IOM (1998) definiu a ingestão adequada 
para o lactente de 0-6 meses, considerando o 
volume médio de LH e a concentração de folato no 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
46	
leite (0,78L x 85 µg/L= 65 µg/dia). Na faixa de 7-12 
meses, a ingestão de 80 ug/dia. A necessidade de 
folato dos prematuros e RN é de baixo peso é maior. 
 Entretanto, o IOM (1998) não estabeleceu 
recomendação específica para esses casos. 
Segundo Herbert (1987), uma ingestão diária de 
0,05 a 0,1 mg/dia pode ser necessária nesses casos. 
Os lactentes alimentados com leite de cabra devem 
receber suplementação " ³. 
 
 
Quadro 1. Ingestão de referência de folato 
 
Idade EAR 
(µg/dia) 
RDA 
(µg/dia) 
0-6 meses - 65 (Al) 
7-12 meses - 80 (Al) 
1-3 anos 120 150 
Lactantes 450 500 
 Fonte: IOM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
47	
Quadro 2. Conteúdo de folato em alimentos 
 
Alimento Peso 
(g) 
Folato 
(µg) 
Macarrão branco cozido 140 98 
Beterraba Cozida 85 68 
Abacate 100 62 
Mamão papaia 140 53 
Arroz branco cozido 79 48 
Avelã 68 48 
Feijão cozido 
Banana 
Salmão cozido 
Laranja pequena 
Kiwi 
Pão branco 
Couve Flor 
Ovo cozido 
Batata Doce 
Leite 
Cenoura Crua 
127 
118 
100 
96 
76 
30 
62 
48-50 
128 
245 
72 
45 
35 
34 
29 
29 
29 
28 
20 
14 
12 
10 
 Fonte: Hands, E.S. 
 
 O baixo consumo, ou a deficiência de ácido 
fólico pode aumentar em várias etapas da vida do 
serhumano, como em situações do aumento da 
demanda durante o crescimento, gravidez e 
lactação, má absorção e doenças malignas. Vários 
outros fatores também estão associados com a 
deficiência de ácido fólico, fatores como o etilismo, 
tabagismo, uso de alguns medicamentos, além de 
outras drogas. Todavia essa deficiência é comum 
em vários locais, principalmente em populações 
carentes ou até mesmo de povos desenvolvidos, 
está estimativa pode chegar até 10% dessas 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
48	
populações desenvolvidas. Além disso, pode estar 
associada a complicações no período de gravidez, 
como aborto espontâneo, sangramentos e pré-
eclâmpsia. A deficiência de folato pode trazer várias 
consequências dentre elas algumas doenças como 
anemia megaloblástica, Alzheimer, depressão e 
demência e para as gestantes que não fazem a 
suplementação de ácido fólico no período da 
gestação, pode trazer consequências para o bebê 
como defeitos no tubo neural, pois o ácido fólico 
diminui significativamente a prevalência de doenças 
com defeitos no tubo neural, é recomendado que se 
faça essa suplementação antes mesmo da 
gestação, e realizar a suplementação durante a 
gravidez, no mínimo os três primeiros meses com 
doses de 600 μg por dia⁴. 
 "O ácido fólico não é tóxico, mas deve haver 
certa preocupação pelo fato de que altas doses 
podem mascarar a anemia perniciosa. Há alguma 
evidência de que a suplementação com folato acima 
de 350 μg/dia podem prejudicar a absorção de zinco, 
e ingestão acima de 5 mg/dia tem sido associada 
com o aumento da frequência de crises em 
indivíduos epilépticos. Em níveis de ingestão 
moderadamente altos os suplementos de folato 
podem mascarar a anemia por deficiência em B12. 
Portanto, suplementos ricos em folato não são 
recomendados para vegetarianos estritos ou para 
idosos que estão em risco de deficiência em B12. 
 Alta ingestão de folato pode prevenir o 
desenvolvimento da anemia megaloblástica em 
indivíduos idosos com deficiência em B12 devida à 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
49	
atrofia gástrica, entretanto não evita a degeneração 
irreversível da medula espinhal. Como já 
mencionado, o folato em altas doses também 
poderia antagonizar a ação de anticonvulsivantes 
utilizados no controle da epilepsia (condição que 
afeta cerca de 2% da população), aumentando a 
frequência das crises. O valor de UL recomendado 
para o ácido fólico é 1.000 μg/dia para adultos" ⁵. 
"No nosso organismo o ácido fólico é 
altamente absorvido (85-95%), enquanto a absorção 
do folato ocorre em menor grau (50%), 
particularmente devido a influência de diversos 
compostos como a cafeína, antiácidos, laxantes, 
antibióticos, nicotina, álcool que interferem na 
absorção desta vitamina" ⁶. 
 
Referências 
 
1-EUCLYDES, Marilene Pinheiro – NUTRIÇÃO DO 
LACTENTE – Base científica para uma alimentação 
saudável. São Paulo: Ufv - Universidade Federal de 
Vicosa, 2000. Capitulo 3 p. 203 
 
2-EUCLYDES, Marilene Pinheiro – NUTRIÇÃO DO 
LACTENTE – Base científica para uma alimentação 
saudável. São Paulo: Ufv - Universidade Federal de 
Vicosa, 2000. Capitulo 3 p. 204 
 
3-EUCLYDES, Marilene Pinheiro – NUTRIÇÃO DO 
LACTENTE – Base científica para uma alimentação 
saudável. São Paulo: Ufv - Universidade Federal de 
Vicosa, 2000. Capitulo 3 p. 204 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
50	
 
 
4-EUCLYDES, Marilene Pinheiro – NUTRIÇÃO DO 
LACTENTE – Base científica para uma alimentação 
saudável. São Paulo: Ufv - Universidade Federal de 
Vicosa, 2000. Capitulo 3 p. 205 
 
5-COZOLINO, Silvia M. Franciscato – 
BIODISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES. Barueri: 
Manole, 2009 Capitulo 18 p. 447 
 
6-CANEVER, Lara. Ácido fólico materno como 
fator protetor para o desenvolvimento de 
esquizofrenia na prole adulta de ratas wistar. 
2017. Dissertação (Tese apresentada ao Programa 
de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para a 
obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde) 
– Universidade do extremo Sul Catarinense, 
Criciúma, 2017. [Orientadora: Profa. Dra. Alexandra 
Ioppi Zugno]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
51	
06. VITAMINA B12 (COBALAMINA) 
 
 
 Helen Cristina 
 
 
 A vitamina B12 é essencial para a síntese de 
DNA e a formação das células vermelhas, além de 
atuar como co-fator em diversas reações 
enzimáticas no metabolismo celular1. Sua absorção 
ocorre no intestino delgado e é dependente de um 
fator intrínseco (glicoproteína) secretado pelas 
células parietais do estômago1. As necessidades 
diárias da cobalamina para lactante são maiores do 
que para gestantes, visto que a ingestão da vitamina 
B12 é de suma importância durante a lactação4. 
 Ao nascer, o nível de vitamina B12 no sangue 
do cordão umbilical é duas vezes superior ao nível 
sérico materno1. A armazenagem no recém-nascido 
a termo bem-nutrido é estimada em 30-40 ug e 
garante o suprimento de suas necessidades por 
aproximadamente oito meses1. A vitamina B12 é 
fundamental principalmente nos primeiros meses de 
vida, desempenhando seu papel no sistema 
nervoso, no desenvolvimento do cérebro, e na saúde 
geral do bebê. 
 As recomendações dessa vitamina para 
lactantes e lactentes podem ser observadas no 
quadro a seguir: 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
52	
Idade RDA 
(ug/dia) 
EAR 
(ug/dia) 
0 – 6 meses 0,4 - 
6 – 12 meses 0,5 - 
1 – 3 anos 0,9 0,7 
Lactantes 2,8 2,4 
Fonte: IOM (2017)2 
 
 Por meio da alimentação não só as 
necessidades diárias da mãe devem ser 
asseguradas mais também a do lactente. As mães 
que consomem dieta estritamente vegetariana 
possuem baixas concentrações plasmáticas de 
vitamina B12, podendo ser reversível ao uso de 
formas suplementares. 
 
Fontes alimentares de vitamina B12 
Alimento Peso (g) Vitamina B12 
(mcg) 
Bife de fígado cozido 100 112 
Mariscos no vapor 100 99 
Fígado de frango 
cozido 
100 19 
Coração cozido 100 14 
Salmão cozido 100 2,8 
Carne bovina cozida 100 2,5 
Atum cozido 100 1,8 
Camarão cozido 100 1,5 
Iogurte com pouca 
gordura 
245 1,4 
Leite desnatado 245 0,93 
Leite integral 245 0,87 
Queijo cottage 28,4 0,80 
Carne de porco cozida 100 0,60 
Ovo cozido 50 0,49 
Fonte: Livro Biodisponibilidade de nutrientes3 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
53	
 A lactante que é vegetariana e, além disso, 
não faz uso da suplementação de vitamina B12, está 
exposta a adquirir a deficiência, em razão de que as 
fontes alimentares dessa vitamina são justamente de 
alimentos de origem animal. Os principais fatores 
que podem desencadear a deficiência dessa 
vitamina são: a ausência de ácido e pepsina no 
estômago, ausência de proteases pancreáticas, 
diminuição da secreção gástrica do fator intrínseco e 
a inexistência de receptores da cobalamina no íleo4. 
Outra consequência da deficiência da vitamina B12 
é a anemia megaloblástica causada pela falta de 
fator intrínseco, que é necessário para absorção de 
vitamina B12. 
 Os recém-nascidos têm reservas hepáticas 
limitadas especialmente se ingestão de alimentos de 
origem animal é inadequada e a absorção da 
vitamina B12 é comprometida durante a gravidez, 
podendo ocasionar em deficiência após o 
nascimento7. Os sintomas da carência de vitamina 
B12 incluem irritabilidade, queda na taxa de 
crescimento, apatia, anorexia, recusa de alimentos 
sólidos, anemia megaloblástica e regressão do 
desenvolvimento7. Como a quantidade de vitamina 
B12 vai suprir as necessidades do bebê até os 6 
primeiros meses de idade, quando a mãe faz 
ingestão adequada, a deficiência é menos 
prevalente1. A carência vai ocorrer após os 6 meses 
de vida, quando as reservas acabam sendo 
frequente em filhos de mulheres vegetarianas1. 
 Portanto as causas de deficiência estão 
associadas às condições maternas durante a 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
54	
gestação, resultando em degeneração neurológica 
no lactente7. Durante o tempo em que a criança está 
sendo amamentada exclusivamente, o leite é a única 
fonte de vitamina B12, se é insuficiente para atenderàs necessidades do bebê, a deficiência pode 
ocorrer5. 
 A deficiência de vitamina B12, que acarreta o 
desenvolvimento de anemia megaloblástica, 
responde a terapia com folato, assim como a 
carência de ácido fólico também é um fator que 
predispõe a anemia6. Entretanto, sua eficiência é 
incompleta e temporária. A principal interação do 
folato com a cobalamina é atuar no desenvolvimento 
neurológico da criança. 
 
Referênciais 
 
1-MARILENE PINHEIRO Euclydes. Nutrição do 
lactente: base cientifica para uma alimentação 
saudável. 3ª Edição – Viçosa-MG, Cap. 3 – p. 206 - 
207,2005. 
 
2-INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary Reference 
Intakes Tables and Application: Health And Medicine 
Division. Table: Recommended Dietary Allowance 
and Adequate Intake Values, Vitamins and 
Elements, Table: Estimated Average Requirement 
Values 2017 
 
3-SILVIA M. FRANCISCATO COZZOLINO. 
Biodisponibilidade de nutrientes. 3ª Edição atual e 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
55	
ampliada – Barueri-SP: Manole. Cap. 19 - p.455, 
2009 
 
4-CLAUDIA P. GARCIA1, Ary L.Cardoso, Jorge 
David, Ana Catarina Lunz. Deficiência de vitamina 
B12 em lactente alimentado com leite materno - Rev 
Bras Nutr Clin 2009; 25 (3): 264-6 
 
5-NEUMANN, Charlotte G. et al. Low Vitamin B12 
Intake during Pregnancy and Lactation and Low 
Breastmilk Vitamin B12 Content in Rural Kenyan 
Women Consuming Predominantly Maize 
Diets. Food And Nutrition Bulletin, v. 34, p.151-159, 
jun. 2013. 
 
6-MAURICE E. SHILS. Nutrição Moderna na Saúde 
e na Doença. 10ª Edição – Barueri-SP: Manole. 
Cap.29 - p.529 – 528. 
 
7-DAPHNA K. DROR, Lindsay H. Allen. Effect of 
vitamin B12 deficiency on neurodevelopment in 
infants: current knowledge and possible 
mechanisms. Volume 66, Issue 5, 1 May 2008, 
Pages 250–255, 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
56	
07. VITAMINA C 
 
Lucas Rodrigues 
 
 
 A vitamina c é conhecida como ácido 
ascórbico, ela é solúvel em água, e bastante 
conhecida como antioxidante, pois pode ajudar a 
neutralizar radicais livres do corpo e também pode 
ajudar na prevenção de doenças como o escorbuto 
⁴. 
 A absorção da vitamina C ocorre na parte 
superior do intestino delgado ela não é sintetizada 
pelo corpo humano, mas algumas espécies 
conseguem sintetizá-las. As principais fontes são 
frutas cítricas, morango, tomate, pimentão, leite 
humano, leite de vaca (em baixas quantidades), e 
etc². 
 A vitamina C é bastante importante para o 
organismo, pois ela pode auxilia-lo na resistência as 
infecções, também se acredita que ela pode ser 
usada na prevenção e no tratamento de câncer, na 
diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares, 
no tratamento da hipertensão e na redução da 
incidência de cataratas. É considerada importante 
também pelo fato do ácido ascórbico atuar como co-
fatores em reações enzimáticas essenciais, uma 
delas é a hidroxilação da prolina que é indispensável 
para a formação de colágeno. O colágeno e bastante 
importante para os lactentes pois fortalece e auxilia 
o desenvolvimento ósseo e das articulações⁴. 
 É muito importante para auxiliar no bom 
funcionamento do organismo dos lactentes, para que 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
57	
eles cresçam e se desenvolvam corretamente. Para 
isso é importante que a lactante tenha uma 
alimentação rica em vitamina C para passar ao 
lactente pelo leite materno⁵. 
 A vitamina C é bastante conhecida por facilitar 
a absorção de Ferro heme, o que pode tratar ou 
prevenir a anemia ferropriva. Segundo estudos, 
crianças que foram alimentadas com leite de vaca, 
no período em que deveria ser alimentada com leite 
materno, apresentaram baixa hemoglobina, ao 
constatar isso foi feito a suplementação com leite 
fortificado com ferro e vitamina C, fazendo com que 
os níveis de Hemoglobina fossem aumentados ¹. 
 “A necessidade de vitamina C do lactente 
ainda não é conhecida. Estima-se que 8 mg/dia 
sejam suficientes para a prevenção do raquitismo. O 
IOM (2000) definiu a ingestão adequada para a 
criança de 0-6 meses com base na composição do 
LH. Considerando uma ingestão de 0,78 L/dia e 
concentração média de vitamina no leite (50 mg/L), 
a AI foi fixada em 39 mg/dia. Para a determinação da 
ingestão adequada para a faixa de 7-12 meses, 
considerou-se a ingestão a partir do leite humano 
(0,6 L x 45 mg/L) e da alimentação complementar (22 
mg/dia), totalizando aproximadamente 50 mg/dia.” 
(MARILENE PINHEIRO 3º parágrafo, Capítulo 3, 
página 202). 
DRI PARA LACTENTES	 DRI PARA LACTANTES	
IDADE	 QUANTIDADE	 
70 mg/d	0-6 meses	 25 mg/d	
7-11 meses	 30 mg/d	
Nutrição: da gestação à Infância 
	
58	
 
Ingestão 
adequada (AI) 
de vitamina C 
(IOM,2000) 
 
Lactante 40mg/dia(227umol) 
~6mg/kg 
 
Lactente 0-6 Meses 
40mg/dia(227umol) 
7-12 Meses 
50mg/dia 
(256umol) 
 
 
A vitamina C é facilmente encontrada em 
grandes quantidades em frutas cítricas como limão, 
caju, acerola, laranja, abacaxi, em hortaliças como 
brócolis, couve-flor, agrião entre outros ². Também é 
encontrada no leite humano e no leite de vaca, 
porém no leite de vaca contém baixo teor que pode 
ser reduzido ainda mais por processos de 
pasteurização, fervura e oxidação que ocorre 
durante o armazenamento. No leite materno a 
concentração de vitamina C diminui no decorrer da 
lactação ³. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
59	
TABELA DE CONTEÚDO DE VITAMINA C NOS ALIMENTOS 
VITAMINA C 
ALIMENTOS PESO (g) VITAMINA C (mg) 
suco de laranja fresco 248 124 
mamão papaya 140 86 
morango fresco 152 86 
kiwi 76 74 
suco de tomate 242 67 
manga 207 57 
laranja 96 51 
vagem de ervilha cozida fresca 80 38 
brócolis cozido fresco 92 37 
couve-de-bruxelas cozida 78 35 
couve-flor cozida 62 27 
repolho crespo cozido 65 27 
marisco no vapor 100 22 
uva 160 17 
tomate fresco cortado 90 17 
batata assada com casca 122 16 
molho de tomate 123 16 
melancia 152 14 
suco de limão fresco 30,5 14 
suco de abacaxi 125 13 
folhas de couve cozidas 90 12 
abacaxi fresco 78 12 
quiabo cozido 92 11 
banana 118 11 
espinafre cozido fresco 90 8,8 
abacate 100 8 
cenoura crua 72 6,7 
purê de batata 105 6,4 
ameixa 85 2,8 
leite 245 2 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
60	
 
A falta de vitamina c pode gerar uma doença 
chamada escorbuto, geralmente essa doença se 
manifesta entre os 8-13 meses de idade, dificilmente 
ocorre antes dos 7 meses de idade, ela causa 
anorexia, irritabilidade, diarreia intermitente, ficam 
mais suscetíveis a infecções, aparecem hemorragias 
na pele nas membranas e no periósteo dos ossos. 
Essa doença ocorre bastante em crianças que 
tiveram o leite materno substituído pelo leite de vaca 
que possui quantidades menores da vitamina, e 
quanto mais processado ele é, menor é a taxa de 
vitamina C². 
A deficiência em vitamina C não 
necessariamente causa a anemia ferropriva, porém 
colabora, pois, a vitamina C é importante para a 
absorção de ferro no organismo, a falta dele é a 
principal causa da anemia ferropriva ¹. A deficiencia 
causa também má cicatrização de feridas, perda de 
dentes, e pode também influenciar futuramente na 
vida escolar da criança dificultando o aprendizado, 
concentração e a memória⁵. 
A Vitamina C é antioxidante e pode regenerar 
a vitamina E, elas agem na eliminação de radicais. A 
alta ingestão de Vitamina C afetam a 
biodisponibilidade da Vitamina B¹² podendo causar 
deficiência desta vitamina no organismo³. 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
61	
Referências 
 
 
1-TORRES, Marco A. A. et al. Efeito do uso de leite 
fortificado com ferro e vitamina C sobre os níveis de 
hemoglobina e condição nutricional de crianças 
menores de 2 anos. Rev. Saúde Pública, São Paulo, 
v. 29, n. 4, p. 301-307, ago. 1995. 
 
2-EUCLYDES, MARILENE PINHEIRO, Nutrição do 
Lactente: base científica para uma alimentação 
saudável. Ed. 3. Viçosa, MG, 2005. 548p. Capítulo 3, 
página 201-203. 
 
3-COZZOLINO, SILVIA M. FRANCISCATO, 
Biodisponibilidade de Nutrientes. Ed. 4. Barueri,SP, 
2012. 905p. Capítulo 14, página 205-208. 
 
4-BRICARELLO, LILIANA PAULA, GOULART, RITA 
M. MONTEIRO, Pediatria moderna: O papel das 
vitaminas em lactentes e crianças. Edição: Out 99 V 
35 N 10, São Paulo – SP. Página 807. 
 
5-https://agencia.fiocruz.br/a-necessidade-e-a-
import%C3%A2ncia-da-vitamina-c. 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
62	
08. VITAMINA D 
 
 
Ione Milhomem 
 
 A vitamina D é de suma importância durante 
a gestação, pois está diretamente ligada ao 
metabolismo ósseo, apesar de ser considerada uma 
vitamina é um pró-hormônio (secosteroide) que 
promove a absorção de cálcio, favorecendo a 
adequada relação cálcio-fosforo, resultando assim 
em uma mineralização óssea eficiente1. 
 É constituída sob duas formas, a vitamina D2 
ou ergocalciferol que tem origem vegetalea D3 ou 
colecalciferol que é sintetizada na pele pela ação da 
radiação dos raios ultravioleta B (UVB) durante a 
exposição solar2. 
 O colecalciferol e ergocalciferol são 
transportados pela proteína ligadora (DBP) para o 
fígado, sendo hidroxilados formando calcidiol (25-
OH-vitamina D2 e 25-OH-vitamina D3) forma de 
depósito da vitamina D, o calcidiol é transportado 
pela DBP para os rins e novamente hidroxilado, 
agora pela enzima 1-alfa-hidroxilase, formando 
calcitriol (1,25-OH-vitamina D), forma metabolica 
ativa da vitamina D 3. 
 A gestante transfere vitamina D para feto por 
via transplacentária nos últimos meses da gestação, 
por meio de enzimas presentes na placenta que 
ativam e elevam os níveis de vitamina D, o recém-
nascido ainda fica dependente desse estoque 
durante as primeiras 6 a 8 semanasde vida, porém 
essa reserva se esgota por volta da oitava semana, 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
63	
portanto a gestante deve ter níveis suficientes de 
vitamina D, para que não ocorra hipovitaminose 
neonatal4. 
 
 
 
Recomendações de Ingestão Dietética (RDI) de 
Vitamina D 
 
TABELA 1. Ingestão Diária Recomendada para 
Lactentes, Gestantes e Lactantes 
 VITAMINA D 
Grupo por faixa 
etária 
 
 
Necessida
de média 
estimada 
(IU/dia) 
Ingestão 
Dietética 
Recomenda
da (UI/dia) 
Ingestã
o 
máxima 
toleráv
el 
(UI/dia) 
Bebês de 0 a 6 
meses ** ** 1.000 
Bebês de 6 a 12 
meses ** ** 1.500 
14 a 18 anos de 
idade, 
grávidas/amamentan
do 400 600 4.000 
19 a 50 anos de 
idade, 
grávidas/amamentan
do 400 600 4.000 
**Com relação a bebês, a Ingestão adequada é de 400 
UI/dia para 0 a 6 meses de idade e 400 UI/ dia 6 a 12 meses 
de idade. 
Fonte: IOM (Institute of Medicine, EUA, 2011)5. 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
64	
 A suplementação de vitamina D é de 
600UI/dia para a mãe e, 400UI/dia para criança, do 
primeiro mês aos 12 meses de vida, por ser 
considerado um grupo de risco para deficiência de 
vitamina D. 
 É recomendado pela Sociedade Brasileira de 
Pediatria que recém- nascidos, a partir da segunda 
semana de vida, devem ser expostos diretamente à 
luz solar por 30 minutos/semana vestindo apenas 
com fraldas (6 a 8 minutos/dia, 3x por semana) com 
exposição da face e das mãos6. 
 A principal fonte de vitamina Dé fornecidapela 
exposição ao sol (D3) aproximadamente 90%, 
menos de 10% das reservas do corpo são supridos 
pela dieta, existem as vitaminas D1, D4 e D5, porém 
são menos essenciais7. 
 
TABELA 1. Quantidade de Vitamina D em 
alimentos 
Alimento Porção 
(g) 
Vitamina D 
(UI) 
Óleo de fígado de bacalhau 13,5 1.360 
Óleo de salmão 13,5 544 
Ostras cruas 100 320 
Peixes 100 88 
Leite fortificado 244 100 
Ovo cozido 50 26 
Carnes (frango, peru, porco) e 
vísceras 
100 12 
Carne bovina 100 7 
Manteiga 13 8 
Iogurte 245 4 
Queijo cheddar 28 3,6 
COZZOLINO, 20068.. 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
65	
 A vitamina D é muito estável, não se deteriora 
quando exposta ao calor ou armazenada por muito 
tempo9. Sua biodisponibilidade pode sofrer 
influência pela não exposição solar (estação do ano, 
uso de filtro solar, latitude, pigmentação da pele, 
período do dia), idade e doenças crônicas, o uso de 
medicamentos, fibras, doenças do trato 
gastrointestinal, fígado, rins, paratireodismo, tabaco 
e álcool também podem diminuir sua 
biodisponibilidade9. 
 A vitamina D é relacionada á mais de 1.000 
genes, portanto várias doenças materno-infantis 
podem ser causadas por sua deficiência, os níveis 
insuficientes durante a gestação, por ocasionar para 
a mãe diabetes gestacional osteomalácia e pré-
eclâmpsia, e para o RN, baixa densidade mineral 
óssea, hipoplasia do esmalte dos dentes, retardo do 
crescimento fetal, eczema sendo a consequência 
mais grave dessa deficiência é o raquitismo10. 
 Dada importância vitamina D para a saúde 
materno-infantil, a avaliação e adequação dos 
indicadores biológicos, assim como a investigação 
de possíveis fatores associados às concentrações 
séricas dessa vitamina, devem ser ações de rotina 
no atendimento aos mesmos. 
 A prevenção e o controle da deficiência de 
vitamina D devem ser feitos por meio de ações 
alimentares e nutricionais com a modificação e a 
diversificação dietética, a fortificação de alimentos e 
a suplementação medicamentosa11. 
 A suplementação oral excessiva dessa 
vitamina, pode ser a causa de inapetência, náuseas, 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
66	
cefaléia, fraqueza, dores abdominais, cãibras e 
diarréia se em casos mais graves a hipercalcemia, a 
exposição solar não causa intoxicação, pois seu 
excesso é transformado em metabólitos inativos pelo 
organismo por motivo de proteção9. 
 O leite consumido junto com fontes naturais 
de vitamina Daumenta de 3 a 10 vezes sua absorção 
por conta da lactoalbumina.9 O óleo de amendoim 
(ácido graxos de cadeia longa), também facilita a 
biodisponibilidade da vitamina D, o consumo de 
cogumelos comestíveis (Cantharellustubaeformis) 
eleva a concentração sérica significativamente após 
3 semanas de uso, o ergocalciferol está presente 
neste alimento e quando exposto ao sol é 
transformado em colecalciferol9. 
 
 
REFERÊNCIAIS 
 
1-COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de 
Nutrientes. 4 ed. São Paulo: Manole, 2009. p. 252.. 
 
2-Prado, Mara Rubia Maciel Cardoso do, 1974- 
P896f 2015 Fatores associados aos níveis de 
vitamina D do binômio mãe-filho ao nascimento e 
aos seis meses de vida / Mara Rubia Maciel Cardoso 
do Prado. – Viçosa, MG, 2015. p. 9. 
 
3-Sociedade Brasileira de Pediatria - departamento 
de endocrinologia. 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
67	
4-Hipovitaminose D em pediatria: recomendações 
para o diagnóstico, tratamento e prevenção. São 
Paulo: SBP; 2016. p. 2. 
 
5-Prado, Mara Rubia Maciel Cardoso do, 1974- 
P896f 2015 Fatores associados aos níveis de 
vitamina D do binômio mãe-filho ao nascimento e 
aos seis meses de vida / Mara Rubia Maciel Cardoso 
do Prado. – Viçosa, MG, 2015. p. 12. 
 
6-INSTITUTE OF MEDICINE (IOM). DRIs: Dietary 
Reference Intakes for calcium and vitamin D. 
Washington,D.C.: National Academy Press, 2011. 
Disponível em: http://www.nap.edu. 
 
7-Sociedade Brasileira de Pediatria - departamento 
de nutrologia. Manual de orientação alimentação do 
lactente, alimentação do pré-escolar, alimentação do 
escolar, alimentação do adolescente, alimentação 
na escola. São Paulo: SBP; 2012. p 36. 
 
8-Sociedade Brasileira de Pediatria - departamento 
de endocrinologia. Hipovitaminose D em pediatria: 
recomendações para o diagnóstico, tratamento e 
prevenção. São Paulo: SBP; 2016. p. 2 
 
9-COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de 
Nutrientes. 4 ed. São Paulo: Manole, 2009. p. 258, 
 
10-Sebadelle, Vittória Rodrigues Jacob. Relações 
entre o consumo alimentar de vitamina D, estado 
nutricional e estilo de vida em todas as faixas etárias 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
68	
de uma mesma população / Vittória Regina 
Rodrigues Jacob Sebadelhe. – João Pessoa, 2015. 
p. 17-20. 
 
11-FAGEN, C. Nutrição durante a gravidez e a 
lactação. In: MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S. 
Krause: alimentos nutrição e dietoterapia. 10. ed. 
São Paulo: Roca, 2002. p. 180-186. 
 
12-Martini, Lígia Araújo.Estado nutricional de 
vitaminas A e D em crianças participantes de 
programa de suplementação alimentar / 
Departamento de Nutrição. Faculdade de Saúde 
Pública. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2015. 
p. 532 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
69	
09. CÁLCIO 
 
Alice 
 
 
 O cálcio é um nutriente muito importante e 
necessário na maioria das funções biológicas. Várias 
pesquisas têm observado e demonstrado a relação 
entre o baixo consumo de cálcio (< 400 mg/dia) e 
doenças crônicas, são elas osteoporose, câncer de 
colón, hipertensão arterial, obesidade, dentre 
outros.¹ A pouca absorção de cálcio pode contribuir 
para o desenvolvimento de raquitismo em bebes e 
crianças, especialmente naquelas que tem uma 
dieta muito restritivas por exemplo uma dieta 
macrobiótica2. Não se tem dados exatos sobre a 
ingestão necessária de cálcio para prevenir o 
raquitismo ou a relação de etnia, atividade física e 
dieta pobres em cálcio para o desenvolvimento do 
raquitismo. 
 Na lactação a suplementação de cálcio é 
recomendada na dieta para prevenir a hipertensão e 
pré-eclâmpsia, controlar a absorção de Na+ (sal), 
prevenindo assim edema e hipertensão, protegendo 
também a mineralização óssea4. Na lactante o cálcio 
é liberado dos ossos e excretado através do leite a 
absorção se eleva durante a gravidez e as perdas 
diminuem durante a amamentação, limitando a 
deficiência que pode surgir. O aumento dos níveis 
hormonais como o estrogênio, lacto gênio e 
prolactina também aumentam a absorção de cálcio. 
O consumo adequado de cálcio é importante para os 
ossos e dentes, bem como as principais fontes desse 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
70	
nutriente na (TABELA 1) mostra alguns alimentos 
que são fontes de cálcio. 
 
 
 TABELA 1. Quantidade aproximada de cálcio de 
uma porção de alguns alimentos comuns* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Disponível no site www.milkpoint.com.br 
 
 A principal fonte de cálcio nos alimentos é o 
leite e seus derivados sendo que para os lactentes a 
biodisponibilidade de cálcio está no leite materno 
pelo fato que a quantidade de cálcio é maior do que 
em fórmulas infantis ou leite de vaca. As verduras-
escuras como brócolis e couves também são fontes 
de cálcio, porém a quantidade e biodisponibilidade 
desse nutriente é bem menos que no leite e seus 
derivados. Na tabela 2 contém as recomendações 
de cálcio pela DRI´s para lactantes e lactentes. 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
71	
Tabela 2 -DRI´s -recomendações diárias 
 
 
Fonte: IOM,20023 
 
Interação cálcio/ferro 
 
 A Deficiência de cálcio pode levar ao 
crescimento e desenvolvimento anormal dos ossos, 
a deficiência de ferro tem efeitos sobre metabolismo 
energético, imunidade e função cognitiva e 
desempenho durante o trabalho5. A interação cálcio 
e ferro, estão inversamente associados, pois, 
competem entre si na absorção pelo organismo. 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
72	
 
Interação cálcio/vitamina D 
 
 A vitamina D contribui na absorção de cálcio 
no intestino e ainda contribui para diminui a sua 
eliminação pelos rins. As melhores fontes dessa 
vitamina são: óleo de fígado e de peixe. Em seguida, 
estão o fígado, a manteiga e a gema do ovo. No 
entanto, uma forma de se obter a vitamina D 
naturalmente, é pela exposição aos raios 
ultravioletas do sol6. 
 
Relação cálcio/fósforo 
 
 A relação desses minerais e a adequação de 
fósforo contem papeis importantes na dieta. O 
lactente tem uma ampla faixa de Cálcio e fosforo na 
alimentação. A quantidade desses minerais na dieta 
e sua relação garante a mineralização óssea e o 
crescimento dos tecidos moles7. O baixo consumo 
de fosforo pode levar a hipofosfatemia, que pode 
resultar em hipercalcêmica e hipercalciúria 
secundária, o que agrava a mineralização óssea. 
 Além de atuar na formação e manutenção dos 
ossos e dentes, o cálcio tem outras funções 
importantes como nas células e em outros tecidos. 
As concentrações de cálcio são maiores nos 
lactentes e diminuem no decorrer da vida. Sendo que 
durante a gravidez, lactação e estados deficientes 
em cálcio a necessidade é aumentada e intensificam 
a absorção, portanto a suplementação de cálcio em 
quantidades adequadas para lactantes e lactentes é 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
73	
muito importante para que não se tenha toxicidade 
ou a necessidade desse nutriente. 
 
Referências 
 
1-PEREIRA, Gisele A. P.-Disponível no artigo: 
Cálcio dietético: estratégias para otimizar o 
consumo- Acessado no 
https://scholar.google.com.br dia 08/10/2017 
 
2-DAGNELIE - Disponível no artigo: Alta prevalência 
de raquitismo em lactentes em dietas macrobióticas. 
Acessado no https://scholar.google.com.br dia 
08/10/2017 
 
3-IOM, 2002-Disponivel no artigo: Biodisponibilidade 
do Cálcio Dietético- Acessado no site 
https://scholar.google.com.br dia 08/10/2017. 
 
4-ACCIOLY E; BENZECRY E GOUVEIA, Nutrição 
em Obstetrícia e Pediatria –Nutrição na lactação, 
Cap.10;16, p.175;176, 2002 
	
5-YBARRA, L. M - Disponível no artigo: Interação 
cálcio e ferro: uma revisão. Acessado no 
sban.cloudpainel.com.br dia 08/10/2017 
	
6-KRAUSE: Alimentos, Nutrição e Dietoterápica.- 
Micronutrientes: minerais cap.03, p.229 9ª edição. 
Editora Roca. São Paulo, 1998. 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
74	
7. EUCLYDES, Marilene Pinheiro-Nutrição do 
lactente: base científica para uma alimentação 
saudável.- Cap. 03, 2005 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
75	
10. FERRO 
 
Brenda 
 
 
 A suplementação de ferro possui grande 
importância e há uma necessidade prioritária em 
atender as demandas do feto, correlacionado às da 
mãe, para o desenvolvimento do embrião, cordão 
umbilical e placenta. Neste período, será preciso 
entre 800 e 1000 mg para suprir a necessidade de 
ferro ferroso, ou seja, um terço do total no 
organismo. 4 
 Nos casos em que as mães sejam anêmicas, 
pode não haver alterações na concentração de ferro 
no fígado do recém nascido. A quantidade de ferro 
que o bebê recebe da mãe aumenta continuamente 
durante a lactação, bem como seu peso corporal.³ 
Além disso, a diminuição ou ausência deste mineral 
pode ocasionar a anemia por deficiência de ferro 
(ADF). 
 Segundo a OMS, quando o índice de 
hemoglobina for abaixo de 10g por 100ml, deve-se 
considerar a existência de anemia na gravidez ³. A 
suplementação com ferro como medida preventiva 
tem grande chance de sucesso quando dirigida a 
grupos vulneráveis como gestantes e lactantes, 
lactentes e pré-escolares, prevenindo a ADF. 
 Para gestante e lactante deve ser inserida na 
assistência primária à saúde e deve ocorrer 
principalmente a partir da segunda fase da gravidez. 
Em áreas de baixa predominância de anemia, a dose 
preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 
Nutrição: da gestação à Infância 
	
76	
mg de ferro elementar por dia (200 mg de sulfato 
ferroso) com 250 mg de ácido fólico; em áreas de 
alta prevalência, dois comprimidos por dia (120 mg 
de ferro elementar e 500 mg de ácido fólico).¹ 
 
Segue tabela abaixo. 
 
INDIVÍDUO RECOMENDAÇÕES 
(OMS) 
ÁREA DE 
ASSISTÊNCIA 
PRIMÁRIA 
LACTANTE 60mg de ferro 
elementar/dia (200mg 
de sulfato ferroso) com 
250mg de ácido fólico. 
Baixa 
predominância 
de anemia 
 120 mg de ferro 
elementar/dia 
com 500mg de ácido 
fólico. 
Alta prevalência 
de anemia 
 
 Para haver uma prevenção da ADF em 
lactentes, deve-se promover o aleitamento materno 
e incluir cuidados de saúde nos primeiros seis meses 
de idade. A suplementação de ferro é realizada a 
partir do sexto mês, entretanto, há recomendações 
recentes de suplementação com ferro a partir do 
quarto mês de idade para crianças em aleitamento 
materno exclusivo¹. 
 Bebês que nascerem com peso inferior à 2,5 
kg, tendem a apresentar um maior crescimento pós-
natal, então, a partir do segundo mês de idade 
recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg de 
peso/dia. Para aqueles que nascerem com peso 
Nutrição: da gestação à Infância

Continue navegando